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EP2 – Gabarito – Métodos Determińısticos I Neste EP vamos trabalhar o conteúdo estudado na Aula 2 e nas páginas 144 e 145 da Aula 12, do Caderno Didático. Uma expressão matemática é uma combinação finita de números ou letras, as quais chamamos de variáveis, que são ligadas por operações matemáticas, tais como, soma, diferença, multiplicação, divisão, etc e que também envolvem chaves, colchetes e parênteses para indicar a ordem em que as operações devem ser efetuadas. As expressões matemáticas podem ser numéricas, quando envolvem apenas combinações de números ou algébricas, quando envolvem combinações de números e letras. Na Aula 2 do Caderno Didático, você estudou as regras das operações com números naturais, inteiros e racionais e, nos próximos exerćıcios, você praticará estas regras. Esteja especialmente atento à ordem com que as operações devem ser realizadas. Exerćıcio 1 Resolva as expressões numéricas abaixo. Lembre-se que as operações de multiplicação e de divisão devem ser realizadas antes das operações de adição e subtração. a) 5 + 7× (−3)× (−2)− (−4)× 5 b) (−16)÷ 4 + (−3)× (−2) c) 12× 4÷ (−3)× 9 Solução: a) 5 + 7× (−3)× (−2)− (−4)× 5 = 5 + 42− (−20) = 47 + 20 = 67 b) (−16)÷ 4 + (−3)× (−2) = −4 + 6 = 2 c) 12× 4÷ (−3)× 9 = 12× 4 −3 × 9 = 12× 4× 9 −3 = −12× 4× 3 1 = −144 Exerćıcio 2 Efetue as operações com frações, e obtenha o resultado na forma de uma fração irre- dut́ıvel a) 2 5 ÷ 1 40 b) −2 15 × 9 −11 c) −7 3 − 4 −5 d) 2 5 − 3 4 × 6 −5 Solução: a) 2 5 ÷ 1 40 = 2 5 × 40 1 = 2× 40 5× 1 = 2× 8 1× 1 = 16 Métodos Determińısticos I EP2 2 b) −2 15 × 9 −11 = (−2)× � 3 9 > 5 15 × (−11) = (−2)× 3 5× (−11) = −6 −55 = 6 55 c) −7 3 − 4 −5 = −7 3 − ( −4 5 ) = −7 3 + 4 5 = −35 15 + 12 15 = −35 + 12 15 = −23 15 d) 2 5 − 3 4 × 6 −5 = 2 5 − 3 4 × ( −6 5 ) = 2 5 + > 9 18 > 10 20 = 2 5 + 9 10 = 4 10 + 9 10 = 4 + 9 10 = 13 10 Exerćıcio 3 Compare as frações a seguir, completando a lacuna de cada item com >, < ou =. a) 12 7 . . . 5 7 b) 6 4 . . . 6 8 c) 2 3 . . . 5 7 d) 8 9 . . . 9 8 e) −3 4 . . . −7 4 f) 6 −5 . . . 1 3 g) −12 9 . . . 4 −3 Observação: Para comparar dois números racionais, você pode optar por igualar os denominadores ou por utilizar a propriedade apresentada na página 31 do Caderno Didático. Na solução a seguir, optamos por utilizar a propriedade citada. Solução: a) 12 7 > 5 7 , pois 12× 7 > 5× 7. b) 6 4 > 6 8 , pois 6× 8 > 6× 4. c) 2 3 < 5 7 , pois 2× 7 < 5× 3. d) 8 9 < 9 8 , pois 8× 8 < 9× 9. e) −3 4 > −7 4 , pois −3× 4 > −7× 4. f) 6 −5 < 1 3 equivale a −6 5 < 1 3 , pois 6 −5 = −6 5 e −6× 3 < 1× 5. g) −12 9 = 4 −3 equivale a −12 9 = −4 3 , pois 4 −3 = −4 3 e −12× 3 = −4× 9. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 3 Exerćıcio 4 Desenvolvendo as expressões numéricas de ambos os lados das desigualdades, decida se as desigualdades abaixo são verdadeiras ou falsas. a) 3 7 · −5 2 < −3 2 + 1 3 b) −8 3 · −7 8 > 4 5 − 6 8 c) − (−5 9 ÷ −2 7 ) ≤ 4 7 · ( −3 5 ) d) −4 5 + 3 −8 ≥ −47 40 e) −10 > 20 −3 Solução: Antes de começarmos o gabarito desta questão, por motivo de simplificação e economia de espaço, vamos trocar a expressão “se, e somente se,”pelo śımbolo “⇐⇒”. Na Aula 4, falaremos mais sobre ele. a) 3 7 · −5 2 < −3 2 + 1 3 ⇐⇒ −15 14 < −9 6 + 2 6 ⇐⇒ −15 14 < −7 6 ⇐⇒ −15 · 6 < −7 · 14 ⇐⇒ −90 < −98 Logo, a desigualdade é falsa. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 4 b) −8 3 · −7 8 > 4 5 − 6 8 ⇐⇒ *−1−8 3 · −7 � 1 8 > 4 5 − � 3 6 � 4 8 ⇐⇒ −1 3 · −7 1 > 4 5 − 3 4 ⇐⇒ 7 3 > 16 20 − 15 20 ⇐⇒ 7 3 > 1 20 ⇐⇒ 7.20 > 3.1 ⇐⇒ 140 > 3 Logo, a desigualdade é verdadeira. c) − (−5 9 ÷ −2 7 ) ≤ 4 7 · ( −3 5 ) ⇐⇒ − (−5 9 · 7 −2 ) ≤ ( −4 7 · 3 5 ) ⇐⇒ − ( 35 18 ) ≤ −12 35 ⇐⇒ −35 · 35 ≤ −12 · 18 ⇐⇒ −1225 ≤ −216 Logo, a desigualdade é verdadeira. d) −4 5 + 3 −8 ≥ −47 40 ⇐⇒ −32 40 + −15 40 ≥ −47 40 ⇐⇒ −47 40 ≥ −47 40 Logo, a desigualdade é verdadeira. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 5 e) −10 > 20 −3 ⇐⇒ −10 > −20 3 ⇐⇒ −30 > −20 Logo, a desigualdade é falsa. Exerćıcio 5 Efetue as expressões numéricas indicadas e obtenha o resultado na forma de uma fração irredut́ıvel. a) 12 8 + 8 5 b) 2 7 − 5 4 × 2 −3 c) 1 + 2 [ 3− 1 4 ( 4 6 − 1 2 ) + 5 ] + 7 d) 2 { −1 + 12 [ −13 + 4 ( 1− 1 3 )] + 5 } e) [( 3 6 − 12 48 ) ÷ 7 6 + 1 7 ( 13 4 − 7 3 + 1 12 )] × 1 3 ÷ 1 7 f) ( 2 3 − 7 4 × 5 6 ) ÷ 5 3 − 1 2 × 3 4 g) 1 6 15 3 + 7 −4 × 9 8 ÷ −2 3 . Lembrete: Lembre-se primeiro resolvemos o que está entre parênteses, depois o que está entre colchetes e, finalmente, o que está entre chaves. Observe ainda que quando temos dois termos lado a lado sem nenhum sinal entre eles (como ocorre após 1/7 no item e) a operação a ser realizada é multiplicação. Solução: a) 12 8 + 8 5 = > 3 12 � 2 8 + 8 5 = 3 2 + 8 5 = 15 10 + 16 10 = 15 + 16 10 = 31 10 b) 2 7 − 5 4 × 2 −3 = 2 7 − 10 −12 = 2 7 + > 5 10 > 6 12 = 2 7 + 5 6 = 12 42 + 35 42 = 47 42 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 6 c) 1 + 2 3− 1 4 �24 � 3 6 − 1 2 + 5 + 7 = 1 + 2 [3− 1 4 ( 2 3 − 1 2 ) + 5 ] + 7 = 1 + 2 [ 3− 1 4 ( 4− 3 6 ) + 5 ] + 7 = 1 + 2 [ 3− 1 4 ( 1 6 ) + 5 ] + 7 = 1 + 2 [ 3− 1 24 + 5 ] + 7 = 1 + 2 [ 72− 1 + 120 24 ] + 7 = 1 + 2 [ 191 24 ] + 7 = 1 + 191 12 + 7 = 12 + 191 + 84 12 = 287 12 d) 2 { −1 + 12 [ −13 + 4 ( 1− 1 3 )] + 5 } = 2 { −1 + 12 [ −13 + 4 ( 3− 1 3 )] + 5 } = 2 { −1 + 12 [ −13 + 4 ( 2 3 )] + 5 } = 2 { −1 + 12 [ −13 + 8 3 ] + 5 } = 2 { −1 + 12 [−39 + 8 3 ] + 5 } = 2 { −1 + > 4 12 [−31 3 ] + 5 } = 2 {−1 + 4 [−31] + 5} = 2 {−1− 124 + 5} = 2{−120} = −240 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 7 e)[( 3 � 2 6 − 12 > 4 48 ) ÷ 7 6 + 1 7 × ( 13 4 − 7 3 + 1 12 )] × 1 3 ÷ 1 7 = [( 1 2 − 1 4 ) × 6 7 + 1 7 × ( 39 12 − 28 12 + 1 12 )] × 1 3 × 7 = [( 2 4 − 1 4 ) × 6 7 + 1 7 × 12 12 ] × 1 3 × 7 = 1 � 2 4 × � 3 6 7 + 1 7 × 7 3 = [ 1 2 × 3 7 + 1 7 ] × 7 3 = [ 3 14 + 1 7 ] × 7 3 = [ 3 14 + 2 14 ] × 7 3 = 5 > 2 14 × 7 3 = 5 2 × 1 3 = 5 6 f) ( 2 3 − 7 4 × 5 6 ) ÷ 5 3 − 1 2 × 3 4 = ( 2 3 − 35 24 ) ÷ 5 3 − 3 8 = ( 16 24 − 35 24 ) ÷ 5 3 − 3 8 = −19 24 ÷ 5 3 − 3 8 = − 19 > 8 24 × 3 5 − 3 8 = −19 8 × 1 5 − 3 8 = −19 40 − 3 8 = −19 40 − 15 40 = −34 40 = −17 20 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 8 g) 1 6 15 3 + 7 −4 × 9 8 ÷ −2 3 = 1 6 1 5 3 − 7 4 × 9 8 ÷ −2 3 = 1 6 1 20 12 − 21 12 × 9 8 ÷ −2 3 = 1 6 1 − 1 12 × 9 8 ÷ −2 3 = 1 6 ( *−2−12 ) × 9 8 ÷ −2 3 = * −1 −2 × 9 � 4 8 ÷ −2 3 = −9 4 ÷ −2 3 = −9 4 × ( −3 2 ) = 27 8 Exerćıcio 6 Simplifique as expressões algébricas a seguir, onde a, b e c são números com a 6= 0 e b 6= 0. a) (7a+ b− 2c) + (2a− 5b− 3c) b) (a+ 5b)− (4a+ 5b) c) (3a) · (−9b) d) 2(a− b) + 2b e) (25a)÷ (5a) f) 3a 6 ÷ 6 3b g) a− 3ba 3a + b Solução: a) (7a+ b− 2c) + (2a− 5b− 3c) = 7a+ b− 2c+ 2a− 5b− 3c = (7a+ 2a) + (b− 5b) + (−2c− 3c) = (9a) + (−4b) + (−5c) = 9a− 4b− 5c Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 9 b) (a+ 5b)− (4a+ 5b) = a+ 5b− 4a− 5b = (a− 4a) + (5b− 5b) = −3a+ 0 = −3a c) (3a) · (−9b) = −27ab d) 2(a− b) + 2b = 2a− 2b+ 2b = 2a e) (25a)÷ (5a) = 25a · 1 5a = > 5 25 a 5a = 5 f) 3a 6 ÷ 6 3b = 3a 6 · 3b 6 = 9ab > 4 36 = ab 4 g) a− 3ba 3a + b = a− 3ab+ 3ab 3a = a 3a = 1 3 Equações de primeiro grau (com uma variável) Uma Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma relaçãode igualdade entre ex- pressões matemáticas. Exemplos de equações: • 3x+ 9 = 0 • 4x− 2 = 6x+ 7 • a+ b+ c = 0. Exemplos de expressões que não são equações: • 3 + 7 = 5 + 5 (Não é uma sentença aberta) • 2x− 4 < 0 (Não é uma igualdade) • 3 6= 7 (não é uma sentença aberta, nem uma igualdade). Uma equação do primeiro grau é toda equação que, depois de simplificada, pode ser escrita na forma ax+ b = 0, onde a e b são números conhecidos e a é diferente de zero. A letra x é a incógnita da equação. Para resolver essa equação efetuamos os seguintes passos: ax+ b−b = 0−b (subtráımos b dos dois lados da equação) ax = −b ax a = − b a (dividimos por a os dois lados da equação) x = − b a . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 10 Portanto, x = − b a é a solução da equação ax + b = 0, isto é, o valor de x que torna correta (isto é, verdadeira) a igualdade ax + b = 0. Note que quando substitúımos x = − b a na equação, obtemos, de fato, a igualdade, veja: a · ( − b a ) + b = −ab a + b = −a/b a/ + b = − b 1 + b = −b+ b = 0. Numa equação, tudo que antecede o sinal da igualdade é chamado de primeiro membro, e o que sucede, de segundo membro. Por exemplo, em 3x + 8 = 2x − 7 temos que 3x + 8 é o primeiro membro e 2x − 7 é o segundo membro da equação. Qualquer parcela, do primeiro ou do segundo membro, é um termo da equação. Resolver uma equação consiste em realizar uma série de operações que nos conduzam a equações equivalentes cada vez mais simples e que nos permitam determinar as suas soluções. Exerćıcio 7 Resolva as equações: a) 4x 3 = 11 5 b) 3 (x− 4)− 2 (1− x) = 2 (x− 1) c) 3 ( 1− x− 1 3 ) = 1 3 (3x− 7) d) 6− 3x 5 = 1 10 e) 3x− 8 4 = 4x− 20 5 Solução: a) 4x 3 = 11 5 ⇐⇒ 4x 3 ·15 = 11 5 ·15⇐⇒ 4x(5) = 11(3)⇐⇒ 20x = 33⇐⇒ 20x· 1 20 = 33· 1 20 ⇐⇒ x= 33 20 b) 3 (x− 4)− 2 (1− x) = 2 (x− 1) ⇐⇒ 3 · x+ 3 · (−4)− 2 · 1− 2 · (−x) = 2 · x+ 2 · (−1) ⇐⇒ 3x− 12− 2 + 2x = 2x− 2 ⇐⇒ 5x− 14 = 2x− 2 ⇐⇒ 5x− 14−2x = 2x− 2−2x ⇐⇒ 3x− 14 = −2 ⇐⇒ 3x− 14+14 = −2+14 ⇐⇒ 3x = 12 ⇐⇒ 3x·1 3 = 12·1 3 ⇐⇒ x = 4 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 11 c) 3 ( 1− x− 1 3 ) = 1 3 (3x− 7) ⇐⇒ 3 · 1− 3 · ( x− 1 3 ) = 1 3 · 3x− 1 3 · 7 ⇐⇒ 3− (x− 1) = x− 7 3 ⇐⇒ 3− x+ 1 = 3x− 7 3 ⇐⇒ 4− x = 3x− 7 3 ⇐⇒ 3(4− x) = 3x− 7 ⇐⇒ 12− 3x = 3x− 7 ⇐⇒ −3x− 3x = −7− 12 ⇐⇒ −6x = −19 ⇐⇒ x = −19 −6 ⇐⇒ x = 19 6 d) 6− 3x 5 = 1 10 ⇐⇒ 