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APS - Introduzida minha parte - Versão intermediária 06 11 2021

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· https://trf-3.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/576366831/apelacao-civel-ap-21499020184039999-sp/inteiro-teor-576366857
I) Tutela de Evidência
O primeiro julgado se trata de agravo de instrumento, onde é apelante a empresa JL Indústria e Comércio de Confecções EIRELI e agravados Imobiliária CPC Ltda, Imobiliária Esam Ltda, Imobiliária 3R Ltda e Imobiliária Albatroz Ltda.
Trata-se de agravo de instrumento (nº 063764-58.2020.8.06.0000) contra decisão de primeiro grau que deferiu o pedido de tutela de evidência de natureza cautelar, e, consequentemente, o despejo da empresa ora apelante.
Breve explicação dos fatos: A empresa JL Indústria e Comércio de Confecções é locatária das imobiliárias mencionadas há quase 20 (vinte) anos de espaço comercial situado em um Shopping denominado Del Paseo, onde mantém loja com nome fantasia ATHOS. 
Trata-se de ação de despejo promovida pelas imobiliárias acima citadas por falta de pagamento dos alugueis.
Nesse sentido, a locatária impetrou agravo de instrumento contra decisão proferida pelo Juiz de primeiro grau, que deferiu pedido de tutela de evidência, em que possibilitava o despejo, por entender que estava presente o disposto no inciso IV do artigo 311 que dispõe que é cabível conceder a tutela de evidência quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Nesse sentido, o Tribunal Regional Federal da 3° região entendeu que os requisitos não se faziam presentes no caso concreto e julgou procedente o agravo de instrumento; surtando os efeitos da primeira decisão, a qual concedeu a tutela de evidência para as locadoras.
Em primeiro momento deve-se destacar que as partes celebraram contrato de locação não residencial por prazo determinado com a modalidade de garantia por fiança, o que afasta a possibilidade de concessão de medida liminar de desocupação do imóvel.
Cumpre mencionar que não há que se falar em concessão de despejo liminar quando o contrato tem garantia fidejussória, que no caso concreto foi firmada pelo fiador denominado Rodrigo Jereissati de Araújo. 
Nesse sentido, a jurisprudência é pacífica quanto a esta vedação e que o artigo 311, IV, do CPC veda a concessão de tutela de urgência antes da formação do contraditório; fato que não ocorreu no caso concreto.
Além disso, a locatária alegou, por fim, que o estado de pandemia, com a determinação do fechamento das atividades comerciais, deixou-a numa situação financeira crítica e a impediu de honrar seus compromissos.
No que se refere à garantia locatícia o artigo 59 da lei do Inquilinato determina que somente poderá ser concedida medida liminar de despejo se o contrato de locação estiver desprovido de qualquer das garantias prevista no art. 37 da mencionada lei sendo a fiança uma modalidade prevista na legislação. 
Dessa forma, como o contrato celebrado entre as partes estabelece como fiador o Sr. Rodrigo Jereissati de Araújo resta impossibilitada, por força de dispositivo legal, o despejo da agravante por medida liminar. 
Em suma, o grupo concorda com o entendimento do TRF-3 que deferiu o agravo de instrumento tendo em vista que não se encontram presentes os requisitos legais no caso concreto, porquanto a decisão de primeiro grau fere princípios normativos tanto na lei do inquilinato quanto o artigo 311 do CPC que prevê acerca da tutela de evidência; tendo em vista que ao computador os documentos acostados no processo não se verificou que a inicial constava de provas suficientes para determinar a concessão do instituto da tutela antecipada, e, assim, o despejo da locatária. 
· https://tj-rj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1209554104/agravo-de-instrumento-ai-798682720208190000/inteiro-teor-1209554113
II) Tutela de Urgência. 
O segundo julgado se trata de agravo de instrumento, onde é agravante o Sr. Eder Santos Pinheiro e agravados a empresa Alfa Promotora de Vendas e o Banco Santander Brasil S.A.
