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Prévia do material em texto

Governança corporativa, 
controle interno e 
compliance
Unidade 4
Governança corporativa 
e a análise de crédito
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
ANDRÉ FARIA DE THOMAZ
AUTORIA
André Faria de Thomaz
Sou bacharel em Ciências Contábeis pela Faculdade de Minas 
(2006); e mestre (2011) e doutor (2018) em Administração pela Pontifícia 
Universidade Católica do Paraná. Atuo como contabilista e como professor, 
nas modalidades presencial e a distância, nas áreas de auditoria contábil 
de departamentos, de finanças e de pessoal.
Durante minha atuação como contabilista, tenho vasta experiência 
na área de Obrigações Acessórias e Obrigatórias. Por outro lado, ao longo 
de minha experiência como docente, além de ter sido coordenador de 
curso, lecionei, principalmente, as seguintes disciplinas: Contabilidade 
Básica; Economia; Planejamento e Contabilidade Tributária; Contabilidade 
de Custos e Análise de Custos; Gestão por Processos; Estrutura das 
Demonstrações Contábeis; Análise das Demonstrações; Contabilidade 
Gerencial; Teoria da Contabilidade; Contabilidade Intermediária; 
Contabilidade Internacional; Auditoria; Contabilidade Empresarial; Controle 
Interno; Matemática; Logística; Recursos Humanos; e Gestão de Risco.
Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que se iniciam em suas profissões. Por isso, fui convidado 
a integrar o elenco de autores independentes da editora TeleSapiens. 
Estou muito feliz por poder ajudá-lo, aluno, nesta fase da vida de muito 
estudo e de muito trabalho.
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Aplicabilidade das demonstrações em ativos ............................... 10
Análise de desempenho ........................................................................................................... 11
Giro do ativo ..................................................................................................................... 12
Margem líquida e desempenho empresarial .................................. 16
Uso da rentabilidade ................................................................................. 19
Demonstração do fluxo de caixa e da DVA para auxílio da 
rentabilidade ................................................................................................................... 20
Fluxos Financeiros e econômicos .....................................................................................22
Indicadores de valor e mercado de ações .......................................28
7
UNIDADE
03
Governança corporativa, controle interno e compliance
8
INTRODUÇÃO
As operações que envolvem crédito são muito importantes para 
o contexto das empresas. Isso acontece porque existe a possibilidade 
de o capital cedido não ser pago. A esse fator, damos o nome de risco 
de inadimplência. Mas por que o crédito é tão relevante?
Podemos considerar o crédito uma ferramenta que subsidiará o 
consumo, o qual, por sua vez, incentivará o crescimento das empresas 
e a oferta de empregos. No fim das contas, essa cadeia de relações 
resultará em mais capital, que será reinserido na empresa e expandirá 
a economia. Ao longo desta unidade letiva, mergulharemos mais fundo 
nesse universo!
Governança corporativa, controle interno e compliance
9
OBJETIVOS
Olá, aluno! Seja muito bem-vindo à unidade 4. Quando finalizar 
esta etapa de nossa disciplina, você terá desenvolvido, com o nosso 
auxílio, as seguintes competências:
1. Analisar o que são demonstrações financeiras.
2. Investigar as estruturas de Créditos.
3. Pesquisar a implementação e Liberação de Crédito.
4. Explicar a aplicações da Gestão de Custos.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Governança corporativa, controle interno e compliance
10
Análise das demonstrações financeiras
OBJETIVO:
Ao fim desta seção, você será capaz de definir o que são 
demonstrações financeiras. E então? Vamos lá? Avante! 
Como vimos há pouco, o crédito é um fator de estímulo ao consumo, 
ao aumento do volume produtivo e à criação de postos de trabalho. Mas, 
para que a aplicação de crédito gere retornos positivos, a sua concessão 
deve ser criteriosa, demandando que analisemos o perfil do empresário 
de quem seremos credores e diminuindo, assim, o risco de inadimplência 
(SOUZA; DIAS; CALADO, 2014). Na sequência, conheceremos os vários 
riscos inerentes às operações de crédito e aspectos estratégicos da sua 
gestão. 
Definições 
O ser humano está sujeito a riscos desde a Pré-História, quando 
abandonou a segurança das cavernas e se lançou ao desconhecido. 
Desde então, temos ciência de que a exposição a risco nos submete, ao 
mesmo tempo, a perigos e a conquistas. Do domínio do fogo às viagens 
espaciais e às guerras biológicas, os riscos são nossos companheiros de 
viagem mais constantes. Mas, de fato, o que é um risco?
