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@layla_dreis 7 Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal 1 Rotina de Inspeção O Mercado Agropecuário • Quais produtos agropecuários o Brasil exporta? • O Brasil é hoje o maior exportador mundial de carne bovina, frango, soja, café, suco de laranja e açúcar, e o segundo maior exportador de milho. Além desses produtos, o país é o terceiro maior exportador de frutas, setor que segue em crescimento. (5 de set. de 2022) • Se enquadrarmos todas as atividades relacionadas ao setor agropecuário (comercial, financeira e serviços) esse percentual se eleva de forma significativa com a participação da agroindústria para aproximadamente 40% do PIB total. Rotina do fiscal • Juntamente com os Fiscais Federais, os Técnicos de Fiscalização compõem a estrutura da Fiscalização Federal Agropecuária cuja administração cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento – MAPA. SIF (Competências) • Fiscalização de estabelecimentos produtores de produtos de origem animal. • Exemplo: Matadouros frigoríficos, fábricas de laticínios, entrepostos de pescados. SIF (Áreas de atuação) • Carne • Leite • Mel •Ovos •Pescado SIF (Objetivo) • Segurança do alimento • Saúde pública • Vigilância epidemiológica • Agregar valor ao Produto de origem animal • Garantir exportação • Combate à fraude econômica SIF • Presente em 1.251 municípios • Cerca de 1.200 Médicos veterinários (FFA) • Estabelecimentos: 3600 (SIF) e 1600 (ER) • Reconhecimento do serviço por mais de 140 países Fonte: https://docplayer.com.br/11541443-Dipoa-origem-animal-jose-luis-ravagnani-vargas FFA – fiscal federal agropecuário SIF – Sistema de inspeção federal ER – Estabelecimentos registrados/relacionados SIF (Metodologia de trabalho) • Origem do atual sistema de inspeção • - meados de 1800 • - segunda guerra no Brasil • Modelos de Inspeção • - Inspeção do produto final • Inspeção voltada para o controle de processos baseada no risco Princípios aplicados na inspeção baseada no risco • Para assegurar a eliminação de agentes zoonóticos é necessária a aplicação de controle ao longo da cadeia produtiva. SIF Os controle aplicados nas fases de produção primária devem ser factíveis, práticos e econômicos. • O risco deve ser altamente gerenciado, em todos os estágios da produção e a persistência de algum risco residual deve ser comunicada ao consumidor final. Focos do sistema • - Proteger os consumidores: • Dos perigos transmitidos pelos alimentos (inocuidade) • Das práticas comerciais enganosa (correta descrição do produto) Inocuidade • - zoonoses • Resíduos de produtos veterinários e contaminantes ambientais • Bactérias emergentes • Vigilância da saúde animal Práticas comerciais enganosas • Verificação dos programas de qualidade dirigido ao atendimento dos regulamentos técnicos de identidade e qualidade do produto específico e rótulo ou rotulagem dos produtos destinados à venda; • Verificação das informações inerentes ao setor primário; • Bem estar animal Papel indústria X governo • Indústria – qualidade dos produtos • Governo – Verificar o cumprimento da legislação Rotina de trabalho: • Inspeção ante e post mortem • Certificação sanitária • Coleta de amostras (estabelecimento e varejo) - Exames locais - Encaminhamento para laboratórios Inspeção ante mortem RIISPOA ❑Art. 107 - É proibida a entrada de animais em qualquer dependência do estabelecimento, sem prévio conhecimento da Inspeção Federal condições de saúde do lote. ❑§ 1o - Por ocasião da chegada de animais, a Inspeção Federal deve verificar os documentos de procedência e julgar das condições de saúde do lote. ❑§ 2o - Qualquer caso suspeito implica no exame clínico do animal ou animais incriminados, procedendo-se, quando necessário, ao isolamento de todo o lote e aplicando-se medidas próprias de política sanitária animal, que cada caso exigir. ❑§ 3o - Todas as vezes que, pelo adiantado da hora ou ausência de funcionário responsável por tal serviço, houver animais para