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AP1 – Álgebra Linear II – 2020/1 Gabarito Questão 1 (1,5 pontos): Sejam P = [ 4 −3 −7 5 ] e D = [ 2 0 0 −6 ] , tais que P diagonaliza o operador linear T : R2 −→ R2 e sua correspondente matriz diagonal é D. Dê exemplo de uma base do R2 formada por autovetores de T , indicando os respectivos auto- valores, e determine a matriz A que representa T na base canônica do R2. Solução: Como P diagonaliza o operador T e sua correspondente matriz diagonal é D, temos que os vetores coluna da matriz P são autovetores de T associados aos autovalores λ1 = 2, λ2 = −6 respectivamente. Assim, β = {v1 = (4,−7)︸ ︷︷ ︸ λ1=2 , v2 = (−3, 5)︸ ︷︷ ︸ λ2=−6 } é uma base do R2 formada por autovetores de T . A matriz que representa T na base canônica do R2 é dada por: A = PDP−1, onde P = [ 4 −3 −7 5 ] , D = [ 2 0 0 −6 ] e P−1 = (−1) [ 5 3 7 4 ] = [ −5 −3 −7 −4 ] . Logo, A = PDP−1 = [ 4 −3 −7 5 ] [ 2 0 0 −6 ] [ −5 −3 −7 −4 ] = [ 4 −3 −7 5 ] [ −10 −6 42 24 ] = [ −166 −96 280 162 ] . Questão 2 (1,5 ponto): Seja L : R3 −→ R3 um operador linear tal que o plano Π de equação 4x− y+ 3z = 0 é o autoespaço associado ao autovalor 20. Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 49 é ortogonal ao plano Π, determine L ( (3, 3,−3) + (8,−2, 6) ) . Solução: Como o vetor v1 = (3, 3,−3) ∈ Π, temos que v1 = (3, 3,−3) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 20 e como o vetor v2 = (8, 2,−6) é ortogonal ao plano Π, temos que v2 = (8, 2,−6) pertence ao autoespaço associado ao autovalor 49. Logo, L(v1 + v2) = L(v1) + L(v2) = 20v1 + 49v2 = 20(3, 3,−3) + 49(8,−2, 6) = (452,−38, 234). Questão 3 (2,0 ponto): Seja A ∈ M9(R) e p(λ) = (λ − 5)4(λ − 6)3(λ − 7)2 seu polinômio caracteŕıstico. a) [1,0 pt] Determine todos os posśıveis valores das multiplicidades geométricas dos seus autovalores. b) [1,0 pt] Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 5 tem dimensão 4, o autoespaço associado ao autovalor 7 tem dimensão 2 e que A não é diagonalizável. Determine as posśıveis dimensões do autoespaço associado ao autovalor 6 Justificando sua resposta. Solução: Sejam mg(λ) e ma(λ) as multiplicidades geométrica e algébrica do autovalor λ. a) Segue do polinômio caracteŕıstico que λ1 = 5 com ma(λ1) = 4, λ2 = 6 com ma(λ2) = 3 e λ3 = 7 com ma(λ3) = 2. Sabemos que a multiplicidade geométrica de qualquer autovalor é positiva e menor ou igual a sua multiplicidade algébrica, sendo assim, 1 1 ≤ mg(λ1) ≤ ma(λ1) = 4. e 1 ≤ mg(λ2) ≤ ma(λ2) = 3. e 1 ≤ mg(λ3) ≤ ma(λ3) = 2. b) Sabendo que o autoespaço associado ao autovalor 5 tem dimensão 4, o autoespaço associado ao autovalor 7 tem dimensão 2 e que A não é diagonalizável. Temos que mg(λ1) = ma(λ1) = 4. e mg(λ3) = ma(λ3) = 2. e 1 ≤ mg(λ2) < ma(λ2) = 3, então mg(λ2) = 1 ou mg(λ2) = 2 ou, equivalentemente, não é posśıvel construir uma base do R9 formada por autovetores de A. Questão 4 (2,0 pontos): Consideremos o operador linear T : R3 −→ R3 cujo polinômio caracteŕıstico é p(λ) = (λ− 27)(λ+ 34)2 com autoespaços E(λ1 = 27) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 8y + 2z = 0 e 5x+ 41y + 25z = 0} e E(λ2 = −34) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 17y + 4z = 0 e − 6x+ 103y + 3z = 0}. a) [1,6 pts] Determine as multiplicidades algébrica e geométrica dos autovalores de T e bases para seus autoespaços. b) [0,4 pt] T é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) Pelo polinômio caracteŕıstico de T , a multiplicidade algébrica de λ1 = 27 é 1 e a multiplici- dade algébrica de λ2 = −34 é 2. Para determinar as multiplicidades geométricas dos