DEFINIÇÃO:
Um risco se fundamenta em decisões que tomamos 
e representa as incertezas a que nos sujeitamos no 
cumprimento de algum propósito.
Portanto, ao mesmo tempo em que nos mergulha em incertezas, 
os riscos nos oferecem novas oportunidades. No mundo empresarial, 
é responsável por nos auxiliar a compreender, a prever e a escolher as 
melhores opções para o nosso negócio.
Governança corporativa, controle interno e compliance
11
Em nosso dia a dia, somos expostos a muitos tipos de riscos, os 
quais repercutem de maneira diferente. Nesse sentido, podemos afirmar 
que lidamos com fatores de risco muito diversos. Essa expressão diz 
respeito a situações em que deparamos com elementos capazes de 
intervir nos resultados de nossas ações, seja de modo positivo, seja de 
modo negativo.
Figura 1 – Controle das demonstrações financeiras
Fonte: Freepik.
Quando focarmos os fatores de riscos intrínsecos às operações de 
crédito, como dissemos, temos de avaliar a condição do solicitante. Está 
muito endividado? É provável que cumpra com o pagamento do crédito? 
Na seção seguinte, falaremos mais sobre esse assunto.
Risco e retorno
A relação entre risco e retorno indica, sobretudo, as possibilidades 
de se obter resultados positivos e negativos a partir da implementação de 
algo. Incertezas compõe quaisquer cenários financeiros e econômicos e 
podem compreender retornos positivos. Por isso, é importante prevê-las 
e buscar evitá-las (BRITO, 2003).
Governança corporativa, controle interno e compliance
12
REFLITA:
Por outro lado, é interessante perceber que aceitar certos 
riscos pode render-nos resultados positivos, como acontece 
no caso de contrairmos um financiamento de imóvel com 
um prazo de 30 anos: ao fim, teremos um imóvel, certo?
Como sabemos, a sociedade é afetada pelas oscilaçõesde fatores 
econômicos, financeiros e comportamentais. Portanto, compreender 
como o ambiente em que nosso negócio se insere nos dotará da 
capacidade de prever riscos e as respectivas soluções. A seguir, seremos 
apresentados a certos conceitos de risco.
Primeiramente, no universo empresarial, o risco estratégico envolve 
o planejamento das ações necessárias para concretizar algo. Por isso, 
considerará investimentos, objetivos, ambiente, projeções e expectativas 
de crescimento. Ademais, verificará possíveis erros relacionados à 
elaboração e à execução do planejamento. Vemos isso, por exemplo, no 
acompanhamento de um projeto, contexto em que os gestores se atentam 
às condições que podem beneficiar e prejudicar o alcance de resultados 
positivos. Logo, quando tratamos de riscos estratégicos, é imperativos 
que analisemos elementos como controle, organização e gestão, com o 
intuito de que tenhamos certa segurança, mesmo em meio a um cenário 
repleto de incertezas.
Por sua vez, o risco operacional está muito presente nas operações 
produtivas. Tem muita influência sobre a saúde financeira e sobre a 
organização de toda a cadeia de operações produtivas. Assim sendo, 
avaliá-lo é uma importante maneira de garantir que cumpriremos nossas 
obrigações, compensando os riscos inerentes ao ambiente que engloba 
nosso negócio. De acordo com Brito (2003), saber como as metodologias 
de processos, de rotinas e de tarefas são agregadas ao contexto de uma 
empresa é um fator primordial para a mensuração do risco operacional. 
Nesse sentido, para ser tomada como eficiente, uma gestão de riscos 
operacionais depende, ao mesmo tempo de objetivos e de processos 
muito bem delimitados e de um acompanhamento perene.
Governança corporativa, controle interno e compliance
13
Figura 2 – Riscos e retornos
Fonte: Freepik.
O risco financeiro traz consigo uma proporcionalidade direta em 
relação ao risco e ao retorno: portanto, de modo geral, quanto maior for 
o risco, maior tende a ser o retorno (GIL; ARIMA; NAKAMURA, 2013). Da 
perspectiva do crédito, o maior retorno está na cobrança de juros maiores 
para os clientes que representam maior risco. Por exemplo, como uma 
empresa recém-criada não se consolidou no mercado, é provável que 
seja condicionada a taxas de juros mais elevadas, devido a existir um risco 
mais concreto de inadimplência.
IMPORTANTE:
Dentre as muitas variáveis que afetam os riscos financeiros, 
podemos citar, além das taxas de juros, as crises econômicas, 
as decisões políticas e o índice de desemprego. Tais variáveis 
têm efeito direto sobre a cessão de crédito e, pois, sobre as 
taxas de juros. 
