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SEMINÁRIO VIA OFTALMICA E RETAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE-CCS
DISCIPLINA: BIOFARMÁCIA
DOCENTE: MAURÍCIO PIRES DE MOURA AMARAL 
FÁRMACOS E FORMAS
FARMACÊUTICAS
DESTINADOS À ADMINISTRAÇÃO
PELA VIA OFTÁLMICA E RETAL
DISCENTES: CAMILA FERREIRA, EMILLY DE JESUSDISCENTES: CAMILA FERREIRA, EMILLY DE JESUS
LUCAS MALAQUIAS E VITÓRIA RÉGIALUCAS MALAQUIAS E VITÓRIA RÉGIA 
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA
As vias para a administração de medicamentos
disponíveis para tratar condições oculares são a
tópica, oral, parenteral e oftálmica.
A superfície do olho não é um local adequado à
penetração de medicamentos.
A córnea é a principal via através da qual os
medicamentos oculares são administrados.
A via de administração intravítria atinge
diretamente a parte posterior do olho.
Barreira hemato-retinal
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
ABSORÇÃOABSORÇÃOABSORÇÃO
A absorção de medicamentos administrados pela
via oftálmica, é realizada através de suas porções
mais expostas: Córnea e conjuntiva.Córnea e conjuntiva.Córnea e conjuntiva.
Entretanto,o medicamento deve vencer algumas
barreiras antes de atingir os tecidos intenos,que estão
relacionadas com:
A estrutura lipofílica e hidrofílica da córnea.A estrutura lipofílica e hidrofílica da córnea.A estrutura lipofílica e hidrofílica da córnea.
A secreção das lágrimas e a sua eliminação doA secreção das lágrimas e a sua eliminação doA secreção das lágrimas e a sua eliminação do
globo ocular.globo ocular.globo ocular.
A únião do princípio ativo com as proteínas dasA únião do princípio ativo com as proteínas dasA únião do princípio ativo com as proteínas das
lágrimas ou a sua degradação.lágrimas ou a sua degradação.lágrimas ou a sua degradação. 
Fatores fisiológicos e anatômicos.Fatores fisiológicos e anatômicos.Fatores fisiológicos e anatômicos.
111...
222...
333...
444...
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
ABSORÇÃOABSORÇÃOABSORÇÃO
Após instilados nos olhos,os princípios ativos
podem penetrar através da córnea ou da
conjuntiva,gerando ação local desejada.
Estrutura da córnea:Estrutura da córnea:Estrutura da córnea:
EPITÉLIO: Natureza lipofílica 
ESTROMA: Natureza hidrofílica.
ENDOTÉLIO.
IMPORTÂNCIA DO CARÁTER
ANFIFÍLICO DOS P.A's.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
ABSORÇÃOABSORÇÃOABSORÇÃO
Estado de funcionamento da córnea e da conjuntiva.
Ligação entre os P.A's e as proteínas das lágrimas,na
córnea e no humor aquoso
Filme lacrimalFilme lacrimalFilme lacrimal
Manutenção da umidade das células epiteliais.
Proteção mecânica da córnea e da conjuntiva
contra variações de temperatura e agentes
químicos.
Impede a fixação de microorganismos na superfície
do globo ocular.
1.
2.
3.
Eliminação do medicamento do humor aquoso dentro da circulação
uveoescleral sistêmica.
Eliminação do medicamento do humor vítrio via difusão dentro da câmera
anterior.
Saída do humor aquoso através da malha trabecular e do canal Schlemm.
Eliminação do medicamento via rota posterior através da barreira
hematorretinal.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
ELIMINAÇÃOELIMINAÇÃOELIMINAÇÃO
Adição de viscosantes.
Adição de tensoativos.
pH. (PH=7,4)
Osmolaridade.
Tamanho das partículas.
(50 μm)
Esterilidade.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DASCARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DASCARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DAS
PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS.PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS.PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS.
 
 
 
 
 
VIA OFTÁLMICA E FORMASVIA OFTÁLMICA E FORMASVIA OFTÁLMICA E FORMAS
FARMACÊUTICASFARMACÊUTICASFARMACÊUTICAS 
VANTAGENS DESVANTAGENS
Facilidade de administração 
Ação local
Evita o metabolismo de 1° passagem
Pode causar irritação local 
Baixa absorção 
Menor precisão na dose 
Diminui a ocorrência de efeitos adversos Maior risco de contaminação 
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.