autovalores, devemos determinar as di- mensões dos seus autoespaços. – Base de E(λ1 = 27): Devemos resolver o sistema linear { x+ 8y + 2z = 0 5x+ 41y + 25z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 8 2 5 41 25 ] L2←L2−5L1∼ [ 1 8 2 0 1 15 ] L1←L1−8L2∼ [ 1 0 −118 0 1 15 ] . Logo, x− 118z = 0 e y + 15z = 0. E(λ1 = 27) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 8y + 2z = 0 e 5x+ 41y + 25z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 118z = 0 e y + 15z = 0} = {(118z,−15z, z) ; z ∈ R} = {z (118,−15, 1) ; z ∈ R} . Logo, {(118,−15, 1)} é uma base de E(λ1 = 27) e a multiplicidade geométrica de λ1 = 27 é 1. 2 – Base de E(λ2 = −34): Devemos resolver o sistema linear { x− 17y + 4z = 0 −6x+ 103y + 3z = 0. Reduzindo por linhas à forma em escada a matriz associada ao sistema, obtemos:[ 1 −17 4 −6 103 3 ] L2←L2+6L1∼ [ 1 −17 4 0 1 27 ] L1←L1+17L2∼ [ 1 0 463 0 1 27 ] . Logo, x+ 463z = 0 e y + 27z = 0. E(λ2 = −34) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 17y + 4z = 0 e − 6x+ 103y + 3z = 0} = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 463z = 0 e y + 27z = 0} = {(−463z,−27z, z) ; z ∈ R} = {z (−463,−27, 1) ; z ∈ R} . Logo, {(−463,−27, 1)} é uma base de E(λ2 = −34) e a multiplicidade geométrica de λ2 = −34 é 1. b) T não é diagonalizável, pois β = β1 ∪ β2 = {(118,−15, 1), (−463,−27, 1)} não é uma base do R3 formada por autovetores de A ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 1 + 1 = 2 6= dim R3 Questão 5 (3,0 pontos): Seja A = 7 0 −817 11 34 −6 0 −1 . a) [2,4 pts] Determine os autovalores de A e bases para seus autoespaços. b) [0,6 pt] A é diagonalizável? Justifique a sua resposta. Solução: a) O polinômio caracteŕıstico de A é: p(λ) = det(λI3 − A) = det λ− 7 0 8−17 λ− 11 −34 6 0 λ+ 1 (desenvolvendo pela 2a coluna) = (λ− 11) det [ λ− 7 8 6 λ+ 1 ] = (λ− 11) ( (λ− 7)(λ+ 1)− 48 ) = (λ− 11)(λ2 − 6λ− 55) = (λ− 11)(λ− 11)(λ+ 5). Os autovalores de A são λ1 = 11 e λ2 = −5. Para determinar os autoespaços E(λ1) e E(λ2) devemos resolver os sistemas lineares ho- mogêneos associados, respectivamente, às matrizes (11)I3 − A e (−5)I3 − A. Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (11)I3 − A, obtemos: 3 (11)I3 − A = 4 0 8−17 0 −34 6 0 12 L1↔ 14L1∼ 1 0 2−17 0 −34 6 0 12 L2 ← L2 + 17L1L3 ← L3 − 6L1∼ 1 0 20 0 0 0 0 0 O sistema ((11)I3 − A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 20 0 0 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x+ 2z = 0 e y é qualquer. Logo, E(λ1 = 11) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x+ 2z = 0} = {(−2z, y, z) ; y, z ∈ R}. = {(0, 1, 0)y + (−2, 0, 1)z ; y, z ∈ R}. Logo, β1 = {(0, 1, 0), (−2, 0, 1)} é uma base de E(λ1 = 11). Reduzindo por linhas à forma escalonada a matriz (−5)I3 − A, obtemos: (−5)I3−A = −12 0 8−17 −16 −34 6 0 −4 L1↔− 112L1∼ 1 0 −23−17 −16 −34 6 0 −4 L2 ← L2 + 17L1L3 ← L3 − 6L1∼ 1 0 −230 −16 −136 3 0 0 0 L2←− 116L2∼ 1 0 −230 1 136 48 0 0 0 . O sistema ((−5)I3−A) xy z = 00 0 é equivalente a 1 0 −230 1 136 48 0 0 0 xy z = 00 0 , portanto tem as mesmas soluções. Assim, x− 2 3 z = 0 e y + 136 48 z = 0. Logo, E(λ2 = −5) = {(x, y, z) ∈ R3 ; x− 23z = 0 e y + 136 48 z = 0} = {( 2 3 z,−136 48 z, z ) ; z ∈ R } = {(2 3 ,−136 48 , 1)z ; z ∈ R}. Logo, β2 = {(32,−136, 48)} é uma base de E(λ2 = −5). b) A é diagonalizável, pois é posśıvel construir uma base do R3 formada por autovetores de A visto que o conjunto β1∪β2 = {(0, 1, 0), (−2, 0, 1), (32,−136, 48)} . ou a soma das multiplicidades geométricas dos autovalores é 2 + 1 = 3 = 3 = dim R3 ou mg(λ = 11) = 2 = ma(λ = 11). 4
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