Buscar

Aula_1_-_Estado_Nutricional

Prévia do material em texto

Nut Clínica e Dieto para o Sistema Digestivo.
Avaliação do estado nutricional do paciente 
hospitalizado e em atendimento ambulatorial.
DOCENTE: CELINA BORGES
NUTRICIONISTA
MESTRE E DOUTORA EM CIÊNCIAS
ESPECIALISTA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA
Definição
A avaliação nutricional é uma abordagem completa realizada pelo
NUTRICIONISTA para definir o estado nutricional utilizando história
clínica, social, nutricional e de medicações; exame físico; medidas
antropométricas e exames laboratoriais.
(HAMMOND, 2010)
Avaliação do estado nutricional e metabólico
 Os diagnósticos de nutrição, em conjunto com a etiologia e os 
indicadores nutricionais identificados, direcionam o planejamento e o 
monitoramento das intervenções.
 Métodos de Avaliação
• História nutricional global;
• Semiologia nutricional/exame físico;
• Consumo alimentar;
• Antropométrico/composição corporal;
• Exame bioquímico.
Classificação de Métodos Clínicos
OBJETIVOS SUBJETIVOS
Antropometria Exame Físico
Composição corporal
Parâmetros Bioquímicos Avaliação Subjetiva 
Global (ASG)
Consumo Alimentar 
História do paciente → Anamnese
Instrumentos de triagem nutricional:
• Triagem de risco nutricional (NRS - Nutritional Risk Screening);
• Instrumento universal de triagem de desnutrição (MUST - Malnutrition Universal 
Screening Tool);
• Miniavaliação nutricional reduzida (MNA-SF - Mini Nutrition Assessment Short Form);
• Avaliação Subjetiva Global (ASG). (MCCLAVE et al., 2016)
Método subjetivo
• NRS - Nutritional Risk Screening
Método subjetivo
A NRS utiliza fatores retrospectivos:
• perda de peso e ingestão alimentar;
• características antropométricas (peso, estatura, cálculo do índice de massa 
corporal ( IMC) e percentual de perda de peso e gravidade da doença;
• Idade acima de 70 anos é considerada fator de risco adicional, tornando 
necessário cuidado diferenciado para esse grupo. 
Triagem Inicial
• NRS - Nutritional Risk Screening
Método subjetivo
Triagem Final
Pontuação NRS 2002
≥ 3 pontos= risco nutricional
< 3 pontos = sem risco (avaliar
semanalmente)
Método subjetivo
Pontuação MUST
0 baixo risco - repetir triagem 
semanalmente.
1 médio risco - realizar registro 
alimentar de 3 dias e repetir 
triagem semanalmente.
2 alto risco - tratar e realizar 
avaliação nutricional.
• MUST - Malnutrition Universal Screening Tool
O MUST utiliza características antropométricas (peso, estatura, cálculo do IMC e 
percentual de perda de peso) e gravidade da doença (catabolismo ou jejum 
previsto).
Método subjetivo
• MNA_SF - Mini Nutrition Assessment Short Form
A MNA_SF consiste em um método breve de triagem nutricional, com seis 
questões, que utiliza características antropométricas:
• peso, 
• estatura, 
• cálculo do índice de massa corporal - IMC, 
• percentual de perda de peso 
• circunferência da panturrilha 
Obs.: quando não for possível calcular o IMC, alteração da ingestão alimentar, 
mobilidade, estresse psicológico e problemas neurológicos. 
Método subjetivo
Pontuação MNA
>23,5 = normal
17-23,5=risco de desnutrição
< 17= desnutrição
• MNA_SF - Mini Nutrition Assessment Short Form
Método subjetivo
ASG - Avaliação Subjetiva Global
A ASG se diferencia dos demais métodos de triagem por englobar não apenas 
alterações da composição corporal (características antropométricas) e 
gravidade da doença, mas também alterações funcionais do paciente (exame 
físico e capacidade funcional). 
