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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AP1 – Álgebra Linear II – 2019/1 Gabarito Questão 1 (1,2 pontos): Seja T : R3 −→ R3 o operador linear tal que T (3, 0, 7) = (18, 0, 42), T (0, 6,−8) = (0,−54, 72) e T (4, 9, 0) = (28, 63, 0). a) [0,6 pt] Dê exemplo de uma base do R3 formada por autovetores de T , indicando os respectivos autovalores. b) [0,6 pt] Dê exemplos de uma matriz inverśıvel P que diagonaliza T e da sua corres- pondente matriz diagonal D. Solução: a) Como T (3, 0, 7) = (18, 0, 42) = (6)(3, 0, 7), T (0, 6,−8) = (0,−54, 72) = (−9)(0, 6,−8) e T (4, 9, 0) = (28, 63, 0) = (7)(4, 9, 0), então v1 = (3, 0, 7) é autovetor de T associado ao autovalor λ1 = 6. v2 = (0, 6,−8) é autovetor de T associado ao autovalor λ2 = −9 e v3 = (4, 9, 0) é autovetor de T associado ao autovalor λ3 = 7. Logo, β = {v1 = (3, 0, 7)︸ ︷︷ ︸ λ1=6 , v2 = (0, 6,−8)︸ ︷︷ ︸ λ2=−9 , v3 = (4, 9, 0)︸ ︷︷ ︸ λ3=7 } é uma base do R3 formada por autovetores de T . b) Tomamos β = {v1 = (3, 0, 7)︸ ︷︷ ︸ λ1=6 , v2 = (0, 6,−8)︸ ︷︷ ︸ λ2=−9 , v3 = (4, 9, 0)︸ ︷︷ ︸ λ3=7 }, a base de autovetores de T obtida no item anterior. Uma matriz P que diagonaliza T é P = [ v1 v2 v3 ] = 3 0 40 6 9 7 −8 0 , matriz de mudança de base, da base β para a base canônica do R3, cuja correspondente matriz diagonal é dada por D = λ1 0 00 λ2 0 0 0 λ3 = 6 0 00 −9 0 0 0 7 . Questão 2 (0,8 ponto): Seja L : R3 −→ R3 um operador linear tal que o plano Π de equação x− 5y+3z = 0 é o autoespaço associado ao autovalor 11. Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 4 é ortogonal ao plano Π, determine L ( (2, 1, 1) + (1,−5, 3) ) . Solução: Como o vetor v1 = (2, 1, 1) ∈ Π, temos que v1 = (2, 1, 1) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 11 e como o vetor v2 = (1,−5, 3) é ortogonal ao plano Π, temos que v2 = (1,−5, 3) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 4. Logo, L(v1 + v2) = L(v1) + L(v2) = 11v1 + 4v2 = 11(2, 1, 1) + 4(1,−5, 3) = (26,−9, 23). 1 Questão 3 (1,0 ponto): Consideremos o operador linear R : R2 −→ R2 dado pela rotação no sentido anti-horário de 7π 4 . Determine a matriz que representa R na base canônica do R2 e calcule R (11, 13). Solução: A matriz [R] que representa R, a rotação no sentido anti-horário de 7π 4 , é [R] = [ cos 7π 4 − sen 7π 4 sen 7π 4 cos 7π 4 ] = [ √ 2 2 √ 2 2 − √ 2 2 √ 2 2 ] . Segue que [R] [ 11 13 ] = [ √ 2 2 √ 2 2 − √ 2 2 √ 2 2 ] [ 11 13 ] = [ 12 √ 2√ 2 ] , logo R (11, 13) = (12 √ 2, √ 2). Questão 4 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinômio caracteŕıstico é p(λ) = (λ− 33)(λ+ 18)2 com autoespaços E(λ1 = 33) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 8y + 20z = 0 e − 5x+ 41y − 106z = 0} e E(λ2 = 18) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 13y + 17z = 0 e − 7x+ 91y − 119z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades algébrica e geométrica dos autovalores de T e bases para seus autoespaços. b) [0,4 pt] T é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) Pelo polinômio caracteŕıstico de T , a multiplicidade algébrica de λ1 = 33 é 1 e a multiplici- dade algébrica de λ2 = 18 é 2. Para determinar as multiplicidades geométricas dos autovalores, devemos determinar as di- mensões dos seus autoespaços. – Base de E(λ1 = 33): Devemos resolver o sistema linear { x− 8y + 20z = 0 −5x+ 41y − 106z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −8 20 −5 41 −106 ] L2←L2+5L1∼ [ 1 −8 20 0 1 −6 ] L1←L1+8L2∼ [ 1 0 −28 0 1 −6 ] . Logo, x− 28z = 0 e y − 6z = 0. E(λ1 = 33) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 8y + 20z = 0 e − 5x+ 41y − 106z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 28z = 0 e y − 6z = 0} = {(28z, 6z, z) ; z ∈ R} = {z (28, 6, 1) ; z ∈ R} . Logo, {(28, 6, 1)} é uma base de E(λ1 = 33) e a multiplicidade geométrica de λ1 = 33 é 1. 