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FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV ALÉXIA ALEXANDRINA POSSIDONIO ALMEIDA 5º PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – HIPERPLASIA ADRENAL CONGENITA – SEMANA IV GUANAMBI/BA 2023 PERGUNTA: Hiperplasia adrenal congênita: que ocorre neste grupo de distúrbios? Como detectar esta patologia no recém nascido? RESPOSTA: As hiperplasias adrenais congênitas (HAC) são anomalias geneticamente determinadas (autossômicas recessivas) da síntese adrenocortical, resultantes da deficiência de alguma enzima da esteroidogênese adrenal. O quadro clínico e laboratorial depende da enzima que está deficiente e da quantidade da deficiência enzimática (cada genótipo determina um fenótipo diferente). A deficiência de cortisol secundária à deficiência enzimática de algumas formas causa aumento do hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina (ACTH) com hiperestímulo das adrenais, resultando em hiperplasia adrenal por efeito trófico do ACTH e acúmulo dos precursores da enzima afetada. A Figura 1.1, do Capítulo 1, mostra como ocorre a esteroidogênese adrenal, avaliando onde se dá a importância de cada enzima e de cada precursor esteroide adrenal. Existem quatro formas clínicas reconhecidas da HAC, as clássicas perdedora de sal e virilizante simples, e forma não-clássica de aparecimento tardio, além da críptica. O principal objetivo da triagem da HAC é identificar o recém-nascido com risco de ser afetado pelas formas clássicas graves perdedora de sal ou virilizante simples. Contudo, casos com níveis de 17OHP neonatal persistentemente elevados e sem clínica franca são suspeitos da forma não clássica e podem ser diagnosticados no período neonatal e em lactentes, identificados nos estudos de biologia molecular. O diagnóstico precoce é crucial para prevenir o óbito de lactentes por insuficiência adrenal. Os programas de triagem para HAC visam, principalmente, ao diagnóstico precoce da forma perdedora de sal, mais grave e potencialmente letal. O tratamento da crise de perda de sal consiste na hidratação com reposição de sódio e na administração intravenosa de hidrocortisona, na dose inicial de 50 mg/m2 de superfície corporal no recém-nascido. Compensada a fase aguda, inicia-se de preferência o uso de corticoides de meia-vida curta, como a hidrocortisona em doses menores, de 10 a 15 mg/m2 de superfície corporal/dia, pois interferem menos na cartilagem de crescimento da criança (hidrocortisona ou acetato de cortisona). Alguns centros, como o HC-FMUSP, preferem administrar a dose de glicocorticoide à noite, visando a suprimir o pico noturno de ACTH e, com isso, inibir ainda mais o hiperandrogenismo. Deve-se orientar o paciente a aumentar a dose do glicocorticoide em situações de estresse, como nos casos de insuficiência adrenal. Vale ressaltar que o acetato de cortisona na forma de solução é inadequado para o controle da HAC, pois não há uma distribuição uniforme da medicação na solução. REFERÊNCIAS: Sales, Patrícia, et al. O Essencial em Endocrinologia . Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2016. Barone, B., Rodacki, M., Cenci, M. C . P., Zajdenverg, L., Milech, A., & de Oliveira, J. E. P. (2007). KOPACEK, Cristiane. Triagem neonatal da hiperplasia adrenal congênita no SUS. Bol Cient Pediatr, v. 4, n. 3, p. 59-64, 2015.
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