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Ferro e sais de ferro o A eficiência terapêutica é mais bem avaliada pelo consequente aumento observado na taxa de produção dos eritrócitos. A magnitude de a resposta medular à ferroterapia é proporcional à gravidade da anemia (nível de estimulação da eritropoietina) e à quantidade de ferro apresentada aos precursores da medula óssea. o O intestino delgado regula a absorção e, na presença de doses crescentes de ferro oral, limita a sua entrada na corrente sanguínea, o que proporciona um teto natural da quantidade de ferro que pode ser administrada através de terapia oral. No paciente com anemia ferropriva moderadamente grave, as doses toleráveis de ferro oral fornecem, no máximo, 40-60 mg de ferro por dia à medula eritroide. É a quantidade suficiente para taxas de produção de 2-3 vezes o normal. o Do ponto de vista clínico, a eficiência da ferroterapia é mais bem avaliada pela resposta dos reticulócitos e pela elevação dos níveis de hemoglobina ou do hematócrito. Não se observa aumento da contagem dos reticulócitos durante pelo menos 4-7 dias após o início da terapia. A detecção de um aumento nos níveis de hemoglobina leva ainda mais tempo. o A decisão quanto à eficácia do tratamento só deve ser feita depois de 3-4 semanas após a instituição do tratamento. Um aumento de > 20 g/L na concentração de hemoglobina nessa ocasião deve ser considerado como resposta positiva, desde que nenhuma outra modificação no estado clínico do paciente seja responsável pela melhora observada e pressupondo que o paciente não tenha recebido nenhuma transfusão. Se a resposta ao ferro oral for inadequada, deve-se reconsiderar o diagnóstico. Deve ser realizada uma avaliação laboratorial completa, investigar a adesão inadequada do paciente ao tratamento ou a presença de doença inflamatória concomitante. o Uma vez obtida uma resposta ao ferro oral, o tratamento deve continuar até a normalização da hemoglobina O tratamento poderá ser prolongado caso se deseje repor as reservas de ferro. Essa reposição pode exigir um período de tempo considerável, visto que a taxa de absorção do ferro pelo intestino diminui acentuadamente à medida que as reservas de ferro estão sendo reconstituídas. Uso interno (via oral, VO): • Sulfato Ferroso - 40 mg de ferro elementar por comprimido • Sulfato Ferroso - 25 mg/mL de ferro elementar em solução oral • Sulfato Ferroso - 5 mg/ mL de ferro elementar em xarope Uso intravenoso (IV): • Sacarato de hidróxido férrico 100 mg de ferro injetável, frasco-ampola de 5 mL. (CID-10) • C50.0 Anemia por deficiência de ferro secundária à perda de sangue (crônica) • C50.8 Outras anemias por deficiência de ferro Ferros para reposição Intravenosa Ferros para reposição oral Ferro Sacarato Sais ferrosos (Sulfato ferroso) Ferro dextrano Ferro quelato Ferro gluconato Ferro glicinato Ferro isomáltico Ferro polimaltosado --- Ferro lipossomal Terapia com ferro oral Sulfato ferroso O sulfato ferroso administrado por via oral constitui o tratamento de escolha da deficiência de ferro. A absorção dos sais ferrosos é cerca de três vezes a dos sais férricos, e a discrepância é ainda maior em doses altas. As variações do sal ferroso em particular têm relativamente pouco efeito sobre a biodisponibilidade, o sulfato, fumarato, succinato, gliconato, aspartato e outros sais ferrosos e o complexo polissacarídeo- ferriidrito são absorvidos aproximadamente na mesma quantidade. A dose média para o tratamento da anemia ferropriva consiste em cerca de 200 mg/dia de ferro (2-3 mg/kg), administrados em três doses iguais de 65 mg. As crianças que pesam 15-30 kg podem tomar metade da dose média do adulto, enquanto as crianças de pouca idade, e os lactentes podem tolerar doses relativamente grandes de ferro, como, por exemplo, 5 mg/kg. Quando o propósito é tratar a anemia ferropriva, porém as circunstâncias não exigem emergência, pode ser utilizada uma dose total de aproximadamente 100 mg (35 mg 3 vezes/dia). A criação de reservas de ferro necessita de muitos meses de administração de ferro oral. A taxa de absorção diminui rapidamente após a recuperação da anemia, e, após 3-4 meses, as reservas podem aumentar em uma taxa que não ultrapassa muito mais do que 100 mg/mês. A quantidade de ferro elementar varia de acordo com o sal ferroso. Sulfato ferroso -> contêm 20%, Fumarato ferroso -> 33% Gluconato ferroso -> apenas 12% de ferro elementar. Independentemente do tipo de sal ferroso administrado, a quantidade de ferro absorvida varia entre < 5% a, no máximo, 50%, e dá-se predominantemente por absorção ativa nos enterócitos duodenais. A dose terapêutica recomendada dos sais ferrosos muitas vezes não é a ideal, mas a tolerada pelo paciente, e esta dose será determinada em função da relação entre benefícios terapêuticos