Trata-se de agravo de instrumento (nº 0079868-27.2020.8.19.0000) com pedido de antecipação de tutela recursal, contra decisão de primeiro grau que indeferiu o pedido requerido referente a ação de anulação de contrato com pedido de tutela de urgência de natureza cautelar.
Breve explicação dos fatos: No mês de julho de 2019 o Sr. Eder recebeu de uma consultora da Alfa Consultoria, mediante parceria com o Banco Santander, proposta de investimento financeiro, sob a forma de “cessão de crédito”.
Nesse sentido, a consultora lhe informou que o contrato previa o recebimento de crédito do Banco Santander, no valor de R$ 46.472,00, para ser pago em 60 parcelas de R$1.708,73 com desconto em folha; em seguida, o autor deveria repassar tal valor à Alfa para que a mesma fizesse investimentos no mercado, que se comprometia a depositar na conta do autor valores equivalentes às parcelas descontadas do seu contracheque; ao final dos 60 meses, a empresa quitaria o empréstimo. Acreditando nisso, firmou o contrato.
Ocorre que, o agravante, Sr. Eder Santos, alega ter sido vítima de esquema fraudulento conhecido como “pirâmide financeira”, além de ter sido aliciado, por via de publicidade enganosa, para integrar a mesma.
Diante do ocorrido o agravante recorreu ao poder judiciário e requereu a antecipação da tutela recursal, a fim de deferir a suspensão dos descontos em seu contracheque, referentes ao empréstimo tomado junto ao Banco Santander S.A, até a decisão final do processo.
Faz-se necessário destacar que o pedido da tutela de urgência, nos termos do art. 300 do CPC determina que para deferimento da medida exige-se: a prova da probabilidade das alegações da parte autora; além de fundado receio de dano que seja irreversível; assim, verifica-se que tais requisitos estão presentes no caso concreto.
Computando os autos verifica-se que são fortes os indícios de o agravante ter sido aliciado, por via de publicidade enganosa, para integrar esquema de pirâmide financeira.
Assim, em análise dos fatos narrados e da documentação acostada no processo; a 4° Câmara Cível do Estado do Rio de Janeiro entendeu que se encontram presentes os pressupostos de admissibilidade do recurso, portanto deferiu a antecipação dos efeitos da tutela recursal para determinar a suspensão dos descontos no contracheque do autor até decisão do recurso, pois verifica-se que são fortes os indícios de o agravante ter sido aliciado, por via de publicidade enganosa, para integrar esquema de pirâmide financeira, parecendo prudente suspender os descontos efetuados em seu contracheque. 
Portanto, presente os requisitos para a concessão da liminar conforme acima mencionado, uma vez que o desconto de R$ 1.708,73 no contracheque do recorrente acarreta a possibilidade de risco de dano grave ou de difícil reparação. 
O magistrado destacou o fato de que o agravante, Sr. Eder, é militar e, em razão do desconto do empréstimo, está recebendo apenas R$ 1.603,54 de remuneração. Entretanto, cuida-se de verba alimentar, que se destina, por isso, a garantir a subsistência do devedor, a justificar a concessão da tutela requerida, e que tal negativa gera grave prejuízo financeiro ao agravante, pois seus rendimentos foram reduzidos de forma substancial, impedindo-o de seguir com uma vida.
Diante do segundo julgado em que conste presente a aplicação do instituto jurídico da tutela de urgência o grupo se posiciona de forma harmoniosa com o entendimento do tribunal, tendo em vista que consta os requisitos previstos no artigo 300 do CPC que determina que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Desta forma, tendo em vista que o impetrante foi vítima de propagando enganosa e, consequentemente, tevê a sua renda comprometida a nível de subsistência, deve o Tribunal em surtar os descontos do empréstimo até o julgado da lide. 
