Buscar

Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e o seu contributo no Processo de Ensino e Aprendizagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cliotildo Rodrigues Foquiço Chai-Chai 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e o seu contributo no Processo de 
Ensino e Aprendizagem 
 
 
 
 
Licenciatura em Ciências da Educação com Habilitação Administração e Gestão da 
Educação 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Maxixe 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cliotildo Rodrigues Foquiço Chai-Chai 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e o seu contributo no Processo de 
Ensino e Aprendizagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Pedagógica 
Maxixe 
2016 
 
Trabalho de pesquisa apresentado ao 
Departamento de Ciências da Educação e 
Psicologia, na cadeira de psicologia de 
aprendizagem como requisito para efeitos de 
avaliação 
 
Docente: MA. Odete Agostinho 
 
 
Introdução 
O presente trabalho intitulado Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e o seu 
contributo no Processo de Ensino e Aprendizagem tem como objectivo analisar a Teoria de 
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e o seu contributo no Processo de Ensino e 
Aprendizagem. Para que esse objectivo fosse alcançado definimos o conceito de aprendizagem, 
buscamos conhecer a Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget e por fim conhecer 
o seu contributo no Processo de Ensino e Aprendizagem. 
Sabe-se que, nenhum trabalho que advêm do esforço intelectual do homem é concebido como 
um todo, o nosso passa pelo mesmo circuito, portanto, pretende-se com o presente trabalho, 
mas do que levar a um fim, usa-lo de meio para o fim. Os caminhos que ajudaram n sua 
concepção são a revisão bibliográfica ou simplesmente pesquisa bibliográfica, isto e, buscamos 
apresentar e discutir as definições dos conceitos – chave, bem como o desenvolvimento de 
subtemas em função dos objectivos traçados para o estudo. Os termos e subtemas são definidos 
e desenvolvidos na concepção de diferentes autores que investigaram e escreveram temas 
relacionados ao nosso. 
 
 
 
 
 
 
1. Aprendizagem 
Segundo Coelho, para alguns estudiosos a aprendizagem é um processo integrado que provoca 
uma transformação qualitativa na estrutura mental daquele que aprende. Essa transformação se 
dá por meio da alteração de conduta de um indivíduo, seja por Condicionamento Operante, 
experiência ou ambos, de uma forma razoavelmente permanente. As informações podem ser 
absorvidas através de técnicas de ensino ou até pela simples aquisição de hábitos. O acto ou 
vontade de aprender é uma característica essencial do psiquismo humano, pois somente este 
possui o carácter intencional, ou a intenção de aprender; dinâmico, por estar sempre em mutação 
e procurar informações para a aprendizagem; criador, por buscar novos métodos visando à 
melhora da própria aprendizagem, por exemplo, pela tentativa e erro. 
Aprendizagem é o processo pelo qual o individuo adquire informácoes, Habilidades, atitudes, 
valores e máis, apartir do seu contacto com a realidade e o meio ambiente com outras pessoas, 
incluindo a interdependencia dos individuos envolvidos no processo, aque que apreende e 
aquele que ensina a relação entre as pessoas (Pilletti, 1997, p. 45) 
Referindo ao tempo de aprendizagem Gomes et al (1999), afirmá ser o conjunto de accoes que 
levam as pessoas a adquirir conhecimentos com apoio do professor ou por diversos actores. A 
eficacia da aprendizagem e medida principalmente pela quantidade e qualidade de 
conhecimentos adquiridos. 
O ser humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de estímulos externos 
e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há aprendizados que podem ser 
considerados natos, como o acto de aprender a falar, a andar, necessitando que ele passe pelo 
processo de maturação física, psicológica e social. Na maioria dos casos a aprendizagem se dá 
no meio social e temporal em que o indivíduo convive; sua conduta muda, normalmente, por 
esses factores e por predisposições genéticas. 
Analisando as definições acima expostas pelos autores, podemos concluir que aprendizagem é 
o processo pelo qual o individuo adquire informações à partir do seu contacto com a realidade 
e o meio ambiente. Em geral, esta aprendizagem é tida como alcançada com a mudança de 
comportamento, isto é, quem muda de comportamento aprendeu. 
 