6− 3x 5 · 10 = 1 10 · 10 ⇐⇒ 6− 3x 5 · > 2 10 = 1 10 · 10 ⇐⇒ (6− 3x) · 2 = 1 ⇐⇒ 2 · (6− 3x) = 1 ⇐⇒ 12− 6x = 1 ⇐⇒ −6x = 1− 12 ⇐⇒ −6x = −11 ⇐⇒ x = −11 −6 ⇐⇒ x = 11 6 Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 12 e) 3x− 8 4 = 4x− 20 5 ⇐⇒ 3x− 8 4 · 20 = 4x− 20 5 · 20 ⇐⇒ 3x− 8 4 · > 5 20 = 4x− 20 5 · > 4 20 ⇐⇒ (3x− 8) · 5 = (4x− 20) · 4 ⇐⇒ 5 · (3x− 8) = 4 · (4x− 20) ⇐⇒ 15x− 40 = 16x− 80 ⇐⇒ 15x− 16x = −80 + 40 ⇐⇒ −x = −40 ⇐⇒ x = 40. Uma observação! As equações de primeiro grau não devem ser pensadas apenas como “questões”ou “exerćıcios”por si só. Muitas vezes, elas aparecem quando se está tentando relacionar as informações dadas em problemas, servindo assim, como ferramenta de modelagem destes problemas. Nos exerćıcios abaixo, equações de primeiro grau serão utilizadas como ferramentas em problemas envolvendo conjuntos. Experimente utilizar uma variável para representar a quantidade que você quer determinar, ou alguma outra quantidade relacionada ao problema. Tente resolver o primeiro deles, o Exerćıcio 8 e, caso não consiga (depois de tentar muito!), leia o começo do gabarito. Depois, volte ao exerćıcio e tente seguir sozinho até o fim. Nos exerćıcios 10 e 11, você utilizará equações de primeiro grau para descobrir números de elementos de conjuntos. Experimente denotar por uma variável (x, por exemplo) a quantidade de elementos de algum dos conjuntos envolvidos. Exerćıcio 8 Numa produção caseira de uma quantidade q de bombons, sabe-se que o custo C é igual a soma do dobro da quantidade a ser produzida com um custo fixo de R$ 16,00. A receita R obtida pela comercialização deste produto é igual a 5 vezes a quantidade produzida. Sabendo que o lucro L é dado pela diferença entre a receita e o custo, escreva a equação que representa uma produção com lucro igual a R$ 50,00. Neste caso, determine quantos bombons são produzidos. Solução: Pelo enunciado q é a quantidade de bombons a ser produzida. Como o custo C é igual a soma do dobro da quantidade a ser produzida com um custo fixo de R$ 16,00, temos a equação C = 2q + 16. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 13 Como a receita R obtida pela comercialização deste produto é igual a 5 vezes a quantidade produzida, temos R = 5q. Como o lucro L é dado pela diferença entre a receita e o custo, temos L = R− C = 5q − (2q + 16) = 3q − 16. Assim, a equação que representa uma produção com lucro igual a R$ 50,00 é escrito por L = 50 =⇒ 3q − 16 = 50 . Resolvendo essa equação, vem que: 3q − 16 = 50 ⇐⇒ 3q − 16 + 16 = 50 + 16 ⇐⇒ 3q = 66 ⇐⇒ 1 3 · 3q = 1 3 · 66 ⇐⇒ q = 22 Isto significa, que quando o lucro é igual a R$ 50,00 são produzidos 22 bombons. Exerćıcio 9 Os estudantes de uma classe organizaram sua festa de final de ano, sendo que cada um deveria contribuir com R$ 135,00 para as despesas. Como 7 alunos deixaram a escola antes da arrecadação e as despesas permaneceram as mesmas, cada um dos estudantes restantes teria de pagar R$ 27,00 a mais do que antes. No entanto, o diretor, para ajudar, contribuiu com R$ 630,00. Quanto pagou cada aluno participante da festa? Observação: Este exerćıcio foi retirado do livro Matemática e Lógica para Concursos de José Luiz