III) Tutela de urgência
· https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1275325535/agravo-de-instrumento-cv-ai-10000210792826001-mg/inteiro-teor-1275325587O terceiro julgado se trata de agravo de instrumento, onde é agravante Heloisa Monteiro dos Santos e Juliana Monteiro dos Santos e agravado a empresa São Sebastiao Empreendimentos Imobiliários ltda.
Trata-se de agravo de instrumento (nº 0079868-27.2020.8.19.0000) impetrado em ação rescisória com pedido de tutela de urgência, contra decisão de primeiro grau que indeferiu o pedido de tutela de urgência.
Breve explicação dos fatos: As agravantes firmaram contrato de promessa de compra e venda de imóvel residencial com a construtora, ressalta-se que as mesmas continuaram a efetuar o pagamento das prestações no dia estipulado, porém o imóvel não foi entregue conforme o prazo previsto no contrato, assim as agravantes recorreram ao poder judiciário a fim de suspender a exigibilidade dos pagamentos mensais da parcela do contrato celebrado entre as partes, com a consequente isenção de todos os ônus, ao argumento de suposto inadimplemento contratual. 
Em primeira instância o juízo indeferiu o pedido, apesar de afirmar que havia indícios de atraso na realização das obras de edificação objeto do contrato entre as partes, ressaltando que a propositura da ação se deu 24 meses depois do termino do prazo de entrega e, por isso, não haveria perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, sobretudo porque não há alegação de malversação do dinheiro ou que os lotes estejam sendo renegociados com terceiros. Além disso, o magistrado ponderou que a suspensão do pagamento contribuiria ainda mais com o atraso da obra.
Em primeiro momento, para a concessão da tutela de urgência, faz-se necessário que estejam demonstrados os pressupostos elencados no art. 300 do CPC, quais sejam: probabilidade do direito e perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, sendo certo que é vedada sua concessão quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, uma vez presente a probabilidade do direito, o deferimento do pedido de tutela de urgência é medida que se impõe. 
Assim, o grupo entende que a decisão de primeiro grau foi equivocada porque verifica-se no caso os plenos requisitos estipulados no artigo acima mencionado, haja vista que há a probabilidade do direito e perigo de dano tendo em vista que as requerentes ao adquirir o imóvel em construção (direito liquido de propriedade e posse) e fizeram um planejamento financeiro com base nos prazos estipulados em contrato, assim restou evidente que se as mesmas continuam efetuando o pagamento das prestações sem que reavenham o imóvel terá a sua renda comprometida para arcar com os custos da moradia e alimentícia.
Diante do não provimento da sentença de primeira instância, as partes agravantes impetraram recurso que foi julgado pela 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do estado de Minas Gerais que deferiu o pedido de tutela de urgência, desobrigando a parte autora do pagamento das parcelas por entender que estavam demonstrados os requisitos do art. 300, do novo CPC, quais sejam, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Os magistrados destacaram que as agravantes estavam em cumprindo com o avençado no contrato de compra e venda celebrado com a parte agravada, pagando em dia as prestações; que a parte agravada está em mora com a entrega dos lotes; e que o atraso na entrega do imóvel gera danos à parte agravante; portanto, é necessária a suspensão do pagamento das parcelas acordadas. 
 Além disso, os magistrados destacaram que é inegável a vulnerabilidade da parte recorrente perante a parte recorrida, sendo este um dos princípios expressamente previstos no inciso I do artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor. 
Em suma, a 16ª Câmara Cível julgou procedente o recurso para reformar a decisão agravada, a fim de deferir o pedido de tutela de urgência para determinar a suspensão do pagamento das parcelas vincendas pela parte autora, ora agravante, bem como para determinar que a parte agravada se abstenha de incluir o nome da parte agravante nos cadastros de proteção ao crédito. 
Diante do exposto, o grupo entende que a decisão do Tribunal de Justiça do estado de Minas Gerais em conceder a tutela de urgência foi legítima haja vista que há a probabilidade do direito e perigo de dano tendo em vista que as requerentes ao adquirir o imóvel em construção (direito liquido de propriedade e posse) fizeram um planejamento financeiro com base nos prazos estipulados em contrato, assim restou evidente que se as mesmas continuam efetuando o pagamento das prestações sem que reavenha o imóvel terá a sua renda comprometida para arcar com os custos da moradia e alimentícia.
