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APG 10 - SOI IV

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APG 10 - Meu fígado não passou no teste 
 
Objetivos 
• Entender a epidemiologia, etiologia, 
transmissão, fatores de risco, fisiopatologia, 
manifestações clínicas, complicações, 
diagnóstico e tratamento das hepatites virais. 
• Entender os aspectos morfológicos dos vírus. 
Hepatites virais 
As hepatites virais são subdivididas em agudas e 
crônicas. A infecção por um vírus hepatotrópico 
provoca um episódio agudo de inflamação 
hepática, designada como hepatite aguda, que pode 
levar à eliminação espontânea do agente infeccioso 
ou à sua persistência, que, por sua vez, resulta em 
infecção crônica por um subgrupo desses vírus. 
Cinco vírus da hepatite são responsáveis pela 
maioria dos casos de hepatite aguda. 
A hepatite se refere à inflamação do fígado, a qual 
pode ser causada por vírus hepatotrópicos que 
afetam primariamente as células hepáticas (ou 
hepatócitos); mecanismos autoimunes; reações a 
fármacos e toxinas; ou outros distúrbios sistêmicos. 
Os vírus hepatotrópicos conhecidos são os 
seguintes: vírus da hepatite A (HAV), hepatite B 
(HBV), vírus da hepatite C (HCV), vírus da 
hepatite D ou delta (HDV) e vírus da hepatite E 
(HEV). Embora todos esses vírus causem hepatite 
aguda, eles diferem quanto ao mecanismo de 
transmissão e ao período de incubação; ao 
mecanismo, à gravidade e à cronicidade da lesão 
hepática; bem como à capacidade de evoluir a um 
estado de portador. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
De 2000 a 2021, foram notificados 718.651 casos 
confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 
168.175 (23,4%) são referentes aos casos 
de hepatite A, 264.640 (36,8%) aos de hepatite B, 
279.872 (38,9%) aos de hepatite C e 4.259 (0,6%) 
aos de hepatite D. 
BIOPATOLOGIA: A hepatite viral aguda 
caracteriza-se por necroinflamação aguda do 
fígado. Como nenhum dos vírus hepatotrópicos é 
citopático, a lesão hepática é mediada por uma 
forte reação mediada por linfócitos T citotóxicos 
contra os hepatócitos infectados, que expressam 
antígenos virais em sua superfície. As citocinas 
pró-inflamatórias, as células natural killer (NK) 
e a citotoxicidade celular dependente de 
anticorpos também parecem desempenhar um 
papel na necroinflamação hepática. A eliminação 
imune bem-sucedida pode levar à depuração 
viral, que pode ou não estar associada a 
imunidade permanente, dependendo do agente 
infeccioso. Algumas vezes, a reação imune é tão 
potente que o paciente desenvolve hepatite 
subfulminante ou até mesmo fulminante que 
exige transplante hepático. Em alguns pacientes 
– a proporção varia, de acordo com o vírus 
responsável pela hepatite aguda –, a resposta 
imune falha e a infecção se torna crônica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Após a infecção há um período de incubação de 
alguns dias a várias semanas, dependendo do 
agente causal. Em geral, esse período de incubação 
caracteriza-se por sintomas inespecíficos, 
incluindo fadiga, náuseas, perda do apetite, 
sintomas gripais e/ou dor no quadrante superior 
direito do abdome. Com frequência, o período de 
incubação caracteriza-se por leucopenia e 
linfocitose relativa. Em 10 a 20% dos pacientes 
durante a fase pré-ictérica, são observados 
sinais/sintomas imunomediados, incluindo 
erupção cutânea, urticária, artralgias, edema 
angioneurótico e febre. 
Durante a fase aguda da doença, os sintomas 
variam muito, desde uma doença assintomática até 
sintomas subictéricos, ictéricos ou graves. A forma 
ictérica, que não é frequente, caracteriza-se por 
fadiga, anorexia, náuseas, disgeusia, icterícia, 
coluria, acolia e perda de peso. O exame físico 
revela icterícia e dor à palpação do fígado; 
podem ser encontradas hepatomegalia e 
esplenomegalia. A hepatite viral aguda 
caracteriza-se por elevação dos níveis séricos de 
bilirrubina (total e direta) e de 
aminotransferases, que frequentemente são 
mais de 10 vezes o limite superior da 
normalidade. Com frequência, a hepatite aguda 
colestática está associada a icterícia e prurido 
prolongados e flutuantes. Depois de 1 a 3 semanas, 
em média, os sinais tanto clínicos quanto 
laboratoriais melhoram progressivamente e 
normalizam-se. Entretanto, alguns pacientes 
apresentam recidiva antes da resolução definitiva. 
As formas fulminantes de hepatite viral aguda são 
caracterizadas por sinais de insuficiência 
hepática, incluindo alterações da personalidade, 
comportamento agressivo, transtornos do sono e 
encefalopatia hepática. O coma pode sobrevir 
rapidamente, e pode haver hemorragia 
disseminada. 
 