desejados e efeitos tóxicos apresentados. Efeitos adversos A intolerância à terapia oral depende da quantidade de ferro solúvel. Incidem em cerca de 15-20% dos pacientes e geralmente são contornados quando as cápsulas passam a ser ministradas junto às refeições. Estes efeitos adversos são diretamente proporcionais à quantidade de ferro elementar ingerida. O tratamento efetivo demora seis a oito semanas para melhorar a anemia e em torno de seis meses para repor as reservas de ferro. Náuseas Pirose Vômitos Desconforto gástrico Dor abdominal Constipação/diarreia Interações medicamentosas o Compostos de alumínio ou magnésio, citrato de bismuto, cimetidina, omeprazol, metildopa o Fitatos, oxalatos, cafeína e chá-mate diminuem a absorção de ferro. o O cloranfenicol retarda a absorção do ferro, enquanto o etanol favorece sua absorção. o O ferro reduz a absorção das tetraciclinas orais e a absorção das quinolonas em razão de quelação, e ainda, a eficácia da penicilamina. o A levodopa interfere no efeito terapêutico do ferro. Ferro aminoquelado Os sais aminoquelados resultam da união covalente do ferro em sua forma ferrosa (Fe2+) ou férrica (Fe3+) a um ligante orgânico-> molécula é um metal quelado. Dentro dessa classe temos o glicinato férrico (neutrofer). Comp. 150mg Comp. 300mg Flaconetes Gotas Comp. mastigável Equivale a 30mg de ferro elementar por comprimido. Equivale a 60mg de ferro elementar por comprimido. Usar Equivale a 50mg de ferro elementar. Usar ½ a 1 Equivale a 50mg de ferro elementar. Uma gota possui 2,5g de ferro elementar. 1/gota/Kg/dia para crianças Comprimido de 500mg equivale a 100mg de ferro elementar . Dose: 1 Usar 1 comprimido por dia. 1 comprimido por dia. flaconete por dia até 20Kg. Se mais de 20 Kg, usar 20 gotas ao dia. comprimido em 1 ou 2 tomadas ao dia. - As uniões de quelação são fortes para resistir à ação de enzimas e proteínas da digestão, e de substâncias nos alimentos, como fitato, folato, ácido tânico. - protege os átomos de ferro, reduzindo a exposição direta das células da mucosa gastrointestinal a este metal, o que poderia reduzir a toxicidade local. Os ligantes orgânicos são os aminoácidos: bisglicinato (que contém 20% de ferro elementar), o trisglicinato férrico e a glicina-sulfato ferroso. Os sais quelantes possuem menor incidência de efeitos secundários em relação às apresentações ferrosas não queladas; além disso são menos eficiente que os complexos de ferro polimaltosado (Fe3+). A forma de ferro quelato glicinato não iônico possui características vantajosas como: - elevada absorção e utilização pelo organismo, - baixa toxicidade e boa tolerabilidade, - não interação com certos medicamentos (tetraciclinas, glicosídeos cardíacos, anticoncepcionais) e com componentes da alimentação (gorduras, fibras, fitatos, taninos).o Pode ser administrado durante ou após a refeição, pois sua absorção não sofre influência dos alimentos. o Biodisponibilidade - é bastante variável e inferior à constatada em vários outros compostos; FDA recomenda -> tipo de sal para a fortificação de alimentos, mas não como suplemento terapêutico. o RAM: menor incidência de efeitos adversos, proporcionando maior adesão ao tratamento e melhores resultados. Complexo de ferro polimaltosado (Fe3+) Nessa classe temos o Noripurum. O hidróxido de ferro férrico (Fe3+) polimaltosado não iônico, também conhecido como ferripolimaltose, é um complexo hidrossolúvel, constituído de hidróxido de ferro férrico polinuclear e dextrina parcialmente hidrolizada (polimaltose). A superfície dos núcleos de hidróxido de ferro (Fe3+) polinuclear está rodeada por várias moléculas de polimaltose ligadas por união covalente, o que resulta em um complexo de PM de aproximadamente 52.300 Da. Sua biodisponibilidade é semelhante ao do sulfato ferroso e possui absorção de 50% para a dose de 5 mg e de 30% para 50 mg. Confere excelente resultado quanto à correção da anemia e o reestabelecimento dos estoques normais de ferro do organismo em lactentes, crianças e adultos. A dose diária pode ser administrada de uma vez ou ser dividida em doses separadas. Ao contrário dos sais ferrosos, a absorção de ferro com a ferripolimaltose aumenta na presença de alimento quando administrada a indivíduos anêmicos. - o aumento do ferro sérico após a aplicação não se correlaciona com absorção total de ferro medida como incorporação na Hb. - o risco de toxicidade aguda com a ferripolimaltose é cerca de dez vezes menor que o observado com o sulfato ferroso. - Em casos mais graves pode-se administrar Noripurum parenteral (IM ou EV) como tratamento inicial. COMPOSIÇÃO: Noripurum sol oral 50mg/mL Frasco de 30mL. Cada ml (20 gotas) da solução oral contém: Ferro III*.... 