Os riscos apresentam particularidades, as quais precisam ser 
estudadas a contento. Nesse conjunto, encontraremos, principalmente, 
fatores ambientais, políticos e econômicos, cujo acompanhamento 
fornece às empresas as condições ideais de enfrentar a competividade 
do mercado. Costumeiramente, cada empresa desenvolve sua dinâmica 
de competição, uma vez que a concorrência é intensa. 
Governança corporativa, controle interno e compliance
14
Pensando a esse respeito, concluímos que diferenciar-se das 
empresas concorrentes e apresentar inovações ao mercado consumidor 
são maneiras de garantir a permanência de um negócio no mercado, 
mas isso gera instabilidade e riscos. Brigham e Ehrhardt (2006) afirmam 
que reduzir a instabilidade e os riscos depende de uma boa seleção de 
clientes, que deverão ser assistidos em todas as fases de uma transação 
– antes, durante e após a sua conclusão.
Os autores nos indicam, ainda, que profissionais especializados, 
conhecidos como administradores de risco, têm sido mais procurados, a 
fim de que monitorem riscos e de que fundamentem o estabelecimento 
de um histórico favorável à tomada de decisões estratégicas. Durante 
uma concessão de crédito, uma preocupação como essa por parte das 
empresas pode ser um ponto positivo para o credor, já que se trata de 
algo que reduz as chances de inadimplência.
As ações governamentais têm, também, grande influência sobre o 
sistema econômico, quer por desenvolver políticas de investimento para 
setores sociais específicos, como são os casos da infraestrutura urbana e 
da saúde; quer por manter um papel regulatório, por intermédio de leis e 
de outros métodos.
No que tange ao mercado de crédito, as políticas públicas são 
centrais, porque essa via é uma grande incentivadora do consumo. Por 
um lado, são responsáveis pela ascensão social de parte da população, 
garantindo-lhe acesso a bens de várias naturezas, desde eletrodomésticos 
a moradias. Por outro, são responsáveis pela alavancagem da economia, 
fornecendo às empresas recursos para adquirir equipamentos e para 
suprir outras necessidades.
Ainda que as instituições financeiras nos pareçam independentes, 
devem obedecer às determinações governamentais. Por essa razão, 
é muito claro que as determinações governamentais têm o condão 
de manipular investidores, o que pode ser negativo, quando provoca 
insegurança, e positivo, quando atrai capital. Assim, falar em fatores 
políticos envolve compreender determinações governamentais, 
percebendo os riscos que acarretam para as operações de crédito.
Governança corporativa, controle interno e compliance
15
IMPORTANTE:
De acordo com Assaf Neto (2008), impostos, variações 
cambiais, inflação, importações e exportações são os 
fatores econômicos mais relevantes para quem almeja 
reduzir os riscos que assombram o seu negócio.
No caso dos fatores ambientais, devemos ter em vista que 
fenômenos naturais, como enchentes e chuvas de granizo, podem afetar 
o desempenho de nosso negócio. Muitas vezes, consistem em riscos que 
não podem ser previstos com acurácia. 
E a Gestão de Riscos? Entrará em que parte de tudo o que discutimos 
até aqui? A Gestão de Riscos empregará as situações recorrentes nos 
ambientes empresariais como ferramentas de avaliação da relação entre 
risco e retorno. Sendo assim, será capaz de fazer com que recursos 
humanos, diretrizes e resultados se alinhem em prol de retornos positivos.
RESUMINDO:
O planejamento, que mencionamos anteriormente, definirá 
parte das diretrizes associadas à Gestão de Riscos. Nessa 
fase, temos de clareza a respeito de como as informações 
sobre ações passadas podem orientar as decisões presentes 
e os resultados futuros, para que consigamos elaborar um 
diagnóstico eficiente dos riscos e das oportunidades.
Governança corporativa, controle interno e compliance
16
Estrutura dos créditos
OBJETIVO:
Ao fim desta seção, você terá compreendido o que é 
estrutura de crédito. E então? Vamos lá? Avante!
As estruturas de crédito são, de uma maneira simples, operações 
as realizadas das instituições financeiras. Basicamente, os bancos atuam 
como intermediários, reunindo, de um lado, recursos de que agentes 
superavitários dispõem e emprestando-os, por outro lado, em troca de 
remuneração por juros, aos que necessitam de capital. A primeira etapa 
de uma operação de crédito é a avaliação do perfil do proponente. Trata-
se do momento em que todos as características dos proponentes que 
possam afetar a cessão de crédito são avaliadas com cuidado. 
