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Abordagem da asma e DPOC

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1 P2 Emergência – Maria Luisa 
Abordagem da Asma e DPOC 
Mito X Realidade 
1. Todo paciente com exacerbação deve receber 
antibióticos. → Mito. 
2. A intubação orotraqueal deve ser evitada ao 
máximo nesses pacientes. → Mito. 
3. A ventilação não-invasiva pode ser benéfica ou 
prejudicial. → Realidade. 
4. Corticoide sistêmico é essencial na exacerbação de 
DPOC e na crise asmática. → Realidade. 
CRISE ASMÁTICA 
Fisiopatologia da asma: 
 
Há uma obstrução ao fluxo de ar envolvendo: inflamação, 
muco e broncoespasmo. 
Bronquíolo hiper inflamado, com luz muito reduzida, 
excesso de secreção (por aumento da produção). 
Asma aguda: Precipitantes 
• Alérgenos → Reexposição → Crise de asma 
• Geralmente são pacientes atópicos; 
• Infecções respiratórias (grande prevalência viral); 
• Alérgenos; 
• Medicações; 
• Alimentos; 
• Estresse; 
• Exercício físico; 
• Mudanças bruscas de temperatura; 
• Fortes odores 
 
 Maioria das descompensações é de por vírus (50% 
rinovírus). 
Como o paciente chega à emergência 
“fome de ar” 
• Dispneia importante 
• Tosse 
• Aperto no peito (dor torácica pela falta de ar) 
• Chiado ou sibilância 
• Taquipneia 
• Agitação 
• Taquicardia 
• Dificuldade para falar 
• Uso de musculatura acessória 
• Hipoxemia 
Paciente com alto risco para evolução desfavorável 
• IOT ou necessidade de UTI prévia 
• Exacerbação grave prévia 
• Má percepção dos sintomas 
• Rápida deterioração clínica 
• Uso de mais de 2 frascos de β2-agonista/mês 
• Acompanhamento ambulatorial inadequado 
• Comorbidades (sobretudo CV) 
• Ida à Emergência no último ano 
• Doença Psiquiátrica associada 
• Uso de corticoide oral 
 
Quais os exames a serem solicitados? 
O diagnóstico de uma crise asmática é clínico, assim, os 
exames complementares devem ser solicitados com o 
intuito de: 
• Ajudar a classificar a gravidade 
• Avaliar complicações 
• Fatores Precipitantes 
Solicitar: 
• Pico de Fluxo Expiratório 
• RX tórax 
• Gasometria Arterial (Acidose? Hipoxemia?) 
• Hemograma 
 
2 P2 Emergência – Maria Luisa 
• Eletrólitos 
• ECG 
 
Classificação da gravidade da Asma: 
 
 Asma leve consegue tratar sozinho em casa, não 
procura a emergência pela crise. 
 A maioria dos pacientes que chegam são os 
classificados como moderados. A crise leve de 
asma, geralmente não vai na Emergência, já o 
paciente grave já será enviado diretamente ao CTI. 
 O tratamento vai depender da classificação da 
asma. 
São direcionados ao CTI: 
 
Tratamento e plano de ação: 
 
 Não se esquecer de afastar o fator precipitante 
 Pode tentar adrenalina SC (ação mais rápida) ou 
sulfato de magnésio. 
 Beta2agonista de curta: Denoterol e Salbutamol 
 Realizar 3 NBZ a cada 20 minutos e reavaliar 
 
3 P2 Emergência – Maria Luisa 
 
Medicações mais utilizadas: 
Beta 2 agonista de curta duração: 
Salbutamol 
• Aerossol dosimetrado 100mcg/jato 
• 5 jatos nos primeiros 5 min 
• Após, um jato a cada hora 
• Aerolin 
Fenoterol 
• Solução para NBZ 5mg/mL 
• 10 a 20 gotas a cada 20 min, totalizando 3 
aplicações(1h) 
• Depois, 1 aplicação por hora 
• Berotec 
Terbutalina ou Adrenalina (casos refratários ou quando for 
inviável NBZ/aerossol) 
• Ampolas de 0,5mg ou 1mg 
• Aplicar 0,25mg ou 0,5mg, SC, até de 6/6h 
Anticolinérgicos 
Brometo de Ipratrópio 
• Aerossol dosimetrado, 20mcg/jato, 3 jatos 
• Solução para NBZ, 0,25mg/mL, 20-40gts de 4/4h 
OBS: ao fazer NBZ, adicionar de 3 a 5mL de SF 0,9% junto às 
gotas de β2agonista e anticolinérgico e usar ar comprimido 
ou O2 (desde que não seja retentor de CO2) a 5L/min ao 
menos, a fim de aerossolisar mais partículas. 
Corticoides 
• Prednisona: 1mg/kg/dia VO 
• Metilprednisolona : 60mg IV e após 40mg IV de 
6/6h 
• Hidrocortisona: 200mg a 300mg IV e após 100mg 
IV de 6/6h. 
 