ingressar nos estabelecimentos, este ingresso só é permitido em um depósito à parte, exclusivamente destinado a essa finalidade, designado "depósito de chegada". Os animais aí introduzidos só podem ser retirados depois de inspecionados. Inspeção ante mortem ❑ Bem estar animal - responsabilidade do estabelecimento durante a espera. ❑ Deverá ser respeitado o período de repouso do animal antes do abate (de acordo com a espécie é determinado o tempo mínimo entre recebimento e abate) ❑Obs.: Deve ser considerado o tempo de jejum, carregamento, transporte e descanso dentro do período determinado para cada espécie respeitando o BEA ❑ Determinar a ordem de abate caso seja detectado alguma anormalidade (não infecciosa) na inspeção ante mortem. ❑Em caso de doença infecciosa a IF, coletará material enviará para análise. ❑Determinará abate de emergência ou não. • Art. 147 - A inspeção "post-mortem" consiste no exame de todos os órgãos e tecidos, abrangendo a observação e apreciação de seus caracteres externos, sua palpação e abertura dos gânglios linfáticos correspondentes, além de cortes sobre o parênquima dos órgãos, quando necessário. • Art. 148 - A inspeção "post-mortem" de rotina deve obedecer à seguinte seriação: • 1 - observação dos caracteres organolépticos e físicos do sangue por ocasião da sangria e durante o exame de todos os órgãos; • 2 - exame de cabeça, músculos mastigadores, língua, glândulas salivares e gânglios linfáticos correspondentes; • 3 - exame da cavidade abdominal, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes; • 4 - exame da cavidade torácica, órgãos e gânglios linfáticos correspondentes; • 5 - exame geral da carcaça, serosas e gânglios linfáticos cavitários, inframusculares, superficiais e profundos acessíveis, além da avaliação das condições de nutrição e engorda do animal. Art. 153 - As carcaças julgadas em condições de consumo são assinaladas com os carimbos previstos neste Regulamento, por funcionário da Inspeção Federal. • Art. 152 - Toda carcaça, partes de carcaça e órgãos com lesões ou anormalidades que possam torná-los impróprios para o consumo, devem ser convenientemente assinalados pela Inspeção Federal e diretamente conduzidos ao "Departamento de Inspeção Final", onde serão julgados após exame completo. • § 1o - Tais carcaças ou partes de carcaça não podem ser subdivididas ou removidas para outro local, sem autorização expressa da Inspeção Federal. • § 2o - As carcaças, partes e órgãos condenados, ficam sob custódia da Inspeção Federal e serão conduzidos a graxaria, em carros especiais, acompanhados por um de seus funcionários. • § 3o - Todo material condenado fica também sob custódiada Inspeção Federal no "Departamento de Sequestro" quando não possa ser inutilizado no próprio dia da matança. Destino das carcaças com aproveitamento condicional • Art. 243 - Nos casos de aproveitamento condicional, a que se refere este Regulamento, os produtos deverão ser submetidos, a critério da Inspeção Federal a uma das seguintes operações de beneficiamento; • 1 - esterilização ou fusão pelo calor; • 2 - tratamento pelo frio; • 3 - salgamento; • 4 – rebeneficiamento • Art. 248 - A Inspeção Federal deve providenciar, sempre que necessário, a desinfecção de salas e equipamentos bem como determinar os cuidados a serem dispensados aos operários que tenham manipulado animais atingidos de doenças infecciosas transmissíveis ao homem. Certificados sanitários • Art. 863 - Os certificados sanitários para produtos de origem animal destinados ao comércio internacional são obrigatoriamente assinados pelo técnico do D.I.P.O.A., diplomado em veterinária, responsável pela Inspeção Federal. • Art. 866 - O D.I.P.O.A. sempre que necessário poderá solicitar colaboração das autoridades federais, estaduais ou municipais, inclusive policiais, que desempenharem funções de fiscalização nos portos marítimos e fluviais, barreiras ou quaisquer postos de fronteiras, no sentido de exigirem dos transportadores de produtos de origem animal