• A classificação do risco não é por meio de escore, é subjetiva. 
• O avaliado deve selecionar uma das opções com base nos resultados obtidos 
e classificar o paciente em: bem nutrido, moderadamente desnutrido ou sob 
suspeita de desnutrição e gravemente desnutrido. 
• A ASG apresenta modificações para ser aplicada em diferentes especialidades 
clínicas: pacientes com neoplasia, nefropatas, hepatopatas e idosos.
Método subjetivo
ASG - Avaliação Subjetiva Global
Pontuação
<17= bem nutrido
Entre 17 e 22= moderadamente
desnutrido
>22= desnutrido grave
(DETSKY, 1987; HEYLAND et al.,2011)
Método subjetivo
Semiologia Nutricional
Limitações
▪ As manifestações clínicas são evidenciadas apenas nos estados mais
avançados de excesso e/ou carência nutricional, e para adequada
identificação é necessário treinamento para melhorar a habilidade
no reconhecimento dos sinais clínicos nutricionais no período inicial
▪ A maioria dos sinais e sintomas das patologias nutricionais apresenta
etiologia complexa, não são específicos para identificar carência
ou excesso de nutrientes e com frequência podem ser atribuídos a
outros fatores não dietéticos
Davis ABV, 2016
Método subjetivo
Semiologia Nutricional e Exame Físico
▪ Fácies - expressão facial do paciente
Desnutrição aguda (descompensado) x desnutrição crônica (adaptado)
• “Fácies agudo”- paciente exausto, não consegue manter seus olhos abertos
por muito tempo. Ao início de terapia nutricional adequada, é no fácies que
serão notadas as primeiras alterações
• “Fácies crônico”- paciente parece triste, não quer muito diálogo, pode ser
confundido com depressão
Método subjetivo
Semiologia Nutricional e Exame Físico
• Atrofia da musculatura temporal - atrofia do músculo temporal com exposição 
do arco zigomático sugere diminuição prolongada da mastigação.
(DUARTE & BORGES, 2006)
Ingestão insuficiente por anorexia ou disfagia Redução prolongada da ingestão oral
Método subjetivo
Semiologia Nutricional e Exame Físico
• Atrofia das musculaturas de pinçamento do polegar - menor força de apreensão e, 
consequentemente, menor competência em ingerir alimentos.
(DUARTE & BORGES, 2006)
Visualização de um contorno ósseo do indicador e polegar
formando uma concha
Método subjetivo
Semiologia Nutricional e Exame Físico
• Atrofia da musculatura dos membros inferiores - sugere perda de massa muscular
(DUARTE & BORGES, 2006)
Coxa - maior fraqueza nas pernas Panturrilha - é a mais precoce atrofia a ocorrer quando se 
instala o processo de desnutrição proteico-calórica. 
Principalmente nos pacientes graves em terapia intensiva
Método subjetivo
Semiologia Nutricional e Exame Físico
• Atrofia das musculaturas nas regiões da fúrcula esternal, supra, infraclavicular - sugere 
perda crônica de massa muscular.
(DUARTE & BORGES, 2006)
Supraclavicular
Infraclavicular
Fúrcula Esternal
Método subjetivo
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Sinais indicativos de desnutrição proteico energética e carências específicas de
nutrientes
Prospectivos:
• Registram informações recentes e 
estão associados à dieta atual. 
• Os métodos utilizados dentro 
desta categoria são o registro de 
consumo de alimentos/diário 
alimentar, e a pesagem direta.
Retrospectivos:
• Colhem a informação do passado 
imediato ou em longo prazo e estão 
associados com a dieta habitual. 
• Incluem frequência alimentar 
(QRCA), a Anamnese ou história 
alimentar e o recordatório de 24 
horas (R24h).
• Inquérito Dietético - método utilizado para a avaliação do consumo alimentar. 
Realizado mediante entrevista pessoal ou pode ser autoadministrado.
