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Resumo Capítulo 3 - Psicodiagnóstico

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Universidade Paulista – UNIP
Curso: Psicologia - Campus: Tatuapé 
Disciplina: Psicodiagnóstico Data: 03/02
Atividade: Resumo do capítulo 1 “Psicodiagnóstico fenomenológico- 
existencial”.
ESTÁGIO DE PSICODIAGNÓSTICO
Com as evoluções constantes da ciência e da sociedade, saúde e doença são compreendidas, ao longo da história, de diferentes formas. Hoje temos o conhecimento de que saúde e doença pertencem a um único processo, onde saúde não é sinônimo de não ter doenças. De acordo com Webster (1974) saúde vem do latim, salus, que significa condição (orgânica ou organizacional) benéfica, de bem-estar. Refere-se a cura, como promoção de integridade. Tais definições trazem uma aproximação de clinica e de cuidado, tarefas que fazem parte do fazer psicológico no âmbito da saúde. Pensando a partir destas definições, a prática psicológica volta-se a acolher o sofrimento humano. 
Há sinais de esgotamento do modelo técnico-cientifico, o domínio do saber já não funciona mais como um lugar seguro, não traz respostas exatas e nem alivia a angústia. O que é proposto no lugar é um deslocamento do saber, adotar outra postura ética que não existe um saber ou uma verdade a ser transmitida, mas sim uma construção conjunta de sentidos. Se faz necessário que o psicólogo passe a agir como um mediador, em sua prática cotidiana acolheria o cliente, num processo de desmitificação de verdades naturalizantes e geradores de injustiças e exclusão sociais
Na prática do psicodiagnóstico infantil tradicional em que é feita de uma a duas entrevistas iniciais com os pais para entender a queixa, a dinâmica familiar e o desenvolvimento da criança e após isso a criança é testada e os testes realizados por ela junto com as informações obtidas são avaliados e por seguinte o psicólogo realiza uma ou duas entrevistas devolutivas com os pais. Os pais que comparecem aos atendimentos demonstram pouca motivação e as vezes até mesmo decepcionados, pois não parece trazer qualquer benefício.
Por meio dessa insatisfação se viu necessário uma nova forma de abordagem do psicodiagnóstico, onde o atendimento em grupo, realizado pela metodologia fenomenológica, surgiu como uma saída e possível nova forma. No psicodiagnóstico infantil o trabalho visa explorar o significado da queixa trazida, a compreensão que os pais têm de sua própria situação e da relação com o filho. Apesar de ser a criança a necessitar do atendimento é os pais, muitas vezes, que arcam com os custos desse atendimento, seja pelo tempo e esforço do deslocamento as sessões ou pela transformação que terá na dinâmica familiar. Sendo assim, sem as informações e apoio será difícil para os pais levarem adiante o atendimento. 
Se faz necessário esclarecer com os pais o significado que esse encaminhamento tem, como eles entendem o atendimento psicológico e quais as expectativas possuem dele. Com esses esclarecimentos é possível que entendam a importância da participação deles no atendimento e suas limitações. Nas sessões seguintes, terá a anamnese para entender a dinâmica e condição familiar, os papéis desempenhados e vínculos estabelecidos. Esse roteiro possibilita os pais entrarem em contato com suas experiencias como filho. Antes do psicólogo ter contato com a criança, deve explicar aos pais a importância deles contarem a ela que irá ter consultas com um psicólogo e do por que estarão fazendo isso. A primeira consulta com a criança partirá de uma observação lúdica ou entrevista acompanhada de desenhos. 
A situação do psicodiagnóstico torna-se uma cooperação, na qual a capacidade de observarem e aprenderem, tanto dos pais quanto do psicólogo, serão desenvolvidas. O conhecimento que o paciente traz é valorizado e será a partir dele que as falas do psicólogo terão sentido ou não. 
No começo dos atendimentos, as intervenções serão principalmente exploratórias, onde visam entender melhor as preocupações dos pais com a criança. Em dados momentos, as intervenções se apresentaram como possibilidades de compreensão que podem ser feitas a partir das associações dos pais. Já em outros momentos, o profissional apenas acompanhará os pais, permitindo-lhes falar. Portanto, muitas intervenções estão no âmbito de conselhos e informações pedagógicas. O psicólogo não tem atitude passiva e neutra no sentido de acompanhar as associações dos pais. Por haver um limite da duração do trabalho, é estimulado que eles se confrontem com suas angústias, pra isso utiliza se do princípio de focalização, que consiste em polarizar sua atenção sobre um conflito central do qual decorreriam os problemas principais. 
Quando se trata de dificuldades de aprendizado, se faz necessário recorrer a testes de nível intelectual. Onde sabe-se que pertencem à tradição positivista, que qualquer coisa que exista pode ser medida. A psicologia faz muitas críticas à utilização deste tipo de instrumento, mesmo depois de serem adaptados para a população brasileira, mas a recusa de utilização ainda é uma atitude extrema. Consideramos os testes organizadores que possibilitam a emergência de vivências que ocorrem no cotidiano da criança. Outros recursos utilizados é a visita escolar e domiciliar.

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