 
 
 
 
 
 
• Hepatite A: 
O HAV é um membro da família Picornaviridae, do 
gênero Hepatovirus. A partícula viral da hepatite A 
é um nucleocapsídio icosaédrico não envelopado 
de 27 nm, que expressa o antígeno da hepatite A e 
contém um genoma de RNA de fita positiva. Nos 
seres humanos, já foram descritos três genótipos 
diferentes do HAV (genótipos I, II e III), com 
predomínio do genótipo I. 
EPIDEMIOLOGIA➔ Apresenta uma distribuição 
mundial e pode ocorrer de forma esporádica ou de 
surtos epidêmicos. A incidência de casos agudos e 
a soroprevalência variam de acordo com a higiene, 
o saneamento, a moradia e os padrões 
socioeconômicos de determinada região. Nos 
países em desenvolvimento é comum ocorrer essa 
infecção na infância, já nos países desenvolvidos 
pode ocorrer em qualquer idade. 
TRANSMISSÃO➔ Em geral, o HAV é 
transmitido por via fecal-oral, com mais frequência 
diretamente de uma pessoa para outra ou por meio 
da ingestão de água ou alimentos contaminados 
com fezes. Já foi relatada a transmissão do vírus por 
transfusão de sangue, e foram descritos casos 
isolados de transmissão perinatal aparente. Grupos 
de alto risco incluem pessoas que frequentam 
creches, escolas, usuários de subst. Injetáveis etc. 
BIOPATOLOGIA➔ O genoma é um RNA 
mensageiro e contém uma única fase de leitura 
aberta, que codifica proteínas virais tanto 
estruturais quanto não estruturais. Após fixação a 
um receptor específico na superfície dos 
hepatócitos, o vírus penetra nas células e é 
desenvelopado. Os eventos subsequentes que 
ocorrem exclusivamente no citoplasma incluem 
1)tradução da única fase de leitura aberta em uma 
poliproteína, que posteriormente é processada 
para gerar as proteínas virais maduras; 
2)replicação em um complexo de replicação ligado 
à membrana, que gera novos genomas virais, os 
quais são subsequentemente utilizados para a 
produção de proteína viral e montagem das 
partículas virais; e acondicionamento dos 
genomas recém-formados em novas partículas, que 
são exportadas para fora das células. O vírus é 
secretado na bile e, em menor grau, no soro. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O período de 
incubação é de 15 a 45 dias. Na maioria dos casos, 
a infecção aguda segue uma evolução leve e que 
passa despercebida. A incidência de casos 
ictéricos sintomáticos aumenta com a idade do 
indivíduo. A hepatite A aguda em adultos exige 
hospitalização em até 13% dos casos; foram 
relatados cursos prolongados de 6 a 9 meses em 
10% dos pacientes adultos com diagnóstico de 
hepatite A aguda. A hepatite A é a causa mais 
comum de hepatite colestática recidivante. 
 
