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Obrigações 10-05

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Estrutura das Obrigações
Sujeitos
Para que haja uma obrigação tem que haver os sujeitos, os sujeitos ativos e passivos. Sujeito ativo é aquele pode exigir uma conduta do sujeito passivo, portanto nós falamos que o sujeito ativo tem o chamado direito subjetivo de exigir uma conduta. Na prática, os contratos, por exemplo, representam uma obrigação, muitos contratos são sinalagmáticos, ou seja, geram direitos e obrigações para ambas as partes. Então você tem a figura do credor e do devedor entre as duas partes. Vejam, na compra e venda, por exemplo, você entrega um bem, mas recebe um preço, então vejam, a pessoa que está comprando vai receber aquele bem, mas em contra partida ela precisa pagar um preço, então muitas vezes você tem a figura do sujeito ativo e passivo nas mesmas pessoas quando você tem um contrato sinalagmático, mas a ideia principal é que na obrigação você tem um credor e você tem o devedor.
Quem pode ser o sujeito ativo? Quem pode ser o sujeito passivo? Qualquer um pode ser?
A pessoa natural pode ser tanto uma quanto a outra, a pessoa jurídica a mesma coisa, na verdade você vai ter o representante que vai atuar em nome da pessoa jurídica. O incapaz pode ser parte, ele vai ser devidamente representado ou assistido, ou seja, a incapacidade civil não iria impossibilita-lo de uma relação obrigacional, só que na verdade teremos a figura do representante legal. E tem que ser determinado esse sujeito, em regra, ou se não for determinado, ser determinável, no momento do pagamento tem que ser determinado quem são os sujeitos, quem é o devedor e quem é o credor. Quando eu estabeleço uma relação de mútuo, que é o empréstimo de bens que podem ser substituídos, por exemplo, 10 garrafas de guaraná para Luísa, é um bem fungível, ela vai me devolver as 10 garrafas de guaraná depois, há uma determinação entre o credor e o devedor. Agora as vezes o credor pode ser determinável, é o caso da chamada promessa de recompensa, eu estabeleço uma promessa de recompensa do tipo “quem encontrar o meu cachorro vai ganhar 10 mil reais” quem é o credor dessa obrigação? Há um credor definido? O credor vai ser quem encontrar o cachorro, por isso determinável, quando se faz a relação não se sabe quem será o credor mas na hora de cumpri-la o sujeito vai ser determinado, ou seja, eu tenho que saber quem foi que encontrou o cachorro, porque ai sim determinado quem foi a pessoa, essa ser recompensada.
Objeto - prestação
Eu posso me obrigar a qualquer coisa? Por exemplo, a tocar o dedo no céu, ou então me comprometer a dar uma volta no Maracanã em 10 segundos. Então quais são os elementos que cabem na prestação? Primeira coisa, prestação de um ato humano, essa prestação pode ser positiva ou negativa, positiva quando implica num dar ou num fazer, quando eu obrigo a entregar um certo bem a uma pessoa, é uma obrigação de dar, eu estabeleço, por exemplo, que eu vou doar um código civil para quem recitar o poema mais bonito, então se ganhar o Felipe, eu vou ter uma obrigação de dar, de entregar o bem. Obrigação de fazer implica numa atitude de uma pessoa, então eu convenciono que Felipe vai pintar o meu quarto, então obrigação de fazer. A negativa implica numa abstenção, então a pessoa se abstém de realizar uma atividade, se ela vier a se realizar, a pessoa descumpriu a obrigação, então o sujeito se abstém por exemplo de não ir a determinado lugar, se ele for, ele está descumprindo.
Um outro elemento é quanto a possibilidade dessa obrigação, essa obrigação precisa ser possível no sentido de ser realizável, tanto no sentido físico como no jurídico, porque por exemplo, eu não posso estipular como obrigação a doação de órgãos humanos, porque a comercialização de determinados órgãos está vedada pela constituição. Pode ser uma impossibilidade física também, dar uma volta no Maracanã em 10 segundos, isso é impossível para qualquer ser humano. Essa impossibilidade física tem que ser para qualquer pessoa, pra que você entenda que não possa existir essa obrigação, porque às vezes essa impossibilidade física pode ser relativa, uma pessoa pode não aguentar levantar 100kg enquanto outra pode aguentar levantar até 10x mais que isso. Tem que ter cuidado na hora de falar dessa impossibilidade física, ela tem que ser impossível para qualquer pessoa, para descaracterizar a relação obrigacional.