de Morais, da Editora Saraiva. Solução: Representando o total de alunos que inicialmente faziam parte da classe por a, segue que o total de alunos que efetivamente contribuiram com a festa foi de a−7, depois que 7 deles deixaram a escola. Como as despesas não foram alteradas depois da sáıda destes alunos, segue que o que os alunos da classe iam arrecadar inicialmente ficou igual ao que os alunos restantes arrecadaram. Ou seja, 135 a = (135 + 27)(a− 7) Resolvendo essa equação obtemos 135 a = (135 + 27)(a− 7) ⇐⇒ 135 a = 162 (a− 7) ⇐⇒ 135 a = 162 a− 1134 ⇐⇒ 135 a− 162 a = −1134 ⇐⇒ −27 a = −1134 ⇐⇒ a = −1134 −27 ⇐⇒ a = 42. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 14 Encontramos o total de alunos que dividiriam, inicialmente, o total das despesas; esse total é igual a 42 ·R$ 135, 00 = R$ 5670, 00. Como o diretor contribuiu com R$ 630,00, essa despesa diminuiu para R$ 5040,00, montante que deverá ser dividido entre os alunos restantes, ou seja, 42− 7 = 35 alunos. Assim, temos que cada aluno participante da festa pagou R$ 5040, 00 35 = R$ 144, 00. Exerćıcio 10 Em uma cidade de 100 habitantes, são vendidas duas marcas de sabonetes, A e B. Sabe-se que 12 pessoas compram ambas as marcas; que o número de pessoas que compra a marca A é o triplo do que compra a marca B; e que apenas 16 pessoas não compram A e nem B. Determine quantas pessoas compram apenas a marca A. Solução: Vamos chamar de U o conjunto de todos os habitantes da cidade, de A o conjunto dos compradores da marca A e de B o conjunto dos compradores da marca B. A informação de que “12 pessoas compram ambas as marcas”, nos dá então que n(A ∩ B) = 12. Além disso, como “apenas 16 pessoas não compram A e nem B”, temos n(U − (A ∪ B)) = 16. Temos então o seguinte diagrama: Se chamarmos de x o percentual de pessoas que compram exclusivamente a marca B, como no diagrama abaixo, Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 15 teremos n(B) = x+ n(A∩B) = x+12. Como o número de compradores da marca A é o triplo de compradores de B, temos n(A) = 3n(B) = 3 (x+ 12) = 3x+ 36. Além disso, o número de compradores exclusivos da marca A serádado por n(A)− n(A ∩B) = (3x+ 36)− 12 = 3x+ 24. Reunindo todas as informações no diagrama, temos: Com isso, podemos ver que (3x+ 24) + 12 + x+ 16 = 100, logo 4x = 100− 52 ∴ 4x = 48 · t ∴ x = 12. O percentual de compradores exclusivos de A será então n(A)− n(A ∩B) = 3 · 12 + 24 = 60. Com isso, 60 pessoas compram apenas a marca A. Exerćıcio 11 Na cidade de São Miguel de Longe à Beça, com população de 300 habitantes, circu- lam apenas dois jornais, a Folha da Madrugada e o Correio da Noite Alta. Sabe-se que a Folha da Madrugada possui o triplo de leitores que seu concorrente e que 50 pessoas são leitoras de ambos os jornais. Sabe-se também que 150 pessoas não leem jornal algum. a) Quantos moradores desta cidade leem apenas o Correio da Noite Alta? b) Quantos leitores possui a Folha da Madrugada? Solução: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 16 a) Vamos chamar de x o número de pessoas que leem apenas o Correio da Noite Alta. Assim, o número de leitores deste jornal será dado por x + 50 (número de leitores