DIAGNÓSTICO➔ O diagnóstico de hepatite A 
aguda baseia-se na detecção da imunoglobulina 
M (IgM) anti-HAV no soro por imunoensaio 
enzimático. Os níveis séricos de IgM alcançam 
um pico durante o segundo mês de infecção. O 
RNA do HAV pode ser transitoriamente detectado 
nas fezes e em outros líquidos corporais pela reação 
em cadeia da polimerase (PCR) 3 a 10 dias antes do 
início da doença e 1 a 2 semanas depois; entretanto, 
o teste do RNA do HAV geralmente não é 
necessário. Com a resolução da infecção, a IgM 
anti-HAV desaparece depois de 4 a 12 meses, 
porém a IgG anti-HAV persiste por toda vida e 
confere proteção definitiva e duradoura contra 
a infecção. 
TRATAMENTO➔ Como a infecção é 
autolimitadanormalmente não é necessário o uso 
de um antiviral específico. Em casos graves, os 
pacientes precisam de hospitalização. E caso ocorra 
diminuição ou piora da função hepática, pode ser 
necessário um possível transplante de fígado. 
PREVENÇÃO➔ Realizada através de vacinas. 2 
doses com intervalo de 6 a 18 meses. 
• Hepatite B: 
O HBV é um membro da família Hepadnaviridae, 
gênero Hepadnavirus. Apresenta um envelope e um 
capsídio ou cerne que contém o genoma de DNA 
circular parcialmente de fita dupla e a polimerase 
do HBV. O genoma do HBV é o menor genoma de 
vírus humano conhecido. 
EPIDEMIOLOGIA➔ 2 bilhões de pessoas no 
mundo já tiveram contato com o HBV e cerca de 
250 milhões possuem a forma crônica da doença. 
Quatro vias principais de transmissão são 
responsáveis pelas infecções agudas por HBV: (1) 
a transmissão sexual, que é a principal via nas áreas 
industrializadas; (2) a transmissão perinatal da mãe 
para o lactente (transmissão vertical), que está 
associada a uma taxa muito elevada (> 90%) de 
infecção crônica e que constitui a principal causa 
de transmissão do HBV na Ásia; (3) a transmissão 
horizontal por contato interpessoal não sexual, que 
é frequente em pessoas jovens na África e (4) a 
transmissão percutânea por sangue e 
hemocomponentes, materiais médicos ou 
cirúrgicos não seguros ou uso de substâncias 
injetáveis. 
A doença é altamente prevalente em usuários de 
drogas ilícitas injetáveis, heterossexuais com 
vários parceiros sexuais e homens homossexuais. 
Os profissionais de saúde correm risco de contrair 
hepatite B em consequência da exposição ao 
sangue e aos acidentes com agulhas. 
FISIOPATOLOGIA➔ VHB é um vírus não 
citopático, e a lesão hepática na infecção aguda é 
mediada por reações imunes do hospedeiro. 
Células T CD8+ dirigidas contra vários antígenos 
do VHB exercem papel fundamental na lesão 
hepática aguda autolimitada, com efeito citolítico e 
não citolítico sobre os hepatócitos. O efeito 
citolítico por linfócitos T citotóxicos (CTL) é 
decorrente da apoptose mediada por granzimas, 
perforinas e ligantes Fas (Fas-L). Por outro lado, 
CTL ativadas secretam interferon-gama e fator de 
necrose tumoral alfa, que abolem a expressão do 
VHB e a replicação viral (mecanismos não 
citolíticos). A hepatite aguda B sintomática evolui 
de forma limitada em mais de 95% dos casos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS➔ Tipicamente, o 
período de incubação é de 30 a 150 dias. Foi 