50 mg na forma de ferripolimaltose As causas mais frequentes de falha o tratamento com ferro por via oral são: o Continuidade da perda de sangue por falha na identificação ou correção de sangramento e/ou de distúrbio de absorção de ferro o Medicação usada inadequadamente - baixa adesão ao tratamento devido aos EA gastrointestinais e/ou dose inadequada e/ou duração insuficiente o Doença coexistente interferindo na resposta ao tratamento com ferro por via oral - doença renal crônica; doença inflamatória ou infecciosa associada o Doenças associadas com distúrbio de absorção do ferro - doença celiaca, gastrite atrófica autoimune e infecção pelo helicobacter pylori o Diagnóstico incorreto o Interação medicamentosa o Deficiências nutricionais combinadas o Causas genéticas de deficiência de ferro Dentre outros tipos de ferro oral temos o fumarato ferroso (Novofer) e o fumarato ferroso associado a vitamina. Clusivol comprimido e xarope e iloban capsulas + vitamina + ácido fólico. Terapia com ferro parenteral Há relutância ao uso IV pelos médicos pelos graves efeitos adversos das antigas preparações de ferro associadas com o alto peso molecular do ferro dextrano (anafilaxia, choque e morte). o Via IV-> melhor via o Via IM-> técnica especial de administração- existe risco de sarcoma de partes moles e hiperpigmentação no local da aplicação (pela deposição de ferro na derme). A terapia com ferro parenteral só deve ser usada se houver absoluta necessidade devido ao alto risco de hipersensibilidade aguda, incluindo reações anafiláticas (0,2-3% dos pacientes). Principais indicações do tratamento da anemia ferropriva com ferro por via parenteral • Intolerância ao ferro por via oral determinada pela ocorrência de eventos adversos que levaram ao abandono do tratamento • Resposta insatisfatória com o ferro VO: má absorção, que ocorre em situações tais como: gastroplastia redutora, gastrectomia, doença gastrintestinal inflamatória crônica, incluindo infeção pelo H. pylori, doença celíaca e gastrite atrófica autoimune • Situações de hemorragia recorrente (gastrointestinal, ginecológica) nas quais a quantidade de ferro absorvida por via oral não é suficiente para atender a demanda proveniente da perda excessiva de ferro secundária ao sangramento • Anemia ferropriva intensa (Hb < 8 g/dL) em paciente hemodinamicamente estável com o objetivo de se obter resposta terapêutica mais rápida e diminuir o risco da necessidade de transfusão de hemácias • Anemia moderada a intensa em gestantes (a partir do segundo trimestre de gestação), pós-parto ou puerpério, principalmente quando há necessidade de rápida recuperação dos níveis de Hb e dos depósitos de ferro, minimizando eventual necessidade de transfusão de hemácias Principais Contraindicações do tratamento da anemia ferropriva com ferro por via parenteral • Resposta terapêutica mais rápida, sobretudo em pacientes em programação de cirurgia eletiva de médio a grande porte, cujo intervalo entre o tratamento e o procedimento cirúrgico seja de pelo menos 3 semanas • Normalização mais rápida dos estoques de ferro evitando o uso prolongado da terapia por via oral e seus efeitos adversos • Pacientes com doença renal crônica não dialítica com ferritina sérica < 100 ng/ml ou em diálise com ferritina sérica < 200 ng/ml a fim de assegurar e otimizar a resposta à administração de agente estimulador da eritropoese. • Situações especiais, como programas de autotransfusão de pré-depósito, questões religiosas (pacientes testemunhas de Jeová). REAÇÕES ADVERSAS • Cefaleia * mal-estar * linfadenopatia * febre baixa *artralgia • EXACERBAÇÃO DA ARTRITE REUMATOIDE • flebite com uso prolongado • ANAFILAXIA (raro) Deficit de ferro da hemoglobina + deficit de estoque (dose TOTAL do ferro parenteral): (15 - Hb) x peso (kg) x 2,3 + 1.000 (no homem). (15 - Hb) x peso (kg) × 2,3 + 600 (na mulher). O tratamento com ferro parenteral deve ser interrompido temporariamente quando a saturação de transferrina for superior a 30% ou a ferritina sérica for superior a 500 ng/mL. Após o retorno dos valores de ferritina sérica para níveis abaixo de 500 ng/mL, reiniciar a reposição com dose menor de ferro. OBJETIVOS DO TRATAMENTO -Manter níveis de hemoglobina entre 10 e 12 g/dL; - Manter o nível sérico de ferritina entre 200 e 500 ng/mL; e - Manter a saturação da transferrina entre 20% e 30%. Ferro sacarato Carboximaltose férrica Ferro dextrano (não necessita teste) Ferro gluconato (não necessita teste) Existem quatro formulações de ferro disponíveis nos EUA. Elas são ferrodextrano, gliconato férrico de sódio, ferromoxitol e ferro-sacarose. Ferromoxitol É uma nanopartícula de óxido de ferro superparamagnético revestido com carboidrato semissintético aprovado para tratamento de anemia ferropriva em pacientes com doença renal crônica (Balakrishnan e cols., 2009). As indicações para as preparações de ferrodextrano incluem o tratamento de qual quer