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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA TERESINA 2023 SHEYLLA RAQUEL DINIZ CAVALCANTE AGUIAR HIPERPLASIA ADRENAL CONGÊNITA Trabalho apresentado à disciplina de Tecnologia de Informação e Comunicação como requisito parcial para obtenção de nota em Sistemas Orgânicos Integrados. Orientadora: Profa. Franciléia Nogueira Albino Calland TERESINA 2023 1. Hiperplasia adrenal congênita: O que ocorre neste grupo de distúrbios? A hiperplasia adrenal congênita (HAC) é uma doença genética caracterizada por distúrbios no funcionamento das glândulas adrenais. As glândulas adrenais, ou suprarrenais, são duas glândulas que se localizam acima dos rins e produzem hormônios como o cortisol e a aldosterona (NIEMAN; MERKE, 2019). A conversão defeituosa de 17-hidroxiprogesterona (17OHP) em 11-desoxicortisol em pacientes com deficiência de 21-hidroxilase (21OHD) resulta em diminuição do cortisol, perda de feedback negativo e aumento da secreção de corticotropina (ACTH). A estimulação adrenal leva ao aumento da produção de andrógenos. A enzima 21-hidroxilase, responsável por essa conversão, é codificada pelo gene CYP21A2. A gravidade da doença está relacionada ao grau em que as mutações em determinados genes que comprometem a atividade enzimática (MERKE; AUCHUS, 2022). 2. Como detectar esta patologia no recém-nascido? As manifestações clínicas dessa doença variam a depender do grau de deficiência enzimática. Os lactentes com hiperplasia adrenal congênita clássica (HAC) foram historicamente subdivididos nas formas "perdedora de sal" e "virilizante simples". A maioria dos pacientes com 21OHD clássica apresenta deficiência de mineralocorticóide clinicamente relevante e está em risco de crise adrenal. Se a 21OHD permanecer não diagnosticada e não tratada, pode ocorrer uma crise adrenal (também chamada de crise "perdedora de sal"). Vômitos, diarreia, hipotensão e choque hipovolêmico podem ocorrer entre 10 a 20 dias de idade. Os achados laboratoriais sugestivos de crise adrenal incluem hipercalemia com ou sem hiponatremia, acidose metabólica e hipoglicemia (MERKE; AUCHUS, 2022). O diagnóstico da deficiência clássica de 21-hidroxilase (21OHD) é baseado em uma concentração sérica muito alta de 17-hidroxiprogesterona (17OHP), esse diagnóstico quase sempre é feito logo após o nascimento na triagem neonatal de rotina. O teste de triagem para 17OHP é medido com uma amostra de sangue de papel filtro obtida por punção do calcanhar (teste do pezinho), preferencialmente entre dois e quatro dias após o nascimento (VILAR, 2020). A anormalidade bioquímica característica para diagnóstico em qualquer idade em pacientes com 21OHD é uma concentração sérica muito alta de 17OHP em uma amostra de sangue cronometrada aleatoriamente. A maioria dos neonatos afetados apresenta concentrações aleatórias superiores a 3.500 a 5.000 ng/dL (105 a 150 nmol/L). Todos têm concentrações superiores a 1000 ng/dL (30 nmol/L) (MERKE; AUCHUS, 2022). Qualquer lactente com resultado positivo na triagem neonatal ou com quaisquer manifestações clínicas que sugiram a possibilidade de 21OHD (genitália atípica ou anormalidades eletrolíticas séricas) deve ser avaliado por uma amostra de soro para 17OHP e cortisol e eletrólitos séricos, para avaliar perda de sal e risco de crise adrenal, e repetidos a cada 24 a 48 horas até que a 21OHD seja excluída (MERKE; AUCHUS, 2022). Após a obtenção da amostra de sangue confirmatória, doses de tratamento com glicocorticoide e mineralocorticoide devem ser iniciadas para prevenir as manifestações potencialmente fatais de uma crise adrenal (MERKE; AUCHUS, 2022). 3. Relação prático-teórico. A atividade desta semana se relaciona com o assunto abordado nas APG’s e laboratórios em que estudamos as glândulas adrenais e os efeitos do aumento e diminuição dos glicocorticoides, na APG estudamos a síndrome da Cushing e doença de Addison que alteram os níveis de cortisol e ACTH. Através do trabalho foi possível estabelecer uma relação de uma má formação congênita da adrenal com o funcionamento normal das glândulas adrenais. REFERÊNCIAS NIEMAN, Lynnette K ; MERKE, MDDeborah P. Diagnosis and treatment of nonclassic (late- onset) congenital adrenal hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency. Uptodate, 09 out 2019. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/diagnosis-and-treatment-of-nonclassic-late-onset- congenital-adrenal-hyperplasia-due-to-21-hydroxylase-deficiency. Acesso em: 17 mar. 2023. MERKE, Deborah P; AUCHUS, MSRichard J . Clinical manifestations and diagnosis of classic congenital adrenal hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency in infants and children.. Uptodate, 14 out 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-classic- congenital-adrenal-hyperplasia-due-to-21-hydroxylase-deficiency-in-infants-and- children?search=Clinical%20manifestations%20and%20diagnosis%20of%20classic%20cong enital%20adrenal%20hyperplasia%20due%20to%2021- hydroxylase%20deficiency%20in%20infants%20and%20children.&source=search_result&se lectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1. Acesso em: 17 mar. 2023. VILAR, Lucio. Endocrinologia Clínica. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. E-book. ISBN 9788527737180. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737180/. Acesso em: 17 Mar 2023.
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