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Prof. Dr. Ádley Antonini Neves de Lima FAR 0005 - PRINCÍPIOS DE BIOFARMÁCIA E FARMACOCINÉTICA Fatores que influenciam na Velocidade de Dissolução dos fármacos Revisão comprimido cápsula suspensão solução oral . . . . desagregação grânulos dissolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . trato gastrintestinal circulação sangüínea desintegração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .. . . . .. . . . . . . . .. . . . . .. . . . .. . . . . .. . partículas finas Interferência da forma farmacêutica na absorção oral do fármaco drágea → comprimido → cápsula → pó → suspensão → emulsão O/A→ solução aquosa injeção IV biodisponibilidade absoluta drágea Fatores que afetam a velocidade de dissolução Dissolução Níveis sangüíneos de fenobarbital em função do tempo, após injeção IM de três formas de dosagem distintas Florence & Attwood. Princípios físico-químicos em farmácia. Ed USP, 2003, pág. 52 fenobarbital TTT epilepsias Tempo (h) C o n c e n tr a ç ã o p la s m á ti c a ( µ g /m L ) Suspensão 29,96 μm Solução Suspensão 6,63 μm Velocidade de dissolução fluidos gastrintestinais camada de difusão Cs C superfície da partícula solvente fluido gastrintestinal camada de difusão (h) faixas de concentração do soluto camadas limítrofes Lei de Noyes-Whitney = . (Cs – C) dC dt D.A h = velocidade de dissolução; D = coeficiente de difusão da camada de difusão para o fluido GI; A = área efetiva das partículas do fármaco em contato com solvente; h = espessura da camada de difusão; Cs = concentração de saturação na camadade difusão; C = concentração no solvente (fluidos gastrintestinais - GI). dC dt , onde: Dissolução Fatores que afetam a velocidade de dissolução Dissolução ✓ presença de substâncias ou alimentos que ↑ viscosidade dos fluidos gastrintestinais → ↓ D → ↓ ; dC dt ✓ ↓ tamanho da partícula ou forma do cristal → ↑ do contato entre sólido e solvente → ↑ A → ↑ ; dC dt ✓ ↑ motilidade gástrica → ↓ h → ↑ ; dC dt Cuidado: fármaco de natureza hidrofóbica, com tamanho de partícula muito reduzido, pode sofrer aglomeração das partículas, reduzindo a superfície de contato com o solvente. Para minimizar esse efeito, pulverizar o fármaco junto com agente molhante (tensoativo). esférico acicular cúbico laminado Lei de Noyes-Whitney = . (Cs – C) dC dt D.A h sangue partícula do fármaco em dissolução difusão das moléculas dissolvidas do fármaco pelos fluidos gastrintestinais Fatores que afetam a velocidade de dissolução Dissolução Lei de Noyes-Whitney = . (Cs – C) dC dt D.A h sangue partícula do fármaco em dissolução difusão das moléculas dissolvidas do fármaco pelos fluidos gastrintestinais ✓ ↑ do volume de fluido gastrintestinal → ↓ C → ↑ (Cs – C) → ↑ ; dC dt ✓ fármaco com bom coeficiente de partição (P) → ↓ C → ↑ (Cs – C) →↑ ; dC dt ✓ ↑ (Cs – C) depende também: - solubilidade intrínseca da molécula ▪ força das interações intramoleculares do retículo cristalino do sólido ▪ força das interações intermoleculares entre sólido e solvente ▪ efeito do pH sobre eletrólitos fracos (forma ionizada desfavorece a absorção, mas favorece a solubilização) - organização das moléculas na rede cristalina do sólido (arranjo molecular) Arranjo Molecular (Estrutura Interna) da Partícula do Fármaco Fatores que Interferem na Dissolução do Fármaco ESTRUTURA INTERNA CRISTALINA AMORFA ✓ moléculas distribuídas aleatoriamente; ✓ ordenamento espacial e tridimensional das moléculas; ✓ retículo forte mantido por interações químicas; ✓ menor penetração do solvente. ✓ baixo estado de agregação; ✓ maior penetração do solvente. Dissolução Cristalina x amorfa Dissolução rifampicina