relatada a ocorrência de icterícia em até um terço 
dos pacientes adultos com hepatite B aguda, porém 
a maioria dos casos não é reconhecida. Nos 
pacientes sintomáticos, as manifestações 
assemelham-se às de outras causas de hepatite viral 
aguda. 
DIAGNÓSTICO➔ Quatro marcadores devem ser 
pesquisados para o diagnóstico de hepatite B 
aguda: o HBsAg, anticorpos anti-HBc totais, 
IgM anti-HBc e anticorpos anti-HBs. A hepatite 
B aguda caracteriza-se pela ocorrência 
simultânea de HBsAg e IgM anti-HBc. Os 
anticorpos anti-HBc totais também são 
encontrados, mas não os anticorpos anti-HBs. 
Durante a fase de convalescença, os pacientes 
perdem HBsAg antes do aparecimento de 
anticorpos anti-HBs; apresentam anticorpos anti-
HBc isolados, e o diagnóstico baseia-se na 
detecção de IgM anti-HBc. A recuperação 
caracteriza-se pelo aparecimento de anticorpos 
anti-HBs. Os anticorpos anti-HBc totais e anti-
HBs caracterizam a recuperação da hepatite B 
aguda. 
A IgG anti-HBc persiste em títulos altos durante 
toda a vida do paciente, enquanto os títulos de 
anticorpos anti-HBs podem flutuar e, algumas 
vezes, tornam-se indetectáveis depois de vários 
anos. A avaliação quantitativa do HBsAg pode ser 
útil durante o curso da hepatite B aguda, visto que, 
se o nível de HBsAg não diminuir rapidamente, 
o paciente corre risco de evolução crônica. Os 
pacientes que permanecem positivos para o 
DNA do HBV ou o HBeAg por 6 semanas após o 
início dos sintomas tendem a desenvolver 
infecção crônica. 
TRATAMENTO➔ Infecção normalmente não 
exige tratamento antiviral, sendo a recuperação 
espontânea na maioria das vezes. Entretanto, o 
tratamento antiviral com um análogo de 
nucleosídio ou de nucleotídio (atualmente, 
entecavir [0,5 mg/dia] ou tenofovir [fumarato de 
tenofovir disoproxila, 245 mg/dia, ou tenofovir 
alafenamida, 25 mg/dia] até regressão dos sinais 
graves) é recomendado para pacientes com hepatite 
B aguda grave. A terapia antiviral não faz com que 
a hepatite B se transforme em infecção crônica. 
A hepatite fulminante é mais frequente na infecção 
aguda pelo HBV do que em outros tipos de hepatite 
viral aguda, com incidência de aproximadamente 
0,1%. Os fatores associados a desfechos adversos 
da hepatite B aguda incluem idade avançada, sexo 
feminino e, talvez, algumas cepas do vírus. 
Nos pacientes infectados por ocasião do 
nascimento, a taxa de recuperação espontânea após 
infecção aguda pelo HBV é de menos de 5%, 
enquanto as infecções em adultos apresentam 
resolução espontânea em 95 a 99% dos casos. A 
resolução espontânea confere imunidade 
permanente, que habitualmente se caracteriza por 
anticorpos anti-HBs e anti-HBc. 
A prevenção se dá principalmente pelo uso de 
vacinas. 
• Hepatite C: 
O HCV é um membro da família Flaviviridae, 
gênero Hepacivirus. O genoma é uma molécula de 
RNA linear, positiva, de fita simples. O genoma 
está contido em um capsídio de proteína ou cerne, 
que é circundado por um envelope com bicamada 
lipídica no interior do qual duas glicoproteínas 
virais inseridas medeiam a entrada do vírus nas 
células-alvo. 
EPIDEMIOLOGIA➔ é encontrada em todos os 
continentes e estima-se que 71 milhões de 
indivíduos estejam cronicamente infectados. 
 