paciente com deficiência e intolerância ao ferro documentada ou sem resposta ao ferro oral. Ferrodextrano O ferrodextrano é a única preparação que pode ser administrada como uma infusão de dose total, que é a dose inteira do ferro elementar necessária para repor os estoques de ferro. A injeção de ferrodextrano é uma solução coloidal de oxiidróxido férrico complexado com dextrano polimerizado, que contém 50 mg/mL de ferro elementar. O uso de ferrodextrano de baixo peso molecular reduz a incidência de toxicidade relativa a observada com preparações de alto peso molecular. O ferrodex trano pode ser administrado por injeção intravenosa (via preferida) ou intramuscular. A administração intravenosa produz resposta mais confiável. Quando administrado por via intravenosa em uma dose < 500 mg, o complexo de ferrodextrano sofre depuração exponencialcom meia-vida plasmática de 6 h. Com a administração intravenosa de > 1 g como dose total, a depuração pelas células reticuloendoteliais é constante, da ordem de 10-20 mg/horas. Essa taxa lenta de depuração resulta em coloração acastanhada do plasma durante vários dias e elevação dos níveis séricos de ferro durante 1-2 semanas. Uma vez liberado do dextrano no interior das células reticuloendoteliais, o ferro é incorporado às reservas ou transportado pela transferrina até a medula eritroide. A injeção intramuscular de ferrodextrano só deve ser iniciada após uma dose teste de 0,5 mL (25 mg de ferro). Se não for observada reação adversa, as injeções poderão ser continuadas. O ferrodextrano só deve ser injetado na massa muscu lar do quadrante superior externo da nádega, utilizando a técnica em z). Entretanto, as reações locais e a preocupação quanto à possível ocorrência de alteração maligna no local de injeção tornam a administração intramuscular inapropriada exceto quando a via intravenosa é inacessível. O paciente deve ser observado à procura de sinais de anafilaxia imediata, bem como durante 1 hora após a injeção para detectar sinais de instabilidade vascular ou de hipersensibilidade, incluindo angústia respiratória, hipotensão, taquicardia ou dor nas costas ou no tórax. São também observadas reações de hipersensibilidade tardia, particularmente em pacientes com artrite reumatoide ou história de alergia. Pode surgir febre, mal-estar, linfadenopatia, artralgias e urticária dentro de vários dias ou semanas após a injeção, com persistência dessas reações durante um período prolongado de tempo. Por isto, o ferrodextrano deve ser utilizado com muito cuidado em pacientes com artrite reumatoide ou outras doenças do tecido conjuntivo, bem como durante a fase aguda de doença inflamatória. Uma vez documentada a ocorrência de hipersensibilidade, deve-se abandonar a terapia com ferrodextrano. Antes de iniciar a terapia com ferrodextrano, a dose total de ferro necessária para corrigir o estado de deficiência do paciente deve ser calculada. Os fatores relevantes a considerar incluem o déficit de hemoglobina, a necessidade de reconstituir as reservas de ferro e as perdas excessivas e contínuas de ferro, como as observadas com hemodiálise e na presença de sangramento GI crônico. A solução de ferrodextrano (50 mg/dL de ferro elementar) pode ser administrada não diluída em doses diárias de 2 mL, até atingir a dose total, ou administrada. É prudente suspender o fármaco sempre que houver elevação dos níveis plasmáticos de ferritina acima de 800 J!g/L. Gluconato férrico de sódio As indicações para o gluconato férrico e ferro-sacarose são limitadas a pacientes com doença renal crônica que possuem deficiência de ferro documentada, embora sejam defendidas aplicações mais amplas. O gliconato férrico e o ferro-sacarose são administrados como uma dose fixa semanal por várias semanas até que os estoques totais de ferro sejam repostos. O gliconato férrico de sódio é uma preparação de ferro intravenosa. A administração de gliconato férrico em doses que variam de 62,5-125 mg durante a hemodiálise está associada a uma saturação de transferrina excedendo 100%. Pacientes submetidos à hemodiálise com níveis de ferritina entre 500 e 1.200 ng/mL e saturações de transferrina ~ 25% quando submetidos a tratamento com eritropoietina tinham melhores valores de hemoglobina após o tratamento com gliconato férrico, levando a menor demanda de eritropoietina. Diferente do ferrodextrano, que requer o processamento pelos macrófagos que pode levar várias semanas, cerca de 80% do gliconato férrico de sódio é liberado para transferrina em 24 h. Ele também tem um menor risco de induzir reações anafiláticas graves em relação ao ferrodextrano. Não foram relatadas mortes em aproximadamente metade do número de pacientes tratados com ferrodextrano. Assim, o gliconato férrico de sódio tornou-se o agente preferido para a terapia parenteral