Colírios
Soluções ou suspensões estéreis, aquosas
ou oleosas.
Aplicação por gotejamento.
Efeito local diagnóstico e/ou terapêutico.
São usados para lubrificar os olhos,
tratar infecções, inflamações, alergias,
bem como instalar anestésicos e agentes
diagnósticos.
Colírios
Assepsia adequada das mãos.
Não tocar na ponta do frasco; encostar a
ponta do colírio nas áreas dos olhos.
Aplicar uma gota por vez.
Após aberto, guardar pelo prazo de 30 dias
no máximo. Após esse tempo, há maior
risco de proliferação de microorganismos.
Indicado o uso individual.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.
Pomadas oftálmicas
Preparações semi-sólidas homogêneas,
estéreis, destinadas a aplicação sobre a
conjuntiva ou saco conjuntival.
Um ou mais P.A.s dissolvidos ou dispersos
em excipiente apropriado: fácil
espalhamento na superfície do globo ocular
e conforto ao paciente.
Bases oleosas, emulsões A/O ou O/A, géis.
Pomadas oftálmicas
Na preparação, a base é esterelizada
por calor seco.
A incorporação dos princípios ativos e
excipientes é feita de maneira asséptica.
Cuidados ao administrar tal qual os
colírios.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.FORMAS FARMACÊUTICAS.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
FORMAS FARMACÊUTICASFORMAS FARMACÊUTICASFORMAS FARMACÊUTICAS
Estudos mais recentes:
Novas formas de liberação prolongada;
Escudos de colágeno;
Lentes de contato com drogas;
Pomadas e géis ativados por íons, pH e
temperatura;
Condições clínicas para
o uso das formas
farmacêuticas pela via
oftálmica
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
CONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICAS
CONJUNTIVITE
Inflamação da conjuntiva (membrana externa do
globo ocular) e interior das pálpebras.
Coceira, vermelhidão, irritação, sensibilidade á
luz, formação de secreção.
Alérgica ou infecciosa (viral ou bacteriana).
Geralmente são receitados os colírios.
GLAUCOMA
O glaucoma é uma degradação do nervo óptico,
normalmente associada ao aumento da pressão
intraocular (pressão dentro do olho).
Fatores de risco.
Não tem cura, mas pode ser controlado e
tratado.
O tratamento com colírios é hoje a primeira – e
geralmente melhor – escolha dos
oftalmologistas, antes de recorrer a qualquer
outra opção terapêutica.
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
CONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICAS
VIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICAVIA OFTÁLMICA 
CONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICASCONDIÇÕES CLÍNICAS
BLEFARITE
 Inflamação comum que afeta as pálpebras,
normalmente na região onde crescem os cílios,
provocando o surgimento de crostas, coceiras e
vermelhidão.
As glândulas que ficam perto da base dos cílios não
funcionam corretamente, o que causa inflamação,
irritação e coceira na pálpebra.
Alicação de pomadas compostas de antibióticos ou
antiinflamatórias.
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/prurido-na-pele
https://www.minhavida.com.br/saude/tratamento/4011-antibiotico
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
Seguimento terminal do tubo digestivo
Tamanho variado entre 15 e 19 cm em
indivíduos adultos.
PH próximo da neutralidade.
Rica vascularização sanguínea e
linfática.
Evita a primeira passagem hepática.
Pode ser perfeitamente permeável.
IntroduçãoIntroduçãoIntrodução
IndicaçõesIndicaçõesIndicações
Paciente com restrição por via oral e/ou
vomitando.
Clientes com constipação intestinal, febre, dor,
prurido anal, retenção de gazes e outros.
 Afecções no cólon distal.
Crise convulsiva.
Pacientes que se submeterão à exames
radiológicos ou endoscópios de cólon.
Perioperatório.
Aliviar sintomas
Auxiliar no diagnóstico
Tratar e prevenir doenças
Estimular a defecação
ObjetivosObjetivosObjetivos
O local de absorção do princípio
ativo depende das
características fisico-quimicas
da forma farmacêutica.
A via direta sempre ocorrerá
A via retal pode ser inconstantee
pode variar em relação a
presenças de matéria fecal.
Efeitos locais ou sistêmicos. 
AbsorçãoAbsorçãoAbsorção
Não irritam o TGI superior.
Evita o metabolismo de primeira
passagem.
A absorção do medicamento é
rápida, uma vez que o revestimento
do reto é fino e a irrigação
sanguínea é abundante.
