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NCS1-Tutoria 3 2 (Motor Envenenado)

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NCS1 - Tutoria
1) Caracterizar lipídios, seus tipos e funções. 
Quando pensamos em lipídios, é comum associá-los a gorduras, mas elas são apenas uma das espécies de lipídios, isso acontece porque a maioria dos lipídios tem sua característica comum em uma natureza oleosa.
Os lipídios estão presentes em alimentos como gema do ovo, gorduras animais, leite, óleos vegetais etc.
> Os lipídios (do grego “lipos”, significa gordura) são moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em certas substâncias orgânicas não polares, tais como álcool, éter e acetona. Isso ocorre devido ao componente hidrocarboneto expressivo que também é responsável pela propriedade oleosa da molécula.
Essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio. Os lipídios se diferenciam das outras biomoléculas estudadas por não formarem polímeros, como observado entre as proteínas, os carboidratos e os ácidos nucléicos. A maioria dos lipídios é formada por ácido graxo, que é um ácido orgânico mono carboxílico. Na dieta humana, os lipídeos são ingeridos na forma de triacilgliceróis, sendo importantes por incluírem ácidos graxos essenciais e as vitaminas lipossolúveis. Podem ser encontrados em alimentos de origem vegetal e de origem animal e seu consumo deve ser feito de forma equilibrada.
Funções dos Lipídios:
Os lipídios apresentam funções importantes para o organismo, dentre elas são:
· Reserva de energia: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade, e está presente em animais e vegetais;
· Isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada que atua na manutenção na temperatura corporal, sendo fundamental para animais que vivem em climas frios;
· Ácidos graxos: estão presentes nos óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, de girassol, de canola e de milho, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas celulares.
· Absorção de vitaminas: auxiliam a absorção das vitaminas A, D, E e K que são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são produzidas no corpo humano é importante o consumo desses óleos na alimentação.
Estrutura dos Lipidios
Os lipídios são ésteres, isso quer dizer que são compostos por uma molécula de ácido (ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou outro).
São insolúveis em água porque suas moléculas são apolares, ou seja, não têm carga elétrica e por esse motivo não possuem afinidade pelas moléculas polares da água.
A Química dos Ácidos Graxos
É importante iniciar o estudo dos lipídios abordando o conhecimento das estruturas químicas dos ácidos graxos (que não podem ser confundidos com lipídios, embora sejam moléculas orgânicas que entram na composição da maioria deles). Portanto, os ácidos graxos são as unidades básicas da maioria dos lipídios.
São ácidos monocarboxílicos (contendo apenas um grupo carboxila - COOH). O grupo carboxila se liga a uma longa cadeia hidrocarbonada, cujo número de carbono varia de 4 a 36. Os ácidos graxos mais abundantes na natureza apresentam um número par de átomos de carbono (12 a 24). Suas cadeias hidrocarbonadas são lineares. O número par de carbonos resulta da maneira como esses compostos são produzidos nas células, pois as reações de síntese dos ácidos graxos envolvem a condensação de unidades de acetato (dois átomos de carbono) levando a uma composição par de átomos de carbono. Os ácidos graxos com número ímpar de átomo de carbono podem ser encontrados na natureza, mas são bastante raros.
Ácidos Graxos Insaturados e Saturados
Os ácidos graxos podem ser classificados em saturados e insaturados. Os ácidos graxos saturados não apresentam duplas ligações em suas cadeias, enquanto os insaturados apresentam uma ou mais duplas ligações.
Ácidos Graxos Saturados 
O ácido graxo com cadeia hidrocarbonada saturada não apresenta duplas ligações. Esses ácidos graxos são sólidos a temperatura ambiente e são encontrados em gorduras animais.
Ácidos Graxos Insaturados 
São os ácidos graxos que contêm uma ou mais duplas ligações. Esses ácidos graxos são líquidos à temperatura ambiente e são encontrados em óleos vegetais. Os ácidos graxos que apresentam cadeia hidrocarbonada com uma única ligação dupla são monos insaturados, enquanto os que apresentam cadeia hidrocarbonada com duas ou mais ligações duplas são poli-insaturados.
Representação Química dos Ácidos graxos 
A representação dos ácidos graxos saturados é determinada especificando o seu número de átomos de carbono (o comprimento da cadeia) e o número de duplas ligações por dois numerais separados por dois pontos (como consta na segunda coluna da tabela 1). Nessa representação, o primeiro numeral significa o número de átomos de carbono e o segundo (o zero), indica que ele não apresenta nenhuma ligação dupla. Por exemplo, ácido graxo saturado com 16:0.
Representação pelo sistema delta 
Para ácidos graxos monoinsaturados. O ácido oléico com 18 carbonos e uma dupla ligação é representado
no sistema delta (D) como 18:1(D9 ). Nessa representação, o numeral 18 significa os 18 átomos de carbonos do ácido graxo e o numeral 1 o número de dupla ligação desse ácido graxo, que é apenas uma. A letra grega seguida pelo numeral 9 sobrescrito (D9 ) , significa que a dupla ligação se encontra entre o C-9 e C10 (o carbono carboxílico é o C-1).
Representação N-W para Ácidos Graxos Poli-insaturados
Os ácidos graxos poliinsaturados podem ser nomeados de acordo com a posição da primeira dupla ligação contada a partir da extremidade que contém o grupo metil (CH3 ) em n-ômega ou n- ̆(Quadro 2). Essa representação agrupa os ácidos graxos em ômega- 3 ( ̆-3), ômega-6 ( ̆-6), ômega-7 ( ̆-7) e ômega-9 ( ̆-9), como mostra a Tabela 2. O ácido á-linolênico é um exemplo de ácido graxo do tipo ômega-3.
Nessa representação, o ácido á-linolênico é representado por 3n-3. Observe que o 3n representa o número de duplas ligações (três duplas ligações) e o último 3 indica a classe a que esse ácido graxo pertence no sistema ômega. Portanto, no exemplo estudado, o ácido á-linolênico é do tipo ômega 3. A estrutura abaixo é a representação da cadeia do ácido graxo linolênico (18:3 n-3), que é um ácido graxo do tipo ômega-3.
Triacilgliceróis
São uma forma de armazenamento de energia nos organismos bem mais eficiente, porque são menos oxidados que os carboidratos e exigem pouca água de solvatação quando armazenados, porque eles são apolares. (solvatação: ocorre quando um composto iônico ou polar se dissolve em uma substância polar, sem formar uma nova substância). São formados a partir da reação de esterificação de ácidos graxos com três grupos hidroxila de glicerol.
· Os triacilgliceróis simples são compostos apenas de um tipo de ácido graxo. Já os triacilgliceróis misturados são formados por dois ou três tipos de ácidos graxos.
