Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fundac¸a˜o Centro de Cieˆncias e Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educac¸a˜o Superior a Distaˆncia do Estado do Rio de Janeiro AP1 – A´lgebra Linear II – 2014/2 Gabarito Questa˜o 1 (3,0 pontos): Em cada item fac¸a o que se pede. a) [1,2 pts] Seja T : R2 −→ R2 o operador linear tal que T (−1, 2) = (2,−4) e T (3, 1) = (15, 5). a.1) [0,6 pt] Deˆ exemplo de uma base do R2 formada por autovetores de T , indicando os respectivos autovalores. a.2) [0,6 pt] Deˆ exemplos de uma matriz invers´ıvel P que diagonaliza T e da sua corres- pondente matriz diagonal D. b) [0,8 pt] Seja A ∈ M4(R) com dois autovalores distintos. Sabendo que um dos autoespac¸os tem dimensa˜o 2 e que A e´ diagonaliza´vel, determine a dimensa˜o do outro autoespac¸o. c) [1,0 pt] Determine a matriz que representa, na base canoˆnica do R2, a rotac¸a˜o de pi 2 seguida da rotac¸a˜o de pi 6 , ambas no sentido anti-hora´rio. Soluc¸a˜o: a) a.1) Como T (−1, 2) = (2,−4) = (−2)(−1, 2) e T (3, 1) = (15, 5) = 5(3, 1), enta˜o v1 = (−1, 2) e´ autovetor de T associado ao autovalor λ1 = −2 e v2 = (3, 1) e´ autovetor de T associado ao autovalor λ2 = 5. Logo, β = {v1 = (−1, 2)︸ ︷︷ ︸ λ1=−2 , v2 = (3, 1)︸ ︷︷ ︸ λ2=5 } e´ uma base do R2 formada por autovetores de T . a.2) Tomamos β = {v1 = (−1, 2)︸ ︷︷ ︸ λ1=−2 , v2 = (3, 1)︸ ︷︷ ︸ λ2=5 }, a base de autovetores de T obtida no item anterior. Uma matriz P que diagonaliza T e´ P = [ v1 v2 ] = [ −1 3 2 1 ] , matriz de mudanc¸a de base, da base β para a base canoˆnica do R2, cuja correspondente matriz diagonal e´ dada por D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ −2 0 0 5 ] . b) Sejam λ1, λ2 autovalores de A. Sem perda de generalidade, podemos supor mg(λ1) = 2. Por hipo´tese, A e´ diagonaliza´vel, sendo assim, a multiplicidade geome´trica de cada autovalor e´ igual a sua multiplicidade alge´brica. Logo, a multiplicidade alge´brica de λ1 e´ igual a 2. Como 4 = dim(R4) = ma(λ1) +ma(λ2) = 2 +ma(λ2), temos que, ma(λ2) = 2. Utilizando novamente o fato de que A e´ diagonaliza´vel, temos que mg(λ2) = ma(λ2) = 2. Portanto a dimensa˜o do outro autoespac¸o e´ 2. c) Sejam Rpi 2 e Rpi 6 , respectivamente, as rotac¸o˜es de pi 2 e de pi 6 , no sentido anti-hora´rio. Seja R a rotac¸a˜o de pi 2 seguida da rotac¸a˜o de pi 6 (ambas no sentido anti-hora´rio). Enta˜o, R = Rpi 6 Rpi 2 = Rpi 6 + pi 2 = R 2pi 3 = [ cos 2pi 3 − sen 2pi 3 sen 2pi 3 cos 2pi 3 ] = [ −1 2 − √ 3 2√ 3 2 −1 2 ] . 1 Questa˜o 2 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinoˆmio caracter´ıstico e´ p(λ) = (λ− 2)2(λ+ 4) com autoespac¸os E(λ1 = 2) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x− y + 3z = 0 e x− 2z = 0} e E(λ2 = −4) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x+ 3y − z = 0 e 2x+ y + 3z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades alge´brica e geome´trica dos autovalores de T e bases para seus autoespac¸os. b) [0,4 pt] A e´ diagonaliza´vel? Justifique a sua resposta. Soluc¸a˜o: a) Pelo polinoˆmio caracter´ıstico de T , a multiplicidade alge´brica de λ1 = 2 e´ 2 e a multiplicidade alge´brica de λ2 = −4 e´ 1. Para determinar as multiplicidades geome´tricas dos autovalores, devemos determinar as di- menso˜es dos seus autoespac¸os. – Base de E(λ1 = 2): Devemos resolver o sistema linear x− y + 3z = 0 e x− 2z = 0. Reduzindo por linhas a` forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −1 3 1 0 −2 ] L2←L2−L1∼ [ 1 −1 3 0 1 −5 ] L1←L1+L2∼ [ 1 0 −2 0 1 −5 ] . Logo, x− 2z = 0 e y − 5z = 0. E(λ1 = 2) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x− y + 3z = 0 e x− 2z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 2z = 0 e y − 5z = 0} = {(2z, 5z, z) ; z ∈ R} = {(2, 5, 1) z ; z ∈ R} . Logo, {(2, 5, 1)} e´ uma base de E(λ1 = 2) e a multiplicidade geome´trica de λ1 = 2 e´ 1. – Base de E(λ2 = −4): Devemos resolver o sistema