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1 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2 
2 TERAPIA NUTRICIONAL ................................................................................ 3 
3 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) .................................................... 4 
 Indicações ................................................................................................. 7 
 Contraindicações ....................................................................................... 8 
 Complicações ............................................................................................ 9 
5 CATEGORIAS DE FÓRMULAS NUTRICIONAIS .......................................... 14 
 Fórmula padrão para nutrição enteral ..................................................... 15 
 Módulos nutricionais ................................................................................ 15 
 Fórmulas nutricionais com alimentos (fórmulas artesanais) .................... 16 
 Fórmulas nutricionais mistas ................................................................... 17 
 Suplementos nutricionais orais ................................................................ 19 
6 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR (TNED) .......................... 22 
7 COMO PREPARAR A DIETA ENTERAL? .................................................... 24 
 Ao utilizar a dieta caseira ou artesanal .................................................... 25 
 Ao utilizar a dieta industrializada em pó .................................................. 25 
 Ao utilizar a dieta industrializada líquida.................................................. 26 
8 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) ........................................... 27 
 Classificação ........................................................................................... 28 
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 29 
10 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ............................................................ 38 
 
 
 
 
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao 
da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno 
se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para 
que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça 
a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, 
é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao 
protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe 
convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida 
e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2 TERAPIA NUTRICIONAL 
 
Fonte: Pixabay.com 
A terapia nutricional (TN) é a oferta de nutrientes pelas vias oral, enteral e/ou 
parenteral, de acordo com as condições clínicas de cada paciente, tendo em vista a 
oferta terapêutica de proteínas, energia, minerais, vitaminas e água, adequadas aos 
pacientes, que, por algum motivo, não possam receber suas necessidades pela via 
oral, fisiológica. 
A nutrição oral é definida como a principal via de alimentação e é o meio 
preferencial para a ingestão de alimentos. Outra forma de terapia nutricional pode 
ser realizada quando os indivíduos não forem capazes de atingir suas 
necessidades nutricionais ou quando não podem e não devem alimentar-se pelo 
método convencional. A via alternativa tem como objetivo substituir ou 
complementar a alimentação por via oral (PEIXOTO 2015 apud UENO et al 
2018). 
A terapia nutricional tem como principais objetivos prevenir e tratar o processo de 
desnutrição, preparar o indivíduo para o procedimento cirúrgico e clínico, melhorar a 
resposta imunológica e cicatricial, modular a resposta orgânica ao tratamento clínico e 
cirúrgico, prevenir e tratar as complicações infecciosas e não infecciosas decorrentes do 
tratamento e da doença, melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzir o tempo de 
internação hospitalar, reduzir a mortalidade e, consequentemente, reduzir custos 
hospitalares. 
 
4 
 
A desnutrição pode se instalar rapidamente no doente hospitalizado devido ao 
estado de hipercatabolismo que acompanha as enfermidades, traumatismos e 
infecções em resposta ao estresse metabólico que ocorre nestas condições, 
principalmente quando a ingestão nutricional é insuficiente (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE 2016 apud VARGAS et al 2018). 
Os passos para terapia nutricional são os seguintes: 
• Triagem nutricional; 
• Avaliação nutricional dos pacientes em risco nutricional ou desnutridos; 
• Cálculo das necessidades nutricionais; 
• Indicação da terapia nutricional a ser instituída; 
• Monitoramento/acompanhamento nutricional; 
• Aplicação dos indicadores de qualidade na terapia nutricional. 
A necessidade de nutrientes de um indivíduo varia de acordo com seu estado 
nutricional atual e passado, idade, sexo, peso, estatura, atividade física, 
composição corporal e condição fisiológica (COPPINI e COLABORADORES, 
2011 apud VARGAS et al 2018). 
3 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL (TNE) 
 
Fonte: youtube.com 
Em 1617, Fabricius e Aquapendente administraram soluções de nutrientes na 
faringe e no esôfago superior por um pequeno tubo de prata introduzido através 
do nariz em pacientes com tétano, salvando algumas vidas. Em 1646, Van 
 
5 
 
Helmont substituiu esses tubos por cateteres de couro flexíveis, que eram 
suficientemente longos para atingirem o interior do esôfago (VASSILYADI et al, 
2013 apud HOLANDA et al 2018). 
A nutrição enteral pode ser definida como um alimento para fins especiais, com 
ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição 
definida ou estimada, especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via 
oral, industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou 
complementar a alimentação oral em usuário desnutrido ou não, conforme suas 
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a 
síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. 
A TNE visa oferecer os macronutrientes necessários para o crescimento tecidual 
e celular, além de promover a manutenção do sistema imune e reduzir o estresse 
fisiológico, tendo em vista que a mesma é destinada aos indivíduos que 
apresentam trato gastrointestinal funcionante com ingestão oral parcial ou 
comprometida, necessitando, portanto, da introdução precoce da TNE para 
atender as necessidades do paciente conforme a prescrição dietética, 
possibilitando uma assistência nutricional segura (LUZ et al 2015; VALLEJO et al 
2017 apud DA SILVA ASSUNÇÃO 2019). 
É indicada para indivíduos impossibilitados de ingerir alimentos pela via oral, seja 
por patologias do trato gastrointestinal alto, por intubação orotraqueal, por distúrbios 
neurológicos com comprometimento do nível de consciência ou dos movimentos 
mastigatórios. Também é indicada para pacientes com baixa ingesta via oral e anorexia 
de diversas causas. A administração de nutrição por sonda enteral não contraindica a 
alimentação oral, se esta não implicar em riscos para o paciente (pacientes com nível de 
consciência rebaixado ou disfágicos). 
A nutrição enteral não está isenta de complicações e deve ser monitorada com 
cautela para minimizar os riscos detectando-os precocemente. As complicações 
relacionadas podem ser de natureza gastrintestinal (diarreia, distensão 
abdominal, náuseas, vômitos,constipação), mecânicas (obstrução da sonda), 
metabólicas (distúrbios hidroeletrolíticos, hiperglicemia, disfunção hepática), 
respiratórias (pneumonia de aspiração) e psicológicas (depressão, ansiedade) 
(STEFANELLO et al 2014 apud HOLANDA et al 2018). 
A nutrição enteral, ao contrário da parenteral, ajuda a preservar e recuperar a 
estrutura e a função do trato gastrointestinal (TGI), além de ser economicamente mais 
viável. 
 