Obviamente, todas as etapas de uma cessão de crédito são muito 
importantes, mas podemos afirmar que a avaliação é a principal, na medida 
em que põe em evidência os riscos e os retornos a que a operação está 
sujeita. Em relação aos riscos de crédito, há destaque para as práticas de 
mercado. Ademais, as normas de regulação bancária do Banco Central do 
Brasil devem ser seguidas à risca. Os objetivos da avaliação são controlar 
e minimizar os riscos que se apresentam aos bancos: deve-se otimizar, o 
máximo que for possível, a relação entre risco e retorno das operações.
Figura 3 – Importância do crédito
Fonte: Freepik.
Governança corporativa, controle interno e compliance
17
Comitê de crédito
Cada banco pode adotar as próprias normasde concessão de 
crédito. Contudo, a partir de certas quantias, um comitê de crédito é 
acionado para avaliar a proposta. Esse comitê é formado por vários 
gestores do banco e é organizado de acordo com as posições que 
ocupam na organização hierárquica da instituição.
Exemplo: Por exemplo, o comitê de crédito de uma agência comum 
pode ser formado pelo gerente geral e por outras duas ou três pessoas de 
cargos de gerência relevantes. É importante, no entanto, que essas pessoas 
tenham relação com a demanda do cliente em questão.
Caso as quantias extrapolem a alçada da agência a que foi 
apresentada, é dever do comitê de crédito acionar superintendentes 
regionais ou estaduais. Pode haver casos em que o conselho diretor da 
instituição terá de ser envolvido.
O comitê de crédito tem a obrigação de seguir os fatores de análise 
de risco e de limite de crédito. A isso, damos o nome de segregação de 
funções: negócio versus risco. A respeito do processo de avaliação de 
crédito, devemos destacar certos pontos que consideramos dignos de 
maior atenção: 
 • Não atendimento às condições mínimas de cessão de crédito, 
como renda insuficiente;
 • Possível inconsistência das informações apresentadas, visto que 
não é exigida auditoria independente para vários documentos 
contábeis; 
 • Possível inadimplência do cliente no sistema financeiro, informação 
que é fornecida pela Serasa e pelo SPC; 
 • Não enquadramento na política de crédito do cedente. 
A avaliação do perfil de empresas de médio e de grande porte 
considerará, em todos os casos, quatro documentos: balanço patrimonial, 
Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), demonstrativo do fluxo 
de caixa e demonstrativo de origem e de aplicação dos recursos. Por isso, 
Governança corporativa, controle interno e compliance
18
a seguir, destacamos pontos aos quais devemos ter atenção na execução 
de uma análise desse tipo:
 • Verificar o comportamento dos indicadores de liquidez, que 
indicam a capacidade de arcar com as obrigações financeiras;
 • Julgar a capacidade de geração de caixa, que, além de também 
influenciar o pagamento das obrigações financeiras, indica se 
todos os processos do negócio são geridos eficientemente.
 • Acompanhar os indicadores de rentabilidade, que exibem se os 
lucros da empresa são consistentes;
 • Analisar prazos médios de pagamento e de recebimento – por 
exemplo, se os prazos de recebimento forem longos, isso pode 
indicar problemas no setor de cobranças e comprometimento do 
capital de giro da empresa; 
 • Observar a evolução dos indicadores financeiros.
Mas quando acontece, de fato, a concessão de crédito? Isso 
dependerá da conclusão da etapa de avaliação, da definição do limite de 
crédito e da autorização da operação, com todas as suas condições. Virá, 
então, a assinatura de um contrato por ambas as partes, instrumento que 
garantirá a validade jurídica da operação. Dos principais tipos de contratos 
de crédito, destacamos os seguintes:
 • Contrato de abertura de crédito – com esta modalidade, o banco 
disponibiliza um valor acordado previamente com o seu cliente. 
Por se destinar a operações de muitos tipos, de forma massiva, 
e a uma grande quantidade de clientes, apresenta cláusulas pré-
elaboradas;
 • Contrato para desconto de títulos – apresenta dedução antecipada 
de encargos financeiros e consiste no adiantamento do valor de 
um crédito com terceiros não vencido (restituição de Imposto 
de Renda, por exemplo). Sendo assim, o cliente entrega o seu 
crédito ao banco por endosso e permanece coobrigado ao seu 
pagamento até a sua liquidação.
Governança corporativa, controle interno e compliance
19
Há outros tipos de contratos de aporte de capital de giro, sobretudo 
no caso das médias e das grandes empresas. Essas operações de 
empréstimos, que são muito comuns, costumam contar com um contrato 
específico, com prazos, com taxas, e com garantias determinados 
conforme o interesse das partes envolvidas.