· A desesterificação de um triacilglicerol é chamada de reação de saponificação usada na produção de sabão. Na reação de interesterificação é possível mudar a composição dos triacilgliceróis.
Funções dos Triacilgliceróis
Função de reserva energética. Nos animais vertebrados, os adipócitos (as células que armazenam as gorduras) armazenam grandes quantidades de triacilgliceróis como gotículas de gordura. Os triacilgliceróis são também armazenados como óleos nas sementes de muitos tipos de plantas que ajudam na germinação.
Nos seres humanos o tecido adiposo é composto principalmente de adipócitos situados sob a pele, na cavidade abdominal e nas glândulas mamárias (neste último caso, de grande importância para viabilizar o aleitamento materno). Isolante térmico para animais de climas muito frios. Esta é uma função especialmente importante para os animais que habitam as zonas polares do globo que suportam baixíssimas
temperaturas. Animais como urso, foca e pingüins apresentam uma espessa camada de gordura sob a pele que impede a troca de calor do animal com o ambiente, mantendo assim seus corpos aquecidos.
Classificação dos Triacilgliceróis
Os triacilgliceróis são classificados em simples e mistos. Os triacilgliceróis simples apresentam o mesmo tipo de ácido graxo ligadoàs três hidroxilas do glicerol. Os triacilgliceróis mistos apresentam pelo menos dois ácidos graxos diferentes ligados à molécula de glicerol. Os óleos vegetais e as gorduras animais são misturas complexas de triacilgliceróis simples e mistos. Esses triacilgliceróis contêm uma variedade de ácidos graxos que diferem quanto ao comprimento da cadeia e grau de saturação. Os óleos vegetais, como os óleos de milho e azeite de oliva são formados, principalmente, por triacilgliceróis que contêm ácidos graxos insaturados e, são, portanto, líquidos à temperatura ambiente. Já as gorduras animais são formadas, principalmente, por triacilgliceróis contendo ácidos graxos saturados. Como exemplo, é possível citar a triestearina – encontrada abundantemente em gordura bovina –, que é um sólido branco e gorduroso à temperatura ambiente.
Ceras ou Graxas
Outra classe de lipídios apolares ou hidrofóbicos são as ceras, também conhecidas como graxas. As ceras são ésteres de ácidos graxos saturados ou insaturados de cadeia longa (com 14 a 36 átomos de carbonos), com alcoóis de cadeia longa (contendo de 16 a 30 carbonos) como pode ser visto na Figura 9. A reação de formação de éster é denominada reação de esterificação. A esterificação resulta da reação de um éster pela união de um álcool e um ácido (neste caso um ácido graxo).
Funções Biológicas da Cera
As ceras apresentam diversas funções na natureza, especialmente por ter propriedade repelente à água e sua consistência firme. Dentre as principais funções, merecem destaque:
Reserva energética – especialmente importante para a população de organismos marinhos flutuando livremente e que está na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos (o plâncton).
Impermebializante – Alguns animais vertebrados possuem glândulas na pele que secretam ceras. A cera secretada por essas glândulas protegem o pêlo e a pele desses mantendo-os flexíveis, lubrificados e à prova de água (impermeáveis). Os pássaros marinhos, inclusive, secretam ceras de suas glândulas para manter suas penas repelentes à água, evitando o acúmulo de um sobrepeso – representado pelo líquido – sobre suas asas que comprometeria sua mobilidade no ar e na água. 
Proteção contra evaporação e ataque de parasitas. As folhas brilhantes de azevinhos, rododentros, marfim venenoso e muitas outras plantas tropicais são cobertas por uma grossa camada de cera. Essa camada de cera serve para impedir a evaporação excessiva da água – evitando sua desidratação – e proteger a planta do ataque de parasitas.
Lipídios de Membranas Biológicas 
Os lipídios que entram na composição das membranas das células são moléculas anfipáticas.
Esses lipídios apresentam uma cadeia hidrocarbonada apolar (denominada cauda) e um grupo polar (denominado cabeça). Essa estrutura em bicamada é estabilizada por interação hidrofóbica, que ocorre com a associação das caudas apolares desses lipídios, e as interações hidrofílicas como pontes de hidrogênio que ocorrem com os grupos polares e a água.
Classificação dos Lipídios de Membranas Biológicas 
Os lipídios de membranas biológicas são agrupados em três classes: glicerofosfolipídios, esfingolipídios e colesterol. Os glicerofosfolipídios e esfingolipídios se agrupam em duas subclasses: fosfolipídios e glicolipídios.
Os fosfolipídios são lipídios de membranas que apresentam fosfato em suas estruturas. Os glicolipídios são os lipídios que apresentam como grupo polar um monossacarídeo ou oligossacarídeos. A enorme diversidade de estruturas químicas que se observa nas classes dos lipídios de membranas se deve às diversas possibilidades de combinações das cadeias hidrocarbonadas dos ácidos graxos e com os grupos químicos que podem formar as cabeças polares.
Glicerofosfolipídios ou fosfoglicerídeos
Estruturas dos Glicerofosfolipídios
Os Glicerofosfolipídios ou fosfoglicerídeos são os lipídios de membranas mais abundantemente encontrados nas membranas das células. Todos os lipídios dessa classe são derivados do ácido fosfatídico. O ácido fosfatídico é uma molécula formada por glicerol, duas unidades de ácidos graxos e um grupo fosfato. Asmoléculas de ácidos graxos se ligam às hidroxilas (OH) do primeiro e do segundo carbono do glicerol e o grupo fosfato se liga a OH do terceiro carbono do glicerol.
Tipos de Glicerofosfolipídios
Os Glicerofosfolipídios são classificados de acordo com o álcool ligado ao grupo fosfato em: fosfatidilcolina
(lecitina), fosfatidiletanolamina (cefalina), fosfatidilglicerol e fosfatidilserina. Os ácidos graxos freqüentemente encontrados nos Glicerofosfolipídios apresentam uma cadeia hidrocarbonada contendo entre 16 e 20 átomos de carbono. Os ácidos graxos saturados são encontrados, geralmente, no C-1 do glicerol, enquanto a posição C-2 é freqüentemente ocupada por ácidos graxos insaturados.