6 
 
A regra é: se o trato gastrointestinal funciona, mesmo que parcialmente, use-o. 
A qualidade da terapia de nutrição enteral depende da boa execução dos 
procedimentos necessários ao seu funcionamento. As etapas determinantes 
incluem a avaliação inicial do paciente, indicação da nutrição enteral, seleção da 
via de acesso, prescrição correta da dieta, ratificação da necessidade do 
procedimento; seleção, fabricação, dispensação e preparação dos produtos 
necessários bem como a administração dos mesmos; e por fim a monitorização 
e reavaliação do paciente, corrigindo as eventuais intercorrências que podem 
ocorrer durante o processo (BOULLATA et al 2017 apud FRANCO et al 2019). 
A Figura 1 a seguir traz um fluxograma para realização da avaliação nutricional e 
indicação da TNE. 
 
Figura 1: Fluxograma para avaliação nutricional e indicação da TNE. 
 
 
Fonte: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, 2018. 
 
7 
 
A terapia nutricional enteral (TNE) é a estratégia mais comumente utilizada para 
prevenir ou tratar a desnutrição por ingestão oral insuficiente e/ou aumento das 
necessidades calórico-proteicas (ISIDRO & LIMA, 2012 apud VARGAS et al 
2018). 
 Indicações 
Existem duas situações em que se indica a TNE. A primeira é quando houver risco 
de desnutrição, ou seja, quando a ingestão oral for inadequada para prover de 2/3 a 3/4 
das necessidades diárias nutricionais. A outra situação em que se faz necessária a 
indicação de TNE é quando o trato digestório estiver total ou parcialmente funcionante. 
Em certas situações, o tubo digestório está íntegro, mas o indivíduo não quer, não pode 
ou não deve alimentar-se pela boca. Embora sejam múltiplas, as indicações podem ser 
agrupadas, genericamente, em quatro grupos, apresentados no Quadro 1. 
A terapia nutricional enteral (TNE) é reconhecida como uma terapêutica essencial 
para a recuperação e/ou manutenção do estado nutricional, desempenhando 
importante função fisiológica e contribuindo para a preservação da massa magra 
corporal, manutenção do equilíbrio imunológico, preservação da barreira, 
trofismo intestinal e diminuição das complicações metabólicas. Esta terapia deve 
ser iniciada apenas em pacientes hemodinamicamente estáveis e o ideal é que 
as necessidades energéticas totais sejam alcançadas entre o terceiro e o sétimo 
dia desta terapia (STEFANELLO et al 2014; SOCIETY OF CRITICAL CARE 
MEDICINE 2009 apud DE SOUZA et al 2018). 
Quadro 1: Indicações para TNE. 
 
 
 
 
Pacientes que não podem se alimentar 
Inconsciência 
Anorexia nervosa 
Lesões orais 
Acidentes vasculares encefálicos 
Neoplasias 
Doenças desmielinizantes 
 
 
Pacientes com ingestão oral insuficiente 
Trauma 
Septicemia 
Alcoolismo crônico 
Depressão grave 
 
8 
 
Queimaduras 
 
 
Pacientes nos quais a alimentação comum produz 
dor e/ou desconforto 
Doença de Crohn 
Colite ulcerativa 
Carcinoma do TGI 
Pancreatite 
Quimioterapia 
Radioterapia 
 
Pacientes com disfunção do trato gastrintestinal 
Síndrome de má absorção 
Fístula 
Síndrome do intestino curto (SIC) 
Fonte: Guia de nutrição clínica no adulto, página 530. 
A TNE surge como uma possibilidade terapêutica de manutenção ou recuperação 
do estado nutricional, naqueles indivíduos que apresentarem o trato 
gastrintestinal íntegro para o processo digestório, mas com a ingestão oral parcial 
ou totalmente comprometida. A TNE precoce pode ser um importante fator na 
promoção da saúde, diminuição do estresse fisiológico e manutenção da 
imunidade. Nesse cenário, a escolha e a prescrição da Nutrição Enteral (NE) é 
complexa e implica conhecimento clínico e nutricional. Por isso, tão importante 
quanto à prescrição da TNE adequada às necessidades do paciente, é a certeza 
de que o paciente efetivamente receberá o volume prescrito (ASSIS et al., 2010 
apud SCHODER et al 2019). 
 Contraindicações 
As contraindicações em TNE em geral são relativas ou temporárias em vez de 
serem definitivamente absolutas. No quadro 2, podem ser observadas algumas das 
contraindicações mais frequentes. 
 
Quadro 2: Contrandicações de terapia nutricional enteral. 
 