IV) TUTELA DE EVIDÊNCIA 
· https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/415994713/apelacao-civel-ac-10106140017125001-mg/inteiro-teor-415994760 
O próximo caso em comento refere-se a um Apelação interposta por ART PEDRAS LTDA ME, contra sentença nos Autos de ação de “Nunciação de Obra Nova”, movida contra ERNANI DE PAULA BRAGA EPP, que reconhencendo a existência e aplicabilidade do instituto da coisa julgada fora extinta sem resolução de mérito.
Breve explicação dos fatos: A apelante em síntese sustenta que a ré, ora apelada, realizou obras que pretendem reduzir o acesso à propriedade da empresa, ainda enfatisando que a mesma teria desrrespeitado a delimitação do CRI. Com o objetivo de comprovar o alegado a apelante juntou aos autos laudo pericial, afim de comprovar a existência de obra nova. Defende ainda a existência de pericia delimitando a área de propriedade da requerida. Sustenta que não há coisa julgada em face de ausência de identidade das partes, pois no caso fora procedida a desconsideração da personalidade jurídica de ofício pela magistrada do juízo a quo, o que caracteriza violação ao que determina o ordenamento jurídico, bem como aduz a inexistência de coisa julgada pela diversidade dos objetos da ação. Com os argumentos acima requer a apelante liminarmente a tutela de evidência, para que seja determinado o desfazimento das obras realizadas na frente o portão de acesso ao imóvel da Apelante.
Embora regurlarmente intimada, a apelada não promoveu contraposição ao recurso aduzido contra si.
Ao entender da nobre DESA. MARIÂNGELA MEYER relatora, recebido o recurso por haver em seu escopo os requesitos formais necessários, bem como a tempestivade para tanto. Com relação ao mérito informa a nobre julgadora a necessidade expressa no artigo 311 do CPC, com relação à demonstração de documentos necessários para a comprovação do direito alegado, o que ao ver da desembargadora não restou comprovado nos autos, indeferindo assim a antecipação da tutela. Bem como negando provimento ao recurso tendo em vista má interpretação da parte com relação à dita desconsideração da personalidade jurídica, que no entendimento da magistrada trata-se reconhecimento de identidade de partes, por não haver matéria sobre direito de creditório, não existindo direito patrimonial.
Nesse sentido é o entendimento do grupo que o voto da Desembargadora dra. Mariângela Meyer, esta correto em seus termos. Por haver institutos diversos que trouxeram maior peso à decisão supra. O primeiro deles foi o entendimento equivocado da Apelante quanto ao instituto da desconsideração da personalidade jurídica que necessita a priori da relação de confusão patrimonial ou desvio de finalidade conforme determinado no artigo 50 do Código Civil; Quando houver abuso contra o consumidor, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social, assim disciplina o artigo 28 do Código de Defesa do Consumidor.
Alem disso cabe também ressaltar que a referida tutela pleiteada, requer como pressuposto inegociável a evidenciação do direito daquele que requer a aplicação de tal instituto. Sendo assim a demonstração, por meio da produção probatória, deve trazer ao Juízo, a motivação quase que inequívoca do direito do requerente. Sem que houvesse evidências possíveis e paupáveis desse direito. Que no caso em comento não restou comprovado este direito inequívoco da empresaapelante, ensejando assim no correto não provimento ao pedido da Tutela de Evidência Antecedente.
Portanto em obeservância ao que fora exposto até o presente, o grupo concorda que o voto da Desembargadora Doutora Mariângela Meyer, da 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, restando correta em seus própreios termos, tendo em vista a falta de comprovação fática, por meio da produção probatória, eficiente para evidênciar o livre convencimento motivado da turma de desembargadores da câmara supra.

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