Esfignolípidios 
Os esfingolipídios são formados por uma molécula de esfingosina (um aminoálcool de cadeia longa), um ácido graxo de cadeia longa e um grupo polar (Figura 10). Os carbonos, C-1, C-2 e C-3 da molécula de esfingosina são estruturalmente análogos aos três grupos hidroxila do glicerol, diferindo apenas pelo fato de que no C-2 é encontrado um grupo amino (NH2 ), em vez de uma OH. Quando o ácido graxo está ligado ao grupo -NH2 do C- 2, o composto resultante é uma ceramida. Vale destacar, que a ceramida é o precursor estrutural de todos os esfingolipídios (Figuras 14 e 15). Os esfingolipídios, todos eles derivados da ceramida, são classificados em: esfingomielinas e glicoesfingolipídios. Os glicoesfingolipídios, por sua vez, são subdivididos em, globosídeos, cerebrosídeos e gangliosídeos.
Esfingomielinas
As esfingomielinas possuem a fosfocolina ou a fosfoetanolamina como seu grupo polar ligado ao C-1 da ceramida (Figura 10). As esfingomielinas estão presentes na membrana plasmática de células animais e na bainha de mielina (membrana que envolve e isola os axônios dos neurônios).
Glicoesfingolipídios 
Os glicoesfingolipídios possuem uma ou mais unidades de monossacarídeos como grupo polar ligado à hidroxila (OH) do C-1 da ceramida. São agrupados em 3 classes: cerebrosídeos, globosídeos e gangliosídeos.
Cerebrosídeos 
São glicoesfingolipídios que apresentam apenas uma unidade de monossacarídeo ligado à ceramida. Os cerebrosídeos de galactose são encontrados na membrana plasmática de células dos tecidos nervoso. São denominados galactocerebrosídeo (Figura 16a). Os cerebrosídeos de glicose são encontrados em membranas de tecidos não neurais e são denominados glicocerebrosídeo.
 Globosídeos
São glicoesfingolipídios formados por duas ou mais unidades de monossacarídeos, normalmente di, tri e tetrassacarídeos. Os monossacarídeos que entram na composição desses lipídios são D-glicose, D-galactose ou N-acetil-D-galactosamina. Os globosídeos são encontrados na face externa da membrana plasmática, voltando-se para a matriz extracelular.
Gangliosídeos
São os glicoesfingolipídios que apresentam estruturas químicas bem mais complexas (Figura 13) quando comparados aos demais esfingolipídios. Nesses lipídios, o grupo polar é uma cadeia de oligossacarídeo formado por várias unidades de monossacarídeos que se ligam a OH do C-1. O que os diferencia dos globosídeos, é que nos gangliosídeos uma ou mais unidades de monossacarídeos são de ácidos N-acetilneuramínico (ácido siálico).
Os gangliosídeos estão presentes em cerca de 6% da massa cinzenta do cérebro e em menores quantidades em tecidos não neurais. Os nomes dos gangliosídeos incluem letras e números subscritos. As letras M, D e T indicam que a molécula contém um, dois ou três resíduos de ácido siálico, respectivamente. 
Já os números designam a seqüência de açúcares ligados à ceramida. Os gangliosídeos GM1, GM2 e GM3 são os mais conhecidos.
Esteróides 
Os esteróides são lipídios que se caracterizam por conter o núcleo esteróide composto de quatro anéis fundidos, A, B, C e D. Os esteróides não são formados por ácidos graxos. O colesterol é o principal esteróide presente nos tecidos animais, frequentemente encontrado nas membranas das células animais.O colesterol é uma molécula anfipática, cujo grupo polar é uma hidroxila que se liga ao C-3 do anel A. O grupo apolar do colesterol compreende tanto parte do núcleo esteróide quanto a longa cadeia hidrocarbonada que se liga ao carbono 17 do anel D
Os ácidos biliares são esteróides formados a partir do colesterol. Como exemplo, temos o ácido taurocólico, cuja cadeia lateral no C17 do núcleo esteróide é hidrofílica. Os ácidos biliares atuam como detergentes nos intestinos, emulsificando as gorduras provenientes da dieta alimentar. Dessa forma, a ação dos agentes emulsificantes facilita a ação das lipases digestivas, enzimas que hidrolisam as gorduras obtidas da alimentação. Os hormônios sexuais e do córtex da glândula adrenal são lipídios da classe dos esteroides. Exemplos dessa classe de esteróides são a testosterona (hormônio sexual masculino), o estradiol (hormônio sexual feminino), o cortisol e a aldosterona (hormônios do córtex adrenal).
Vitaminas Hidrossolúveis
Vitaminas são micronutrientes orgânicos que os organismos não produzem em quantidade suficiente e, portanto, precisam ser ingeridas em pequenas quantidades nas suas dietas alimentares.
As vitaminas são importantes em diversas e distintas funções bioquímicas, por isso elas são classificadas pelo seu papel funcional e não pela sua estrutura. Assim, compostos diferentes que desempenham a mesma atividade biológica e, portanto, possuem o mesmo vitâmero, são agrupadas sob um título de uma letra. Por exemplo, o colecalciferol e o ergocalciferol são compostos diferentes, mas que possuem o mesmo vitâmero e por isso ambos compõem o grupo da vitamina D.
As vitaminas também são agrupadas pela maneira que podem se encontrar solúveis: hidrossolúveis (se dissolvem em água), ou lipossolúveis (se dissolvem no meio lipídico).
No total tem-se descritos atualmente 13 vitaminas para os seres humanos, sendo 9 hidrossolúveis (as 8 vitaminas do complexo B e a vitamina C) e 4 lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K). A diferença na maneira como elas podem ser solubilizadas tem grande importância para entender seu metabolismo e seu funcionamento. As hidrossolúveis por exemplo, são facilmente metabolizadas e consequentemente mais rapidamente excretadas e por isso necessitam de maior reposição (que seja ingerido mais frequentemente), enquanto as lipossolúveis podem ser mais facilmente estocadas no organismo. Devido esta diferença as vitaminas hidrossolúveis desempenham geralmente papel de coenzimas, ajudando o metabolismo celular de diferentes maneiras; já as vitaminas lipossolúveis geralmente têm papel mais na estrutura celular.
A importância das vitaminas é tão grande no organismo, que mesmo ela sendo um micronutriente, seu consumo em excesso (hipervitaminose) ou em falta (hipovitaminose) pode acarretar desbalanço metabólicos que podem desencadear doenças. Durante o desenvolvimento do feto a presença de certos sais minerais e certas vitaminas é essencial para formação de pele, ossos e músculos entre outras coisas.
A deficiência destes, durante a gravidez podem causar danos permanentes ao feto. A maioria das vitaminas pode ser obtida através da alimentação, no entanto algumas podem ser obtidas de outras maneiras. Por exemplo, os microorganismos do intestino, também chamado de microflora ou microbiota, são importantes para produção de vitamina K e biotina. Outro exemplo é a vitamina D que sintetizada pela pele e é ativada pelos raios ultravioletas. Algumas vitaminas ainda, podem ser sintetizadas a partir de precursores ingeridos, como por exemplo a vitamina A pode ser produzida a partir do. aminoácido triptofano e do beta caroteno.