Disfunção do TGI ou condições que requerem repouso intestinal 
Obstrução mecânica do TGI 
Refluxo gastroesofágico intenso 
Íleo paralítico 
 
9 
 
Hemorragia no TGI severa 
Vômitos e diarreia severa 
Fístula no TGI de alto débito (> 500 mL/dia) 
Enterocolite severa 
Pancreatite aguda grave 
Doença terminal 
Expectativa de utilizar a TNE em período inferior a 5 a 7 dias para pacientes desnutridos 
ou 7 a 9 dias para pacientes bem nutridos 
Fonte: Guia de nutrição clínica no adulto, página 531. 
A nutrição enteral é importante na manutenção da integridade da mucosa do TGI, 
melhorando o sistema imunológico, reduzindo o estresse oxidativo, o 
hipermetabolismo e o catabolismo associado a resposta inflamatória sistêmica, 
podendo alterar a gravidade da doença crítica, assim como o curso da 
hospitalização (SANTANA et al 2016; MORENO et al 2005 apud VIEIRA 2019). 
 Complicações 
As complicações da TNE podem ser classificadas em: gastrintestinais, 
metabólicas, mecânicas, infecciosas, respiratórias e psicológicas, como mostrado na 
Tabela 3. 
 
Tabela 3: Classificação das complicações da TNE. 
 
 
 
Gastrintestinais 
Náuseas 
Vômitos 
Estase gástrica 
Refluxo gastroesofágico 
Distensão abdominal, cólicas, empachamento, flatulência 
Diarreia/obstipação 
 
Metabólicas 
Hiperidratação/desidratação 
Hiperglicemia/hipoglicemia 
Anormalidades de eletrólitos e elementos-traços 
 
10 
 
Alterações da função hepática 
 
 
 
 
Mecânicas 
Erosão nasal e necrose 
Abscesso septonasal 
Sinusite aguda, rouquidão, otite 
Faringite 
Esofagite, ulceração esofágica, estenose 
Fístula traqueoesofágica 
Ruptura de varizes esofágicas 
Obstrução da sonda 
Saída ou migração acidental da sonda 
Infecciosas Gastroenterocolites por contaminação microbiana no preparo, nos 
utensílios e na administração da fórmula 
 
Respiratórias 
Aspiração pulmonar com síndrome de Mendelson (pneumonia 
química) ou pneumonia infecciosa 
 
 
 
Psicológicas 
Ansiedade 
Depressão 
Falta de estímulo ao paladar 
Monotonia alimentar 
Insociabilidade 
Inatividade 
Fonte: Guia de nutrição clínica no adulto, página 546. 
As complicações mecânicas associadas à própria sonda variam de acordo com seu 
tipo e localização. O desconforto nasofaríngeo decorrente da intubação prolongada, junto 
com sinusite ou otite, é um problema comum quando são utilizadas sondas calibrosas de 
plástico ou borracha. O tratamento com pedaços de gelo, anestésicos locais e 
descongestionantes minimiza esses efeitos colaterais. A obstrução pode ser causada por 
resíduos alimentares ou acúmulo de medicamentos administrados pela sonda. As sondas 
têm de ser lavadas com água após a administração da dieta em intervalos regulares, para 
evitar esse problema. As erosões da mucosa esofágica ou gástrica raramente são graves 
desde o advento das sondas nasoentéricas flexíveis. 
 
11 
 
Incidentes relacionados à Terapia Nutricional Enteral (TNE) podem estar 
diretamente ligados à inserção e manutenção da Sonda Nasoentérica (SNE), 
bem como pela administração de terapêutica (ANZILIERO et al 2017; CERVO et 
al 2014 apud CORRÊA et al 2020). 
As complicações mais frequentes da alimentação enteral são as gastrintestinais. 
Quando se utilizam técnicas de administração adequadas, as distensões abdominais e 
as náuseas aparecem com pouca frequência. A diarreia é a complicaçãomais 
usualmente atribuída à dieta. Osmolalidade e presença de lactose são as causas mais 
citadas. É preciso lembrar, no entanto, que a antibioticoterapia associada à terapia 
enteral é a principal responsável pela referida complicação. A diminuição da velocidade 
de infusão ou a diluição da fórmula é necessária para pacientes que recebem dietas 
hiperosmolares e apresentam efeitos colaterais gastrintestinais. A regurgitação e a 
aspiração pulmonar são as complicações mais temidas. 
Hipercalemia, hiperglicemia, hipofosfatemia são as complicações metabólicas mais 
frequentemente descritas na terapia enteral. Hipocalemia, hipomagnesemia e 
hipozinquemia também são relatadas. A prevenção dessas complicações é feita com 
seguimento clínico e laboratorial do paciente. A desidratação hipertônica ocorre quando 
preparações nutritivas hiperosmolares fazem o líquido extracelular sair da mucosa do 
intestino delgado para a luz. Como efeito, há a desidratação intracelular, com as 
consequências metabólicas associadas. Intolerância à glicose pode ocorrer com dietas 
que utilizam carboidratos como fonte básica de calorias. Coma hiperglicêmico 
hiperosmolar não cetósico pode advir durante a alimentação enteral. O controle 
meticuloso da bioquímica urinária e sanguínea, associado à vigilância clínica, evita essa 
perigosa complicação. 
O principal efeito da complicação infecciosa é a gastroenterocolite por contaminação 
microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula. 
A Resolução RCD nº 63 estabelece orientações gerais para aplicação nas operações 
de preparação da nutrição enteral, bem como critérios para aquisição de insumos, 
materiais de embalagem e nutrição enteral industrializada, orientações sobre validação 
do processo e treinamento de todo o pessoal envolvido no trabalho, com o objetivo de 
garantir a qualidade do produto. 
 