2 – Base de E(λ2 = 18): Devemos resolver o sistema linear { x− 13y + 17z = 0 −7x+ 91y − 119z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −13 17 −7 91 −119 ] L2←L2+7L1∼ [ 1 −13 17 0 0 0 ] . Logo, x− 9y + 14z = 0. E(λ2 = 18) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 13y + 17z = 0 e − 7x+ 91y − 119z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 13y + 17z = 0} = {(13y − 17z, y, z) ; y, z ∈ R} = {(13y, y, 0) + (−17z, 0, z) ; y, z ∈ R} = {y(13, 1, 0) + z(−17, 0, 1) ; y, z ∈ R}. Logo, {(13, 1, 0) , (−17, 0, 1)} é uma base de E(λ2 = 18) e a multiplicidade geométrica de λ2 = 18 é 2. b) T é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(28, 6, 1), (13, 1, 0), (−17, 0, 1)} é uma base do R3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 2 = 3 = dim R3 Questão 5 (3,0 pontos): Seja A = 7 2 05 −2 0 −1 6 −3 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespaços. b) [0,6 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é: p(λ) = det(λI3 − A) = det λ− 7 −2 0−5 λ+ 2 0 1 −6 λ+ 3 (desenvolvendo pela 3a coluna) = (λ+ 3) det [ λ− 7 −2 −5 λ+ 2 ] = (λ+ 3) ( (λ− 7)(λ+ 2)− 10 ) = (λ+ 3)(λ2 − 5λ− 24) = (λ+ 3)(λ+ 3)(λ− 8). Os autovalores de A são λ1 = −3 e λ2 = 8. Para determinar os autoespaços E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogêneos associados, respectivamente, às matrizes (−3)I3 − A e 8I3 − A. Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (−3)I3 − A, obtemos: 3 (−3)I3 − A = −10 −2 0−5 −1 0 1 −6 0 L1↔L3∼ 1 −6 0−5 −1 0 −10 −2 0 L2 ← L2 + 5L1L3 ← L3 + 10L1∼ 1 −6 00 −31 0 0 −70 0 L2←− 131L2∼ 1 −6 00 1 0 0 −70 0 L1 ← L1 + 6L2L3 ← L3 + 70L2∼ 1 0 00 1 0 0 0 0 . O sistema ((−3)I3 −A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 00 1 0 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x = 0 e y = 0. Logo, E(λ1 = −3) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x = 0 e y = 0} = {(0, 0, z) ; z ∈ R}. = {(0, 0, 1)z ; z ∈ R}. Logo, β1 = {(0, 0, 1)} é uma base de E(λ1 = −3). Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz 8I3 − A, obtemos: 8I3 − A = 1 −2 0−5 10 0 1 −6 11 L2 ← L2 + 5L1L3 ← L3 − L1∼ 1 −2 00 0 0 0 −4 11 L2↔L3∼ 1 −2 00 −4 11 0 0 0 L2←− 14L2∼ 1 −2 00 1 −11 4 0 0 0 L1←L1+2L2∼ 1 0 −1120 1 −11 4 0 0 0 . O sistema (8I3 − A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 −1120 1 −11 4 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x− 11 2 z = 0 e y − 11 4 z = 0. Logo, E(λ2 = 8) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 112 z = 0 e y − 11 4 z = 0} = {( 11 2 z, 11 4 z, z ) ; z ∈ R } = {(11 2 , 11 4 , 1)z ; z ∈ R}. Logo, β2 = {(22, 11, 4)} é uma base de E(λ2 = 8). b) A não é diagonalizável, pois não é posśıvel construir uma base do R3 formada por autovetores de A visto que há no máximo 2 autovetores linearmente independentes no conjunto β1 ∪ β2 = {(0, 0, 1), (22, 11, 4)} . ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 1 = 2 < 3 = dimR3 ou mg(λ = −3) = 1 < 2 = ma(λ = −3). Questão 6 (2,0 pontos): Seja T : R2 −→ R2 a reflexão com respeito à reta gerada por (1, √ 19). Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovalores de T , indicando os autovalores e determine a matriz de T na base canônica do R2. Solução: Seja T a reflexão com respeito à reta gerada pelo vetor (1, √ 19). Como 4 u = (1, √ 19) gera a reta, temos que T (u) = u. v = (− √ 19, 1) é ortogonal a u, então v é perpendicular à reta e T (v) = −v. Assim, β = {v1 = u = (1, √ 19)︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , v2 = v = (− √ 19, 1)︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } é uma base do R2 formada por autovetores da reflexão. P = [ v1 v2 ] = [ 1 − √ 19√ 19 1 ] é a matriz de mudança de base, da base β para a base canônica, P diagonaliza T e a correspondente matriz diagonal é D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . Temos que P−1 = 1 20 [ 1 √ 19 − √ 19 1 ] = [ 1 20 √ 19 20 − √ 19 20 1 20 ] . Logo, a matriz da reflexão na base canônicaé A = PDP−1 = [ 1 − √ 19√ 19 1 ] [ 1 0 0 −1 ][ 1 20 √ 19 20 − √ 19 20 1 20 ] = [ 1 − √ 19√ 19 1 ][ 1 20 √ 19 20√ 19 20 − 1 20 ] = [ −18 20 2 √ 19 20 2 √ 19 20 18 20 ] . 5
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