Alimentos ricos em lipídios
A ingestão de lipídios é fundamental, pois ele traz diversos benefícios para a saúde auxiliando no funcionamento do organismo. Os alimentos ricos em lipídios podem ser de origem animal e vegetal. Os alimentos de origem animal fontes de lipídios são:
• Carnes vermelhas
• Peixes
• Ovos
• Leite
• Manteiga
Os alimentos de origem vegetal fontes de lipídios são:
• Coco
• Abacate
• Oleaginosas como castanhas, nozes, amêndoas e gergelim
• Azeite de oliva
2) Descrever o processo de digestão e absorção de lipídios. 
Para que possam ser absorvidos, os lipídios precisam sofrer a digestão. Os lipídios provenientes da dieta estimulam a secreção de enzimas presentes em glândulas situadas na base da língua, conhecidas como lipase lingual. Contudo, não ocorre a hidrólise dos lipídios na boca, que são dirigidos até o estômago. Uma vez no estômago, a lipase gástrica promove a continuidade do processo, contudo, o pH altamente ácido dificulta a ação enzimática, onde a maior parcela da digestão acontece no intestino delgado. Uma vez no duodeno, o bolo alimentar com o pH ácido acaba por induzir a liberação do hormônio digestivo colecistocinina (CCK), também conhecido como pancreozimina. O CCK faz com que a vesícula biliar sofra contração e liberação da bile para o duodeno, também estimulando a secreção pancreática. Os lipídios são emulsificados pela ação dos sais biliares, formando micelas mistas de triacilgliceróis, que sofrem a digestão pela ação da lipase pancreática, liberando ácidos graxos. Desta forma, os ácidos graxos podem ser absorvidos pelas células que compõem o intestino, os enterócitos, e reconvertidos em triacilgliceróis, onde juntamente com o colesterol e apoliproteínas, irão formar o quilomícron. Os quilomícrons (QM) são então secretados nos vasos linfáticos e corrente sanguínea, sofrendo ação de lipases lipoprotéicas e gerando ácidos graxos e glicerol. Esses ácidos graxos serão oxidados e utilizados como fonte de energia, ou formar ésteres, para serem armazenados nos adipócitos ou células musculares, principalmente.
No fígado, os triacilgliceróis que compõem os QM são reagrupados, sendo enriquecidos por proteínas, ocorrendo a síntese da lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL), que contém entre 80 a 90% de lipídios.
O VLDL também sofrerá hidrólise pela lipase lipoprotéica, promovendo a liberação de ácidos graxos. Ao sair do fígado, o VLDL terá como objetivo levar triglicérides para os tecidos e, ao absorver os triglicérides, macaba por aumentar sua densidade, resultando na LDL. Assim, os QM que são reagrupados também podem informar:
• LDL (low density lipoprotein): lipoproteína de baixa densidade, contendo aproximadamente 70% de lipídios.
• HDL (high density lipoprotein): lipoproteína de alta densidade, com 45% de lipídios.
Podemos concluir que o tamanho da lipoproteína está diretamente relacionado à quantidade de proteína e lipídio que as compõem, sendo que a VLDL é a que possui mais lipídios e menor concentração de proteínas.
O HDL acaba por apresentar mais proteínas e menor quantidade de lipídios.
A função do LDL está em transportar triglicérides para os tecidos. Por esta razão, é designado como o mau colesterol. O HDL promove nos tecidos a troca do colesterol por triglicérides, transportando-os de volta ao fígado, onde será metabolizado. Também, capta o colesterol dos quilomícrons, que é excretado na forma de sais biliares. Devido à esta ação, é tido como o bom colesterol. Para a adequada saúde, devem-se manter bons níveis de lipídios circulantes.
3) Caracterizar o mecanismo de transporte de lipídios através do sistema linfático e sangue, diferenciando os tipos de lipoproteínas (quilomícrons, HDL, LDL, VLDL). 
Os lipídeos são moléculas de natureza apolar e imprescindíveis para a manutenção da fisiologia celular, o transporte dessas moléculas até os tecidos representa para os seres vivos um desafio, uma vez que são estruturas com grandes cadeias carbônicas e apolares o que dificulta a sua entrada nas células. O desafio então é aliar um mecanismo eficiente de transporte, caracterizado pela movimentação de uma massa fluida aquosa, com a necessidade de um transporte de moléculas essenciais à vida, como o colesterol por exemplo.
O sistema circulatório apresenta uma composição média de 70% de sangue e linfa que o principal componente é a água. Vale ressaltar que os lipídeos devem de alguma maneira chegar até osvasos sanguíneos e linfáticos para serem transportados. Como resolver o impasse entre: água como veículo de transporte polar X moléculas hidrofóbicas que necessitam chegar aos tecidos. Surge então, uma molécula especial de lipoproteínas que foi ao longo da evolução se aperfeiçoando para transportar mais eficientemente os lipídeos para o interior das células.
As lipoproteínas estão presentes no sangue e na linfa, são representadas pelos Quilomícrons, VLDL (Very Low Density Lipoproteins), IDL (intermediate Density Lipoproteins), LDL (Low Density Lipoproteins) e HDL (High Density Lipoproteins). Suas designações, com exceção dos quilomícrons, são atribuídas de acordo com sua densidade, sendo que aquelas que possuem uma quantidade maior de lipídeos apresentarão uma menor densidade e mais danos podem causar à integridade dos vasos tanto sanguíneos quanto linfáticos dos indivíduos que apresentam uma taxa alta desses lipídeos.
A lipoproteína consiste em um conjunto composto por proteínas e lipídeos, organizados de modo a facilitar o transporte dos lipídeos pelo plasma sanguíneo.
A estrutura básica das lipoproteínas é idêntica, variando somente de tamanho e proporção entre os seus componentes. A fração proteica é composta por apoproteínas, enquanto que a parte lipídica é formada por colesterol, triglicerídeos e fosfoglicerídeos. De acordo com as suas características físico-químicas são divididas em: quilomícrons, VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade), LDL (lipoproteína de baixa densidade) e HDL (lipoproteína de alta densidade).
Quilomícrons
Consistem em moléculas grandes de lipoproteínas sintetizadas pelas células do intestino, formado em 85-95% de triglicerídeos de origem alimentar (exógeno), pequena quantidade de colesterol livre, fosfolipídeos e 1-2% de proteínas. Uma vez que possui muito mais lipídeos do que proteínas, os quilomícrons são menos densos do que o plasma sanguíneo, flutuando nesse líquido, conferindo um aspecto leitoso ao mesmo, levando a formação de uma camada cremosa quando este é deixado em repouso.