AbsorçãoAbsorçãoAbsorção
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
PRINCIPAIS FORMAS FARMACÊUTICAS:
Supositórios
Cápsulas
retais
Enemas
Tampões
retais
Pós
Comprimidos
Preparações
semissólidas
retais
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios
Sólidos
Administração retal
Adultos - 3,2 cm; 2,0 g
Uso pediátrico - metade dos valores
Ação local - alívio da constipação, irritações e inflamações
Ação sistêmica - analgésicos, antipiréticos, anti-histaminicos,
antieméticos e tranquilizantes
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios
Solidez à temperatura ambiente 
Liberar o princípio ativo após a administração.
Bases
Oleosas
Hidrossolúveis
Grupos de bases:
Tipo de base utilizada determinará a
forma de liberação do princípio ativo 
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios
Bases oleosas: Supositório funde rapidamente, à temperatura
corporal, liberando princípios ativos de baixa lipossolubilidade.
Manteiga de cacau e as massas semi-sintéticas
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios
Bases hidrossolúveis: liberação do princípio ativo ocorre após a
lenta dissolução do supositório
Tempo requerido é maior do que o requerido para os supositórios
constituídos de bases oleosas.
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Supositórios
Supositórios fabricados com polietilenoglicóis 
PONTO DE FUSÃO
Não carecem de
acondicionamento
refrigerado
Não oferecem o risco
de fundirem durante
o manuseio (bases
oleosas)
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Cápsulas retais
Sólidas, dose única, forma alongada
Gelatina (Composição idêntica à das cápsulas de uso oral)
Aparência externa lisa, podendo ser lubrificada
Princípio ativo dissolvido ou disperso em excipiente
apropriado
Princípios ativos - supositórios
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
FORMAS FARMACÊUTICAS
Enemas
São soluções ou dispersões dos fármacos em
um pequeno volume de água ou óleo vegetal
Preparações líquidas destinadas a
promover a limpeza dos intestinos
Útil para o tratamento da prisão de ventre
ou da constipação.
Contêm geralmente fosfatos, glicerina, óleo
mineral e tensoativos
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
VANTAGENS DESVANTAGENS
Pode ser usado quando o
paciente não poder ingerir
medicamento
Boa opção pediátrica
Parte do medicamento não
sofre efeito de primeira
passagem
Não produz irritação gástrica
Absorção errática e irregular
Irritação na mucosa anal
Pode desencadear o reflexo de
defecação
Pacientes possuem aversão
por esta via
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
CONDIÇÕES CLÍNICAS
Proctite
Inflamação do tecido que reveste
o reto, a mucosa retal
Infecções, doença inflamatória
intestinal, efeito colateral da
radioterapia ou medicamento.
Dor no ânus ou reto
Tratamento: uso de antibióticos
ou remédios com efeito anti-
inflamatório, como corticoides,
mesalazina ou sulfassalazina,
por exemplo, por via oral ou
retal. 
Sangramento anal
Presença de sangue e muco
nas fezes 
VIA RETALVIA RETALVIA RETAL
CONDIÇÕES CLÍNICAS
Fissura anal
Ferida no canal ou margem
anal e pode ocorrer de
maneira crônica ou aguda.
Causas: diarreia crônica, 
 alguns tipos de inflamações
na área retal, defecar fezes
duras e secas
Tratamento: Beber bastante
líquido, ingerir muitas fibras,
busca ao médico para saber a
necessidade de remédios e/ou
pomadas para aplicar na
região da ferida.
AULTON, M. E; TAYLOR, K. M. G. Delineamento de formas farmacêuticas. 4 ed. Elsevier. Rio de
Janeiro, 2016.
BEZERRA, Clarisse. Proctite: o que é, sintomas, causas e tratamento, 2022. Disponível em:
https://www.tuasaude.com/proctite/. Acesso em 18 set. 2022
Conjuntivite. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde, 2011. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/conjutivite/ Acesso em 17 de set. 2022
FONSECA, Ellen Carrara et al. Olho seco: etiopatogenia e tratamento. Arquivos Brasileiros de
oftalmologia, Ribeirão Preto, 12 set. 2010.
LEBLANC, P. et al. Tratado de Biofarmácia e Farmacocinética. Editorial Minerva. Lisboa. 1997.
Sem Autor. _Quais são as principais doenças que atingem ânus e reto?_. Disponível em:
https://ccddf.com.br/doencas-que-atingem-anus-e-reto/. Acesso em 18 set. 2022.
REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS

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