linear x + 3y − z = 0 e 2x + y + 3z = 0. Reduzindo por linhas a` forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 3 −1 2 1 3 ] L2←L2−2L1∼ [ 1 3 −1 0 −5 5 ] L2←(− 15)L2 ∼ [ 1 3 −1 0 1 −1 ] L1←L1−3L2∼ [ 1 0 2 0 1 −1 ] . Logo, x+ 2z = 0 e y − z = 0. E(λ2 = −4) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x+ 3y − z = 0 e 2x+ y + 3z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 2z = 0 e y − z = 0} = {(−2z, z, z) ; z ∈ R} = {(−2, 1, 1)z ; z ∈ R}. Logo, {(−2, 1, 1)} e´ uma base de E(λ2 = −4) e a multiplicidade geome´trica de λ2 = −4 e´ 1. b) T na˜o e´ diagonaliza´vel, pois na˜o e´ poss´ıvel construir uma base do R3 formada por autovetores de T ou a soma das multiplicidades geome´tricas dos autovalores de T e´ 1 + 1 = 2 < 3 = dimR3 ou o autovalor λ1 = 2 e´ tal que multiplicidade geome´trica = 1 < 2 = multiplicidade alge´brica. 2 Questa˜o 3 (3,0 pontos): Seja A = 1 8 01 −1 0 0 0 3 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespac¸os. b) [0,6 pt] A e´ diagonaliza´vel? Justifique a sua resposta. Soluc¸a˜o: a) O polinoˆmio caracter´ıstico de A e´: p(λ) = det(λI3 − A) = det λ− 1 −8 0−1 λ+ 1 0 0 0 λ− 3 = (λ− 3) det [ λ− 1 −8 −1 λ+ 1 ] = (λ− 3) ( (λ− 1)(λ+ 1)− 8 ) = (λ− 3)(λ2 − 9) = (λ+ 3)(λ− 3)2. Os autovalores de A sa˜o λ1 = −3 e λ2 = 3. Para determinar os autoespac¸os E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogeˆneos associados, respectivamente, a`s matrizes (−3)I3 −A e 3I3 − A. Reduzindo por linhas a` forma escalonada a matriz (−3)I3 −A, obtemos: −3I3 − A = −4 −8 0−1 −2 0 0 0 −6 L1←− 14L1∼1 1 2 0−1 −2 0 0 0 −6 L2←L2+L1∼2 1 2 00 0 0 0 0 −6 L3←− 16L3∼3 1 2 00 0 0 0 0 1 L2↔L3∼4 1 2 00 0 1 0 0 0 . O sistema ((−3)I3 −A) xy z = 00 0 e´ equivalente a 1 2 00 0 1 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluc¸o˜es. Assim, x+ 2y = 0 e z = 0. Logo, E(λ1 = −3) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x+ 2y = 0 e z = 0} = {(−2y, y, 0) ; y ∈ R}. = {(−2, 1, 0)y ; y ∈ R} Logo, β1 = {(−2, 1, 0)} e´ uma base de E(λ1 = −3). Reduzindo por linhas a` forma escalonada a matriz 3I3 − A, obtemos: 3I3 − A = 2 −8 0−1 4 0 0 0 0 L1← 12L1∼1 1 −4 0−1 4 0 0 0 0 L2←L2+L1∼2 1 −4 00 0 0 0 0 0 . 3 O sistema (3I3 − A) xy z = 00 0 e´ equivalente a 1 −4 00 0 0 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluc¸o˜es. Assim, x− 4y = 0. Logo, E(λ2 = 3) = {(x, y, z) ∈ R 3 ; x− 4y = 0} = {(4y, y, z) ; y, z ∈ R} = {(4y, y, 0) + (0, 0, z) ; y, z ∈ R} = {(4, 1, 0)y + (0, 0, 1)z ; y, z ∈ R} Logo, β2 = {(4, 1, 0), (0, 0, 1)} e´ uma base de E(λ2 = 3). b) A e´ diagonaliza´vel, pois β = β1 ∪ β2 = {(−2, 1, 0), (4, 1, 0), (0, 0, 1)} e´ uma base do R 3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geome´tricas dos autovalores e´ 1 + 2 = 3 = dimR3 ou multiplicidade alge´brica = multiplicidade geome´trica, para cada um dos autovalores. Questa˜o 4 (2,0 pontos): Seja T : R2 −→ R2 a reflexa˜o com respeito a` reta de equac¸a˜o 3x− y = 0. a) [0,6 pt] Deˆ exemplo de uma base do R2 formada por autovalores de T , indicando os auto- valores. b) [1,4 pts] Determine a matriz de T na base canoˆnica do R2. Soluc¸a˜o: a) Seja ℓ a reta de equac¸a˜o 3x− y = 0. Como u = (1, 3) ∈ ℓ, enta˜o u gera ℓ e T (u) = u. Como v = (3,−1) e´ ortogonal a u, enta˜o v e´ perpendicular a ℓ e T (v) = −v. Assim, β = {v1 = u = (1, 3)︸ ︷︷ ︸ λ1=1 , v2 = v = (3,−1)︸ ︷︷ ︸ λ2=−1 } e´ uma base do R2 formada por autovetores da reflexa˜o. b) Tomamos a base β obtida no item anterior. P = [ v1 v2 ] = [ 1 3 3 −1 ] e´ a matriz de mudanc¸a de base, da base β para a base canoˆnica, P diagonaliza T e a correspondentematriz diagonal e´ D = [ λ1 0 0 λ2 ] = [ 1 0 0 −1 ] . Temos que P−1 = − 1 10 [ −1 −3 −3 1 ] = [ 1 10 3 10 3 10 − 1 10 ] . Logo, a matriz da reflexa˜o na base canoˆnica e´ A = PDP−1 = [ 1 3 3 −1 ] [ 1 0 0 −1 ] [ 1 10 3 10 3 10 − 1 10 ] = [ 1 3 3 −1 ] [ 1 10 3 10 − 3 10 1 10 ] = [ − 8 10 6 10 6 10 8 10 ] . 4
Compartilhar