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO➔ O HCV é transmitido quase 
exclusivamente por sangue infectado. O 
rastreamento preventivo praticamente eliminou o 
risco de infecção pós-transfusional pelo HCV. Em 
consequência, a principal via de transmissão do 
HCV em países industrializados é, no momento 
atual, o uso de substância injetáveis, que é 
responsável por 60 a 80% de novos casos. Além 
disso, a transmissão hospitalar por meio do uso de 
materiais inadequadamente descontaminados ou 
mãos ou luvas contaminadas de profissionais de 
saúde é responsável por um número alto de novas 
infecções. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS➔ O RNA do 
HCV torna-se detectável no soro de 3 a 7 dias após 
a exposição. Os níveis de RNA do HCV aumentam 
rapidamente durante as primeiras semanas, 
seguidos pelos níveis séricos de aminotransferases 
2 a 8 semanas após a exposição. 
Os anticorpos anti-HCV surgem tardiamente na 
evolução da hepatite C aguda e podem não existir 
por ocasião do aparecimento dos sintomas e da 
elevação dos níveis séricos de aminotransferases. 
Depois de um período de incubação que varia de 
15 a 120 dias, a hepatite C aguda habitualmente 
permanece assintomática e não é diagnosticada. 
Os pacientes apresentam sintomas inespecíficos, 
como fadiga, febre baixa, mialgias, náuseas, 
vômitos ou prurido. Ocorre icterícia em apenas 
20 a 30% dos pacientes, habitualmente 2 a 12 
semanas após a infecção. Os níveis séricos de 
aminotransferases geralmente ultrapassam 10 
vezes o limite superior da normalidade no estágio 
agudo, mesmo na ausência de sintomas. A hepatite 
C fulminante tem sido relatada, mas parece ser 
excepcional na ausência de outra doença 
hepática crônica subjacente. 
DIAGNÓSTICO➔ Quando há suspeita de hepatite 
C aguda, os pacientes devem efetuar testes para 
anticorpos anti-HCV por meio de imunoensaio 
enzimático e RNA do HCV por meio de uma 
técnica de biologia molecular sensível. Podem ser 
observados quatro perfis de marcadores, com base 
no achado ou não de um dos marcadores. 
O achado de RNA do HCV na ausência de 
anticorpos anti-HCV indica fortemente infecção 
aguda pelo HCV, o que será confirmado por 
soroconversão (i. e., aparecimento de anticorposanti-HCV) alguns dias a semanas mais tarde. Os 
pacientes com infecção aguda podem apresentar 
RNA do HCV e anticorpos anti-HCV por ocasião 
do diagnóstico; neste caso, é difícil diferenciar a 
hepatite C aguda de uma exacerbação aguda da 
hepatite C crônica ou de hepatite aguda de outra 
causa em um paciente com hepatite C crônica. 
A hepatite C aguda é muito improvável se não 
forem detectados anticorpos anti-HCV e RNA 
do HVC, ou se forem detectados anticorpos anti-
HCV na ausência de RNA do HCV. Entretanto, os 
pacientes incluídos neste último grupo devem fazer 
outro exame após algumas semanas, visto que o 
RNA do HCV pode estar temporariamente 
indetectável, em decorrência do controle parcial 
transitório da replicação viral antes de a infecção se 
tornar crônica. Além desses casos, o achado de 
anticorpos anti-HCV na ausência de RNA do 
HCV é comum em pacientes que se recuperaram 
de infecção anterior por HCV. Entretanto, esse 
padrão não pode ser diferenciado de um resultado 
falso-positivo do imunoensaio enzimático, cuja 
prevalência exata é desconhecida. 
TRATAMENTO➔ O tratamento da hepatite C 
aguda deve ser considerado não apenas pela sua 
capacidade de prevenir a infecção crônica pelo 
HCV, que pode ter graves sequelas clínicas. Cerca 
de 20 a 50% das pessoas eliminam o vírus de forma 
espontânea, sem necessitar de tratamento. 
A combinação em dose fixa administrada 1 vez/dia 
de sofosbuvir (400 mg) e velpatasvir (100 mg) para 
todos os genótipos; ou a combinação em dose fixa 
 