Outro elemento é a questão da licitude, ou seja, é preciso que essa obrigação esteja notoriamente no campo do direito e que ela não venha a ser contrária as normas do direito, não venha a ter um caráter ilícito. Então, por exemplo, o sujeito que vende entorpecente não pode depois alegar uma relação obrigacional. É possível que a licitude seja superveniente, por exemplo, se você comercializa certo produto que depois a lei venha dizer que é proibido, seria uma situação de licitude superveniente, porque a gente tá tratando da ideia de um ato ilícito inicial, mas pode acontecer da ilicitude ser posterior, o que a lei uma vez permitia passa a proibir depois.
Obs.: alguns confundem possibilidade jurídica com ilicitude, alguns autores entendem que a ilicitude é mais abrangente, seria algo que vai além das normas do direito, vão também contra a moral, mas é muito comum também colocar ambos como sinônimos. 
Essa prestação também tem que ser determinada ou determinável. Determinado quer dizer que a prestação deve ser devidamente determinada, estipulada, então é muito comum esse elemento quando você estabelece uma obrigação de dar, “vou entregar 5 pares de sandália scarpin” pois bem, se eu falo “vou entrar 5 pares de sandálias femininas” tem vários tipos, alta, baixa, existem várias opções. Então em regra você tem que determinar “vou entregar 10 cd’s do Naldo” ou então “vou entrar 10 cd’s”, você não sabe de quem são os cd’s, vejam que são prestações determinadas ou determináveis.
Obs.: obrigação de coisa incerta naturalmente vai se transformar em uma obrigação de dar coisa certa. Então eu posso eu ter no momento da constituição da relação ter uma prestação determinada ou determinável, mas na hora de cumprir a obrigação o objeto é determinado.
O requisito da patrimonialidade, a prestação precisa ter um elemento patrimonial, precisa ser suscetível de avaliação econômica. Esse requisito já vem sofrendo certa crítica, até porque muita das vezes, você pode reparar o dano se a obrigação não for cumprida de uma forma não pecuniária. Se você, por exemplo, perde o sinal da transmissão de um evento esportivo, era uma obrigação de serviço da transmissora, além de uma reparação econômica, você pode estipular que você possa assistir ao próximo jogo, como forma de reparação não econômica. Então a patrimonialidade era um elemento muito comum nas obrigações, porque tem-se a visão de que se a obrigação não tem valor econômico, não era obrigação, mas isso é uma visão do direito patrimonialista e se tem feito uma crítica muito forte a isso, porque pode haver uma reparação e essa não ser pecuniária, por exemplo, é divulgada uma notícia num jornal que vá ferir a honra da pessoa, ele pode entrar na justiça e solicitar retratação pública, é uma forma de reparação não pecuniária.
17/05/2013
- possibilidade		física		- patrimonialidade
jurídica
- licitude
- determinado / determinável
	- positiva	dar
		fazer
- negativa
Vínculo jurídico
Para essa prestação chegar do devedor ao credor é preciso ter o vínculo jurídico. Vínculo jurídico nada mais é que o liame que vai ligar o devedor ao credor, que vai permitir que o credor possa exatamente exigir a cobrança da obrigação perante o devedor. Vejam o seguinte, uma vez não observado esse vínculo jurídico, essa obrigação é um dever originário surgiria o dever de reparar, dever sucessivo ou secundário, ou seja, é o vínculo jurídico que vai garantir a ideia da exigibilidade, é exatamente esse vínculo que vai diferenciar das chamadas obrigações morais, ou seja, nas obrigações morais não existiria uma exigibilidade, presente nas obrigações jurídicas, ou também normas de trato social, por exemplo, chá de casa da sua amiga, você não pode ir porquetem que estudar, ligação moral. O vínculo jurídico faz então essa ligação e uma vez cumprido vai gerar a chamada responsabilidade.exigibilidade	≠ obrigações morais
					D
C
vínculo
jurídico
				prestação
obrigação (dever originário)
responsabilidade (dever sucessivo)
Então nós temos os 3 elementos que caracterizam a estrutura da obrigação, os sujeitos, o objeto e o vínculo jurídico. É possível que os sujeitos venham a se modificar nas obrigações jurídicas, venham a se suceder, a alterar? Como fica a obrigação? Vamos estudar mais a frente na cessão de crédito que o credor passa o seu crédito para outra pessoa. E na assunção de débito o devedor posterior vai assumir o lugar do devedor primário. A figura do credor e do devedor vão poder ser eventualmente substituídas. Nas obrigações solidárias, nada mais é que uma pluralidade de credores ou devedores, ou dos dois ao mesmo tempo, onde um credor pode solicitar o pagamento da obrigação a qualquer um dos devedores, é um artifício que a lei cria para facilitar o cumprimento da obrigação.