Método objetivo
➢ Questionário de Frequência Alimentar (QFA)
• Composto por uma lista de diferentes alimentos e bebidas predefinida
• Número de vezes que o indivíduo consome um determinado
alimento por dia, semana, mês ou ano
• Auto aplicado ou aplicado por um entrevistador treinado
• Não é capaz de contemplar todos os alimentos consumidos
pelos indivíduos
• Interessante para uso em inquéritos epidemiológicos
Método objetivo
28
➢ Questionáriode Frequência 
Alimentar
(QFA)
29
➢ Questionário
Quantitativo de
Frequência
Alimentar (QQFA)
• Extensa entrevista com o propósito de gerar informações sobre
hábitos alimentares atuais e passados
• Informações sobre:
Número de refeições
Apetite
Preferências alimentares
Uso de suplementos nutricionais
Tamanho de porções
Frequência de consumo dos alimentos
Variações sazonais
➢Anamnese ou História Alimentar
Método objetivo
• Consiste em definir tipo e quantidade (em medidas caseiras) de todos os alimentos e
bebidas consumidos nas últimas 24 horas anteriores à entrevista.
• Facilita a recordação.
• Instrumento desenvolvido para avaliar a dieta atual.
• Ideal que seja relatado dia típico e atípico.
• Atitude neutra do entrevistador.
• Respostas detalhadas sobre o tamanho e o volume da porção consumida.
• Álbuns de fotografias, modelos tridimensionais de alimentos ou de medidas
caseiras.
• Alimento registrado em unidades específicas, como: uma fatia, uma banana
média, uma bala, um pacote de biscoito.
➢ Recordatório de 24 horas (R24h)
Método objetivo
➢ Recordatório de 24 horas (R24h)
• Registro de todos os alimentos e bebidas consumidos em um período de tempo : 3 dias,
5 dias, 7 dias.
• Os dados podem ser registrados pelo próprio paciente ou por um responsável (mães ou
cuidadores).
• Anotações em um diário alimentar!
• Realizar o registro um dia do final de semana →Dia atípico!
• Não existe consenso em relação à frequência e intervalos de realização do registro.
➢ Registro de consumo de alimentos ou Diário alimentar
Método objetivo
Refeição
Alimento Quantidade
Desjejum
Colação
Almoço
Lanche
Jantar
Ceia
➢ Registro de consumo de alimentos ou Diário alimentar
➢ Pesagem Direta ou Contagem de Peso e Medidas
• Método de maior complexidade, pois envolve a pesagem direta e o 
registro de todos os alimentos antes de serem consumidos
• As sobras também devem ser pesadas e registradas
• Registro detalhado do nome da preparação, os ingredientes que a compõe, 
a marca do alimento, a forma de preparação e a quantidade consumida
• Auxílio de medidas caseiras tradicionalmente utilizadas
• Auxílio de balança.
Método objetivo
Antropometria
É um dos métodos mais utilizados para avaliação do estado 
nutricional, destacando-se como um bom preditor das 
condições de saúde, nutrição e sobrevida de indivíduos e
população.
Vantagens
• Simples e de fácil execução;
• Baixo custo;
• Pouco invasivo;
• Fácil padronização;
• Aplicável em todas as faixas etárias e ciclos de vida.
Método objetivo
• Antropometria
• Erros relacionados ao antropometrista: falta de treinamento da técnica de aferição, 
marcação inadequada dos pontos anatômicos, manejo inadequado do equipamento, erros 
de leitura no instrumento, registro equivocado dos dados, falta de sensibilização quanto à 
importância do cuidado da medida;
• Erros relacionados aos instrumentos e ao local de coleta de dados: falta de manutenção 
do equipamento (calibração), condições do local de medição;
• Erros relacionados ao indivíduo avaliado: falta de cooperação com o antropometrista, uso de 
adereços e roupas inadequadas.