12 
 
A pneumonia aspirativa é considerada a complicação de maior gravidade na TNE, 
podendo ocorrer a partir de oferta exagerada de dieta, retardo do esvaziamento gástrico 
e íleo paralítico, comum, sobretudo, em pacientes com afecção neurológica. 
Desconforto pela presença de sonda enteral, sede e boca seca levam à falta de 
estímulo ao paladar. Os horários fixos das refeições favorecem a monotonia alimentar e 
a autoimagem prejudicada interfere na sociabilidade e inatividade do paciente, deixando-
o deprimido e ansioso. 
Diversos fatores podem contribuir para um suporte nutricional inadequado, como 
a intolerância individual do paciente à dieta, sub ou superestimação das 
necessidades diárias, manejo inadequado, dentre outros, apontando, assim, a 
importância de um acompanhamento contínuo do profissional nutricionista desde 
a internação hospitalar até a assistência ofertada durante a alta hospitalar para 
aqueles que farão uso desta terapia em ambiente domiciliar, sendo este último 
um desafio ao profissional de saúde (STEFANELLO; POLL, 2014 apud BOTO et 
al 2019). 
4 COMPOSIÇÃO E ESCOLHA DA FÓRMULA ENTERAL 
 
Fonte: Pixabay.com 
Há no comércio uma grande variedade de produtos para alimentação enteral. A 
alimentação enteral modular é preparada combinando-se fontes nutritivas diferentes ou 
modificando-se fórmulas já existentes. Para que o alimento seja estéril, é mais vantajoso 
utilizar os produtos comerciais padronizados e evitar o uso de vários aditivos ou 
 
13 
 
fármacos. Quanto menos os produtos forem manipulados, mais seguros eles serão para 
o paciente. 
As fórmulas enterais podem ser classificadas em (1) fórmula polimérica padrão; 
(2) elementar, pré-digerida ou quimicamente definida; ou (3) especializada. Existem 
várias fórmulas para cada uma dessas categorias. Os hospitais e outras instituições da 
área da saúde geralmente têm um formulário de produtos que determina quais produtos 
podem ser utilizados naquele serviço. A adequação de uma fórmula enteral para um 
paciente específico deve estar baseada no funcionamento do sistema GI, no estado 
clínico do paciente e nas necessidades nutricionais desse paciente. Em algumas 
situações, o custo da fórmula também é um fator importante. No passado, a osmolalidade 
era considerada um fator importante para a tolerância do paciente, e a meta era 
fornecer alimentos que tivessem a mesma osmolalidade dos líquidos corporais 
(290mOsm/kg). Contudo, estudos realizados na metade da década de 1980 mostraram 
que os pacientes conseguem tolerar alimentos com osmolaridades bastante diferentes. 
As fórmulas são classificadas de vários modos, geralmente com base no teor de 
proteínas ou de macronutrientes totais. A maioria dos pacientes com condições clínicas 
diversas tolera as fórmulas padronizadas destinadas a suprir as necessidades 
nutricionais das populações gerais de pacientes. As fórmulas não contêm lactose, têm 1 
a 1,2 kcal/mL e são utilizadas como suplementos orais e fórmulas para alimentação por 
sonda, vendidos sem prescrição médica. Algumas fórmulas padronizadas são mais 
concentradas e fornecem 1,5 a 2 kcal/mL; são utilizadas nos casos em que é necessário 
restringir a ingestão de líquidos, como ocorre nos pacientes com insuficiência 
cardiopulmonar, renal e hepática ou nos pacientes que têm dificuldade para tolerar uma 
alimentação com volume elevado. As fórmulas destinadas ao uso como suplementos 
para dietas orais são aromatizadas e contêm açúcares simples para maior 
palatabilidade. 
A Nutrição Enteral (NE) tem em sua composição alimentos para fins especiais, 
quantidade controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de 
composição definida ou estimada, ou seja, nutrientes e calorias fornecidos em 
quantidade e qualidade adequada. É indicada quando a ingestão oral de 
alimentos é inadequada ou insuficiente para manter o estado nutricional, de modo 
a prevenir o paciente do processo de desnutrição, realizada por meio de sondas 
nasoentéricas, nasogástricas ou estomias. Normalmente, pacientes 
hospitalizados em uso de NE recebem além da alimentação a administração de 
 
14 
 
medicamentos pelo mesmo tubo (FERREIRA SILVA; NOVAES, 2014; SILVA; 
LISBOA, 2011 apud NASCIMENTO JÚNIOR 2019). 
5 CATEGORIAS DE FÓRMULAS NUTRICIONAIS 
 
Fonte: jornalperspectiva.com.br 
Existem diferentes categorias de fórmulas nutricionais disponíveis para a utilização 
de indivíduos com necessidades alimentares especiais. Basicamente, elas diferem entre 
si por serem produzidas com alimentos (artesanal) ou serem industrializadas, à base de 
nutrientes isolados, fabricadas pela indústria (poliméricas, oligoméricas e elementares e 
contendo componentes específicos, como imunomoduladores) e mistas (AGÊNCIA 
NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2000). 
As fórmulas nutricionais podem ser administradas de forma exclusiva ou 
complementar na alimentação de indivíduos com capacidade limitada de ingerir, digerir, 
absorver ou metabolizar alimentos preparados convencionalmente ou de indivíduos que 
possuem necessidades nutricionais específicas determinadas por sua condição clínica. 
De modo geral, as fórmulas nutricionais oferecem quantidades adequadas de 
micronutrientes, quando os volumes consumidos são capazes de atender à necessidade 
nutricional de acordo com as recomendações nutricionais do Institute of Medicine (IOM) 
ou da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a idade e sexo ou de acordo com 
protocolos clínicos de recomendações nutricionais (INSTITUTE OF MEDICINE, 2000). 
 
