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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Álgebra Linear II – 2019/2 Gabarito Questão 1 (1,5 pontos): Seja L : R3 −→ R3 um operador linear tal que o plano Π de equação 5x− 3y+2z = 0 é o autoespaço associado ao autovalor 7. Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 6 é ortogonal ao plano Π, determine L ( (2, 4, 1) + (10,−6, 4) ) . Solução: Como o vetor v1 = (2, 4, 1) ∈ Π, temos que v1 = (2, 4, 1) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 7 e como o vetor v2 = (10,−6, 4) = 2(5,−3, 2) é ortogonal ao plano Π, temos que v2 = (10,−6, 4) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 6. Logo, L(v1 + v2) = L(v1) + L(v2) = 7v1 + 6v2 = 7(2, 4, 1) + 6(10,−6, 4) = (74,−8, 31). Questão 2 (1,5 pontos): Consideremos o operador linear R : R2 −→ R2 dado pela rotação no sentido anti-horário de 7π 4 seguida de uma dilatação de (−5 √ 2). Determine a matriz que representa R na base canônica do R2 e calcule R (1, 3). Solução: Sejam R 7π 4 e D(−5 √ 2), respectivamente, a rotação de 7π 4 no sentido anti-horário e a dilatação de (−5 √ 2). Considere agora R dada pela rotação de 7π 4 seguida da dilatação de −5 √ 2. Então, R = D(−5 √ 2) R 7π4 = (−5 √ 2) [ 1 0 0 1 ] [ cos 7π 4 − sen 7π 4 sen 7π 4 cos 7π 4 ] = [ −5 √ 2 0 0 −5 √ 2 ][ √ 2 2 √ 2 2 − √ 2 2 √ 2 2 ] . Portanto R = [ −5 −5 5 −5 ] . Segue que [R] [ 1 3 ] = [ −5 −5 5 −5 ] [ 1 3 ] = [ −20 −10 ] , logo R (1, 3) = (−20,−10). Questão 3 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinômio caracteŕıstico é p(λ) = (λ− 33)(λ− 45)2 com autoespaços E(λ1 = 33) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 5y − 8z = 0 e − 7x− 34y + 60z = 0} e E(λ2 = 45) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 19y + 34z = 0 e 5x− 95y + 170z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades algébrica e geométrica dos autovalores de T e bases para seus autoespaços. b) [0,4 pt] T é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: 1 a) Pelo polinômio caracteŕıstico de T , a multiplicidade algébrica de λ1 = 33 é 1 e a multiplici- dade algébrica de λ2 = 45 é 2. Para determinar as multiplicidades geométricas dos autovalores, devemos determinar as di- mensões dos seus autoespaços. – Base de E(λ1 = 33): Devemos resolver o sistema linear { x+ 5y − 8z = 0 −7x− 34y + 60z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 5 −8 −7 −34 60 ] L2←L2+7L1∼ [ 1 5 −8 0 1 4 ] L1←L1−5L2∼ [ 1 0 −28 0 1 4 ] . Logo, x− 28z = 0 e y + 4z = 0. E(λ1 = 33) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 5y − 8z = 0 e − 7x− 34y + 60z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 28z = 0 e y + 4z = 0} = {(28z,−4z, z) ; z ∈ R} = {z (28,−4, 1) ; z ∈ R} . Logo, {(28,−4, 1)} é uma base de E(λ1 = 33) e a multiplicidade geométrica de λ1 = 33 é 1. – Base de E(λ2 = 45): Devemos resolver o sistema linear { x− 19y + 34z = 0 5x− 95y + 170z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −19 34 5 −95 170 ] L2←L2−5L1∼ [ 1 −19 34 0 0 0 ] . Logo, x− 19y + 34z = 0. E(λ2 = 45) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 19y + 34z = 0 e 5x− 95y + 170z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 19y + 34z = 0} = {(19y − 34z, y, z) ; y, z ∈ R} = {(19y, y, 0) + (−34z, 0, z) ; y, z ∈ R} = {y(19, 1, 0) + z(−34, 0, 1) ; y, z ∈ R}. Logo, {(19, 1, 0) , (−34, 0, 1)} é uma base de E(λ2 = 45) e a multiplicidade geométrica de λ2 = 45 é 2. b) T é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(28,−4, 1), (19, 1, 0), (−34, 0, 1)} é uma base do R3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 2 = 3 = dim R3 Questão 4 (3,0 pontos): Seja A = −4 10 40 −2 0 −5 6 8 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespaços. b) [0,6 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. 