 
 
2. A Teoria da Aprendizagem na Abordagem de Piaget 
Tendo noção do conceito aprendizagem e sendo que a aprendizagem é uma mudança 
relativamente durável do comportamento, de uma forma mais ou menos sistemática, ou não 
adquirida pela experiência, pela observação e pela prática motivada. 
Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação aos onze anos ao perceber um melro 
albino em uma praça de sua cidade. A observação desse pássaro gerou seu primeiro trabalho 
científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do 
conhecimento nos seres humanos. 
As teorias de Jean Piaget tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres 
humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o 
estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos. 
Segundo Piaget, o desenvolvimento do indivíduo inicia-se no período intra-uterino e vai até aos 
15 ou 16 anos. Piaget diz que a embriologia humana evolui também após o nascimento, criando 
estruturas cada vez mais complexas. A construção da inteligência dá-se, portanto, em etapas 
sucessivas, com complexidades crescentes, encadeadas umas às outras. A isto Piaget chamou 
de “construtivismo sequencial”. 
3. Períodos de desenvolvimento motor, verbal e mental 
A seguir Coelho apresenta os períodos em que se dão os desenvolvimentos motores, verbais e 
mentais: 
3.1.Período Sensório-Motor 
Do nascimento aos 2 anos, aproximadamente. A ausência da função semiótica é a principal 
característica desse período. A inteligência trabalha por meio das percepções (simbólico), das 
acções (motor) e dos deslocamentos do próprio corpo. É uma inteligência eminentemente 
prática. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer 
que quer beber água), já que não representa mentalmente o objecto e as acções. Sua conduta 
social é de isolamento e indiferenciação (o mundo é ele) (Coelho, s/d, p. 8) 
3.2.Período Simbólico 
Dos 2 anos aos 4 anos, aproximadamente. Nesse período, surge a função semiótica que permite 
o surgimento da linguagem, do desenho, da imitação, da dramatização, podendo criar imagens 
mentais na ausência do objecto ou da acção. É o período da fantasia, do faz de conta, do jogo 
 
 
simbólico. Com a capacidade de formar imagens mentais, pode transformar o objecto numa 
satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforos em carrinho, por exemplo). É também o período 
em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objectos ("o carro do papai foi 'dormir' na 
garagem"). A linguagem está em nível de monólogo colectivo, ou seja, todos falam ao mesmo 
tempo sem que respondam às argumentações dos outros. Duas crianças “conversando” dizem 
frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo. Sua socialização é vivida de 
forma isolada, mas dentro do colectivo. Não há liderança, e os pares são constantemente 
trocados. Existem outras características do pensamento simbólico que não estão sendo 
mencionadas aqui, uma vez que a proposta é de sintetizar as ideias de Piaget, como, por 
exemplo, o nominalismo (dar nomes às coisas das quais não sabe o nome ainda), super-
determinação (“teimosia”), egocentrismo (tudo é “meu”) (Coelho, s/d, p. 8-9) 
3.3.Período Intuitivo 
Dos 4 anos aos 7 anos, aproximadamente. Nesse período já existe um desejo de explicação dos 
fenómenos. É a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Distingue a 
fantasia do real, podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua 
centrado no seu próprioponto de vista. Já é capaz de organizar colecções e conjuntos sem, no 
entanto, incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto de flores, por 
exemplo). Quanto à linguagem, não mantém uma conversação longa, mas já é capaz de adaptar 
sua resposta às palavras do companheiro. Os Períodos Simbólico e Intuitivo são também 
comumente apresentados como Período Pré-Operatório (Coelho, s/d, p. 9) 
3.4.Período Operatório Concreto 
Dos 7 anos aos 11 anos, aproximadamente. É o período em que o indivíduo consolida as 
conservações de número, substância, volume e peso. Já é capaz de ordenar elementos por seu 
tamanho (grandeza), incluindo conjuntos, organizando então o mundo de forma lógica ou 
operatória. Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, 
chefiando e admitindo a chefia. Já pode compreender regras, sendo fiel a ela, e estabelecer 
compromissos. A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que, no 
entanto, possa discutir diferentes pontos de vista para que chegue a uma conclusão comum 
(Coelho, s/d, pp. 9). 
 
