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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Álgebra Linear II – 2018/2 Gabarito Questão 1 (1,2 pontos): Seja T : R2 −→ R2 o operador linear tal que β = {v1 = (5, 3), v2 = (7, 4)} é uma base do R2 formada por autovetores de T associados aos autovalores λ1 = 6 e λ2 = −3. Dê exemplos de uma matriz inverśıvel P que diagonaliza T e de sua correspondente matriz diagonal D. Determine a matriz de T na base canônica do R2. Solução: a) Uma matriz inverśıvel P que diagonaliza T é a matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, dada por P = [ v1 v2 ] = [ 5 7 3 4 ] e sua correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 6 0 0 −3 ] , A matriz que representa T na base canônica do R2 é dada por: A = PDP−1, onde P = [ 5 7 3 4 ] , D = [ 6 0 0 −3 ] e P−1 = (−1) [ 4 −7 −3 5 ] = [ −4 7 3 −5 ] . Logo, A = PDP−1 = [ 5 7 3 4 ] [ 6 0 0 −3 ] [ −4 7 3 −5 ] = [ 30 −21 18 −12 ] [ −4 7 3 −5 ] = [ −183 315 −108 186 ] . Questão 2 (1,0 ponto): Consideremos o operador linear R : R2 −→ R2 dado pela rotação no sentido anti-horário de 2π 3 . Determine a matriz que representa R na base canônica do R2 e calcule R (4, 6). Solução: A matriz [R] que representa R, a rotação no sentido anti-horário de 2π 3 , é [R] = [ cos 2π 3 − sen 2π 3 sen 2π 3 cos 2π 3 ] = [ −1 2 − √ 3 2√ 3 2 −1 2 ] . Segue que [R] [ 4 6 ] = [ −1 2 − √ 3 2√ 3 2 −1 2 ] [ 4 6 ] = [ −2− 3 √ 3 2 √ 3− 3 ] , logo R (4, 6) = (−2− 3 √ 3, 2 √ 3− 3). Questão 3 (0,8 ponto): Seja L : R3 −→ R3 um operador linear tal que o plano Π de equação 3x−4y+7z = 0 é o autoespaço associado ao autovalor −3. Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 2 é ortogonal ao plano Π, determine L ( (2, 5, 2) + (3,−4, 7) ) . Solução: Como o vetor v1 = (2, 5, 2) ∈ Π, temos que v1 = (2, 5, 2) pertence ao autoespaço associado ao autovalor −3 e como o vetor v2 = (3,−4, 7) é ortogonal ao plano Π, temos que v2 = (3,−4, 7) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 2. Logo, L(v1 + v2) = L(v1) + L(v2) = (−3)v1 + 2v2 = (−3)(2, 5, 2) + 2(3,−4, 7) = (0,−23, 8). 1 Questão 4 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinômio caracteŕıstico é p(λ) = (λ+ 58)2(λ− 37) com autoespaços E(λ1 = −58) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 6y + 3z = 0 e 4x+ 25y + 12z = 0} e E(λ2 = 37) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 13y + 3z = 0 e − 7x+ 92y − 4z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades algébrica e geométrica dos autovalores de T e bases para seus autoespaços. b) [0,4 pt] T é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) Pelo polinômio caracteŕıstico de T , a multiplicidade algébrica de λ1 = −58 é 2 e a multiplici- dade algébrica de λ2 = 37 é 1. Para determinar as multiplicidades geométricas dos autovalores, devemos determinar as dimensões dos seus autoespaços. – Base de E(λ1 = −58): Devemos resolver o sistema linear { x+ 6y + 3z = 0 4x+ 25y + 12z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 6 3 4 25 12 ] L2←L2−4L1∼ [ 1 6 3 0 1 0 ] L1←L1−6L2∼ [ 1 0 3 0 1 0 ] . Logo, x+ 3z = 0 e y = 0. E(λ1 = −58) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 6y + 3z = 0 e 4x+ 25y + 12z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 3z = 0 e y = 0} = {(−3z, 0, z) ; z ∈ R} = {z (−3, 0, 1) ; z ∈ R} . Logo {(−3, 0, 1)} é uma base de E(λ2 = −58) e a multiplicidade geométrica de λ1 = −58 é 1 – Base de E(λ2 = 37): Devemos resolver o sistema linear { x− 13y + 3z = 0 −7x+ 92y − 4z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −13 3 −7 92 −4 ] L2←L2+7L1∼ [ 1 −13 3 0 1 17 ] L1←L1+13L2∼ [ 1 0 224 0 1 17 ] . Logo, x+ 224z = 0 e y + 17z = 0. E(λ2 = 37) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 