2 Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é: p(λ) = det(λI3 − A) = det λ+ 4 −10 −40 λ+ 2 0 5 −6 λ− 8 (desenvolvendo pela 2a linha) = (λ+ 2) det [ λ+ 4 −4 5 λ− 8 ] = (λ+ 2) ( (λ+ 4)(λ− 8) + 20 ) = (λ+ 2)(λ2 − 4λ− 12) = (λ+ 2)(λ+ 2)(λ− 6). Os autovalores de A são λ1 = −2 e λ2 = 6. Para determinar os autoespaços E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogêneos associados, respectivamente, às matrizes (−2)I3 − A e 6I3 − A. Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (−2)I3 − A, obtemos: (−2)I3 − A = 2 −10 −40 0 0 5 −6 −10 L1 ← 12L1L2 ↔ L3∼ 1 −5 −25 −6 −10 0 0 0 L2←L2−5L1∼ 1 −5 −20 19 0 0 0 0 L2←− 119L2∼ 1 −5 −20 1 0 0 0 0 L1←L1+5L2∼ 1 0 −20 1 0 0 0 0 . O sistema ((−2)I3−A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 −20 1 0 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x− 2z = 0 e y = 0. Logo, E(λ1 = −2) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 2z = 0 e y = 0} = {(2z, 0, z) ; z ∈ R}. = {(2, 0, 1)z ; z ∈ R}. Logo, β1 = {(2, 0, 1)} é uma base de E(λ1 = −2). Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz 6I3 − A, obtemos: 6I3 − A = 10 −10 −40 8 0 5 −6 −2 L1 ← 110L1L2 ← 18L2∼ 1 −1 −250 1 0 5 −6 −2 L3←L3−5L1∼ 1 −1 −250 1 0 0 −1 0 . L1 ← L1 + L2 L3 ← L3 + L2∼ 1 0 −250 1 0 0 0 0 . O sistema (6I3 − A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 −250 1 0 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x− 2 5 z = 0 e y = 0. Logo, 3 E(λ2 = 6) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 25z = 0 e y = 0} = {( 2 5 z, 0, z ) ; z ∈ R } = {(2 5 , 0, 1)z ; z ∈ R}. Logo, β2 = {(2, 0, 5)} é uma base de E(λ2 = 6). b) A não é diagonalizável, pois não é posśıvel construir uma base do R3 formada por autovetores de A visto que existem no máximo 2 autovetores linearmente independentes no conjunto β1 ∪ β2 = {(2, 0, 1), (2, 0, 5)} . ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 1 = 2 < 3 = dimR3 ou mg(λ = −2) = 1 < 2 = ma(λ = −2). Questão 5 (2,0 pontos): Seja T : R2 −→ R2 a reflexão com respeito à reta de equação 5x − 6y = 0. Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovalores de T , indicando os autovalores e determine a matriz de T na base canônica do R2. Solução: Seja ℓ a reta de equação 5x− 6y = 0. Como u = (6, 5) ∈ ℓ, então u gera ℓ e T (u) = u. Como v = (5,−6) é ortogonal a u, então v é perpendicular a ℓ e T (v) = −v. Assim, β = {v1 = u = (6, 5)︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , v2 = v = (5,−6)︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } é uma base do R2 formada por autovetores da reflexão. Temos que P = [ v1 v2 ] = [ 6 5 5 −6 ] é a matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, P diagonaliza T e a correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . Temos que P−1 = − 1 61 [ −6 −5 −5 6 ] = [ 6 61 5 61 5 61 − 6 61 ] . Logo, a matriz da reflexão na base canônica é A = PDP−1 = [ 6 5 5 −6 ] [ 1 0 0 −1 ] [ 6 61 5 61 5 61 − 6 61 ] = [ 6 5 5 −6 ] [ 6 61 5 61 − 5 61 6 61 ] = [ 11 61 60 61 60 61 −11 61 ] . 4
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