15 
 
São consideradas fórmulas nutricionais hipocalóricas aquelas com 0,6 a 0,8 
Kcal/ml, normocalóricas com 0,9 a 1,2 kcal/ml e hipercalóricas as fórmulas nutricionais 
com 1,3 a 1,5 Kcal/ml. 
Tanto as fórmulas nutricionais com alimentos quanto as industrializadas estão 
sujeitas à contaminação microbiológica quando manipuladas incorretamente. 
As dietas enterais industrializadas apresentam-se sob três formas: em pó para 
reconstituição, semiprontas para uso e prontas para uso (WAITZBERG 2009 
apud COSTA 2014). 
 Fórmula padrãopara nutrição enteral 
São fórmulas para nutrição enteral que atendem aos requisitos de composição 
para macro e micronutrientes estabelecidos com base nas recomendações para 
população. Podem ser apresentadas na forma líquida ou em pó, em sistema aberto ou 
fechado e destinadas para adultos e crianças. 
As fórmulas nutricionais padrão são as mais utilizadas por indivíduos que 
necessitam de suplementação nutricional via oral ou nutrição por sonda/ostomias. 
Sua composição de nutrientes é recomendada para indivíduos clinicamente 
estáveis e com função do sistema digestório pouco alterada ou inalterada. Possuem 
proteínas intactas na sua composição e contêm quantidades equilibradas de 
macronutrientes. Podem atender às exigências nutricionais com menor custo, quando 
comparadas às fórmulas nutricionais especializadas (SCHIEFERDECKER et al., 2013). 
 Módulos nutricionais 
São módulos para nutrição enteral compostos por um dos principais grupos de 
nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, fibras alimentares ou micronutrientes 
(vitaminas e minerais) e são recomendados para a suplementação da alimentação via 
oral e enteral ou na elaboração de fórmula nutricional enteral (WAITZBERG, 2006). 
Nesse grupo ainda existem os flavorizantes e os espessantes. 
A nutrição enteral (NE) consiste no método preferido para suprir as necessidades 
nutricionais quando o trato gastrointestinal do paciente está em funcionamento 
 
16 
 
normal, ou seja, caracteriza uma estratégia importante para viabilizar suporte 
nutricional fisiológico, seguro e econômico, que proporciona resultados eficazes 
nos pacientes críticos (DA SILVA et al 2015 apud SILVA et al 2016). 
 Fórmulas nutricionais com alimentos (fórmulas artesanais) 
São fórmulas nutricionais preparadas com alimentos (cereais, leguminosas, 
carnes, vegetais, frutas, laticínios, ovos, açúcares e óleos) e necessitam de uma 
adequada combinação de alimentos para que seja completa e equilibrada 
nutricionalmente (CUNHA et al 2007; DREYER et al 2011). 
São preparações usadas em situações em que o sistema digestório encontra-se 
com capacidade de digestão e de absorção fisiológicas e podem variar quanto à sua 
composição e características, em função da forma com que os alimentos são 
empregados e processados. 
Os alimentos contêm compostos bioativos, flavonóides e outros fenólicos. Os 
compostos bioativos possuem propriedades antioxidantes, moduladoras da resposta 
imunológica e já estão amplamente estudados como fatores que diminuem o risco de 
mortalidade de doenças crônicas não transmissíveis. Este fato é relevante, considerando 
que o uso crônico dessas fórmulas pode ser necessário. 
As fórmulas nutricionais com alimentos podem ser indicadas para indivíduos 
estáveis clinicamente e nutricionalmente, com doenças crônicas ou em tratamento 
paliativo. 
Não há evidências científicas que mostrem prejuízo na absorção de nutrientes 
provenientes de fórmula nutricional com alimentos na inexistência de disfunções 
absortivas no sistema digestório e de doenças que demandam necessidades especiais 
de nutrientes (ADA, 2009). Na presença de disfunção absortiva e necessidades especiais 
de algum tipo de nutriente, a fórmula nutricional industrializada deve ser recomendada 
para atender as demandas específicas. 
Nas orientações de elaboração de fórmulas nutricionais com alimentos, os 
nutricionistas devem trabalhar com os diferentes atributos do conceito de Segurança 
Alimentar e Nutricional (SAN) e do Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA). 
Portanto, as orientações devem respeitar as condições socioeconômicas, a possibilidade 
 
17 
 
de acesso aos alimentos, os aspectos qualitativos e quantitativos da alimentação (que 
atendam às necessidades nutricionais do indivíduo) e os hábitos alimentares da família 
do usuário. 
É possível distinguir dois tipos de formulações enterais que podem ser 
preparadas de forma artesanal, ou seja, em uma cozinha doméstica, envolvendo 
manipulação de seus produtos, com ou sem cocção. A primeira é a composta de 
alimentos em sua forma natural (leguminosas, carnes, cereais, vegetais, frutas). 
A segunda é preparada a partir módulos de nutrientes, ou dieta modular. Apesar 
de os produtos serem processados, como farinhas, óleo, suplementos proteicos, 
também são manipulados de forma doméstica (BORELLI et al., 2014; MITNE, 
2000; BRASIL, 2015 apud BESPALHOK & PAULA 2016). 
 Fórmulas nutricionais mistas 
As fórmulas nutricionais mistas podem ser preparadas com alimentos e nelas 
adicionados os módulos nutricionais ou formulações industrializadas. 
Ainda pode ser considerada como fórmula nutricional mista, a alternância entre a 
administração de fórmulas nutricionais com alimentos e de fórmulas nutricionais 
industrializadas ao longo do dia. 
A descrição de cada tipo de fórmula nutricional utilizada na terapia nutricional 
consta no Quadro 3. 
 
Quadro 3 – Descrição das Fórmulas Nutricionais Orais e Enterais. 
 
Tipo da Fórmula 
Nutricional 
Descrição 
 
Fórmula nutricional 
com alimentos 
• Preparadas à base de alimentos, produtos alimentícios e/ou 
módulos de nutrientes; 
• Variam quanto à sua composição e características, em função 
da forma com que os alimentos são empregados e processados. 
 