 
 
 
(3 comprimidos pela manhã) de glecaprevir 
(100mg) e pibrentasvir (40 mg) para todos os 
genótipos são opções de tratamento. A cura da 
infecção pelo HCV deve ser avaliada pelo 
desaparecimento do 
RNA do HCV do soro ou do plasma dentro de 12 e 
24 semanas após o tratamento, visto que foi 
relatada a ocorrência de recidivas tardias. Durações 
mais curtas do tratamento estão em fase de estudo. 
A prevenção da transmissão do HCV baseia-se em 
precauções-padrão, não há vacina. 
Cerca de 50 a 80% dos pacientes não eliminam o 
HCV de maneira espontânea e desenvolvem 
infecção crônica. A recuperação espontânea é mais 
frequente se a infecção for adquirida ao nascimento 
(cerca de 50%) e se a hepatite aguda for 
sintomática. Ainda não foi esclarecido se o 
genótipo influencia as taxas de recuperação. Outros 
fatores associados a taxas melhores de recuperação 
espontânea incluem sexo feminino, declínio 
precoce dos níveis de RNA do HCV e níveis 
elevados de aminotransferases ou bilirrubina. Os 
pacientes com recuperação espontânea podem 
manter anticorpos anti-HCV detectáveis por vários 
anos a décadas, porém eles não estão protegidos 
contra uma reinfecção pelo HCV. 
• Hepatite D (delta aguda): 
O HDV, que é um vírus satélite do HBV, só pode 
ser transmitido para pacientes que apresentam 
infecção aguda ou crônica pelo HBV. Possui 
genoma de RNA. 
EPIDEMIOLOGIA➔ Cerca de 10% dos 
portadores crônicos do HBV ou mais de 30 milhões 
de indivíduos em todo o mundo também estão 
infectados pelo HDV. 
TRANSMISSÃO➔ 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS➔ O HDV pode 
ser adquirido ao mesmo tempo que o HBV 
(coinfecção) ou por um portador crônico de HBsAg 
(superinfecção). A coinfecção caracteriza-se por 
um ou dois episódios de hepatite aguda, 
dependendo das concentrações respectivas de 
HBV e HDV existentes no inóculo; a hepatite 
aguda pode variar de leve a fulminante. Em 
contrapartida, quando portadores crônicos do HBV 
são superinfectados pelo HDV, a hepatite D aguda 
é geralmente grave, com frequência fulminante e, 
em geral, crônica. 
DIAGNÓSTICO➔ Três marcadores de infecção 
pelo HDV são os anticorpos anti-HD totais, a 
IgM anti-HD e o RNA do HDV; este último pode 
ser detectado e quantificado por PCR em tempo 
real. Todos os pacientes HBsAg-positivos devem 
ser testados, e o diagnóstico de infecção pelo 
HDV baseia-se no achado de anticorpos anti-
HD. Em pacientes com coinfecção 
autorresolutiva por HBV-HDV, o RNA do HDV 
e a IgM anti-HD existem apenas 
transitoriamente e, com frequência, passam 
despercebidos. A IgM anti-HBc indica infecção 
aguda concomitante pelo HBV. 
Na superinfecção por HDV de um portador de 
HBsAg crônico, não se observa IgM anti-HBc. O 
RNA do HDV é encontrado no soro ou no plasma, 
antes e durante o episódio agudo, enquanto os 
anticorpos anti-HD totais e a IgM anti-HD são 
encontrados durante a fase aguda. Os anticorpos 
anti-HD e, algumas vezes, a IgM anti-HD 
permanecem elevados se a doença se tornar 
crônica. 
TRATAMENTO➔ Não existe nenhum tratamento 
de benefício comprovado para a hepatite D aguda. 
A maneira mais efetiva de prevenção da infecção 
pelo HDV é a vacinação contra HBV, visto que os 
indivíduos que estão protegidos contra o HBV não 
podem ser infectados pelo HDV. Em pacientes com 
coinfecção aguda pelo HBV e HDV, apenas cerca 
de 2% tornam-se portadores crônicos de HDV. Por 
outro lado, quando a infecção pelo HDV é 
adquirida por portadores crônicos de HBV, 
aproximadamente 90% também se tornam 
portadores crônicos de HDV e o risco de 
desenvolver cirrose quadruplica. 
• Hepatite E 
O HEV é um membro do gênero Orthohepevirus, 
da família Hepeviridae. O HEV é um pequeno vírus 
não envelopado. Seu genoma é uma molécula de 
RNA de fita simples. Foram descritos oito 
genótipos (1 a 8) do HEV: os genótipos 1 e 2 
parecem estar mais relacionados com humanos, 
enquanto os genótipos 3 a 8 parecem ser de origem 
animal, mas também podem infectar seres 
humanos. 
A transmissão do HEV é principalmente por via 
fecal-oral. O HEV é endêmico na maioria das áreas 
do mundo em desenvolvimento, onde as infecções 
agudas são esporádicas ou ocorrem durante 
grandes epidemias relacionadas com a 
contaminação da água potável. A transmissão pode 
ser favorecida pelo consumo de carne crua e pelo 
contato direto com animais infectados. Acredita-se 
agora que seja a causa mais comum de hepatite 
viral aguda no mundo. Além disso, infecção aguda 
pelo HEV pode ocorrer em pacientes 
imunocomprometidos. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS➔ O período de 
incubação é de 3 a 8 semanas. A infecção por HEV 
provoca apenas sintomas leves e inespecíficos na 
maioria dos casos, particularmente se a infecção for 
adquirida no início da vida. Os indivíduos 
imunocompetentes eliminam o vírus de maneira 
espontânea. O pico da viremia ocorre 
precocemente durante a infecção, enquanto o pico 
de atividade de aminotransferase é alcançado cerca 
de 6 semanas após a infecção. A doença grave é 
mais frequente em gestantes e em pacientes com 
doença hepática crônica subjacente, que raramente 