com ferro. Atualmente, a ferrodextrano está reservada para pacientes não complacentes ou para pacientes que foram gravemente afetados por múltiplas infusões que podem ser necessárias para o tratamento com gliconato férrico sódico ou ferro-sacarose. Ferro-sacarose As indicações para o gliconato férrico e ferro-sacarose são limitadas a pacientes com doença renal crônica que possuem deficiência de ferro documentada, embora sejam defendidas aplicações mais amplas. O gliconato férrico e o ferro-sacarose são administrados como uma dose fixa semanal por várias semanas até que os estoques totais de ferro sejam repostos. O ferro sacarato é um Complexo férrico de alto PM, aproximadamente 43 kDa, que não é excretado por via renal, seguro, estável em condições fisiológicas, pois não libera ferro não iônico RAM: mínima imunogenicidade (ocorrência de reação alérgica < 1/100.000 infusões. Indicações: escolha para o tratamento da anemia ferropriva em doença renal crônica; em ginecologia, obstetrícia, cirurgia, gastroenterologia, hematologia e hemoterapia. No Brasil-> é a única opção para tratamento com ferro por via parenteral. Apresentação: IM =ampolas contendo 2 mL e 100 mg de ferro elementar IV= ampolas contendo 5 mL e 100 mg de ferro elementar Noripurum iv o sacarato hidróxido de ferro-100mg/5mL o Solução injetável endovenosa 20 mg/ml (100 mg/5 ml). o Embalagens contendo cinco ampolas de 5 ml cada. o Cada ampola (5 ml) contém 100 mg de ferro III na forma de sacarato de hidróxido férrico o Excipientes: hidróxido de sódio e água para injetáveis. NORIPURUM® EV deve ser diluído somente com solução de cloreto de sódio estéril 0,9% p/v. Deve ser administrado por via intravenosa e nunca por via intramuscular pois, em função de seu elevado pH. Pode-se administrar a solução por infusão, por injeção endovenosa lenta ou diretamente na linha do dialisador. Infusão endovenosa: ser exclusivamente diluído em soro fisiológico estéril: - 1 ml de NORIPURUM® EV (20 mg de ferro) em 20 ml de solução de cloreto de sódio estéril a 0,9% p/v; - 5 ml (100 mg de ferro) em no máximo 100 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v,; - até 25 ml (500 mg de ferro) em no máximo 500 ml de solução de cloreto de sódio a 0,9% p/v]. Para administração da dose única máxima tolerada de 7 mg de ferro/kg de peso corporal, deve-se respeitar o tempo de infusão de no mínimo três horas e meia, qualquer que s a dose total. Cálculo da posologia-> NORIPURUM® IV deverá ser determinada individualmente, conforme a necessidade total de ferro, levando- se em conta três fatores: 1) Grau de deficiência de ferro (em mg), déficit total de ferro em mg 2) Peso do paciente em kg 3) Reserva necessária de ferro. Indicações o Anemias ferropênicas graves (pós-hemorrágicas, pós-partos, pós-cirúrgicas) o Distúrbios de absorção gastrointestinal ou impossibilidade de se utilizar a ferroterapia por via oral nos casos de intolerância aos preparados orais de ferro em doenças inflamatórias gastrointestinais, que poderiam ser agravadas pela ferroterapia oral, e nos casos em que a falta de resposta à ferroterapia seja suspeita de falta de adesão ao tratamento o Anemias ferropênicas graves no 3° trimestre da gravidez ou no puerpério o Correção da anemia ferropênica no pré-operatório de grandes cirurgias o Anemia ferropriva que acompanha a insuficiência renal crônica Efeitos adversos Administração IM- o ferro tem absorção irregular e efeitos adversos indesejáveis, como dor, mancha hipercrômica e necrose muscular (rara) no local da aplicação. Técnica de aplicação-> intramuscular em Z (pregueamento da pele). O extravasamento de ferro na pele pode causar inflamação local, abscesso estéril e pigmentação definitiva. Noripurum® intramuscular é indicado em: • anemias ferropênicas graves (pós-hemorrágicas, pós-cirúrgicas); • anemia ferropênica acompanhada de distúrbios de absorção gastrointestinal ou impossibilidade deadministrar o tratamento com ferro por via oral e também quando não é possível a administração por via endovenosa; • na correção da anemia ferropênica antes de grandes cirurgias; • anemia ferropênica que acompanha a insuficiência renal crônica. Sacarato hidróxido férrico na gravidez Deve ser indicado, a partir do 29 trimestre, em casos especiais de anemia moderada a grave (Hb abaixo 9 g/dL) em que haja necessidade de correção rápida dos níveis de ferro, risco aumentado de hemorragia ou intolerância materna relevante e de anemia por outras comorbidades. Ou mesmo no final da gestação, quando não há mais tempo para o ferro oral resultar no efeito desejado e ainda se pode evitar uma transfusão de sangue no período antenatal. O uso do ferro III na gestante é raro e nenhuma preparação parenteral recebeu a categoria "A" do FDA para uso na gravidez. A administração, se indicada, deve ser feita em hospital, por infusão diluída e lenta por 30 minutos, 1 a 3 vezes por semana, respeitando intervalos de 48 horas entre as injeções e não passando de 300 mg de ferro por injeção, até repor as reservas em ferro (conforme cálculo). Para as gestantes o peso corporal deve ser o de antes da gestação. A administração parenteral de preparados de ferro pode causar reações alérgicas ou anafiláticas, que podem ser potencialmente letais. Evitar o extravasamento, pois pode causar dor no local, inflamação e manchas na pele. Carboximaltose férrica -FERINJECT® COMPOSIÇÃO: Cada frasco-ampola de 10 mL contém: carboximaltose férrica (equivalente a 500 mg de ferro III) ... 