VLDL (very low density lipoprotein) lipoproteina de muito baixa densidade
São lipoproteínas de grande tamanho, porém menores do que os quilomícrons, sintetizadas no fígado. Sua composição compreende 50% de triglicerídeos, 40% de colesterol e fosfolipídeos e 10% de proteínas, especialmente a Apo B-100, Apo C e alguma Apo E. Este tipo de lipoproteína tem como função transportar os triglicerídeos endógenos e o colesterol para os tecidos periféricos, locais onde serão estocados ou
utilizados como fontes de energia. Igualmente aos quilomícrons, são capazes de turvar o plasma. 
LDL (low density lipoprotein) lipoproteina de baixa densidade
O LDL, que são as lipoproteínas de baixa densidade, são partículas diminutas que, mesmo quando em grandes concentrações, não são capazes de turvar o plasma. Aproximadamente 25% desta lipoproteína são composta por proteínas, em particular a Apo B-100 e pequena quantidade de Apo C, o resto é composto por fosfolipídeos e triglicerídeos. 
O LDL é a lipoproteínas que mais transporta colesterol para locais onde ela exerce uma função fisiológica, como, por exemplo, para a produção de esteroides. Em sua grande maioria, são produzidos a partir de lipoproteínas VLDL.
HDL (high density lipoprotein) lipoproteína de alta densidade
As lipoproteínas HDL são partículas pequenas, compostas de 50% por proteínas (especialmente a Apo A I e II, e uma pequena parcela de Apo C e Apo E), 20% de colesterol, 30% de triglicerídeos e vestígios de fosfolipídeos. Esta lipoproteína se divide em duas subclasses distintas: HDL 2 e HDL 3. Estas subclasses são distintas em tamanho, composição e densidade, principalmente no que diz respeito ao tipo de apoproteínas.
Possuem a função de carrear o colesterol até o fígado diretamente, ou transferem ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, em especial as VLDL. A HDL 2 é conhecida pelo papel protetor na formação de aterosclerose.
4) Descrever o processo de obtenção de energia a partir da degradação de lipídios.
ADIPÓCITOS
Quando hormônios sinalizam a necessidade de energia metabólica, os triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo são mobilizados e transportados aos tecidos (musculatura esquelética, coração, fígado e córtex renal) nos quais os ácidos graxos podem ser oxidados para produção de energia. A mobilização do depósito de triacilgliceróis é obtida por ação da lipase dos adipócitos, uma enzima sujeita a regulação hormonal, que hidrolisa os triacilgliceróis a ácidos graxos e glicerol. Essa enzima é ativada por ação dos hormônios adrenalina e glucagon, secretados em resposta aos baixos níveis de glicose ou atividade iminente.
Os ácidos graxos liberados dos adipócitos são transportados pelo sangue ligados à albumina e utilizados pelos tecidos como fonte de energia; o tecido nervoso e as hemácias são exceções, pois obtêm energia exclusivamente a partir da oxidação de glicose. Nos tecidos-alvo, os ácidos graxos se dissociam da albumina e são levados por transportadores da membrana plasmática para dentro das células para servir de combustível.
O glicerol liberado pela ação da lipase é fosforilado e oxidado a glicerol-fosfato, podendo entrar nas vias glicolítica ou gliconeogênica. Alternativamente, o glicerol-fosfato pode ser usado na síntese de triacilgliceróis ou de fosfolipídios.
COLOCAR IMAGEM EXPLICITA SOBRE O CICLO
ΒETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS
A β-Oxidação é a quebra de ácidos graxos para obtenção de energia. O glucagon estimula a ação da enzima lípase sensível ao hormônio, hidrolisando triglicerídios (armazenados no tecido adiposo) em ácidos graxos, que se ligam a albumina para serem transportados pelo sangue (por serem hidrofóbicos). A degradação dos ácidos graxos é necessária tanto para fornecer ATP para que ocorra a gliconeogênese, como também para fornecer energia pela própria degradação dos AG.
Em outras palavras, o catabolismo dos ácidos graxos ocorre na mitocôndria é denominado de β-oxidação, na qual fragmentos de 2 carbonos são sucessivamente removidos da extremidade carboxílica da acilCoA, produzindo acetil- CoA.
No entanto, os ácidos graxos livres provenientes da corrente sanguínea que entram no citosol das células (são permeáveis na membrana plasmática), não podem passar diretamente para o interior da mitocôndria, sendo necessária uma série de três reações.
No citosol, os ácidos graxos são convertidos em acil-CoA graxo pela tiocinase (acil-CoA graxo sintetase).
A membrana mitocondrial interna é impermeável a moléculas grandes e polares como a CoA. Deste modo, a acil- CoA graxo se liga a carnitina, formando acil-carnitina graxo, que é transportado para a membrana mitocondrial interna, por um transportador específico chamado carnitina-acil transferase I.
Na matriz mitocondrial, o grupo acil-carnitina se liga a outra molécula de acetil-CoA, regenerando a acil-CoA graxo, que é oxidado por um conjunto de enzimas existente na matriz mitocondrial.
O metabolismo dos AG é assim chamado – β-oxidação– devido à quebra sucessiva da ligação entre os carbonos α (segundo carbono, ligado ao grupo carboxila) e β (terceiro carbono) da cadeia do AG.
A β-oxidação ocorre por meio de duas etapas: (1) ativação dos ácidos graxos e (2) β-oxidação propriamente dita.
IMAGEM SOBRE A OXIDAÇÃO DE UM ACIDO GRAXO MONOSATURADO 
ATIVAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS
Por ser hidrofóbico, o AG atravessa a membrana plasmática passivamente. Ao entrar no citoplasma, ele sofre uma ativação (bem como ocorre com a glicose, que quando entra na célula, sofre uma fosforilação para ser aprisionada). A ativação do AG é o processo de incorporação de CoA-SH à sua estrutura (ainda no citosol) para a sua futura entrada na mitocôndria. Nesse processo, há um gasto de 2 ATPs independetemente do tamanho da cadeia do AG, formando um acil-CoA (o termo acil é designado para AG com número indeterminado de carbonos) por meio da enzima acil-CoA sintetase (tiocinase).
A acil-CoA não é permeável à membrana mitocondrial interna. Para o seu transporte para a matriz dessa mitocôndria, a acil-CoAse liga ao aminoácido carnitina, formando o composto acil-carnitina, liberando a CoA-SH. A carnitina é incorporada ao acil-CoA por meio da enzima
Carnitina Acil Transferase I, presente na camada externa da membrana mitocondrial interna. A acil-carnitina entra na matriz mitocondrial por simporte (que é quando duas substâncias são transportadas na mesma direção), em troca da carnitina (que atravessará mais acil-Coa). Essa carnitina é resultado da reação inversa realizada pela enzima Carnitina- Acil Transferase II, presente na camada interna da membrana mitocondrial interna, em que há produção de acil-CoA e carnitina a partir da Acil-Carnitina que entrou na matriz. Estando formada a Acil-CoA na matriz mitocondrial, esta irá sofrer metabolismo por meio da β-oxidação.
