Prévia do material em texto
NULIDADES – defeitos nos atos processuais que geram invalidade no processo no todo ou em parte INEXISTENCIA – o ato é tão grave, que o ato nem chega a existir, não vale nada, nem precisa ser revisionado nem anular, só desconsiderado (rasgar a pagina e jogar fora). Não reúne condições para existir. ABSOLUTAS – ato existe, não é válido. O defeito viola o interesse de ordem publica (generalizado – de todos). Agressão direta ao texto constitucional e insanavel (publicidade, duplo grau, ampla defesa. Juiz natural, promotor natural) – pode ser reconhecida de oficio a qualquer momento, não preclui. Não pode ser reconhecida de oficio para prejudicar o réu depois de sentenciado. Não precisa demonstrar, o prejuízo é presumível. RELATIVAS – ato existe, não é valido. O defeito viola o interesse das partes. Agressão de uma regra infraconstitucional (abaixo da cf). Não é reconhecida de oficio, arguida pela parte no momento certo se não a invalidade é convalidada. Precisa demonstrar o prejuízo Regra para alegar : imediatamente após a sua ocorrência. IRREGULARIDADE – não trazem consequência pratica para o processo. NÃO EXISTE REVISAO CRIMINAL (AÇÃO RECISORIA) CONTRA O REU. PRINCIPIOS BÁSICOS DAS NULIDADES Principio do prejuízo – não há nulidade sem prejuízo art 563 CPP. relativa Principio das instrumentalidade das formas – art 566 CPP. Art 572 II CPP. Não colaboram com a verdade substancial – relativa – não pronuncia nulidade se o ato atingiu seu fim. Principio da causalidade ou da sequencialidade – art 573 1° - a nulidade de um ato, é anulado os atos posteriores que dependem do primeiro (frutos da arvore envenenada). Atos anteriores não precisam ser anulados Principio do interesse – art 565 CPP – relativa – não se alega nulidade a um ato que se deu a causa. Só cabe nulidade a quem tiver interesse Principio da convalidação – relativas – o vicio desaparece se a nulidade não for pronunciada. Art 569, 570, 571 e 572 CPP. Nulo passa a ser válido. ALGUMAS NULIDADES EM ESPECIE ART 564 – rol exemplificativo Incompetencia – distribuição da tarefa de prestar jurisdição (comum e especializada) interesse de ordem publica – absoluta Hierarquia - absoluta Recursal – órgão hierarquicamente incompetente – absoluta Materia – competência que não é do júri, vai pro júri – absoluta Territorial – relativa – não pode reconhecer de oficio Suspeição do juiz – afeta a validade - absoluta Impedimento do juiz – acarreta inexistência Suborno do juiz – absoluta Ilegitimidade de parte De causa – a pessoa não tinha que estar la ex: MP denuncia testemunha, MP denuncia menor sem representante - absoluta Processual – relativa – vicio de legitimidade processual – querelante assina sozinho a queixa crime Sumula 523 STF – a falta de defesa, é nulidade absoluta. A deficiência de defesa, é nulidade relativa SENTENÇAS – ato que extingue o processo, com ou sem o julgamento do mérito De mérito Em sentido estrito (que condena ou absolvem) Em sentido lato (declara extinta a punibilidade) Definitiva (define a norma concreta do caso, condena, absolve ou extingue a punibilidad) Terminativa (não julga o mérito, não impede que seja oferecido outra denúncia pelo mesmo fato, faz coisa julgada formal, não define a situação do direito de punir) não produz efeitos para fora do processo Em regra, são monocráticas (um único julgador) Subjetivamente simples Mais de um julgador Subjetivamente complexa (juri) Subjetivamente plurima (colegiado, decisões interlocutorias) Elementos da sentença penal art 381 CPP -relatorio Demonstrar que conhece o processo (historinha com nomes e assistente de acusação), resumo -fundamentação Indicar os motivos e porque acolhe ou rejeita a tese. Há vícios (carência de motivação extrínseca -porque ficou de fora- sobre qualquer assunto) dosimetria de pena -dispositivo -é a conclusão. Julgo, condeno, absolvo etc... - parte final na sentença. -artigo da lei aplicável / não dizer o nome do crime pra não gerar confusão -se não houver, é inexistente -data e assinatura do juiz (requisitos extrinsecos) -pode ser datilografada -art 389 publicação (tornar-se publica) , só aí passa a existir -se não tiver SENTENÇA ABSOLUTÓRIA Art 386 – hipóteses de absolvição Impropria – absolvido, não recebe pena, mas recebe as medidas de segurança para os inimputáveis ou não. SENTENÇA CONDENATÓRIA Art 387- condena o réu, estabelece pena, multa e etc. CORRELAÇÃO ENTRE ACUSAÇÃO E SENTENÇA Nula é a sentença que viola a correlação Se violar, Consequencia = nulidade absoluta Fato (D penal) = tipo / modelo Fato (D processual) = acontecimento real / quem / onde / quando Ultra petita = Julga além do que foi pedido = nulidade parcial Pode ser declarada a nulidade parcial, pq parte dela constava na denuncia,sem o MP pleitear aditamento após apelação (apenas a parte excedente). Se ninguém pleitear nada, o tribunal deverá absolver. 2° grau não se altera a definição jurídica ao fato mas não anula se não apelar. Extra petita = julga algo diverso do que foi pedido Nulidade absoluta sem exceções Infra ou citra petita = julga a menos do que foi pedido Conteúdo válido – tribunal desce para ser consertada Emendatio libelli = mudar a qualificação jurídica Mutatio libelli = quando os fatos são alterados ADITAMENTO Alteração da denúncia (denuncia por um crime e depois muda pra outro). É possível e sempre cabe contestação. Pode mudar a competência jurisdicional. Juízo de admissibilidade (indefere ou defere o aditamento) COISA JULGADA Depois, todos os efeitos da sentença se tornam imutáveis. Formal Nas sentenças terminativas (não julga o mérito) imutabilidade da sentença em si. Material Nas sentenças definitivas, tbm gera coisa julgada formal (define a situação) imutabilidade dos efeitos Ninguem pode ser julgado mais de uma vez pelo mesmo fato O que vale é a identidade de réu e o FATO é o que importa para os requisitos