1.800 mg Excipientes: água para injetáveis, hidróxido de sódio (ajuste de pH) e ácido clorídrico faluste de pHI. Ferro gluconato Complexo de gluconato férrico sódico com PM aproximado de 350.000 Da, contém o mesmo núcleo de hidróxido de ferro que o ferro dextran acrescido de gluconato para estabilizar e solubilizar o composto. - RAM: reação anafilática grave e de reação tardia com esse complexo é da ordem de 0,04% e 0,4%, respectivamente. -a eficácia e segurança do ferro gluconato em pacientes em hemodiálise, no tratamento da anemia no paciente com câncer e em pacientes graves em centros de unidade intensiva. - Não disponível no Brasil. Etapas cronológica da Intoxicação. (nem todos os pacientes apresentam todas as etapas) ESTAGÁGIO 1: (entre 30-120 min.) distúrbios Gl...* náuseas * vômitos * diarreia* dor abdominal * sangramento ESTÁGIO 2: (período quiescente) raramente o paciente é encontrado neste estágio ESTÁGIO 3: ( entre 2- 12 horas) além dos distúrbios GI...* hipotensão * cianose * depressão do SNC ESTÁGIO 4: ( entre 2 - 4 dias )* lesão tissular principalmente nos tecidos mais vascularizados (fígado -rins) * desenvolve distúrbios respiratórios e acidose ESTÁGIO 5: ( depois de 4 dias) raramente atinge esta fase Se o paciente sobrevive podemos observar entre 2 - 4 semanas obstrução intestinal. Conduta na ingesta excessiva de ferro 1. Provocar vômitos com IPECA Condição: Se ingesta ocorreu entre 30 - 60 min. • Paciente alerta e cooperativo OU • exame radiológico negativo. • ATENÇÃO: não empregar soluções salinas-› riscos de causar distúrbios hidroeletrolíticos • Uso de desferoxamina por VO pode aumentar absorção de ferro Tratamento do paciente sintomático Concentração de ferro plasmático acima de 500 mcg/ dL 1. Administrar desferoxamina por via EV • Não se recomenda seu uso por mais de 24h (disf. respiratória) 2. Cuidados a serem observados com o uso de desferoxamina Administração rápida pode causar: - hipotensão arterial; alterações neurológicas; lesão ocular; disfunção respiratória 3. Transfusão de sangue: • ocasionalmente nas intoxicações muito grave ou com sinais de insuficiência renal Resolução 344 da ANVISA, de 2002, determina a obrigatoriedade da adição de ferro e de ácido fólico às farinhas de trigo e de milho, devendo cada 100 g de farinha de trigo e de farinha de milho fornecerem no mínimo 4,2 mg de ferro e 150 mcg de ácido fólico Anemia megaloblástica Refere-se a um grupo de alterações hematológicas caracterizadas por padrão morfológico atípico das células hematopoiéticas: eritrócitos grandes (macrocíticas) e imaturos (megaloblásticas). Sua etiologia é consiste em um defeito na síntese de DNA que afeta, principalmente, células de proliferação rápida, das quais se destacam as hematopoiética ocasionadas por deficiência de ácido fólico ou vitamina B12. Anemia megaloblástica por deficiência de Ácido fólico A deficiência de ácido fólico é uma das causas mais comuns de prematuridade, anemias hemolíticas e diarreia crônica grave. As principais causas de deficiência de ácido fólico são: Dieta pobre ou insuficiente (cereais, frutas, vegetais, carne); leite cabra; infomas, leucemias, mielodisplasias; Drogas: metotrexato, anticonvulsivantes, trimetoprim, pirimetamina, sulfonas. Seus sintomas podem ser perda ponderal, glossite, diarreia, perda de memória, anorexia, inapetência, irritabilidade, dispneia, fadiga. Causada por: • Consumo insuficiente: Vegetarianos; • Má absorção causada por anormalidades gástricas: l secreção ácida e FI; • Má absorção causada por anormalidades pancreáticas; • Má absorção causada por anormalidades do íleo terminal; • Fármacos; • H. pylori O ácido fólico possui como principais fontes o fígado, leveduras e vegetais frescos. Temos necessidade mínima diária-> 50-200 g. Mais de 90% do ác. fólico é destruído pelo cozimento. É absorvido como poliglutamato no duodeno onde é reduzido e metilado pela diidrofolato redutase e no fígado é captado por endocitose é armazenado na forma de poliglutamato. É absorvido no duodeno e jejuno proximal. Metabolismo do ácido fólico: após ser absorvido -› plasma como Metiltetraidrofolato (MHTF) sob a forma de