exclusivos do Correio somado ao número de leitores de ambos os jornais). Desta forma, o número de leitores da Folha da Madrugada, que é o triplo do número de leitores do Correio, será dado por 3(x+ 50) = 3x+ 150 e, com isso, o número de leitores exclusivos da Folha será 3x+ 150− 50 = 3x+ 100. Temos então o seguinte diagrama: Com isso, (3x+ 100) + 50 + x+ 150 = 300, logo 4x+ 300 = 300, e então x = 0. Portanto, ninguém lê apenas o Correio da Noite Alta! b) Como vimos no item anterior, o número de leitores da Folha da Madrugada é dado por 3x+150 = 3 · 0 + 150 = 150. Exerćıcio 12 Em uma turma, o número de alunos que não gostam de Matemática é o dobro do número de alunos que gostam. Um terço dos que gostam de Matemática gostam também de Por- tuguês. Sabe-se ainda que o número de alunos que gostam de Português é o dobro dos que gostam de Matemática. Representando por x o número de alunos que gostam de Matemática, preencha o diagrama abaixo colocando, em cada parte, a fração de x correspondente. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 17 Solução: Como pede o enunciado, vamos representar por x o número de alunos que gostam de Matemática. É dado que um terço dos alunos que gostam de Matemática, ou seja x 3 , também gostam de Português. Com isso, a interseção entre os conjuntos “Matemática”e “Português”do diagrama é x 3 . Como o número de alunos que gosta de Matemática é x, dos quais x 3 também gosta de Português, o número de alunos que gosta apenas de Matemática é dado por x− x 3 = 3x− x 3 = 2x 3 . Preenchendo no diagrama, temos: O número de alunos que gostam de Português é o dobro dos que gostam de Matemática, logo é dado por 2x. Como a interseção entre os conjuntos é x 3 , o número de alunos que gostam apenas de Português é dado por 2x− x 3 = 6x− x 3 = 5x 3 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 18 Preenchendo no diagrama: O número de alunos que não gostam de Matemática é o dobro do número de alunos que gostam, logo, 2x. Estes alunos correspondem à região destacada abaixo: Destes, já conhecemos a quantidade que gosta de Português, dada por 5x 3 . Assim, aqueles que não gostam nem de Matemática e nem de Português são dados por 2x− 5x 3 = 6x− 5x 3 = x 3 . Temos então o seguinte diagrama preenchido: Exerćıcio 13 Na bolsa de valores de um determinado páıs, são negociadas ações de 150 empresas. Estas empresas podem ter suas ações de posse do governo, de investidores privados ou de ambos. Para as empresas negociadas nesta bolsa, há um projeto especial de investimentos chamado de Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 19 Projeto Parceria, do qual só podem participar empresas que possuem ações com os investidores privados e com o governo. Sabe-se ainda que: i. 3/4 das empresas que podem participar do Projeto Parceria participam deste projeto; ii. 1/3 das empresas que possuem ações com os investidores privados participam do Projeto Parceria; iii. o número de empresas que possuem ações com o governo é o dobro do número das que não possuem; iv. toda empresa possui ações com o governo, com investidores privados ou com ambos, não havendo empresas sem investidor. a) Represente a situação