para o comércio internacional ou interestadual, o certificado sanitário, expedido ou visado de acordocom o presente Regulamento. TÍTULO XVI INFRAÇÕES E PENALIDADES • Art. 876 - As infrações ao presente Regulamento, serão punidas administrativamente e, quando for o caso, mediante responsabilidade criminal. Rotina de trabalho: • Programas especiais: • - Programa de redução de patógenos – PRP • - Programa nacional de melhoria da qualidade do leite – PNQL • - Programa Nacional de controle de resíduos e contaminantes – PNCRC • - Programa de combate à fraudes • - Redução de riscos da EEB (Encefalopatia espongiforme bovina) SIF • Rotina de trabalho: • Verificação de auto controle • - local • - documental • - Elementos de inspeção: manutenção e equipamentos: PPHO, APPC, águas de abastecimento, águas residuais, PSO, bem estar animal, iluminação, ventilação, controle de fraudes (formulação, adição de água) SIF (Metodologia de trabalho) Fonte: https://docplayer.com.br/11541443-Dipoa-origem-animal-jose-luis-ravagnani-vargas Ações fiscais: • Apreensão e destinação de produtos • - Notificações • - Relatório de não conformidades • - Autos de infração (advertência, multa) • - Interdição de estabelecimentos (parcial ou total) • - Regime especial de fiscalização SIF Programa de Autocontrole • O S.I. trabalha juntamente com o Controle/Departamento de Garantia da Qualidade da Empresa (DGQ) • DGQ prepara Programas de autocontrole Forma de organizar os procedimentos dentro da empresa Programa de Autocontrole • Elementos de inspeção: 1. Manutenção: - Manutenção Corretiva Programada - Manutenção Corretiva Emergencial - Manutenção Corretiva Preditiva - Manutenção Corretiva Programada: É aquela realizada antes que surja a anomalia, e que foi possível sua detecção seja pela perda da função do equipamento, perda de qualidade ou qualquer outra situação perceptível. - Manutenção Corretiva Emergencial É aquela realizada quando o equipamento quebra, ou perde a sua função repentinamente. (inesperado) - Manutenção Corretiva Preditiva: É aquela realizada com base em dados colhidos através dos instrumentos e aparelhos de medição, verificando com exatidão os status dos componentes do equipamento. Revisão Periódico Vestiários e Sanitários (organização, limpeza, masculino/feminino) 3. Iluminação - artificial, luz fria - máx 500 lux nas linhas de inspeção - sem sombreamento (aves) - proteção Ventilação - Conforto e o bem estar dos funcionários. - Renovação satisfatória do ar ambiente. - Insufladores de ar frio, exaustores e ventiladores. - Ventilação negativa nas áreas limpas - Presença de ventilação na entrada da área limpa para retirada de poeira, cabelos etc. Água de abastecimento: - Controle e monitoramento da sua qualidade físico- químico e microbiológico S.I. envia água para análise de 15 em 15 dias Águas residuais (ETE) - tratamento de águas residuais - escoamento adequado 7. Controle integrado de praga - terceirizado - Procedimento Padrão de Higiene Operacional - envolvido diretamente com a limpeza e higiene das instalações e equipamentos - produtos de limpeza aprovados pelo Ministério da Saúde - segue manual de boas práticas de fabricação (BPF ou GMP) – higiene do funcionário PPHO Objetivo: Padronizar as operações de limpeza e sanitização das instalações, equipamentos e utensílios em todas as fases do processamento, incluindo o procedimento de medidas preventivas e corretivas, de forma a evitar contaminação ou a adulteração dos produtos. - PPHO Operacional (durante o processamento) *Durante os intervalos *Só pode água quente - PPHO Pré-operacional (antes do início das operações) *Pode produtos de limpeza É feito diariamente por um Check List Programa de Autocontrole 8. PPHO A verificação da eficiência da higienização pré- operacional é realizada através da contagem total bacteriana Verificação diária em pontos diferentes dos pontos críticos de controle Programa de Autocontrole 9. Higiene dos operários (BPF ou GMP) - GMP: Good manufacturing pratices - BPF: Boas práticas de fabricação São práticas de higiene recomendadas para os funcionários manipularem os alimentos visando obtenção de produtos seguros Higiene dos operários (BPF ou GMP) - Aplicação do BPF em todas as etapas de abate (desde recepção até expedição do produto) - Treinamento dos funcionários Higiene dos operários (BPF ou GMP) - Equipamentos de segurança - Higiene pessoal PSO (Procedimento Sanitário Operacional) São todos os procedimentos operacionais executados durante o processo de elaboração de um determinado produto, que podem ser fontes de contaminação Objetivos: - Controlar as operações que representam risco sanitário para os produtos e ingredientes durante a produção dos alimentos - Identificar os procedimentos que possam ser fontes de contaminação - Estabelecer medidas de controle para cada procedimento Descrito Observação: • A frequência de cada monitoramento é de 1 em 1 hora. • Os procedimentos de verificação são executados pelo DGQ que avalia o cumprimento dos procedimentos. • O S.I. verifica se estão cumprindo o que prometeram nos Programas de Autocontroles. Controle de Temperatura - Escaldagem: 50 a 54°C (frango) 60 a 64°C (peru) - Pré-chiller (<16°C) e Chiller (< 4°C) - Câmaras frigoríficas: . Estocagem: -23°C . Túnel de Congelamento: -38°C . Sala de desossa e cortes: ideal 12. Controle de Temperatura - Câmaras frigoríficas: . Sala de CMS: 10°C . Câmara de CMS: -1,5°C . Sala de paletização: 10°C (armazenamento dos paletes com mercadoria) . Sala de miúdos: 10°C . Air-chiller: 2°C 13. APPCC / HACCP Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle Princípios do APPCC: (7) N°1 – Identificar os perigos potenciais e estabelecer medidas preventivas para os perigos identificados N°2 – Identificar os pontos críticos de controle N°3 – Definir os limites críticos para as medidas preventivas 13. APPCC / HACCP Princípios do APPCC: (7) N°4 – Definir os procedimentos de monitoramento dos PCCs N°5 – Definir as medidas corretivas N°6 – Estabelecer procedimentos de verificação para confirmar se o plano está sendo seguido N°7 – Estabelecer procedimentos efetivos de registros e Documentação 13. APPCC / HACCP Localização e identificação dos PCCs: (AVES) - PCC 1Q – Risco Químico – Controle de resíduos de medicamentos quanto ao prazo de carência dos mesmos - PCC 1B – Risco Biológico – verificação da contaminação gastrointestinal, biliar ou de papo na superfície interna e externa da carcaça 13. APPCC / HACCP Localização e identificação dos PCCs: - PCC 2B – resfriamento das carcaças de peru e pré-resfriamento das carcaças de frango – Monitoramento através da temperatura na saída – multiplicação de bactérias (água) - PCC 3B - Monitoramento da temperatura dos Miúdos - PCC 1F – Risco Físico – detecção de Metais em 100% dos produtos 14. Teste microbiológico oficiais (PRP – Plano de redução de patógenos) IN. 70 / 2003 Estabelecimento deverá manter índice de contaminação menor que 12 amostras positivas a cada 51 amostras analisadas Programa de Autocontrole 15. Embasamento para certificação: - Testes microbiológicos diariamente - Análises oficiais semanalmente e quinzenalmente (S.I.) - Monitoramento de todo processo produtivo - Atendimento das normas de cada país - Atendimento das normas de bem estar animal - Rastreabilidade Programa de Autocontrole 16. PPCAAP – Programa de prevenção e controle de adição de água em produto - Controle de temperatura do pré-chiller (<16°C) e chiller (<4°C) - Drip test: Análise de 6 carcaças congeladas Descongela a carcaça e tem que apresentar no máximo 6% de seu peso. Acima disso, a carcaça absorveu mais água do que podia – envia para cortes. 17. Bem estar animal (Exame ante-mortem) Programa de Autocontrole Todos esses programas permitem com que a Empresa seja adequada a fazer o abate de aves e comercializar sua carne no país e internacionalmente. Certificação! Programa de Autocontrole Curso SENAI – (34) 3228.5250 Programas de Segurança Alimentar
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