monoglutamato, ligado a proteínas. Ao penetrar nas células, o grupamento metil é retirado por uma enzima dependente da vitamina B12 (metionina sintase), liberando no citoplasma o Tetraidrofolato (THF), já na forma de poliglutamato - a forma ativa da vitamina. - maior reservatório-> é o fígado, responsável por metade das reservas. - secretado na bile, para ser reabsorvido no jejuno (ciclo êntero-hepático folato), além de ser excretado na urina. doses de 1 a 5 mg/dia por um a quatro meses até a normalização da anemia, além da inclusão na dieta dos vegetais verdes, que são ricos em folatos. sua deficiência diminui a síntese dos ácidos tetraidrofólicos, acarretando danos e diminuição da síntese de proteínas, afetando diretamente a maturação e divisão celular, levando ao quadro de anemia megaloblástica. O balanço negativo de folato geralmente é decorrente de uma dieta inadequada, da má absorção ou da utilização exagerada da vitamina. Existe uma interdependência do metabolismo do ácido fólico e da cobalamina, uma vez que a vitamina B12 é necessária para a manutenção do folato no meio intracelular (conversão do monoglutamato metiltetraidrofolato em poliglutamato tetraidrofolato). Anemia megaloblástica por deficiência de B12 A deficiência de B12 pode causar parestesia, fraqueza, glossite. Causada por: • Consumo insuficiente; • Má absorção jejunal: doença celíaca e outros distúrbios intestinais; • Aumento das necessidades: causas fisiológicas ou patológicas; • Uso de fármacos que inibem a diidrofolato redutase (metotrexate, trimetropim) ou que interferem com a captação e armazenamento do ác. Fólico (fenitoina - fenobarbital; • Deficiência aguda de folato; • Alcoolismo. Absorção de vitamina B12: No homem, a absorção inicia na boca, por ação da saliva, e continua até o final do intestino delgado. Neste processo, várias proteínas são necessárias para promover captação da vitamina B12. o na boca-> as glicoproteínas secretadas na saliva e no suco gástrico unem-se à vitamina B12, a caminho do duodeno. o na porção inicial do duodeno as proteases do suco pancreático rompemas ligações entre a vitamina B12 e as glicoproteínas; o O fator intrínseco (FI), se une à vitamina B12,-> os receptores do fator intrínseco, localizados nas células que constituem a porção final do intestino delgado. o as proteínas receptoras do fator intrínseco introduzem a vitamina B12 nas células intestinais e, então, a vitamina passa para o sangue circulante. o já na circulação, a vitamina B12 se liga à proteína denominada transcobalamina II, que a transporta para os diferentes tecidos e células. o O Fl (fator intrínseco) não é absorvido pelo intestino-> eliminado sem transformação. o A vitamina B12, absorvida no íleo terminal, é então ligada à Te ll, adentra a circulação portal e é distribuída para as células que expressam receptores específicos, os quais internalizam a vitamina na forma de complexo Tc-vitamina B12 o Transportadores plasmáticos o No plasma, a vitamina B12 circula ligada às proteínas transportadoras denominadas transcobalaminas, que são três. o a maior parte da vitamina B12 circula ligada à holoHc. o outra porção é transportada pela holo-Tc, que representa aproximadamente 10% a 30% da fração circulante de vitamina B12, o uma pequena fração de vitamina B12 circula ligada à transcobalamina III(Tc III). A holo-Hc é uma glicoproteína de transporte de, aproximadamente, 120kDa, e, embora represente a maior fração de vitamina B12 circulante, é considerada inerte porque não existem receptores celulares para holo- Hc nas células e por sua função no organismo ser pouco conhecida. A holo-Hc é liberada no plasma pelos granulócitos, podendo ocorrer reduções de holo-Hc circulante por decréscimo da massa total de granulócitos. O aumento da massa de granulócitos na policitemia vera pode ser responsável por uma liberação maior de holo-Hc, elevando os níveis séricos de vitamina B12 e podendo mascarar uma possível deficiência, já que o aumento desta fração não representa maior disponibilidade de vitamina B12 por parte das células. A holo-Tc, uma proteína de 43kDa, é produzida por fígado, macrófagos e íleo, e contém a fração biologicamente ativa da cobalamina, pois promove a entrada específica da cobalamina em todas as células do corpo. A holo-Tc plasmática encontra-se em um estado dinâmico e pode diminuir devido a problemas de má absorção, depleção das reservas, danos hepático e renal e por deficiência congênita. A falta de holo-Te resulta em anemia megaloblástica severa na infância, mas os níveis séricos de vitamina B12 poderão estar normais devido a valores mais elevados de holo-Hc. A Tc III é, provavelmente, uma isoproteína da holo-Hc, não-saturada com cobalamina e, portanto, menos carregada. É liberada pelos granulócitos durante a coagulação in vitro e produzida por