β-OXIDAÇÃO
Após a ativação do AG, formando acil-CoA, que é carreado para dentro da matriz mitocondrial por intermédio da carnitina, ele vai sofrer a β-oxidação propriamente dita em quatro etapas iniciais:
1. Inicialmente, a acil-CoA, que entrou na matriz mitocondrial carreado pela carnitina, vai sofrer uma desidrogenação entre o carbono α e β, produzindo uma insaturação entre esses dois carbonos, reduzindo uma molécula de FAD. Essa reação é catabolizada pela enzima acil-CoA-desidrogenase
 2. Essa nova molécula, a trans-∆2-enoil-CoA, sofre uma hidratação por meio da enzima enoil-CoA-hidratase. Um hidrogênio da água se liga ao carbono α e a hidroxila se liga ao carbono β, formando um álcool.
3. Em seguida, o álcool (3-L-Hidroxiacil-CoA) sofre uma oxidação em que uma molécula de NAD é reduzida, por meio da enzima 3-L-Hidroxiacil-CoA desidrogenase. Dessa oxidação, forma-se uma cetona no carbono β.
4. Essa cetona (β-acil-CoA) é quebrada pela enzima β-acil-CoA tiolase, formando acetil CoA e um composto acil com dois carbonos a menos. Este volta ao início para sofrer as quatro reações, produzindo novamente outra molécula de acetil CoA e outro composto acil com dois carbonos a menos (quatro a menos, quando em relação ao primeiro).
5) Descrever o processo de síntese e armazenamento de lipídios, relacionando com a via das pentoses. 
SÍNTESE
Para que haja síntese de ácidos graxos, é necessário a presença de dois compostos fundamentais: o acetil CoA e malonil CoA. Este, é sintetizado a partir da própria acetilCoA.
Carboxilação da Acetil-CoA para formar Malonil-CoA. A primeira reação que ocorre com o AcetilCoA no citoplasma é a sua carboxilação, pela ação da enzima Acetil CoA Carboxilase (dependente do co-fator biotina). Como a acetil CoA tem apenas 2 carbonos, ela recebe um carbono de íons bicarbonatos para formar o malonil CoA.
A síntese de ácidos graxos no organismo ocorre no citoplasma, a partir de duas substâncias primordiais: acetil CoA e Malonil CoA. Essa biossíntese é realizada a partir de um complexo enzimático chamado de Ácido Graxo Sintetase. 
Esse complexo consiste em um conjunto de enzimas com múltiplas atividades, apresentando dois sítios principais e distintos, cada um com seu grupo sulfidrila. No sítio 1, em que a sulfidrila se liga ao aminoácido cisteína (Cys), liga-se um radical acila com qualquer quantidade de carbonos. No sítio 2, em que a sulfidrila se liga a uma proteína carreadora de acila (PCA) e ao ácido pantotênico, liga-se sempre um malonil coa. Dos radicais acila, o mais simples é o acetil, que tem apenas 2 carbonos.
• Inicialmente, a acetil coa se liga no sítio ativo 1 e, no sítio ativo 2, liga-se o malonil coa.
• A primeira reação propriamente dita é uma reação de condensação, em que a acetil CoA se condensa com a malonil CoA por meio da ação da enzima cetoacil sintase. Nessa reação, há a liberação de um carbono, formando, assim, uma cetona de 4 carbonos no sítio 2.
• O próximo passo é a redução da cetona do sítio 2 pela enzima cetoredutase, formando um álcool. 
Nessa reação, é utilizado a primeira molécula de NADPH (reduzido), liberando ao final um NADP+ (oxidado).
• Esse álcool passa por uma desidratação, por meio da enzima desidrase, ocorrendo a liberação de H2O e a formação de uma insaturação entre os cabonos 2 e 3.
• Acontece agora, o ultimo passo de um primeiro ciclo: o composto do sítio 2 passa por mais uma redução por meio da enzima enoil redutase, formando assim um composto acil com 4 carbonos, ou seja, um ácido graxo inicial de 4 carbonos. Nessa reação, tem-se a utilização da segunda molécula de NADPH.
• Em seguida, a enzima tioesterase transfere esse grupo acil que estava no sítio 2 para o sítio 1. Deixando livre o sítio ativo 2, uma nova molécula de malonil CoA pode se ligar ao seu grupo sufidrila para iniciar um novo ciclo (condensação, redução, desidratação, redução) para que seja adicionado mais dois carbonos a esse grupo acil, até formar um novo grupo acil, agora com 6 carbonos.
• Esse ciclo se repete, a partir da ação da enzima tioesterase (que libera o sítio 2), até a formação de um ácido graxo par do qual o organismo necessita no momento. A cada ciclo, ocorre a adição de 2 carbonos ao ácido graxo, o gasto de 2 moléculas de NADPH e 2 moléculas de ATP: uma para formar acetil coa a partir de citrato e outra para formar malonil coa a partir de do acetil CoA.
SINTESE DE TRIACILGLICEROIS 
ARMAZENAMENTO
São armazenados na forma de gotas oleosas no tecido adiposo, constituindo as principais reservas de energia do corpo.
• No tecido adiposo: o triacilglicerol é armazenado no citosol das células adiposas, sendo prontamente mobilizado quando o corpo necessita de combustível.
• No fígado: pouco triacilglicerol é armazenado no fígado, sendo a maior parte exportada junto com o colesterol, ésteres de colesterol e fosfolipídeos e proteína apo B-100, para formar partículas de
VLDL (lipoproteínas de muita baixa densidade). As
VLDL são secretadas na corrente sanguínea, conduzindo os lipídeos recém- sintetizados aos tecidos periféricos.
No caso de alcoolismo crônico ou em dietas cetogênicas e ricas em carboidratos, triglicerídeos vão ser armazenados com maior intensidade no fígado, causando o esteatose hepática (fígado gorduroso, o que já constitui certo grau de lesão hepática).
A lipogênese é o processo de sintese de ácidos graxos no citoplasma. Nesse processo, destaca-se o tecido hepático e, durante a lactação, também o tecido mamário. A principal fonte desencadeadorah desse processo é o excesso de carboidratos, na forma de acetil CoA
6) Caracterizar o colesterol quanto suas origens e destinos. 