Negociação estruturada
Empresas de grande porte e conglomerados, cuja movimentação 
financeira tende a ser vultosa, exigem operações de crédito mais 
complexas. Por isso, a análise de crédito se transforma, também, em um 
processo mais complicado, podendo, em muitos casos, depender da 
assessoria de empresas especializadas nesse tipo de operação.
Quando as operações de crédito muito complexas, é importante 
que a fonte de financiamento seja designada antes de qualquer etapa 
da operação de crédito ser realizada. A seguir, listamos alguns tipos de 
operações desse tipo:
 • Debêntures e ações – debêntures são títulos de dívida emitidos 
sociedades anônimas, ao passo que ações são a menor parte do 
capital social de sociedade anônima;
 • Fundos de renda fixa de créditos privados – são criados para atrair 
investidores que desejam aplicar recursos em investimentos com 
taxas de juros pré-fixadas e pós-fixadas e em índices de preços; 
 • Fundos de recebíveis – trata-se de um processo de aquisição de 
recebíveis de uma empresa e de sua posterior venda a acionistas;
 • Fundos de investimento imobiliário – neste caso, com capital de 
investidores, compra-se um imóvel, em troca do pagamento de 
aluguel aos tais investidores;
 • Cessão de crédito – neste caso, um banco vende crédito para 
outra instituição; 
 • Repasse de recursos externos – é um empréstimo obtido no 
exterior; 
Governança corporativa, controle interno e compliance
20
 • Swap – trata-se de uma operação de troca de um ativo por outro. 
O swap cambial é uma de suas formas mais conhecidas;
 • Cédula de crédito bancário – geralmente, garante ao cedente 
garantias de alienação fiduciária de imóveis; 
 • Securitizações – são títulos de dívidas que, depois de serem 
convertidos em títulos de outras naturezas, são vendidos a 
investidores;
 • Financiamentos imobiliários – são créditos para o pagamento de 
imóveis a longo prazo;
 • Fundos de investimentos em participações – são fundos com a 
finalidade de comprar partes de empresas.
Devemos lembar, sempre, que toda operação financeira ativa está 
associada a uma taxa de juros. Podemos definir o juro como o custo do 
dinheiro.
Figura 4 – Importância da negociação
Fonte: Freepik.
As taxas de juros, na prática, são os elementos que controlam a 
demanda de recursos financeiros. Por essa razão, têm impacto sobre 
a economia do país como um todo, atuando no índice de inflação, por 
exemplo. Os fatores que determinarão, mais fortemente, o valor das taxas 
de juros são dois: a fonte do capital e a linha de crédito. Por isso, quando 
as taxas de juros associadas a empréstimos são definidas, certos fatores 
são analisados:
Governança corporativa, controle interno e compliance
21
 • Margem de lucro, que depende de quanto o banco pretende 
ganhar com uma operação de crédito; 
 • Custo de captação, que é o valor pago pelos bancos aos donos 
do capital;
 • Custos administrativos, que correspondem às despesas dos 
bancos;
 • Risco de inadimplência, que é um dos riscos incorporados aos 
juros;
 • Depósito compulsório, que é o percentual sobre depósitos exigido 
pelo Banco Central dos bancos.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve ter 
compreendido como investigar as estruturas de Créditos.
Governança corporativa, controle interno e compliance
22
Implementação e liberação de crédito
OBJETIVO:
Ao término desta seção, você terá compreendido a 
implementação e a liberação de crédito. E então? Vamos 
lá? Avante!
Depois que as etapas de análise, de negociação e de precificação 
de taxas se finalizarem, haverá, finalmente, a liberação do crédito. Se a 
linha de crédito contratada não previr comprovação da aplicação dos 
recursos, as empresas poderão empregá-lo como julgarem necessário. 
Entretanto, se a linha de créditocontratada previr comprovação da 
aplicação dos recursos, o cedente exigirá a documentação concernente 
à aplicação do capital – em alguns casos, a liberação do crédito será feita 
diretamente para os fornecedores do contratante.
Exemplo: Um exemplo de comprovação da aplicação de recursos 
é o financiamento da construção de uma casa, chamado de empréstimo 
imobiliário. Nesse caso, o capital será liberado gradativamente, conforme 
o cliente comprove a evolução da obra. Em operações de cessão de 
crédito, as garantias são meios de compensar o cedente caso exista 
inadimplência.