TTT tuberculose Forma I Forma II Amorfa D is s o lu ç ã o ( % ) Tempo (min) Forma I Forma II Amorfa Agrawal et al. J Pharm Sci. 22(2004) 127-144 Arranjo Molecular (Estrutura Interna) da Partícula do Fármaco Fatores que Interferem na Dissolução do Fármaco ESTRUTURA INTERNA CRISTALINA AMORFA COMPOSIÇÃO ÚNICA ADUTOS MOLECULARES ✓ moléculas do fármaco; ✓ moléculas do fármaco e do solvente de cristalização; ✓ melhor penetração do solvente. ✓ moléculas pré-existentes de solvente dificulta a penetração. Dissolução Arranjo Molecular (Estrutura Interna) da Partícula do Fármaco Fatores que Interferem na Dissolução do Fármaco ESTRUTURA INTERNA CRISTALINA AMORFA COMPOSIÇÃO ÚNICA ADUTOS MOLECULARES POLIMORFISMO ✓ menor força de coesão; ✓ melhor penetração do solvente. ✓ maior força de coesão; ✓ penetração do solvente dificultada. Dissolução polimorfo A polimorfo B mesma molécula mesmo número de unidades arranjo espacial diferente Polimorfismo Dissolução espironolactona esteróide diurético Polimorfo 1 Polimorfo 2 Pó dissolvido em acetona em temperatura próxima ao PE, e imediatamente resfriado a 0 oC por algumas horas Pó dissolvido em acetona, dioxano ou clorofórmio em temperatura ambiente com evaporação espontânea do solvente durante algumas semanas agulhas prismas PF = 205 oC PF = 210 oC Florence & Attwood. Princípios físico-químicos em farmácia. Ed USP, 2003, pág. 38 Arranjo Molecular (Estrutura Interna) da Partícula do Fármaco Fatores que Interferem na Dissolução do Fármaco ESTRUTURA INTERNA CRISTALINA AMORFA COMPOSIÇÃO ÚNICA ADUTOS MOLECULARES POLIMORFISMO COMPOSTOS DE INCLUSÃO SOLVATOS ✓ solvente de cristalização em proporção não-estequiométrica. ✓ solvente de cristalização em proporção estequiométrica; ✓ água = hidratos. Dissolução Adutos moleculares Dissolução oxifembutazona antiinflamatório analgésico antipirético Amostra Velocidade de dissolução instrínseca (μg.min-1.cm-2) Anidro 14,91 ± 0,47 Semi-hidrato (composto de inclusão – pseudopolimorfo) 17,01 ± 0,78 Mono-hidrato 9,13 ± 0,23 Solvato B (solvente = benzeno) 18,54 ± 0,47 Solvato C (solvente = cicloexano) 21,05 ± 0,02 Florence & Attwood. Princípios físico-químicos em farmácia. Ed USP, 2003, pág. 48 Polimorfos da carbamazepina Dissolução Ligações de hidrogênio intermoleculares entre hidrogênios benzênicos e o oxigênio da uréia Rodríguez-Spong et al. Adv Drug Deliv Rev. 56 (2004) 241-274 Diferença entre os polimorfos se deve ao empacotamento dos dímeros Forma I (triclínico) Forma II (trigonal) Forma I Forma II carbamazepina antidepressivo TTT epilepsia TTT neuralgia do trigêmeo 2 Dissolução Rodríguez-Spong et al. Adv Drug Deliv Rev. 56 (2004) 241-274 carbamazepina antidepressivo TTT epilepsia TTT neuralgia do trigêmeo Diferença entre os polimorfos se deve ao empacotamento dos dímeros Forma III Forma IV Ligações de hidrogênio intermoleculares entre hidrogênio da dupla ligação do anel azepínico e o oxigênio da uréia Forma III Forma IV Polimorfos da carbamazepina 2 Dissolução Rodríguez-Spong et al. Adv Drug Deliv Rev. 56 (2004) 241-274 carbamazepina antidepressivo TTT epilepsia TTT neuralgia do trigêmeo Solvatos da carbamazepina Solvato com água diidrato Solvato com acetona Molécula do solvente ajuda a estabilizar o cristal Polimorfos e solvatos da carbamazepina Dissolução C o n c e n tr a ç ã o p la s m á ti c a ( µ g /m L ) Tempo (h) solução forma α forma β diidrato Perfis da concentração plasmática dos diferentes cristais de carbamazepina após dose V.O. em cachorros Raw et al. Adv Drug Deliv Rev. 56 (2004) 397-414 carbamazepina antidepressivo TTT epilepsia TTT neuralgia do trigêmeo comprimidos
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