Lipídios, encontrado nas membranas celulares de todos os tecidos do corpo humano, que é transportado no plasma sanguíneo de todos os animais. Também é um reagente necessário a biossíntese de vários hormônios, da vitamina D e do ácido biliar.
O colesterol pode ser obtido pela dieta, porém a maior parte do colesterol presente no corpo é sintetizada pelo organismo, sendo apenas uma pequena parte adquirida pela dieta. Portanto, ao contrário de como se pensava antigamente, o nível de colesterol no sangue não é aumentado ao se aumentar a quantidade de colesterol na dieta. O colesterol é mais abundante nos tecidos que mais sintetizam ou têm membranas densamente agrupadas em maior número, como o fígado, medula espinhal, cérebro e placas ateromatosas (nas artérias). O colesterol tem papel central em muitos processos bioquímicos, mas é mais conhecido pela associação existente entre doenças cardiovasculares e as diversas lipoproteínas que o transportam, e os altos níveis de colesterol no sangue (hipercolesterolemia).
O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da corrente sanguínea ele se liga a diversos tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que tem sua superfície exterior composta principalmente por proteínas hidrossolúveis.
FUNÇÕES
• Componente essencial das membranas celulares:
O colesterol é necessário para construir e manter as membranas celulares; regula a fluidez da membrana em diversas faixas de temperatura. O ngrupo hidroxil presente no colesterol interage com as cabeças fosfato da membrana celular, enquanto a maior parte dos esteroides e da cadeia dehidrocarbonetos estão mergulhados no interior da membrana.
• Precursor dos ácidos biliares: O colesterol também ajuda na fabricação de sais da bile (que é armazenada na vesícula biliar). Esses sais auxiliam na digestão da gordura da dieta.
• Precursor dos hormônios esteroides: é responsável por formar vários hormônios esteroides (que incluem o cortisol e a aldosterona nas glândulas suprarrenais, e os hormônios sexuais progesterona, os diversos estrógenos, testosterona e derivados).
OBS1: Mulheres são mais propensas de desenvolverem cardiopatias no perído da menopausa devido ao excesso de colesterol presente em seu sangue que não é mais convertido em hormônios.
OBS2: Recentemente, o colesterol também tem sido relacionado a processos de sinalização celular, pela hipótese de seria um dos componentes das chamadas "jangadas lipídicas" na membrana plasmática. Também reduz a permeabilidade da membrana plasmática aos íons de hidrogênio e sódio.
OBS3: Não há enzimas que degradem o colesterol a metabólitos como CO2 e H2O. Ele é excretado na forma de sais biliares ou como colesterol livre.
OBS4: Quando há uma redução de colesterol oriundo da dieta, o organismo tenta uma maneira de compensar essa carência aumentando a biossíntese. Esse é um dos motivos do porque da dificuldade existente em reduzir as taxas sanguíneas de colesterol apenas com regime.
OBS5: Excesso de colesterol no sangue, a longo prazo, causa a formação de placas ateromatosas, resultando em aumento da pressão sanguínea (estreitamento das artérias, reduzindo a habilidade de dilatação do vaso) e formação de coágulos (infarto do miocárdio e derrame).
7) Discutir as consequências biopsicossociais da obesidade na infância e adolescência. 
O QUE É OBESIDADE
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, causando prejuízos àsaúde do indivíduo. É importante notar que a doença causa aumento de peso, mas nem sempre o aumento de peso está associado à obesidade. Certos atletas são “pesados” pois têm grande quantidade de massa muscular, e não de gordura.
Na infância, algumas causas são determinantes para a obesidade infantil, como o desmame precoce ea introdução de alimentos complementares inapropriados. O sobrepeso infantil é um fator de risco para o desenvolvimento de várias doenças, como colesterol, pressão alta e outros distúrbios cardiovasculares.
Além disso, aumenta as chances do excesso de peso na vida adulta.
OBESIDADE INFANTIL E SAÚDE MENTAL - IMPACTOS PSICOSSOCIAIS
A obesidade infantil pode trazer significativas consequências psicossociais. Crianças e adolescentes obesos deparam-se com o preconceito e a discriminação.
Estudos realizados com crianças de diferentes faixas etárias evidenciam as atitudes negativas contra as crianças obesas. Foi verificado que pré-escolares entre três e cinco anos preferem relacionar-se com colegas de peso normal a obesos. As crianças entre quatro e 11 anos associam a obesidade a feiura, egoísmo, preguiça, estupidez, desonestidade, isolamento social.
Uma outra pesquisa mostra que a maioria das crianças acredita que a obesidade é algo que está sob controle da pessoa, o que reforça a associação da doença com estereótipos negativos. Ainda no âmbito escolar, observou-se que entre os professores da escola primária associaram em 59% das vezes a obesidade à falta de auto-controle e 57% a problemas psicológicos.
Foi também examinado o papel das diferenças culturais no que se refere ao comportamento discriminatório em relação à criança obesa. Em estudo comparando as crianças americanas e japonesas da quinta série escolar, verificou-se que as japonesas apresentavam-se mais dispostas a incluir as crianças obesas em grupos de atividades do que as americanas.
No âmbito familiar, pesquisas avaliaram a influência dos pais quanto à estigmatização que sofrem as crianças obesas. Um dos estudos mostrou que a comunicação entre pais e filhos pode endossar os estereótipos negativos associados à obesidade. Aos pais foram mostradas três fotos de crianças – uma com peso normal, uma obesa e uma com deficiência - e foi pedido que eles contassem uma história a seus filhos sobre cada foto apresentada. Os pais se reportaram à criança obesa como aquela que possui a mais baixa autoestima e atribuíram a ela a mínima chance de sucesso ao fim da história.15
É importante mencionar que os pais de crianças obesas estão diante de um complexo desafio. Primeiro, porque eles devem oferecer suporte e ajudar a proteger a autoestima de seus filhos perante a crescente estigmatização social. Segundo, eles precisam auxiliar as crianças quanto à escolha de alimentos saudáveis sem que isso seja entendido como punição.10
Um último aspecto refere-se às atitudes discriminatórias dos profissionais de saúde em relação ao paciente obeso. Apurou-se, em relato de 318 médicos de família pesquisados, que em dois terços deles os seus pacientes obesos apresentavam falta de controle pessoal e 39% associaram obesidade à preguiça.16 Outro estudo feito com enfermeiros investigou as crenças desses profissionais em relação à obesidade e encontrou que 63% deles acreditavam que podia ser prevenida pelo autocontrole. Além disso, 48% dos enfermeiros afirmaram que se sentiam desconfortáveis em atender pacientes obesos e 31% preferiam não cuidar desse tipo de paciente. Faz-se necessário ressaltar que essas atitudes estigmatizantes podem afetar os julgamentos clínicos e, além disso, contribuir para manter o paciente obeso afastado dos cuidados com a saúde.12
IMPACTOS EMOCIONAIS
Vários são os estudos que relatam os impactos emocionais desenvolvidos por indivíduos obesos, entre eles: angústia, culpa, depressão, baixa autoestima, vergonha, timidez, ansiedade, isolamento e fracasso.