várias células como fibroblastos, macrófagos, enterócitos, células renais, hepatócitos, mucosa gástrica e endotélio. A Tc III não foi ainda estudada quanto à sua função. • únicas fontes dietéticas-> carnes, ovos e laticínios. Vegetarianos estritos, que não ingerem nenhum tipo de carne ou outros compostos animais (como leite, ovos e queijo), acabarão desenvolvendo deficiência de B12 - necessidade mínima de vitamina B12 (que corresponde às perdas)-> 2,5 g/dia (2,5 unidades/dia), -quantidade corpórea total -› 2-4 mg, com metade das reservas presentes no fígado. -O estoque corporal de cobalamina é bastante duradouro. A deficiência de vitamina B12 tem como etiologia mais frequente a má absorção, em vez da pobre ingestão alimentar. A cobalamina da dieta vem semore ligada as proteínas alimentares, precisando sofrer a ação do ácido gástrico e da pepsina para se desprender. Durante a digestão gástrica, a vitamina B12 é liberada e imediatamente se liga a uma glicoproteína: o ligante R, secretado na saliva e na mucosa gástrica. No duodeno, o complexo vitamina B12-Ligante R é dissolvido sob a ação das proteases secretadas pelo pâncreas. Dessa forma, a vitamina B12 é liberada. sendo então captada pelo Fator Intrinseco (FI). O FI é uma glicoproteína produzida pelas células parietais do fundo e corpo gastricos, secretada em paralelo com o ácido cloridrico. O complexo vitamina B12-FI é resistente a degradação proteolitica e prossegue até o ileo distal, onde receptores específicos situados na borda em escova da mucosa ligam o complexo e possibilitam finalmente a absorção da vitamina. Cerca de 99% da absorção da vitamina B12 só se dá ligada ao Fl. Uma pequena parcela (1%) é absorvida sem o Fl, por difusão passiva por entre as células da mucosa intestinal. A deficiência de vitamina B12 em gestantes aumenta o risco de malformação fetal, ocasionando defeito no tubo neural e constituindo-se numa das mais comuns alterações congênitas. A identificação da deficiência de vitamina B12 é importante devido ao inapropriado tratamento com ácido fólico, que corrige os sinais hematológicos, mascarando deficiência dessa vitamina, propiciando o desenvolvimento de sintomas neurológicos através de provável aceleração da desmielinização neuronial e permitindo progressivos e irreversíveis danos neurológicos. Diagnóstico Uma B12 sérica inferior a 200 pg/ml e um folato sérico inferior a 2 ng/ml confirmam, em termos práticos, o diagnóstico de carência de B12 e o de folato, respectivamente. Uma B12 sérica entre 200-300 pg/ml não afasta a deficiência da vitamina, ao mesmo tempo que um valor do folato sérico entre 2-4 ng/ml também não exclui a carência de ácido fólico. Nesses casos, a confirmação deve ser realizada pela dosagem do ácido metilmalônico no soro ou urina e pela pesquisa do folato eritrocitário. O ácido metilmalônico encontra-se elevado apenas na deficiência de cobalamina. Valores normais: 70 e 270 mol/L. Em pacientes deficientes em cobalamina-> níveis de 3.500 até 2.000.000nmol/L. A distinção entre a deficiência de cobalamina e de folato é de capital importância, porque o uso de folato pode corrigir as anormalidades hematológicas, mas não as neurológicas da deficiência de cobalamina, podendo até agravá-las. Deficiência de Cobalamina Via de administração-> parenteral. - sob a forma de cianocobalamina ou hidroxicobalamina. -> IM 1.000 м (1.000 unidades),1x/dia/7dias, -seguida da mesma dose uma vez por semana por quatro semanas e daí em diante uma dose mensal para o resto da vida do paciente. Deficiência de Folato Via de administração-> oral dose usual de 1-5 mg/dia. Se o problema estiver na absorção, doses de até 15 mg/dia podem ser utilizadas,sendo rara a necessidade do folato parenteral. A duração da terapia depende do grau de deficiência. A dieta deve ser corrigida, para que não haja recidiva do quadro carencial. Profilaxia Reposição profilática de vitamina B12: 3 situações 1. Em todos os vegetarianos é recomendada a reposição de cobalamina em baixas doses (5-10 g/d). 2. RN e lactentes filhos de mães deficientes em cobalamina. 3. Pacientes com disabsorção crônica de vitamina B12 (gastrectomizados, anemia perniciosa, acloridria ou insuficiência pancreática). - nestes pacientes, para compensar a disabsorção, as doses são maiores, cerca de 2.000 g/d. A reposição profilática de ácido fólico está indicada 1. em todas as gestantes 2. em mulheres em idade reprodutiva que façam uso de anticonvulsivantes, na dose de 400 g/d. 3. portadores de hemólise crônica 4. em doenças mieloproliferativas devem receber 1 mg/d de ácido fólico. O ácido folínico deve ser usado como rotina em pacientes que usam metotrexato, pirimetamina ou trimetoprim, pois este composto não é metabolizado na via da diidrofolato redutase, enzima inibida por essas drogas. A dose é de 1 mg/d.