evolui para a insuficiência hepática fulminante. 
DIAGNÓSTICO➔ Os pacientes com hepatite 
aguda devem efetuar um teste para hepatite E. O 
diagnóstico de hepatite E aguda baseia-se na 
detecção de anticorpos IgM anti-HEV, que 
surgem nas primeiras 6 semanas e persistem por 3 
a 12 meses. O RNA do HEV também pode ser 
detectado nas fezes, no soro ou no plasma, onde sua 
presença é transitória. Em geral, a IgG anti-HEV 
persiste durante toda a vida após a infecção aguda. 
TRATAMENTO➔ O tratamento da hepatite E 
aguda não é recomendado, visto que a maioria dos 
pacientes se recupera de maneira espontânea. Os 
casos graves e fulminantes devem ser 
encaminhados a unidades especializadas, onde a 
monoterapia com ribavirina pode ser realizada. 
As melhores defesas contra a hepatite E consistem 
em melhorar a higiene pública e consumir carne 
bem cozidas. 
Os casos agudos podem ser graves em pacientes 
idosos, e os casos fulminantes são frequentes em 
gestantes que são infectadas durante epidemias em 
grande escala transmitidas pela água. As taxas 
globais de mortalidade variam de 0 a 10%. 
Hepatite Viral Crônica 
A hepatite crônica é definida pela ocorrência de 
necroinflamação crônica do fígado e pode ser 
decorrente de várias causas, incluindo vírus 
hepatotrópicos, autoimunidade,álcool, distúrbios 
metabólicos e outros. A infecção crônica por vírus 
da hepatite é, sem dúvida, a principal causa de 
hepatite crônica no mundo inteiro, com mais de 
300 milhões de indivíduos cronicamente 
infectados pelo vírus da hepatite B (HBV) ou 
com pelo vírus da hepatite C (HCV). As 
hepatites B e C crônicas representam a principal 
causa de cirrose e de carcinoma hepatocelular 
em todo o mundo e respondem por mais de 1 
milhão de mortes por ano. A infecção crônica 
pelo HBV pode estar associada à infecção pelo 
vírus da hepatite D (HDV). O vírus da hepatite A 
não provoca hepatite crônica e em geral, o vírus 
da hepatite E (HEV) não causa hepatite crônica, 
exceto em pacientes imunossuprimidos. 
• Aproximadamente 292 milhões de 
indivíduos ou 4% da população mundial 
são portadores crônicos do HBV. 
• O HBV é a principal causa de câncer de 
fígado primário. O carcinoma hepatocelular 
tem mais probabilidade de ocorrer quando 
há cirrose subjacente, porém o HBV tem 
propriedades oncogênicas, e pode-se 
observar a ocorrência de carcinoma 
hepatocelular em pacientes não cirróticos 
com HBV. 
• A hepatite C crônica é responsável pela 
maioria dos casos de hepatite viral crônica. 
• A infecção pelo HCV torna-se crônica em 
60 a 85% dos casos. 
• Em geral, a infecção crônica causada por 
esse vírus tem evolução latente ao longo 
dos anos, destruindo silenciosamente os 
hepatócitos. A maioria dos pacientes com 
hepatite C crônica é assintomática, e o 
diagnóstico geralmente é firmado depois da 
detecção de níveis séricos altos de 
aminotransferases séricas ou queixas de 
fadiga ou fraqueza inespecífica. Como a 
evolução da hepatite C aguda geralmente é 
branda, muitos pacientes não se recordam 
dos eventos associados à infecção aguda. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS➔ Os sintomas 
clínicos da hepatite viral crônica e da hepatite 
autoimune são tipicamente inespecíficos, e muitos 
pacientes não apresentam sintomas. Os pacientes 
podem se queixar de fadiga, transtornos do sono 
e dor no quadrante superior direito do abdome. 
Com frequência, o diagnóstico é estabelecido 
quando são identificadas anormalidades 
hepáticas com base em exames de sangue 
durante uma avaliação de saúde de rotina, 
investigação de algum distúrbio não relacionado 
ou por ocasião de doação voluntária de sangue. 
As manifestações mais avançadas incluem 
inapetência, náuseas, perda de peso, fraqueza 
muscular, prurido, coluria e icterícia. Os 
pacientes podem evoluir para cirrose com suas 
manifestações clínicas típicas. Na cirrose, os 
pacientes podem apresentar fraqueza, perda de 
peso, aumento do abdome, edema, equimoses 
espontâneas ou com microtraumatismos, 
sangramento gastrintestinal e encefalopatia 
hepática com confusão mental. Outros achados 
podem incluir angioma aracneiforme, eritema 
palmar, ascite, edema e escoriações na pele. 
DIAGNÓSTICO➔ Os níveis séricos de alanina 
aminotransferase (ALT) e de aspartato 
aminotransferase (AST) estão habitualmente 
elevados (em geral, duas a cinco vezes o limite 
superior da normalidade), porém podem 
permanecer dentro da faixa normal por longos 
períodos em pacientes com hepatite B ou C crônica. 
Em geral, o nível de ALT é maior do que o nível de 
AST. Ambos podem alcançar 10 a 25 vezes o limite 
superior do normal (LSN) durante exacerbações 
agudas. Os exames biológicos podem estabelecer o 
diagnóstico. Em geral, os níveis de fosfatase 
alcalina e de gamaglutamil transpeptidase estão 
minimamente elevados, a não ser que haja cirrose. 
Os níveis séricos de bilirrubina e de albumina e o 
tempo de protrombina estão normais, a menos que 
o paciente tenha cirrose avançada. Os níveis séricos 
de imunoglobulinas estão discretamente elevados 
ou normais na hepatite viral crônica, porém podem 
estar muito elevados na hepatite autoimune. 
 