(KAMIMURA et al., 2009)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
• Peso Corporal - representa a soma de todos os componentes corpóreos;
✓ Peso Atual: obtido por meio de uma balança calibrada (plataforma ou eletrônica), na qual o 
indivíduo deve posicionar-se em pé, no centro da base da balança, descalço e com roupas
leves;
✓ Peso Usual ou Habitual: utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de
peso;
✓ Peso Ideal: obtido por meio do índice de massa corpórea (IMC).
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Método objetivo
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Peso seco
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Método objetivo
• Estatura
• Método Direto
✓ Estadiômetro.
Método Indireto
✓ Estatura recumbente (na cama): medida do comprimento do indivíduo do topo da cabeça 
até a planta do pé;
✓ Envergadura ou chanfradura: distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços
estiverem abertos no nível dos ombros;
✓ Altura do joelho: comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna na altura 
do joelho:
♂= 64,19- (0,04 x Idade (anos)) + (2,02 x Altura do Joelho (cm))
♀= 84,88 - (0,24 x Idade (anos)) + (1,83 x Altura do Joelho (cm))
(KAMIMURA et al.,2014)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
IMC (kg/m²) Classificação
< 22 Magreza
22 - 27 Eutrofia
> 27 Excesso de peso
IDOSO
IMC (kg/m²) Classificação
< 16,0 Magreza grau III
16,0 a 16,9 Magreza grau II
17,0 a 18,4 Magreza grau I
18,5 – 24,9 Eutrofia
25,0 a 29,9 Pré-obesidade
30,0 a 34,9 Obesidade grau I
35,0 a 39,9 Obesidade grau II
≥ 40 Obesidade grau III
IMC= Peso corporal (kg) / (Estatura(m))2
ADULTO
Limitação: não distingue massa gordurosa de massa magra
Método objetivo
➢ Dobra cutânea triciptal (DCT):
Método objetivo
➢ Dobra cutânea
triciptal (DCT):
Método objetivo
Dobra cutânea triciptal (DCT)
➢ Circunferência Biciptal (CB):
Método objetivo
➢ Circunferência
Biciptal (CB):
Circunferênc
ias/Perímetro
s 
Circunferência de braço (CB)
➢ Circunferência Muscular do Braço (CMB):
Método objetivo
➢ Circunferência
Muscular do Braço
(CMB):
Circunferênc
ias/Perímetro
s 
Circunferência muscular do braço (CMB)
Circunferência de cintura (CC)
Método objetivo
Circunferênc
ias/Perímetro
s 
Relação cintura-quadril (RCQ)
Método objetivo
O acompanhamento longitudinal dos compartimentos corporais, de massa magra e de 
gordura corporal, possibilita compreender suas modificações resultantes de várias alterações
metabólicas, além de identificar precocemente os riscos à saúde.
(KAMIMURA et al., 2014)
Avaliação da Composição Corporal - permite diagnosticar possíveis anormalidades nutricionais
Método objetivo
• Diretos: dissecção de cadáveres; 
• Indiretos: absorciometria radiológica de dupla energia 
(DEXA); densitometria corporal, água corporal total, 
tomografia computadorizada; ressonância magnética; 
análise de ativação de nêutrons; água corporal total; 
contagem total de potássio;
• Duplamente Indiretos: técnicas de avaliação da composição 
corporal (dobras cutâneas, circunferências e diâmetros 
corporais); bioimpedância elétrica. (KAMIMURA et al., 2014)
Métodos para Avaliação da Composição Corporal
Método objetivo
(ROSA & PALMA, 2008)
Dobra Cutânea - técnica de aferição:
Método objetivo
• Dobra cutânea
triciptal;
• Dobra cutânea
biciptal;
• Dobra cutânea
subescapular;
• Dobra cutânea
suprailíaca. (KAMIMURA et al., 2014)
Dobra Cutânea
Triciptal Biciptal SubescapularSuprailíaca
Método objetivo
(DURNIN & WORMERSLEY, 1974)
Percentual de Gordura Corporal Estimado
pelo Somatório das 4 Dobras Cutâneas
• Utilizar o somatório das 4 dobras
cutâneas
(triciptal + biciptal + subescapular +
suprailíaca);
• Avaliar o percentual de gordura na 
tabela, de acordo com a faixa etária e
gênero.