Fórmulas 
nutricionais 
poliméricas 
• Proteínas: sob a forma intacta. Varia entre normoproteica e 
hiperproteica; 
• Carboidratos: parcialmente hidrolisados; 
 
18 
 
• Lipídios: Triglicerídeos de Cadeia Longa (TCL) e/ou 
Triglicerídeos de Cadeia Média (TCM); 
• Densidade energética: varia entre normocalórica e hipercalórica 
(1,0 a 2,4Kcal/mL); 
• Hipotônicas, isotônicas ou hipertônicas; 
• Podem conter fibras; 
• Raramente contém lactose e glúten. 
 
 
 
Fórmulas 
nutricionais 
oligoméricas 
• Compostas por nutrientes hidrolisados em diferentes graus; 
• Proteínas: sob a forma de peptídeo ou aminoácido. Varia entre 
normoprotéica e hiperprotéica; 
• Carboidratos: parcialmente hidrolisados, como maltodextrina; 
• Lipídios: TCM e/ou TCL; 
• Geralmente, possuem osmolaridade maior que as fórmulas 
poliméricas; 
• Densidade energética: varia entre normocalórica e hipercalórica 
(1,0 a 1,5Kcal/mL); 
• Pobre em resíduos; 
• Isentas de lactose e glúten. 
Fórmulas 
nutricionais com 
imunomoduladores 
• Destinadas a condições metabólicas especiais em que há 
necessidade de modulação da atividade imune; 
• São considerados imunonutrientes: ácidos graxos 
poliinsaturados, sobretudo ômega-3, RNA, glutamina e arginina. 
 
Módulos 
• Módulos de carboidrato, proteínas, lipídios, aminoácidos 
isolados, fibras, eletrólitos, minerais, aromatizantes e 
espessantes. 
Fonte: (OLREE et al.,1998; SILK, 1999; OLIVEIRA et al., 2000; MITNE, 2006; BANKHEAD et al., 2009; 
ZADÁK;, 2009 KENT-SMITH, 2009; DUDRICK; PALESTSY, 2011; SCHIEFERDECKER et al., 2013b). 
Nos últimos anos a alimentação enteral teve um aumento importante na sua 
utilização. Isso se deve, principalmente ao fato de o procedimento da passagem 
da sonda no TGI ser considerado simples e de baixo risco, em especial nos casos 
de gastrostomia e jejunostomia; bem como, observa-se uma grande variedade 
comercial de produtos, com vários nutrientes, garantindo a possibilidade de 
 
19 
 
melhor escolha de formulações para os pacientes que apresentam limitações no 
TGI e/ou que necessitam de nutrição especial (VASCONCELOS, 2014; 
MARTINS et al 2017 apud OPSFELDER et al 2019). 
 Suplementos nutricionais orais 
Os suplementos nutricionais orais são classificados como alimentos para fins 
especiais e são definidos como alimentos especialmente formulados ou processados, 
nos quais são introduzidas modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à 
utilização em dietas diferenciadas e/ou opcionais, atendendo às necessidades de 
pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas (AGÊNCIA NACIONAL DE 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 1998). 
A terapia nutricionalcom uso de suplementos nutricionais orais está indicada a 
todos os indivíduos cuja dieta oral convencional seja incapaz de satisfazer as 
necessidades nutricionais. No entanto, para que apresente êxito ela deve ser feita após 
avaliação nutricional e análise de indicação. 
Para determinação do tipo e da quantidade do suplemento nutricional a ser 
utilizado devem ser considerados diversos aspectos como a doença de base e doenças 
associadas, alterações laboratoriais, utilização de fármacos, função digestiva, estado 
nutricional, ingestão alimentar, necessidades nutricionais e de nutrientes específicos e 
aceitação do suplemento nutricional oral (PINHEIRO; BENARROZ; REIS, 2013). 
As fórmulas enterais também são classificadas de acordo com os critérios 
especificados pela RDC 21, de 13 de maio de 2015, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA), que dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição 
enteral. A tabela 1 a seguir mostra essa classificação. 
 
Tabela 1 – Classificação das formulações enterais. 
 
Quanto à Tipos Definição 
 
 
Forma de preparo 
Caseiras 
 
 
Produzidas manualmente preparadas à 
base de alimentos in natura, minimamente 
 
20 
 
 
 
 
Industrializadas 
processados e/ou processados ou mistura 
desses com produtos industrializados. 
 
Produzidas industrialmente. 
 
 
 
Apresentação 
(fórmulas 
industrializadas) 
Pó para reconstituição 
(sistema aberto) 
 
Líquidas semiprontas 
(sistema aberto) 
 
 
Líquidas prontas para uso 
(sistema fechado) 
Necessitam de água ou outro diluente para 
serem reconstituídas. 
 
Reconstituídas industrialmente, mas 
exigem manipulação prévia à 
administração. 
 
Envasadas e mantidas em bolsas ou 
frascos, necessitando apenas serem 
conectadas ao equipo 
 
 
 
 
 
 
Indicação (fórmulas 
industrializadas) 
Fórmulas padrão 
 
 
 
 
 
Fórmulas modificadas 
 
 
 
 
 
 
 
Módulos de nutrientes 
Atende aos requisitos de composição para 
macro e micronutrientes estabelecidos com 
base nas recomendações para população 
saudável. 
 
Sofreu alteração em relação aos requisitos 
de composição estabelecidos para fórmula 
padrão para nutrição enteral, que implique 
ausência, redução ou aumento dos 
nutrientes, adição de substâncias não 
previstas ou de proteínas hidrolisadas. 
 
Composta por um dos principais grupos de 
nutrientes: carboidratos, lipídios, proteínas, 
fibras alimentares ou micronutrientes 
(vitaminas e minerais). 
 