por meio de um diagrama de Venn, chamando de P o conjunto de empresas com ações na mão de investidores privados, de G o conjunto de empresas com ações na mão do governo e de R o conjunto de empresas que participam do Projeto Parceria. Chame de x o número de empresas que possuem ações tanto com o governo quanto com os investidores privados. Escreva, em função de x, o número de empresas que participam do Projeto Parceria. b) Escreva, em função de x, o número de empresas que possuem ações apenas com os investidores privados. c) Escreva, em função de x, o número de empresas que possuem ações apenas na mão do governo. d) Determine o número de empresas que possuem ações tanto com o governo quanto com investidores privados. Solução: a) Como só podem participar do Projeto Parceria as empresas que possuem ações com os investido- res privados e com o governo, temos que o conjunto R das empresas que participam do Projeto Parceria está contido na interseção do conjunto P de empresas com ações na mão de investidores privados com o conjunto G de empresas com ações na mão do governo. Observe que não é necessário representar um conjunto U que contenha os conjunto P , G e R, visto que não há elementos fora da união de P e G, pois cada empresa possui ações na mão de investidores pri- vados ou do governo. Representamos então, abaixo, a situação por meio de um diagrama de Venn. De acordo com i), temos que 3/4 das empresas que podem participar do Projeto Parceria par- ticipam deste projeto. Lembrando que só podem participar do Projeto Parceria as empresas na interseção entre os conjuntos P e G, cujo número de elementos, conforme pedido, é x, temos que o número de elementos do conjunto R é igual a 3/4 de x, isto é, 3x/4. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 20 b) Como o número de elementos do conjunto R é igual a 3x/4 e o número de elementos na interseção de G com P é x, temos que o número de elementos do conjunto P ∩G−R é x− 3x 4 = 4x 4 − 3x 4 = x 4 . Vamos agora chamar de p o número de elementos do conjunto P , isto é, o número de empresas que possuem ações com os investidores privados. De acordo com ii), temos que 1/3 das empresas que possuem ações com os investidores privados participam do Projeto Parceria. Temos, portanto, que 1 3 · p = 3x 4 ∴ p = 3 · 3x 4 = 9x 4 . Queremos agora o número de empresas que possuem ações apenas com os investidores privados, ou seja, o número de elementos do conjunto P − P ∩G, é igual a p− x. Como p = 9x 4 , temos que o número de empresas que possuem ações apenas com os investidores privados é dado por p− x = 9x 4 − x = 9x 4 − 4x 4 = 5x 4 . Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 21 c) Vamos chamar de g o número de elementos do conjunto G, isto é, o número de empresas que possuem ações com o governo. De acordo com iii), temos que o número de empresas que possuem ações com o governo é o dobro do número das que não possuem. Como o número de empresas que não possuem ações com o governo é o número de elementos do conjunto P −P ∩G e este número é 5x 4 , por iii), temos que g = 2 · 5x 4 = 10x 4 . Queremos agora o número de empresas que possuem ações apenas com o governo, ou