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Medidas de Circunferência - não fornecem medidas específicas de composição corporal, mas 
são úteis para quantificar diferenças interindividuais.
• Circunferência do Braço (CB) - avalia a reserva proteico somática; Ponto médio do braço 
não dominante entre o acrômio e o olecrano.
• Circunferência Muscular do Braço (CMB) - avalia a reserva de tecido muscular (sem 
correção da área óssea).
CMB= Circunferência do braço (cm) – (0,314 x prega cutânea triciptal (mm)3 )
• Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc) - avalia a reserva de tecido muscular (com 
correção da área óssea):
Π= 3,14
Método objetivo
(WHO, 1995; KAMIMURA et al., 2014)
Circunferência da Panturrilha (CP) - avalia a reserva proteico somática:
✓Posição ortostática;
✓Pernas levemente afastadas;
✓Colocar a fita no plano horizontal, no ponto de maior massa;✓A CP pode ser utilizada para estimar o peso em idosos.
A circunferência da panturrilha é considerada um indicador sensível de alterações musculares
no indivíduo idoso e deve ser utilizada para monitoração dessas alterações. Sarcopenia <31 cm.
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Avaliação da Distribuição de Gordura Corporal
• A medida da distribuição de gordura é importante na 
avaliação de sobrepeso e obesidade porque a 
gordura visceral (intra-abdominal) é um fator de 
risco potencial para a doença, independentemente 
da gordura corporal total;
• A mensuração da quantidade de gordura visceral,
do grau de obesidade e da distribuição de
gordura corporal avalia risco de doenças
cardiovasculares e metabólicas.
Fonte: Pinterest
Método objetivo
Fonte: VASQUES et al.,2010
Indicadores de Distribuição de Gordura Corporal
Circunferência do Pescoço (CP) - medida de obesidade
central:
• Nível da membrana cricotireóidea com a fita mantida 
perpendicular ao longo do eixo do pescoço;
• Correlação importante com doença cardiovascular 
e apneia obstrutiva do sono.
Método objetivo
• A CC é obtida no ponto médio entre a última costela e a crista
ilíaca, mantendo a fita paralela ao chão, sem comprimir a pele, ao
final de uma expiração normal e com o abdômen relaxado;
• A CC avalia a gordura visceral e a subcutânea na região abdominal,
e o aumento dessa medida está fortemente relacionado ao
excesso de gordura visceral.
(WHO, 2008; KAMIMURA et al., 2014)
Circunferência da Cintura (CC) - reflete o conteúdo de gordura visceral:
Método objetivo
(WHO, 1998; KAMIMURA et al., 2014)
Relação Cintura-Quadril (RCQ) - medida de obesidade central:
RCQ = CC/CQ
• Circunferência do quadril - maior circunferência na extensão posterior das nádegas;
• Indicador de risco aumentado de doenças relacionadas com a obesidade: Homens RCQ ≥ 1,0 e 
Mulheres RCQ ≥ 0,85;
• Limitações: influência exercida pela estrutura pélvica, dependência do grau de obesidade, incapacidade 
de diferenciar depósito de gordura visceral ou subcutânea;
• CC- circunferência da cintura; CQ- circunferência do quadril.
Método objetivo
(BERGMAN et al., 2011)
Índice de Adiposidade Corporal (IAC) - estima o percentual de gordura corporal:
Mulheres
• Normal: 21 a 32%;
• Acima do peso: 33 a 38%;
• Obesidade: acima de 38%.
Homens
• Normal: 8 a 20%;
• Acima do peso: 21 a 25%;
• Obesidade: acima de 25%.