A autoestima de crianças obesas parece ser inversamente proporcional à idade, quando comparada a crianças de peso normal.17-20 Verifica-se também que a baixa autoestima de crianças obesas relaciona-se às expressões de insatisfação dos pais com o peso da criança.21
No que se refere à depressão e à ansiedade, estudos têm relatado níveis crescentes de sintomas depressivos entre crianças com sobrepeso e obesidade, sendo tais observações mais frequentes nas mulheres.
É interessante salientar os trabalhos em que a ansiedade e a depressão, assim como a culpa, solidão ou frustração, estão associadas a acentuada procura pelo alimento como gratificação ou como forma de compensação e entorpecimento das emoções.9
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE INFANTIL A MÉDIO E LONGO PRAZOS ?
Os adultos obesos desde a infância apresentam mais dificuldade no convívio social, no relacionamento amoroso e sexual, na vida profissional e nos cuidados com a saúde.
Verificou-se que adolescentes obesas têm menos relacionamentos amorosos e são mais insatisfeitas com eles, quando comparadas às adolescentes eutróficas. Registra-se também que as mulheres americanas obesas na adolescência tinham baixa remuneração salarial, altas taxas de pobreza e menossatisfação conjugal comparadas às mulheres magras. Trabalhos similares apontam que jovens obesos sofrem maior discriminação no processo de admissão em universidades americanas. É interessante relatar os resultados de trabalhos em que mulheres obesas apresentam mais recusa a se submeter a procedimentos médicos que exigem exposição corporal, como exames ginecológicos e de mama.
8)Conhecer as políticas públicas para prevenção e controle da obesidade e hipertensão arterial.
Políticas Públicas
O Brasil conta com o internacionalmente celebrado Guia Alimentar para a População Brasileira. Publicado em 2014 pelo Ministério da Saúde, o instrumento visa “apoiar e incentivar práticas alimentares saudáveis no âmbito individual e coletivo, bem como para subsidiar políticas, programas e ações que visem a incentivar, apoiar, proteger e promover a saúde e a segurança alimentar e nutricional da população”.
Evitar o consumo de alimentos e bebidas ultraprocessados está entre as principais mensagens do Guia, paradoxalmente, incentivo fiscais à produção de refrigerantes continuamsendo oferecidos pelo governo
Brasileiro (Decreto no 10.254/2020). Esses benefícios fiscais tem como consequência a redução do preço de refrigerantes e bebidas açucaradas, às custas de menor arrecadação fiscal, estimulando o consumo dessas bebidas fortemente associadas à obesidade.
Tão importante quanto, é o debate e a pressão social por políticas públicas e ambientes saudáveis que visem a prevenção da obesidade e a promoção da saúde.
Dez passos para uma alimentação saudável, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira:
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias;
3. Limitar o consumo de alimentos processados;
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados;
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia;
6. Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados;
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias;
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece;
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora;
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais.
A Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade norteia as ações do governo brasileiro e tem por objetivo promover a reflexão e fomentar a implementação da Estratégia pelos diversos setores que compõe a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar (CAISAN), tanto em nível federal quanto estadual, ratificando a necessidade de elaboração de diretrizes para o enfrentamento deste cenário epidemiológico, configurado como um problema social com dimensões morais e repercussões na saúde e na qualidade de vida do indivíduo. A Estratégia Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade: recomendações para estados e municípios tem por objetivo orientar estados e municípios na articulação de ações intersetoriais locais com o intuito de prevenir e controlar a obesidade na população, sendo pautada em seis grandes eixos de ação:
1. Disponibilidade e acesso a alimentos adequados e saudáveis;
2. Ações de educação, comunicação e informação;
3. Promoção de modos de vida saudáveis em ambientes específicos;
4. Vigilância Alimentar e Nutricional;
5. Atenção integral à saúde do indivíduo com sobrepeso/obesidade na rede de saúde;
6. Regulação e controle da qualidade e inocuidade de alimentos.
Durante os últimos anos, observou-se grande avanço na discussão do enfrentamento e prevenção da obesidade no país, efetivando uma Estratégia que organizasse e estruturasse as diversas ações – muitas em vigor há bastante tempo – de diversos setores da sociedade. A elaboração da Estratégia busca articular ações que atuam sobre as causas sociais, ambientais, econômicas e políticas da obesidade/sobrepeso, contribuindo para a superação da perspectiva fragmentada e setorial do enfrentamento dessa situação.
No que concerne ao setor saúde, diversas ações são preconizadas no contexto da Estratégia, que contribuem para a redução e manejo da obesidade, tais como:
• Programa Saúde na Escola (PSE);
• Programa Academia da Saúde;
• Discussão da regulação da publicidade, práticas de marketing e comercialização de alimentos, especialmente voltado para o público infantil;
• Renovação de acordo com Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação – ABIA para redução e eliminação de gordura trans;
• Discussão sobre a redução de açúcar em alimentos processados, prevendo pactuação das primeiras metas em 2015;
• Ações de promoção da alimentação adequada e saudável para crianças, por meio da divulgação e utilização do Guia Alimentar para População Brasileira, do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos e dos Alimentos Regionais Brasileiros;
• Discussão junto ao Ministério do Trabalho para atualização das Portarias que regulamentam o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT);
• Renovação de Acordo de Cooperação entre o Ministério da Saúde e a Federação Nacional das
Escolas Particulares (FENEP) para promoção da alimentação saudável nas escolas, com enfoque nas cantinas;
• Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) para monitoramento de práticas alimentarem e estado nutricional da população.
Vale destacar que a elaboração de uma Estratégia, que agrega os diversos setores governamentais, bem como representantes da sociedade civil, reafirma a importância da participação social na formulação de políticas e iniciativas no qual o Estado assume o compromisso com a universalidade, integralidade e equidade no acesso à alimentação adequada e saudável, preservação da autonomia e respeito à dignidade das pessoas, transparência no uso de recursos públicos, compromisso social, sustentabilidade e ética na relação entre público e privado.
No âmbito do setor saúde, cabe ao SUS realizar a vigilância alimentar e nutricional, realizar ações de promoção da saúde, como promoção da alimentação adequada e saudável e atividade física, garantir atenção integral à saúde dos indivíduos com sobrepeso e obesidade e atuar no controle e regulação da qualidade dos alimentos.

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