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CARDIOLOGIA Carolina Ferreira -Segundo a OMS a principal causa de doença no mundo é a doença isquêmica cardíaca seguida pela doença isquêmica cerebral -A DAC resulta do estreitamento das artérias coronárias devido a doença aterosclerótica ou vasoespasmo -O efeito 1º da DAC é a ↓ ou perda de O2 e nutrientes p/ o miocárdio por causa da ↓ do fluxo sanguíneo Artérias coronárias: nós temos 2 artérias coronárias do lado esquerdo (irriga toda a parede anterior do musculo cardíaco) e uma do lado direito (irriga a parede do ventrículo D e parte parede posterior do ventrículo E) Fatores de Risco -Ñ modificaveis: historia familiar de coronariopatia, idade > 60 anos, etnia(negros), as mulheres pós-menopausa tem > propensão devido ao estrogenio que é um hormonio protetor -Fatores de risco modificaveis: dislipdemia, HAS, DM, tabagismo, obesidade, sedentarismo, estresse e↓ dos niveis de estrogênios Fisiopatologia 1. Lesão vascular 2. Formação da placa aterosclerótica 3. Rompimento da placa aterosclerótica 4. Formação de trombos 5. Vasoespasmo coronariano Imaginamos que temos um pct tabagista ele tem uma lesão vascular por conta do tabaco nessa lesão vai ter o acumulo, e nisso o sangue esta andando e vai parar gordura e LDL e vai adentrar p/ o endotelio e vai promover a formação da placa aterosclerotica, essa placa se rompe por meio da resposta imune e quimiotaxia e c/ isso forma um trombo que vai causar o vasoespasmo coronariano -A placa aterosclerótica se divide em 2: *Fina: a chance de instabilizar é >, o pico hipertensivo por exemplo pode romper essa placa e c/ isso possui > facilidade de romper *Grossa: a chanca de instabilizar é < CARDIOLOGIA Carolina Ferreira -Esse conteúdo do vaso rompido vai parar em algum lugar, se ele parar em um vaso e ele obstrui todo esse vaso tem um Infarto c/ Supra e se ele obstrui parcialmente temos um Infarto sem Supra, -Isquemia: é a falta de O2 no musculo cardíaco devido a obstrução -Pacientes atípicos: mulheres, idosos e diabéticos. Se sentirem dor no peito tenho que ficar atenta TIPOS DE DAC CARDIOLOGIA Carolina Ferreira -Angina Estável: é aquela dor no peito do tipo pressão, localizada no meio do peito que irradia p/o braço esquerdo, p/ mandíbula e p/ as costas, em repouso ñ sente nada Típica: a que ñ doi em repouso Atípica: quando respira fundo doí, mas quando está correndo ñ doí -Angina Instável: é aquela dor no peito do tipo pressão, localizada no meio do peito que irradia p/o braço esquerdo, p/ mandíbula e p/ as costas, mesmo em repouso ainda continua sentindo dor e c/ a medicação também ñ melhora. Ñ tem alteração dos marcadores de injuria miocárdica -IAM sem Supra ST: é uma dor persistente, mesmo em repouso, sem Supra ST ao ECG e alteração dos marcadores de injuria miocárdica -IAM c/ Supra ST: é uma dor persistente, em repouso c/ Supra de ST> 2 MM ao ECG, e apresenta a obstrução total do vaso ANGINA ESTÁVEL -Precordialgia deflagrada por situações que ↑ a demanda de O2 pelo miocárdio -Prontamente aliviada após a reversão do fator precipitante ou após a administração de nitroglicerina -Principais fatores precipitantes: esforço fisico, frio, estresse, anemia e hipertiroidismo -Duração da precordialgia: até 15 minutos -Tipo da dor: pressão ou em aperto(+comum), pode ser descrita também como em queimação ou indigestação -Localização: retro-esternal podendo irradiar p/ face ulnar do braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou ombro -Vale lembrar que ela melhora em repouso e c/ uso da medicação ANGINA INSTÁVEL -Precordialgia deflagrada em repouso ou aos mínimos esforços, sendo menos prontamente aliviada após a administração de nitroglicerina -Quadro + grave que a angina estável c/ probabilidade considerável de evoluir p/ IAM -Duração de precordialgia: superior a 15 min e inferior a 30 min -Vale ressaltar que ela ñ melhora c/ o repouso e c/ uso da medicação -Tipo e localização da dor: semelhante ao da angina estável, entretanto de > intensidade e duração -Associada a uma ↓ abrupta da oferta de oxigênio ao miocardio EXAMES COMPLEMENTARES DA ANGINA ESTÁVEL E INSTÁVEL -Eletrocardiograma:depressão do segmento ST c/ inversão da onda T podem estar presente durante o evento isquemico. Na ausencia de dor e em repouso o ECG pode ser normal -Obs: quando temos um infarto c/ supra ñ tem