Empréstimos são operações surpreendentes. Às vezes, operações 
com enormes chances de liquidação resultam em inadimplência, devido 
à atuação de fatores diversos. Por essa razão, é norma do Banco Central 
do Brasil que os bancos condicionem empréstimos de recursos à 
apresentação de garantias proporcionais à quantia negociada.
Mas devemos ter muita atenção a um ponto: um empréstimo jamais 
pode girar em torno do bem oferecido em garantia, mas, sim, em função 
da capacidade de pagamento de quem o contratar. 
As garantias do tipo pessoais têm a particularidade não serem 
fixadas com base em bens. Nesses casos, os objetos da garantia são 
pessoas físicas e jurídicas. Assim, quando o momento de liquidação 
do crédito chegar, os bens do devedor poderão ser utilizados para 
Governança corporativa, controle interno e compliance
23
evitar a inadimplência. Isso torna a análise do perfil de um solicitante de 
empréstimo mais importante.
Em situação como a que foi apresentada no parágrafo anterior, 
à figura do avalista caberá assumir a responsabilidade pela dívida em 
conjunto com quem a contraiu, mas apenas sobre o valor expresso no 
título de crédito. Isso significa que juros, despesas judiciais e outros 
valores serão encargos apenas do devedor principal. 
Caso uma pessoa casada ofereça um bem como garantia na 
condição de avalista de outrem, a legislação não exigirá que o cônjuge 
endosse o contrato. O contrato terá validade a despeito da assinatura do 
cônjuge, mas, em caso de execução da dívida, o cônjuge tem o direito 
de solicitar a exclusão da sua parte dos bens comuns, eximindo-se de 
qualquer pagamento. 
A fiança é muito semelhante ao aval. Porém, desta vez, as assinaturas 
de ambos os cônjuges são necessárias, independentemente do regime 
de casamento. Se isso não acontecer, a operação poderá ser anulada. 
Outra característica da fiança é o fato de incluir, além do valor expresso no 
título, todas as demais possíveis despesas.
As ações judiciais que envolvem fianças costumam ser mais longas 
do que as que têm relação com avais. Isso acontece porque um fiador 
tem o direito legal de solicitar que os bens do devedor principal sejam 
executados antes dos seus, exceto se, no contrato assinado, tenha 
abdicado dessa preferência, nomeando-se devedor solidário.
Outro tipo de garantia existente é o penhor, do conjunto de garantias 
reais. Tais garantias são chamadas de reais porque se referem a bem 
tangíveis, como imóveis, máquinas, cheques e veículos, por exemplo. Se 
uma operação de penhor é realizada, o bem dado em garantia é retido 
até a liquidação do título. Havendo inadimplência, por intermédio de 
processo judicial, pode-se obter autorização para que os bens retidos 
sejam vendidos, saldando a dívida.
Governança corporativa, controle interno e compliance
24
Exemplo: Um tipo de penhor muito utilizado por bancos e por outras 
instituições é a duplicada. Nesse caso, quem arcará com a dívida será o 
cliente do devedor, reduzindo o risco da operação consideravelmente.
Máquinas, veículos e outros bens podem ser penhorados, como 
dissemos. Para isso, no entanto, o bem tomado como instrumento de 
crédito deve, obrigatoriamente, ter sido registrado nos respectivos 
cartórios. Existe, ainda, o chamado penhor mercantil, que é caracterizado 
por um bem móvel ser entregue ao credor como garantia de liquidação 
de uma dívida. Como, em geral, os bens móveis são matérias-primas 
e produtos acabamos, dificilmente, o credor toma a sua guarda, 
permanecendo nas mãos do devedor. Por essa razão, o credor tem pouco 
ou nenhum controle sobre a sua garantia, uma vez que os bens podem 
ser vendidos.
Em alguns casos, a venda poderá não envolver má fé, como 
acontece com produtos que se tornam obsoletos. Em uma situação como 
essa, o devedor funcionará como fiel depositário dos bens, evitando que 
percam o seu valor, e solicitará a autorização do credor para realizar 
quaisquer transações.
Figura 5 – Riscos e créditos
Fonte: Freepik.
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Um tipo de garantia que adota bens imóveis é a hipoteca. No seu 
caso, o conceito de bens imóveis abrange desde terras e casas até aviões 
e embarcações. Uma hipoteca pode apresentar vários graus (primeiro, 
segundo, terceiro etc.), o que significa que um mesmo bem pode ser 
hipotecado em razão de diferentes dívidas e por diferentes credores. 