 
 
 
3.5.Período Operatório Abstracto 
Dos 11 anos em diante. É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível 
de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É quando o indivíduo está apto para 
calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em proveito de interesses orientados para 
o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”. A partir dessa estrutura de 
pensamento, é possível a dialéctica, que permite que a linguagem se dê em nível de discussão 
para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer relações de 
cooperação e reciprocidade (Coelho, s/d, pp. 9-10). 
Contributo da Teoria de Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget no Processo de Ensino 
e Aprendizagem 
A teoria de Jean Piaget (1896-1980),que é a referência deste nosso trabalho, busca compreender 
o desenvolvimento do ser humano. No entanto, ela se destaca de outras pelo seu carácter 
inovador quando introduz uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que 
constitui uma tentativa de integrar as posições dicotómicas de duas tendências teóricas que 
permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas 
pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o 
psíquico. 
Um outro ponto importante a ser considerado, segundo estudiosos como La Taille (1992); 
Rappaport (1981); Furtado et. al.,(1999) e Coll (1992), é o de que o modelo piagetiano prima 
pelo rigor científico de sua produção, ampla e consistente ao longo de 70 anos, que trouxe 
contribuições práticas importantes, principalmente, ao campo da Educação - muito embora, 
curiosamente, aliás, a intenção de Piaget não tenha propriamente incluído a ideia de formular 
uma teoria específica de aprendizagem. 
O propósito do nosso estudo, portanto, é tecer algumas considerações referidas ao eixo 
principal em torno do qual giram as concepções do método psicogenético de Piaget, o qual, 
segundo Coll e Gillièron (1987, p. 30), tem como objectivo "compreender como o sujeito se 
constitui enquanto sujeito cognitivo, 
A importância de se definirem os períodos de desenvolvimento da inteligência reside no fato 
de que, em cada um, o indivíduo adquire novos conhecimentos ou estratégias de sobrevivência, 
 
 
de compreensão e interpretação da realidade. A compreensão desse processo é fundamental 
para que os professores possam também compreender com quem estão trabalhando. 
Piaget não oferece aos educadores uma didáctica específica sobre como desenvolver a 
inteligência do aluno ou da criança. Piaget nos mostra que cada fase de desenvolvimento 
apresenta características e possibilidades de crescimento da maturação ou de aquisições. O 
conhecimento dessas possibilidades faz com que os professores possam oferecer estímulos 
adequados a um maior desenvolvimento do indivíduo: 
Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar 
(o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de 
actor no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, 
comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia 
começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e 
sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola 
piagetiana (Lima, 1980, p. 131). 
4. As complicações e contribuições do modelo piagetiano para a acção pedagógica 
A respeito disso, Coll e Gillièron (1992, p. 172), o modelo piagetiano, curiosamente, veio a se 
tornar uma das mais importantes directrizes no campo da aprendizagem escolar, por exemplo, 
nos USA, na Europa e no Brasil, inclusive. 
De acordo com Coll e Gillièron (1992), as tentativas de aplicação da teoria genética no campo 
da aprendizagem são numerosas e variadas, no entanto os resultados práticos obtidos com tais 
aplicações não podem ser considerados tão frutíferos. Uma das razões da difícil penetração da 
teoria genética no âmbito da escola deve-se, principalmente, segundo o autor, "ao difícil 
entendimento do seu conteúdo conceitual como pelos métodos de análise formalizante que 
utiliza e pelo estilo às vezes 'hermético' que caracteriza as publicações de Piaget" (Ibidem, p. 
174). 
4.1.As complicações do modelo piagetiano para a acção pedagógica 
Coll e Gillièron (1992, p. 172) ressaltam, também, que a aplicação educacional da teoria 
genética tem como factores complicadores, entre outros: 
 
 
• As dificuldades de ordem técnica, metodológica e teórica no uso de provas operatórias 
como instrumento de diagnóstico psicopedagógico, exigindo um alto grau de 
especialização e de prudência profissional, a fim de se evitarem os riscos de sérios erros; 
• A predominância no "como" ensinar coloca o objectivo do "o quê" ensinar em segundo 
plano, contrapondo-se, dessa forma, ao carácter fundamental de transmissão do saber 
acumulado culturalmente que é uma função da instituição escolar, por ser esta de 
carácter preeminentemente político-metodológico e não técnico como tradicionalmente 
se procurou incutir nas ideias da sociedade; 
• A parte social da escola fica prejudicada, uma vez que o raciocínio por trás da 
argumentação de que a criança vai atingir o estágio operatório secundariza a noção do 
desenvolvimento do pensamento crítico; 
• A ideia básica do construtivismo, postulando que, a actividade de organização e 
planificação da aquisição de conhecimentos estão a cargo do aluno, acaba por não dar 
conta de explicar o carácter da intervenção por parte do professor; 
• A ideia de que o indivíduo apropria os conteúdos em conformidade com o 
desenvolvimento das suas estruturas cognitivas estabelece o desafio da descoberta do 
"grau óptimo de desequilíbrio", ou seja, o objecto a conhecer não deve estar nem além 
nem aquém da capacidade do aprendiz conhecedor. 
 