21 
 
 
 
Suprimento de 
calorias 
Hipocalóricas 
 
Normocalóricas 
 
 
Hipercalóricas 
Densidade calórica inferior a 0,9kcal/mL. 
 
Densidade calórica maior ou igual a 
0,9kcal/mL e menor ou igual a 1,2kcal/mL. 
 
Densidade calórica superior a 1,2kcal/mL. 
 
 
 
Complexidade de 
nutrientes 
Poliméricas 
 
 
Oligoméricas/Semielementa
res 
 
 
Hidrolisadas/Elementares 
Macronutrientes encontram-se sob sua 
forma inalterada. 
 
Macronutrientes encontram-se sob sua 
forma parcialmente hidrolisada. 
 
Macronutrientes encontram-se sob sua 
forma totalmente hidrolisada 
 
 
Presença de 
elementos 
específicos 
Lácteas ou isentas de 
lactose 
 
Com fibras ou isentas de 
fibras 
 
Módulos de nutrientes 
- 
 
 
- 
 
 
- 
 
 
Quantidade de 
proteínas 
Hipoproteica 
 
 
Normoproteica 
 
 
 
Hiperproteica 
Quantidade de proteínas inferior a 10% do 
valor energético total. 
 
Quantidade de proteínas maior ou igual a 
10% e menor que 20% do valor energético 
total. 
 
Quantidade de proteínas igual ou superior 
a 20% do valor energético total. 
 
22 
 
 
 
 
 
Osmolalidade 
Hipotônica 
 
Isotônica 
 
Levemente hipertônica 
 
Hipertônica 
 
Acentuadamente hipertônica 
280-300mOsm/kg de água 
 
300-350mOsm/kg de água 
 
350-550mOsm/kg de água 
 
550-750mOsm/kg de água 
 
>750mOsm/kg de água 
Fontes: Waitzberg e ANVISA 
6 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL DOMICILIAR (TNED) 
 
Fonte: Pixabay.com 
A terapia nutricional (TN) pode ser entendida como um conjunto de procedimentos 
terapêuticos com o objetivo de manter ou recuperar o estado nutricional e clínico do 
paciente por meio da nutrição enteral (NE) ou nutrição parenteral. Dentro dessa 
perspectiva, a NE, que pode ser exclusiva ou parcial, utiliza fórmulas, industrializadas ou 
artesanais, especialmente desenvolvidas para o uso em sondas. A NE ofertada em 
ambiente domiciliar caracteriza a terapia de nutrição enteral domiciliar (TNED). 
 
23 
 
O uso da TNED facilita a recuperação do estado de saúde do indivíduo, pois diminui 
o risco de infecções; contribui para a melhora do estado nutricional; melhora a resposta 
terapêutica; reduz a incidência de complicações; humaniza o cuidado, reintegrando o 
paciente ao convívio social; e ainda, apresenta menor custo quando comparada à 
nutrição enteral hospitalar. 
A TNED é indicada para pacientes que iniciam o uso de via alternativa de 
alimentação em ambiente hospitalar ou ambulatorial e necessitarão continuar 
alimentando-se por esta via em domicílio (ZABAN 2009 apud FRANCA et al 
2018). 
A nutrição enteral domiciliar, quando prescrita corretamente, traz benefícios clínicos 
ao indivíduo, com redução do tempo de hospitalização e da incidência de complicações, 
bem como uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes e na assistência prestada, 
gerando maior disponibilidade de leitos hospitalares e menores gastos com a saúde. 
Na prática clínica, no entanto, percebe-se que os pacientes e familiares possuem 
dificuldades para executar os procedimentos relacionados à nutrição enteral de maneira 
adequada, o que infelizmente acaba por promover complicações que dificultam a 
recuperação do paciente e podem contribuir para o abandono do tratamento. Além disso, 
muitos usuários não dispõem de recursos financeiros, nem contam com apoio do Estado 
para adquirir as fórmulas enterais industrializadas para manter a TNED. Nesse caso, 
manipulam em seu domicílio a dieta artesanal, na maioria das vezes sem orientações, 
gerando risco de contaminação e perdas significativas de nutrientes. 
Atualmente, existem diversas fórmulas enterais industrializadas, em sistema 
aberto ou fechado, disponíveis no mercado para atender a população com 
necessidades nutricionais específicas. Essas fórmulas oferecem a vantagem de 
reduzir a necessidade de manipulação, minimizando o risco de contaminação 
microbiológica, além de apresentarem composição nutricional quimicamente 
definida. No entanto, elas são de alto custo, inviabilizando o seu uso em 
tratamento domiciliar continuado por famílias de baixa renda (SOUSA; 
FERREIRA; SCHIEFERDECKER, 2014; SILVIA, 2007 apud BESPALHOK & 
PAULA 2016). 
Para cuidado da TN no domicílio, os profissionais de saúde devem observar os 
aspectos relacionados no Quadro 4 a seguir. 
 
 
24 
 
Quadro 4: Condicionantes para indicação da Terapia Nutricional no ambiente 
domicíliar. 
 
Condições referentes ao indivíduo Condições referentes ao domicílio 
• Estabilidade hemodinâmica; 
• Estabilidade metabólica; 
• Condições que afetam a 
absorção intestinal. 
• Condições adequadas de higiene; 
• Área adequada para manipulação da 
fórmula nutricional industrializada ou com 
alimentos; 
• Área adequada para armazenagem da 
fórmula nutricional industrializada ou com 
alimentos; 
• Água tratada; 
• Luz elétrica; 
• Refrigeração adequada; 
• Contato telefônico de referência. 
Fonte: BENTO; JORDÃO; GARCIA, 2011; DREYER et al., 2011; VAN AANHOLT et al., 2011, adaptado. 
7 COMO PREPARAR A DIETA ENTERAL? 
 