A preferência da execução da hipoteca será, sempre, do credor de 
primeiro grau. Se a dívida não for liquidada, o bem dado em garantia é 
executado, e o credor de primeiro grau terá a preferência no recebimento 
de valores. O valor que restar após o seu pagamento será destinado aos 
credores restantes, na ordem em que as hipotecas foram contratadas, 
se não houver outros créditos preferenciais a serem quitados, como 
trabalhistas e fiscais.
Veículos equipamentos e outros bens podem, também, ser alvo 
da garantia conhecida como alienação fiduciária. Nesse caso, a posse do 
bem é do devedor, mas o seu domínio pertence ao credor. A alienação 
fiduciária deve ser registrada em cartório e, se envolver veículos, no 
DETRAN.
Além dos usos comuns de recursos financeiros, as empresas podem 
ter necessidades sazonais. De um modo geral, as instituições financeiras 
têm ofertadas adequadas para essas ocasiões. Por exemplo, há bancos 
que oferecem empréstimos para o pagamento de décimo terceiro salário 
com boas condições.
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir algo do que vimos. Você deve 
ter compreendido como pesquisar a implementação e 
Liberação de Crédito.
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Aplicações da Gestão de Custos
OBJETIVO:
Ao fim desta seção, você terá compreendido algumas 
aplicações da Gestão de Custos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Vamos lá? Avante!
Bancos e outras instituições financeiras têm muitas de formas 
de ajudar as empresas com suas atividades. Geralmente, há produtos 
personalizados para empresas de pequeno, de médio e de grande porte, 
destinados desde ao incremento de capital de giro até à execução de 
projetos de expansão e de exportação. As principais linhas de crédito 
existentes são as seguintes.
Operações de capital de giro
Podem ter, no máximo, doze meses de prazo, com um mínimo 
de dois meses. Títulos e fiança por parte dos acionistas são exigidos, 
normalmente. Conforme for a política da instituição, a liquidação pode ser 
ou mensal ou ao término do prazo. O seu principal objetivo é fornecer 
recursos para a quitação de despesas operacionais e de outros gastos 
de curto prazo. Existem, ainda, instituições que disponibilizam o chamado 
crédito rotativo, cujo limite pode ser reutilizado à medida que for pago.
Operações de descontos de títulos
Objetivam a liquidez de recursos por meio da antecipação de 
recebíveis, como cheques e duplicatas. Recebe esse nome porque os 
encargos financeiros da operação são descontados na contratação, antes 
de o crédito ser liberado para o cliente. As garantias da modalidade são, 
por um lado, os títulos descontados e, por outro lado, uma fiança dos 
acionistas. No caso de inadimplência o valor total é devolvido pelo banco. 
Os encargos financeirostendem a ser menores do que os de outras 
modalidades, visto que, com a diluição dos títulos de dívida por vários 
devedores, o risco de não recebimento é, também, menor.
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Compror
É uma linha específica de desconto de títulos. Aqui, o risco associado 
à operação é assumido por um cliente da empresa. Sendo assim, o 
comprador pagará o crédito a prazo, e o fornecedor – que contratou o 
crédito – receberá o valor à vista. 
Vendor
É outro tipo de operação de desconto de títulos. O comprador 
pagará o crédito a prazo, e o fornecedor – que contratou o crédito – 
receberá o valor à vista, com a diferença o fornecedor será o fiador da 
dívida contraída com o banco. Se o comprador não arcar com a dívida, 
haverá devolução dos títulos na conta corrente do fornecedor, com 
acréscimo dos encargos financeiros respectivos. 
Figura 6 – Gestão de custos
Fonte: Freepik.
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O BNDES é responsável pelas mais importantes linhas de crédito de 
nosso país, seja com recursos próprios, seja por intermédio de instituições 
parceiras. O aporte financeiro do BNDES tem, como principal objetivo, 
financiar projetos de expansão, de aquisição de bens imobilizados, de 
aquisição de equipamentos nacionais e de garantia de capital de giro. 
Costumam receber recursos, também, projetos de infraestrutura cuja 
finalidade seja o desenvolvimento socioeconômico do país (SANTOS, 2006).
Muitas empresas de grande porte passaram a existir com 
financiamento do BNDES. Em suas operações, a instituição adota recursos 
do Tesouro Nacional e lucros oriundos de investimentos realizados 
anteriormente. De acordo com Brito (2005), o BNDES apresenta uma 
linha de financiamento de longo prazo que visa à geração de postos de 
trabalho e à conservação ecológica.
Dentre as muitas linhas de crédito de longo prazo, há o BNDES 
Automático, destinado a fábricas e a grandes instalações; e o Finame, 
destinado à compra de maquinário. Como são de longo prazo, período 
de carência e cinco anos de prazo ou mais podem ser concedidos ao 
contratante. Além disso, os encargos são menores do que os praticados 
pelo mercado.