4.2.As contribuições do modelo piagetiano para a acção pedagógica 
Por outro lado afirma a PCN (1998), como contribuições contundentes da teoria psicogenética, 
podem ser citadas, por exemplo: 
• A possibilidade de estabelecer objectivos educacionais, uma vez que a teoria fornece 
parâmetros importantes sobre o 'processo de pensamento da criança', relacionados aos 
estádios do desenvolvimento; 
• Em oposição às visões de teorias behavioristas que consideravam o erro como 
interferências negativas no processo de aprendizagem, dentro da concepção cognitivista 
da teoria psicogenética, os erros passam a ser entendidos como estratégias usadas pelo 
aluno na sua tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos; 
• Uma outra contribuição importante do enfoque psicogenético foi lançar luz à questão 
dos diferentes estilos individuais de aprendizagem;entre outros. 
 
 
 
Conclusão 
Olhando para a teoria de Jean Piaget cujas asserções dão conta de que a compreensão do 
desenvolvimento humano e cognitivo equivale à compreensão de como se dá o processo de 
constituição do pensamento lógico-formal. Tal processo, que é explicado segundo o 
pressuposto de que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito 
conhecedor e o objecto a conhecer, envolve mecanismos complexos e intrincados que englobam 
aspectos que se entrelaçam e complementam-se, tais como: o processo de maturação do 
organismo, a experiência com objectos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do 
organismo ao meio. 
Conforme Coll e Gillièron (1992, p. 192) afirmam, as relações entre teoria psicogenética versos 
educação, apesar dos complicadores decorrentes da "dicotomia entre os aspectos estruturais e 
os aspectos funcionais da explicação genética" e da tendência dos projectos privilegiarem, em 
grande parte, um reducionismo psicologizante em detrimento ao social (motivo de caloroso 
debate), pode-se considerar que a teoria psicogenética trouxe contribuições importantes ao 
campo da aprendizagem escolar. 
O caso da possibilidade de estabelecer objectivos educacionais, uma vez que a teoria fornece 
parâmetros importantes sobre o 'processo de pensamento da criança', relacionados aos estádios 
do desenvolvimento; Em oposição às visões de teorias behavioristas que consideravam o erro 
como interferências negativas no processo de aprendizagem, dentro da concepção cognitivista 
da teoria psicogenética, os erros passam a ser entendidos como estratégias usadas pelo aluno na 
sua tentativa de aprendizagem de novos conhecimentos e uma outra contribuição importante do 
enfoque psicogenético foi lançar luz à questão dos diferentes estilos individuais de 
aprendizagem; entre outros. 
 
 
 
 
Referencias bibliográficas 
COLL, C. As contribuições da Psicologia para a Educação: Teoria Genética e Aprendizagem 
Escolar. In LEITE, L.B. (Org) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: Cortez,1992. 
COLL,C.; GILLIÈRON. C. Jean Piaget: o desenvolvimento da inteligência e a construção do 
pensamento racional. In, LEITE, L.B. (org) Piaget e a Escola de Genebra. São Paulo: 
Cortez, 1987. 
FURTADO, O.; BOCK, A. M. B; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo 
de psicologia. 13ed. São Paulo: Saraiva, 1999 
LA TAILLE., Y. Desenvolvimento do juízo moral e afectividade na teoria de Jean Piaget. In 
LA TAILLE; OLIVEIRA, M.K; DANTAS, H. Piaget, Vygostsky, Wallon: teorias 
psicogenéticas em discussão. 13 ed. São Paulo: Summus, 1992. 
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Editora Forense. 
PILETTI, C. P. Didáctica Geral. 23ª Edição São Paulo: Cortez Editora, 2004. 
PILETTI, Claudino e PILETTI, Nelson. Filosofia e História da Educação. São Paulo: Ática. 
1985. 
POZO, Juan Ignácio. Teorias Cognitivas da aprendizagem. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Continue navegando