Sulfato de magnésio 
• 1 a 2g IV diluídos em 100mL de SF 0,9% em 20 min 
• Ao dar alta, orientar: 
o Manter β2 de curta de 4/4h por 48h 
o Corticoide sistêmico por 7 dias 
o Rever medicamentos e técnica de 
inalação Atualização vacinal 
DPOC 
Fisiopatologia: Há 2 componentes 
• Bronquite crônica: Inflamação e excesso de 
produção de muco 
• Enfisema: Destruição do arcabouço alveolar 
(retenção de ar) 
 
Exacerbação: “Um evento no curso natural da doença, de 
caráter agudo, caracterizado por mudanças nos sintomas 
habituais do paciente: dispneia, tosse ou expectoração, 
além das variações normais do dia a dia, resultando na 
necessidade de se alterar a medicação habitual”. 
Critérios cardinais: 
• Piora da dispneia 
• Aumento do volume do escarro 
• Mudança no padrão da secreção (purulenta) 
 
 
4 P2 Emergência – Maria Luisa 
Etiologia da exacerbação: 
Infecciosa 
• Bacterianas 
• Virais 
• Mista 
Não infecciosa 
• Poluição 
• Variação sazonal 
• Embolia pulmonar 
• Insuficiência cardíaca 
• Arritmias 
• Pneumotórax 
• Sedativos 
 
 Descompensação por bactéria é a causa principal. 
Como o paciente chega? 
 
Pink Puffer: há maior componente enfisematoso – 
emagrecido, uso de musculatura acessória, postura 
inclinada para frente, aumento do diâmetro AP do tórax; 
Blue Bloater: há maior componente bronquítico – grau de 
obesidade, mais cianótico, tórax em tonel. 
 
Quais exames pedir? 
• RX de tórax/ TC de tórax (RX no geral mostra 
alterações crônicas. A TC é mais específica). 
• Gasometria arterial (comum apresentar acidose 
respiratória) 
• ECG 
• Hemograma: leucocitose 
• Eletrólitos 
• Para diagnósticos diferenciais: d-dímero, 
troponina, BNP ou pró-BNP. 
 
Tratamento: 
 
Antibióticos: 
Não é realizado em todos os casos de exacerbação. Utilizar 
se houver pelo menos 2 dos 3 critérios 
• Piora da dispneia 
• Aumento do volume do escarro 
• Mudança no padrão da secreção (torna-se 
purulenta) 
 
5 P2 Emergência – Maria Luisa 
Qual ATB? 
• Amoxicilina ou macrolídeo isoladamente 
• Amox/clavulanato + macrolídeo (esquema mais 
utilizado) 
• Ceftriaxone + macrolídeo 
• Quinolonas respiratórias (levofloxacino, 
moxifloxacino) 
Principais germes envolvidos: pneumococo, hemófilos e 
moraxella. 
Broncodilatadores 
Β2 agonista de cura duração 
Salbutamol 
• Aerossol dosimetrado 100mcg/jato 
• 5 jatos nos primeiros 5 min 
• Após, um jato a cada hora 
Fenoterol 
• Solução para NBZ 5mg/mL 
• 10 a 20 gts a cada 20 min, totalizando 3 
aplicações(1h) 
• Depois, 1 aplicação por hora 
Anticolinérgicos 
Brometo de ipratrópio 
• Aerossol dosimetrado, 20mcg/jato, 3 jatos 
• Solução para NBZ, 0,25mg/mL, 20-40gts de 4/4h 
Corticoides 
• Prednisona - 1mg/kg/dia VO 
• Metilprednisolona - 60mg IV e após 40mg IV de 
6/6h 
• Hidrocortisona – 200mg a 300mg IV e após 100mg 
IV de 6/6h 
 Corticoide IV demora aproximadamente 4h para 
iniciar efeito. 
Não utilizamos sulfato de magnésio na DPOC. 
Suporte ventilatório 
• O2 em baixo fluxo (não ultrapassar 2L/min – pode 
acentuar a retenção de O2. Utilizar fluxomêtro em 
2L) para SatO2 < 90% 
• VNI reduz mortalidade 
 
IOT 
Não deve ser adiada, considerar se: 
• Grave dispneia com sinais de IRespA 
• FR>35irpm 
• Hipoxemia ameaçadora PaO 2 < 40 ou P/F < 200 
• Acidose grave pH< 7,25 e PaCO 2 > 60 
• Parada cardiorrespiratória 
• Confusão, sonolência 
• Falência da VNI 
• Sepse, instabilidade hemodinâmica 
Quando não devemos dar alta: 
• Dispneia intensa 
• DPOC avançado 
• Cianose 
• Falência em responder às medicações 
• Comorbidades graves descontroladas 
• Arritmias 
• Idade avançada 
• Suporte domiciliar inadequado 
Quando internar no CTI: 
• Rebaixamento de consciência 
• Grave dispneia, sem resposta ao tratamento 
• Hipoxemia grave PaO2 < 40 
• Hipercapnia PaCO2 > 60 
• Acidose respiratória grave (pH < 7,25) 
• Sepse

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