Obs.: o fiador não é solidário necessariamente. A fiança é um bem acessório, então segue a ordem do principal. Vejam, há um vínculo jurídico entre o devedor e o credor, locação, e outro vínculo que se cria com o fiador, ele figura como um terceiro, nesse caso ele pode ser responsabilizado por uma obrigação que foi estabelecida pelo locador e o locatário. Existe no direito a possibilidade de numa obrigação você vir a obrigar um terceiro, que é a chamada promessa de fato terceiro, onde temos a situação onde um promete que outro vá realizar alguma coisa, por exemplo, eu prometo que o Felipe vai realizar um show, eu estabeleço esse vínculo com a Luísa, eu realizo a promessa de fato terceiro, se efetivamente ele concorda, aí eu saiu dessa obrigação, agora se ele não concorda, ele não é obrigado, porque a relação obrigacional foi realizada entre eu e a Luísa. Tanto a fiança quanto o aval são institutos de garantia, o aval você não pode, por exemplo, alegar o benefício de ordem, então o fiador pode alegar o benefício de ordem, ele indica e nomeia os bens do devedor e selecionar quem vai pagar primeiro, o avalista também não pode acionar o benefício da divisão, na fiança, por exemplo, pode definir que um vai ficar responsável por ¼ e outro por ¾. Porque o aval é um instituto de direito cambiário, ele visa facilitar a circulação de títulos de crédito, ele tem a semelhança com a fiança o elemento para garantir o crédito, mas ele está mais ligado à lógica do direito empresarial. 
Figuras híbridas
Algumas situações tem certas particularidades, o que a doutrina tem chamado de figuras híbridas.
Obrigação propter rem (própria da coisa)
É um tipo de obrigação em que a pessoa fica vinculada em razão de ser a titular de um direito real. Então o sujeito que é proprietário de um imóvel e paga as chamadas cotas condominiais, essas cotas são obrigaçãos propter rem, ele só paga porque é proprietário desse imóvel, caso ele venha a transferir a titularidade, o novo proprietário é quem vai assumir o pagamento dessas cotas, ou seja, as cotas não derivam da vontade do sujeito, derivam por conta de ser obrigação própria da coisa.
Obs.: dar uma olhada no STJ RESP 343741. Dano ambiental proveniente dessa obrigação.
Obrigação com eficácia real
A obrigação gera em regra efeitos entre as partes, mas é possível que a lei estabeleça em algumas situações uma eficácia erga omnes, uma eficácia contra todas, tem aí a figura da obrigação com eficácia real. Art. 576 do Código Civil:Se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a cláusula da sua vigência no caso de alienação, e não constar de registro.
§ 1o O registro a que se refere este artigo será o de Títulos e Documentos do domicílio do locador, quando a coisa for móvel; e será o Registro de Imóveis da respectiva circunscrição, quando imóvel.
§ 2o Em se tratando de imóvel, e ainda no caso em que o locador não esteja obrigado a respeitar o contrato, não poderá ele despedir o locatário, senão observado o prazo de noventa dias após a notificação.
Então você tem um contrato de locação, que é uma obrigação, o locatário tem a obrigação de pagar os alugueis e o locador tem a obrigação de garantir a posse e o uso do bem. Se ele vem a alienar esse imóvel, você faz o registro dessa cláusula, assim você impede que o adquirente venha a extinguir esse contrato, então você tem aqui uma obrigação com eficácia real, porque se o terceiro vier a adquirir o imóvel, ele precisa respeitar esse contrato de locação. Por isso a eficácia contra todos, qualquer pessoa que queira adquirir o imóvel terá que respeitar essa cláusula caso exista e manter a locação do imóvel, vincula as partes, mas a lei garante uma eficácia em relação a terceiros. 
Ônus real
Geralmente quando a gente fala em ônus, que é um dever que você cumpre em razão do seu interesse, então o ônus na verdade não significa uma obrigação em si, você cumpre para seu próprio interesse. Ônus de contestar, o que acontece quando se você não contesta uma ação? O que o autor falou torna-se verdadeiro, então você tem o ônus de contestar. Nesse caso de ônus real, é um grave que incide sobre o bem, então esse gravame vai acompanhar esse bem, é o caso, por exemplo, de um imóvel gravado com hipoteca, a hipoteca é o chamado direito real de garantia, a hipoteca oferece se a pessoa não pagar aquele débito, você vai poder alienar aquele bem, isso é um ônus real, um gravame que incide sobre aquele bem. Não seria uma obrigação em si, mas ainda sim vincularia aquela pessoa a ter que deixar o seu bem a outra.
Obs.: por isso pedir a certidão negativa de ônus reais quando for comprar um imóvel.
Fontes das obrigações
Definição
A forma pela qual a obrigação vai ingressa no ordenamento jurídico. De que forma ela vai se constituir, de que forma da origem as obrigações.