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Bioimpedância Elétrica - avaliação da composiçãocorpórea.
Preparo para realização do exame: jejum absoluto de no mínimo 4h antes do teste; não fazer 
exercícios físicos ou sauna nas 24h anteriores; urinar 30 minutos antes; não consumir álcool e/ou 
bebidas contendo cafeína nas 48h anteriores; não fazer uso de diuréticos há menos de 7 dias do teste; 
estar fora do período menstrual; não possuir marca-passo; remover acessórios, adornos e peças 
contendo metal
Equipamento Treta polar com 8 eletrodosEquipamento Treta polar Equipamento Portátil Bipolar
Método objetivo
Análise Bioquímica
Proteínas Séricas - estimativa do estado das proteínas viscerais
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Análise Bioquímica
Proteínas Séricas - estimativa do estado das proteínas viscerais
Método objetivo
(OLIVEIRA, 2010)
Contagem Total Linfocitária - indicador do mecanismo de defesa celular
• Limitações: uso de corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, doença autoimune;
• Interpretação:
✓Depleção leve: 1.200 a 2.000 mm3;
✓Depleção moderada: 800 a 1.199 mm3;
✓Depleção grave: < 800 mm3.
Método objetivo
Índice de Creatinina-Altura - fornece a estimativa da massa proteica muscular:
• Limitações: influência de função renal, hidratação, hipercatabolismo, ingestão recente de 
refeição com alto teor proteico;
• Interpretação:
✓Depleção proteica leve: 60 a 80%;
✓Depleção proteica moderado: 40 a 60%;
✓Depleção proteica grave: < 40. (OLIVEIRA, 2010)
Método objetivo
(KAMIMURA et al., 2014)
Índice de Prognóstico Nutricional (IPN)
IPN (%) = 158 – (16,6 x ALB) – (0,78 x PCT) – (0,2 x TRS) – (5,8 x DCH)
ALB = albumina sérica (g/dl); PCT = prega cutânea do tríceps (mm); TRS = transferrina
sérica (mg/ dL); DCH = hipersensibilidade cutânea retardada (0 = reatividade nula; 1 = 
diâmetro do ponto < 5mm; 2=diâmetro do ponto 5mm³).
(KAMIMURA et al., 2014)
Índice de Risco Nutricional (IRN)
IRN = (1,489 x ALB) + 41,7 x (P Atual/PU)
ALB = albumina sérica (g/dL); PA – Peso atual (kg); PU – Peso usual (kg).
(KAMIMURA et al., 2014)
Balanço Nitrogenado (BN) - avalia a adequação da oferta proteica e do grau de catabolismo em 
indivíduos que estão recebendo terapia nutricional (enteral e/ou parenteral):
BN: N2 administrado – N2 excretado
N2 administrado = g proteína ingerida/6,25;
N2 excretado = (dosagem da ureia urinária x 0,47) + 4 g
(perdas nas fezes e pele);
• Balanço positivo: ingerido > excretado (anabolismo);
• Balanço negativo: ingerido< excretado (catabolismo).
Método objetivo
ASPEN. Guidelines. ASPEN/SCCM 2016.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3. ed. São Paulo: Editora Manole , 2009. cap. 6, p. 89-127.
FIDELIX, Marcia Samia Pinheiro (org.). Manual Orientativo: Sistematização do Cuidado de Nutrição. São Paulo:
Associação Brasileira de Nutrição, 2014.
HEYLAND; D.K.; DHALIWAL, R.; JIANG X.; DAY, A. G. Identifying critically ill patients who benefit the most from
nutrition therapy: the development and initial validation of a novel risk assessment tool. Critical Care.
2011;15(6):R268.
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2010. cap. 14, p. 383-410.
SICHIERI, R.; EVERHART, J. E. Validity of a Brazilian food frequency questionnaire against dietary recalls and
estimated energy intake. Nutr Res.1998;18(10):1649-59.
Bibliografia complementar