Fonte: Pixabay.com 
 
25 
 
 O preparo adequado da nutrição enteral é um dos passos primordiais para o 
sucesso da terapia nutricional. 
 Ao utilizar a dieta caseira ou artesanal 
• Preparar apenas a quantidade que será utilizada no dia; 
• O local de preparo deve estar limpo; 
• Lavar bem as mãos com água e sabão; 
• Separar todos os ingredientes e materiaisque serão utilizados para o preparo da 
dieta; 
• Verificar se os ingredientes estão dentro do prazo de validade e se as embalagens 
não estão danificadas; 
• Lavar, com água corrente e detergente, todos os utensílios que serão utilizados no 
preparo da dieta e, após, passar água fervente; 
• Lavar as embalagens dos ingredientes antes de abri-las; 
• Medir corretamente os ingredientes, de acordo com a orientação nutricional 
entregue pelo nutricionista; 
• Bater todos os ingredientes em liquidificador, com água filtrada e fervida fria; 
• Coar em peneira limpa; 
• Conservar a dieta na geladeira em recipiente tampado, de preferência vidro ou 
louça; 
• Retirar da geladeira apenas o volume a ser administrado, 15 a 30 minutos antes 
do horário da administração; 
• Não aquecer a dieta; 
• Utilizar a dieta apenas no dia do preparo. Sobras devem ser desprezadas. 
 Ao utilizar a dieta industrializada em pó 
• Verificar se a embalagem está dentro do prazo de validade e se não está 
danificada; 
 
26 
 
• Lavar a embalagem com água e sabão antes de abri-la; 
• Utilizar a quantidade de dieta em pó prescrita pelo nutricionista; 
• Utilizar a quantidade de água filtrada, fervida e fria recomendada; 
• Bater bem a dieta em pó com a água, no liquidificador; 
• Preparar apenas a quantidade que será utilizada imediatamente; 
• Seguir as recomendações da embalagem sobre o tempo de validade e 
conservação. 
 Ao utilizar a dieta industrializada líquida 
• Verificar, no rótulo, se está dentro do prazo de validade; 
• Verificar se a embalagem não está danificada; 
• Lavar bem a embalagem com água e sabão; 
• Agitar bem antes de abrir; 
• Medir a quantidade prescrita pelo nutricionista em cada horário; 
• As embalagens fechadas devem ser conservadas em local limpo e seco; 
• As embalagens do tipo longa vida abertas devem ser guardadas em geladeira e 
utilizadas nas 24 horas após a abertura. 
Existe uma grande variedade de dietas enterais no mercado e suas composições 
variam bastante – algumas se aplicam à nutrição padrão e outras às condições 
metabólicas ou clínicas específicas (SHILS et al 2009; LIMA et al 2015 apud DIAS 
et al 2019). 
 
27 
 
8 TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL (TNP) 
 
Fonte: nutriente.com.br 
A nutrição parenteral (NP) é a infusão intravenosa de nutrientes diretamente na 
circulação sistêmica, ultrapassando o trato gastrointestinal (TGI). É recomendada quando 
há uma alteração parcial ou total do trato gastrointestinal, sendo indicada também em 
outros casos como o pré-operatório ou subnutrição, além disso, pode ser utilizada como 
complemento quando a dieta enteral ou oral não alcançarem as necessidades 
nutricionais do paciente. 
Na escolha da via para acesso nutricional deve-se optar primeiramente pela 
nutrição enteral (NE), sendo a nutrição parenteral (NP) indicada na 
impossibilidade de NE ou quando esta não é suficiente para suprir as 
necessidades nutricionais (CARUSO et al 2014 apud UENO et al 2018). 
Os primeiros estudos bem sucedidos de infusão de uma alimentação artificial 
parenteral foram desenvolvidos por DUDRICK & COLABORADORES, somente na 
década de 1960, o que demonstra o quanto esta prática tem se desenvolvido e se 
aperfeiçoado, nos últimos tempos. 
A decisão sobre qual paciente será submetido a NP envolve aspectos relacionados 
com a doença de base e a experiência clínica da equipe de suporte nutricional sendo a 
primeira etapa considerar se o processo mórbido em si será influenciado pelo suporte 
 
28 
 
nutricional parenteral, se a doença ou o tratamento vai piorar o apetite, alterar a 
digestão/absorção e qual sua duração. 
O suporte nutricional artificial é considerado uma medida terapêutica primária na 
prevenção de deteriorização metabólica e perda de massa corporal magra com 
o objetivo de melhorar o prognóstico de pacientes críticos (ELKE et al 2016, apud 
FRANCO et al 2019). 
 Classificação 
• Nutrição parenteral periférica: Nutrição parenteral periférica (NPP) é um meio 
de terapia nutricional em que uma solução parenteral é administrada diretamente 
em uma veia periférica. É usualmente indicada para períodos curtos (7 a 10 dias) 
porque, em geral, não atinge as necessidades nutricionais do paciente. O valor 
energético alcançado costuma ficar em torno de 1.000 a 1.500 kcal/dia. A 
osmolaridade da NPP deve ser menor que 900 mOsm/L, para evitar flebite. 
• Nutrição parenteral total: Nutrição parenteral total (NPT) é um meio de terapia 
nutricional em que uma solução parenteral é administrada diretamente em uma 
veia central (em geral, veia cava superior). É indicada para uso superior a 7 a 10 
dias e oferece aporte energético e proteico total a um paciente que não possa 
tolerar ingestão via oral ou enteral. A osmolaridade da NPT é geralmente superior 
a 1.000 mOsm/L. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
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