- negócio jurídico unilateral / bilateral (contratos)
Espécies		- ato ilícito
- lei
O primeiro elemento é o negócio jurídico, tanto o unilateral quanto o bilateral. Um exemplo é a promessa de recompensa, porque se eu estipulo que vou pagar um valor a uma pessoa que encontrar minha mala perdida, eu passo a ter uma obrigação, aquele que a encontrar eu vou ter que pagar. É a mesma coisa nos contratos, nos negócios jurídicos bilaterais, os contratos vão gerar obrigações entre as partes, por exemplo, num contrato de transporte, vai gerar obrigação para o transportador de levar uma pessoa de um lugar para o outro sem causar nenhum dano. Por outro lado, você tem a obrigação de pagar o valor, se for por exemplo, contrato de transporte, informar se aquele bem merece um cuidado maior. O comodato que é uma modalidade de empréstimo de bens infungíveis, que não podem ser substituídos, então se eu deixo, por exemplo, a minha taça especial para uma pessoa como empréstimo, o comodatário tem como obrigação zelar por aquele bem. Até aquela ideia do comodatum ad pompam vel ostentationem, é um comodato que tem uma particularidade em que você faz o empréstimo de um bem fungível, então vejam bem, a rigor o comodato é um contrato específico para bens infungíveis, diferente do chamado mútuo, pois bem, nesse caso você vai deixar um bem fungível, mas para exposição, por exemplo, deixa uma garrafa de vinho em empréstimo para uma pessoa expor em sua loja, ele tem que devolver, a princípio é um bem fungível é apenas uma garrafa de vinho, mas ela tem toda uma significação para o dono, tornando-se infungível, insubstituível, ele tem então uma obrigação perante o dono da garrafa de devolvê-la após um período de tempo. 
O ato ilícito, ato contrário ao direito, também vai gerar uma obrigação, nesse caso uma obrigação de reparar o dano. Seja um dano patrimonial ou um dano moral. 
Alguns também apontam a lei como uma fonte das obrigações, na medida que a lei vai gerar direitos e deveres dos agentes. Alguns até falam que a lei seria a fonte por excelência de todo e qualquer direito na medida em que a lei vai determinar,por exemplo, quais são as obrigações do locador e do locatário. Se eu pegar, por exemplo, o código civil, você vai ver essas obrigações.
Em geral é comum se colocar esses elementos como fontes das obrigações, o professor José Roberto de Castro Neves chama atenção para um detalhe, ocorre o alargamento das fontes das obrigações, ele vai chamar atenção, por exemplo, a ideia do princípio da boa-fé objetiva, que é uma norma de conduta que as pessoas devem ter ao celebrar um contrato, vejam bem, quando eu, proprietário, estou celebrando um contrato de locação, eu vou querer um valor de aluguel alto, o Lucas vai querer um valor baixo, isso faz parte do mercado, a gente não pode dizer que a pessoa está agindo contra a boa-fé, isso é normal, é uma questão econômica. Agora, eu preciso ter uma norma de conduta com o Lucas, e aí entra a questão da boa-fé objetiva que é a ideia que as partes ao celebrar um contrato devem ter uma norma de conduta, no sentido de não causar um dano a outra parte. Então dentre a boa-fé objetiva, uma das suas funções é criar deveres anexos ou também chamados laterais, o que são esses deveres? Deveres anexos são deveres além daqueles principais, quando eu vou vender um carro, por exemplo, dever principal daquela pessoa que está vendendo o carro é o de compra e venda, ele mediante o pagamento do preço entregar o bem, existem deveres que seriam anexos, além desse que seria o principal, que fariam parte da boa-fé objetiva, por exemplo, informar algum problema no carro. Essa boa-fé objetiva pode incidir também na fase pré-contratual, porque vamos pensar o seguinte, o contrato vai se consolidar quando há um acordo, um ajuste de vontades, mas nas negociações pode acontecer um legítima expectativa, então vamos imaginar que o Luidgi é um professor de química, ele está conversando com a universidade A e ela quer ele para trabalhar lá, vem uma universidade B e mostra interesse também. O princípio da boa-fé objetiva nessa fase pré-contratual, seria visualizado se ele não dissesse para a A que uma outra universidade também está interessada em seu trabalho, se ele não fala e a universidade começa a organizar o espaço para ele trabalhar, caso ele venha a descumprir essa obrigação, vai gerar um dano e ofendendo a boa-fé objetiva. Essa boa-fé em como intuito exatamente criar uma norma de conduta que vai gerar novas obrigações, não basta apenas você vender o bem, você tem também que dar informações adicionais sobre esse bem. Não basta você simplesmente pintar a parede, mas você tem que esclarecer ao sujeito que a tinta pode gerar algum tipo de malefício para uma criança normal.

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