13y + 3z = 0 e − 7x+ 92y − 4z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 224z = 0 e y + 17z = 0} = {(−224z,−17z, z) ; z ∈ R} = {z (−224,−17, 1) ; z ∈ R} . Logo {(−224,−17, 1)} é uma base de E(λ2 = 37) e a multiplicidade geométrica de λ2 = 37 é 1 b) T não é diagonalizável, pois não é posśıvel construir uma base do R3 formada por autovetores de T ou 2 a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores de T é 1 + 1 = 2 < 3 = dimR3 ou o autovalor λ1 = −58 é tal que multiplicidade geométrica = 1 < 2 = multiplicidade algébrica. Questão 5 (3,0 pontos): Seja A = 8 6 −3−2 −5 −30 0 0 7 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespaços. b) [0,6 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é: p(λ) = det(λI3 − A) = det λ− 8 −6 32 λ+ 5 30 0 0 λ− 7 (desenvolvendo pela 3a linha ) = (λ− 7) det [ λ− 8 −6 2 λ+ 5 ] = (λ− 7) ( (λ− 8)(λ+ 5) + 12 ) = (λ− 7)(λ2 − 3λ− 28) = (λ− 7)(λ− 7)(λ+ 4). Os autovalores de A são λ1 = 7 e λ2 = −4. Para determinar os autoespaços E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogêneos associados, respectivamente, às matrizes (7)I3 − A e (−4)I3 − A. Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (7)I3 − A, obtemos: (7)I3 − A = 1 −6 32 12 30 0 0 0 L2 ← L2 − 2L1∼ 1 −6 30 24 24 0 0 0 L2 ← 124L2∼ 1 −6 30 1 1 0 0 0 L1 ← L1 + 6L2∼ 1 0 90 1 1 0 0 0 . O sistema (7I3 − A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 90 1 1 0 0 0 xy z = 00 0 portanto tem as mesmas soluções. Assim, x+ 9z = 0 e y + z = 0 e consequentemente E(λ1 = 7) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 9z = 0 e y + z = 0} = {(−9z,−z, z) ; z ∈ R} = {z (−9,−1, 1) ; z ∈ R}. 3 Logo, β1 = {(−9,−1, 1)} é uma base de E(λ1 = 7). Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (−4)I3 − A, obtemos: (−4)I3 − A = −12 −6 32 1 30 0 0 −11 L1 ← − 112L1 L3 ← − 111L3∼ 1 12 −142 1 30 0 0 1 L2 ← L2 − 2L1∼ 1 12 −140 0 61 2 0 0 1 L1 ← L1 + 14L3 L2 ← L2 − 612 L3∼ 1 0 00 0 0 0 0 1 L2↔L3∼ 1 0 00 0 1 0 0 0 . O sistema ((−4)I3 − A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 00 0 1 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x = 0 e z = 0 e consequentemente E(λ2 = −4) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x = 0 e z = 0} = {(0, y, 0) ; y ∈ R} = {(0, 1, 0)y ; y ∈ R}. Logo, β2 = {(0, 1, 0)} é uma base de E(λ2 = −4). b) A não é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(−9,−1, 1), (0, 1, 0)} não é uma base do R3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 1 = 2 ̸= 3 = dimR3 ou ma(λ1 = 7) = 2 ̸= mg(λ1 = 7) = 1. Questão 6 (2,0 pontos): Seja T : R2 −→ R2 a reflexão com respeito à reta gerada por ( √ 5,−1). Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovalores de T , indicando os autoval- ores e determine a matriz de T na base canônica do R2. Solução: Seja T a reflexão com respeito à reta gerada pelo vetor ( √ 5,−1). Como u = ( √ 5,−1) gera a reta, temos que T (u) = u. v = (1, √ 5) é ortogonal a u, então v é perpendicular à reta e T (v) = −v. Assim, β = {v1 = u = ( √ 5,−1)︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , v2 = v = (1, √ 5)︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } é uma base do R2 formada por autovetores da reflexão. P = [ v1 v2 ] = [ √ 5 1 −1 √ 5 ] é a matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, P diagonaliza T e a correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . Temos que 4 P−1 = 1 6 [ √ 5 −1 1 √ 5 ] = [ √ 5 6 −1 6 1 6 √ 5 6 ] . Logo, a matriz da reflexão na base canônica é A = PDP−1 = [ √ 5 1 −1 √ 5 ] [ 1 0 0 −1 ][ √ 5 6 −1 6 1 6 √ 5 6 ] = [ √ 5 1 −1 √ 5 ][ √ 5 6 −1 6 −1 6 − √ 5 6 ] = [ 4 6 −2 √ 5 6 −2 √ 5 6 −4 6 ] . 5
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