 
 
 
 
Os resultados que sugerem fibrose avançada 
consistem em contagem de plaquetas inferior a 
160.000, níveis de AST mais elevados do que os 
níveis de ALT, elevação da bilirrubina sérica, 
diminuição da albumina sérica, prolongamento 
do tempo de protrombina, aumento dos níveis 
de alfafetoproteína e níveis elevados de 
globulinas. A ultrassonografia (US) do fígado 
consegue determinar a textura e as dimensões 
do fígado e do baço, excluir massas hepáticas e 
avaliar a vesícula biliar, os ductos biliares intra-
hepáticos e o fluxo da veia porta. A TC e a RM 
do fígado são úteis quando se detecta massa ou 
outra anormalidade na ultrassonografia. 
A biopsia hepática tem sido de importância crítica 
para o diagnóstico e para definir a gravidade da 
doença. Tipicamente, a necrose hepatocelular 
caracteriza-se por degeneração eosinofílica ou 
por degeneração por balonização em todo o 
parênquima, maior na região periporta, 
irregular ou em saca-bocado. A fibrose também 
começa, caracteristicamente, nessas regiões e pode 
conectar áreas porta adjacentes ou áreas porta e 
centrais (fibrose coalescente), distorcer a 
arquitetura hepática e levar à cirrose e à hipertensão 
portal. O grau histológico de hepatite crônica pode 
ser determinado pela combinação dos escores para 
necrose e inflamação periporta, necrose e 
inflamação lobulares e inflamação porta. 
 
 
 
 
 
 
 
Entender os aspectos morfológicos dos vírus 
Definição e propriedades de um vírus: 
• Os vírus são agentes filtráveis. 
• Os vírus são parasitas intracelulares 
obrigatórios. 
• Os vírus não podem produzir energia ou 
proteínas independentemente de uma célula 
hospedeira. 
• Os genomas virais podem ser constituídos 
de RNA ou DNA, mas não ambos. 
• Os vírus têm um capsídio desnudo ou uma 
morfologia de envelope. 
• Os componentes virais são montados e não 
se reproduzem por “divisão”. 
Os vírus mais simples consistem em um genoma de 
ácido desoxirribonucleico (DNA) ou ácido 
ribonucleico (RNA) empacotado em um envoltório 
protetor de proteína e, em alguns vírus, em uma 
membrana. Possuem partículas chamadas vírion 
que tem como função carrear o genoma viral para 
dentro da célula, a fim de ser replicado e 
amplificado. Os vírions maiores podem abrigar um 
genoma maior, capaz de codificar mais proteínas, 
sendo eles geralmente mais complexos. 
A camada externa do vírion é o capsídeo ou 
envelope. Essas estruturas são o pacote, a 
proteção e o veículo de liberação durante a 
transmissão do vírus de um hospedeiro para 
outro. 
 
 
 
 
 
 
 
O capsídeo é uma estrutura rígida capaz de resistir 
a severas condições ambientais. Os vírus com 
capsídeos sem cobertura são geralmente resistentes 
ao ressecamento, ao ácido e a detergentes, 
incluindo o ácido e a bile do trato gastrointestinal. 
Os vírus cujos capsídeos não são envoltos por um 
envelope são conhecidos como vírus não 
envelopados, “nus” ou “descobertos”. Nesse caso, 
o capsídeo protege o ácido nucleico viral do ataque 
das nucleases presentes nos fluidos biológico e 
promove a ligação da partícula às células 
suscetíveis. Cada capsídeo é composto de 
subunidades proteicas, denominadas capsômeros. 
O envelope é uma membrana composta de lipídios, 
prteínas e glicoproteínas, que pode ser mantida 
apenas em soluções aquosas. Como consequência, 
vírus envelopados devem permanecer úmidos e são 
geralmente transmitidos em fluidos, sangue e 
tecidos. 
Dependendo do vírus, os envelopes podem ou não 
apresentar espículas, constituídas por complexos 
carboidrato – proteína que se projetam da 
superfície do envelope. Alguns vírus se ligam à 
superfície da célula hospedeira através das 
espículas, que são características tão marcantes de 
alguns vírus que podem ser utilizadas para a sua 
identificação.

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