seja, o número de elementos do conjunto G − P ∩ G, é igual a g − x. Como g = 10x 4 , temos que o número de empresas que possuem ações apenas com o governo é dado por g − x = 10x 4 − x = 10x 4 − 4x 4 = 6x 4 . d) Como o totalde empresas é de 150, pelo diagrama de Venn anterior, temos que 150 = 5x 4 + x+ 6x 4 = 5x 4 + 4x 4 + 6x 4 = 15x 4 , de modo que x = 150 · 4 15 = 40 Conclúımos assim que 40 empresas possuem ações tanto com o governo quanto com investidores privados. Exerćıcio 14 Para esta questão, considere as seguintes definições: • O lucro obtido com uma venda é o preço de venda menos os custos envolvidos (custo de fabricação ou aquisição junto a um fornecedor, impostos, etc). • O ponto de equiĺıbrio financeiro (ou break-even, como é muito usual se dizer) é atingido quando não há lucro ou prejúızo em uma determinada transação ou atividade. Após um levantamento sobre o processo de fabricação e venda de um determinado produto, um fabricante percebeu que: Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Métodos Determińısticos I EP2 22 • Um terço do preço do preço pelo qual vende seus produtos às lojas é formado por impostos, isto é, deve ser recolhido para o governo; • O custo com matérias-primas, por unidade do produto, é de R$10,00; • O pagamento de mão de obra, maquinário e instalações representa um gasto fixo mensal, independente da quantidade fabricada, de R$100.000,00. a) Determine a expressão do lucro L com a fabricação e venda de um produto, considerando apenas o custo com matérias primas e impostos, tendo como variável o preço P de venda às lojas. b) Determine a expressão que representa o lucro Lt mensal obtido com a fabricação e venda de N unidades mensais do produto, vendidas às lojas pelo preço P . Para este lucro, considere os gastos que incidem sobre cada unidade (matérias-primas e impostos) e os gastos fixos. c) Para que o ponto de equiĺıbrio financeiro (break-even) seja atingido, quantas unidades precisam ser produzidas em um mês, considerando-se que todas serão vendidas? Solução: a) Considerando a venda de apenas um produto, e sendo P seu preço de venda às lojas, pelo primeiro item informado acima, os impostos correspondem a 1 3 P . Pelo segundo item, o custo com matérias primas é de R$10,00. Com isso, o custo total é de C = P 3 + 10, logo, o lucro, em reais, obtido na venda de um produto é dado por L = P − ( P 3 + 10 ) = P − P 3 − 10 = 2P 3 − 10. b) A venda de N unidades do produto pelo preço P resultará numa receita de Rt = N · P , e em custos de Ct = N · ( P 3 + 10 ) + 100.000 (impostos e custo por unidade, adicionados do custo fixo). Assim, o lucro total será de Lt = Rt − Ct = NP − [ N · ( P 3 + 10 ) + 100.000 ] = NP − NP 3 − 10N − 100.000. ∴ Lt = 2NP 3 − 10N − 100.000. c) No ponto de equiĺıbrio financeiro, não há lucro ou prejúızo, isto é, Lt = 0. Mas Lt = 0 ⇔ 2NP 3 − 10N − 100.000 = 0 ⇔ N ( 2P 3 − 10 ) = 100.000 ⇔ N = 100.000 2P 3 − 10 ⇔ N = 100.000 2P−30 3 ⇔ N = 300.000 2P − 30 Assim, será necessário produzir 300.000 2P − 30 unidades. Note que isto só faz sentido para P > 15. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ
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