Conforme for o valor das operações de crédito, bancos conveniados 
atuarão como intermediários, repassando o valor do BNDES aos 
contratadores e recebendo comissão por isso (credere). Nesse caso, o risco 
associado à operação será de responsabilidade dos intermediários. Como 
garantias, podemos ter, além dos bens financiados, outros elementos que 
as instituições solicitarem – por exemplo, pode haver hipoteca de imóveis 
e fiança por parte dos acionistas.
Adiantamento de exportações
Linhas de crédito que adiantam exportações são formas de auxiliar 
os empresários por meio da antecipação de pagamentos de produtos 
que foram enviados para o exterior. Os destaques da modalidade são 
o Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC) e o Adiantamento sobre 
Cambiais Entregues (ACE).
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O ACC é um crédito cedido por banqueiros internacionais, antes do 
embarque das mercadorias. O seu prazo se estende de 30 até 180 dias. 
Normalmente, é uma linha de crédito que se fia na solidez das empresas, 
na idoneidade dos devedores e na pontualidade dos recebimentos. Os 
encargos são mais baixos do que os praticados no mercado, mas precisam 
incorporar as oscilações da taxa de câmbio. Isso acontece porque as 
transações adotam o dólar estadunidense como moeda. 
Para determinar a taxa de juros da ACC, alguns fatores são muito 
importantes, como são os casos do prazo de entrega dos documentos de 
embarque de mercadorias, do importador, do cenário econômico do país 
que abriga o importador e do valor da transação (SANTOS, 2006). 
O ACE, por sua vez, é um empréstimo feito após o embarque das 
mercadorias. Como o ACC, também é uma linha de crédito que se fia na 
solidez das empresas, na idoneidade dos devedores e na pontualidade 
dos recebimentos. 
No caso do ACE, os juros serão pagos não apenas sobre o período da 
operação, mas, também, sobre a variação da taxa de câmbio. O prazo de 
pagamento é de até 180 dias após o embarque dos produtos exportados. 
As garantias, por sua vez, são avais e fianças bancárias. Funcionará da 
seguinte forma: aquele que concedeu a carta-fiança arcará com a 
transação caso importador e exportador não o façam; posteriormente, a 
transação se tornará uma operação de crédito em nome do vendedor. 
É importante ressaltar que a responsabilidade do exportador termina 
apenas quando o importador pagar tudo o que deve (SANTOS, 2006).
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, para termos certeza de que você realmente 
entendeu o tema desta unidade letiva, resumiremos tudo 
o que vimos. Aprendemos que, por meio da Governança 
Corporativa, as empresas terão metas a cumprir, mesmo 
que são as explicite. Para isso, o comprometimento de 
todos os colaboradores da empresa é essencial, podendo 
ser alcançado por meio do desenvolvimento de uma 
estrutura que vise a integração de processos, de pessoas 
e de estratégias organizacionais. Nenhuma dessas tarefas 
é fácil, mas, se forem bem executadas, têm o potencial de 
dinamizar a gestão de concretizar as metas traçadas.
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REFERÊNCIA
ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008. 
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012. 
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque 
econômico-financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 07. ed. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
BERNSTEIN, Peter L. Desafio aos Deuses: A fascinante história do 
risco. 15 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997. 
BRITO, O. S. de. Controladoria de risco: retorno em instituições 
financeiras. São Paulo: Saraiva, 2003. 
SECURATO, J. C.; SECURATO, J. R. Mercado Financeiro: conceitos, 
cálculos e análise de investimento. 03. ed. São Paulo: Saint Paul, 2013. 
SOUZA, C. F; DIAS, C. G; CALADO, P. S. Trabalhando com cadastro, 
crédito e cobrança. 1 ed. São Paulo. Senac, 2014.
SANTOS, E. O. dos. Administração Financeira da Pequena e Média 
Empresa. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001. S
ANTOS, J. O. dos. Análise de Crédito: Empresas e Pessoas Físicas. 
2 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
BRITO, O. S. de. Mercado Financeiro: Estruturas, produtos, serviços, 
riscos e controle gerencial. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
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	Aplicabilidade das demonstrações em ativos
	Análise de desempenho 
	Giro do ativo
	Margem líquida e desempenho empresarial
	Uso da rentabilidade
	Demonstração do fluxo de caixa e da DVA para auxílio da rentabilidade
	Fluxos Financeiros e econômicos 
	Indicadores de valor e mercado de ações

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