necessidade de pedirmos as enzimas cardíacas,só pedimos essas enzimas p/ diferenciar a angina instável e o infarto c/ supra A 2º imagem mostra a inversão da onda T o que pode significar uma isquemia miocárdica ou uma alteração de repolarização ventricular apenas -Exames laboratoriais: avaliar enzimas cardíacas CK-MB(creatinina-fosfoquinase-banda miocárdica): ñ é especifica também Troponina: ñ é especifica Angina estável e instável: ñ há elevação dos níveis de enzimas cardíacas Devemos diferencias angina instável do IAM -Avaliar: hemograma, função tiroidiana e renal Investigar fatores que predispõem a isquemia -Avaliar: níveis de colesterol total, glicemia, LDL e HDL Investigar fatores de risco e de agravamento da DAC CARDIOLOGIA Carolina Ferreira -Avaliar gasometria arterial Investigar hipoxemia SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA C/ SUPRA DE ST -Agora estamos falando do sofrimento de musculo cardíaco SÍNDROME CORONÁRIA AGUDA SEM SUPRA DE ST -Agora estamos falando do sofrimento de musculo cardíaco -A diferença entre a angina instável e o infarto agudo do miocárdio sem supra de ST está na alteração dos marcadores Aqui nós temos uma capa fibrótica fina que possui facilidade > de instabilizar que pode ter uma erosão dessa capa e cair na corrente sanguínea e causar uma angina instável e ñ tem alteração ainda dos marcadores. Na 2º imagem temos uma capa fibrótica espessa Aqui temos uma placa estável a capa fibrótica é bem organizada rica em lipídeos mas c/ uma boa proteção mas diferente outra uma capa fibrótica fina c/ muitas células inflamatórias c/ > chance de romper c/ alteração dos marcadores, se tiver oclusão do vaso é infarto c/ supra. AI: ñ tem oclusão do vaso e ñ tem alteração dos marcadores cardíacos IAM sem supra de ST: tem uma oclusao parcial do vaso c/ alteração dos marcadores cardíacos IAM c/ supra de ST: tem uma oclusão total do vaso CARDIOLOGIA Carolina Ferreira quando a placa se instabiliza ela tendem a migrar p/ uma região + distal, p/ um vaso de < calibre nem tudo que altera os marcadores de injuria miocárdica é causado por infarto, olha o tanto de coisas que podem alterar esses marcadores que são demonstrados nas setas, pensando nisso fez os tipos de infarto -Tipos de infarto: CARDIOLOGIA Carolina Ferreira Infarto tipo 1 é esse aqui a formação da placa aterolclerotica rompeu e pode ocluir de forma parcial ou total o vaso o tipo 2 o problema está na oferta e na demanda que gera a alteração dos marcadores ABORDAGENS TERAPÊUTICAS NO INFARTO 1. Promover a vasodilatação 2. Reperfusão 3. Evitar o remodelamento 4. Reduzir a chance de recorrência 5. Tratar e prevenir complicações da isquemia/necrose independente de qualquer coisa eu colho as enzimas -Toda vez que chegar um paciente c/ infarto sem supra eu preciso colocar ele na estratificação de risco p/ eu saberquanto tempo eu levar p/ fazer a intervenção nele, existe o escore de Grace e TIMI CARDIOLOGIA Carolina Ferreira RECOMENDAÇÕES Estratégia invasiva urgente (<120 minutos): pacientes com SCASSST e com isquemia miocárdica refratária (angina recorrente, arritmias ventriculares sustentadas, instabilidade hemodinâmica e choque cardiogênico), a despeito de terapias antianginosas, antiplaquetária e antitrombótica máximas Estratégia invasiva (em até 72 horas): pacientes sem recorrência de dor após terapia farmacológica inicial, porém categorizados como de moderado e/ou alto riscos, com base em dados clínicos, eletrocardiográficos e laboratoriais, ou mediante a aplicação de escores de risco específicos (por exemplo, com idade avançada, doença coronariana prévia, vários fatores de risco, depressão do ST, elevação de marcadores de necrose, escore de risco GRACE > 140 etc) Estratégia invasiva seletiva: em pacientes com SCASSST e categorizados como de baixo risco, a demonstração de isquemia miocárdica em testes funcionais não invasivos estabelece a necessidade de coronariografia e revascularização --Se apresenta sob duas formas clínicas: com supradesnivelamento do segmento ST (SCACSSST), ou infarto agudo do miocárdio com supra de ST (IAMCSST), e aquela sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASSST). Esta diferenciação é fundamental para o tratamento imediato da SCACSST através da reperfusão miocárdica, seja com trombolíticos ou com angioplastia primária. - A SCASSST se subdivide em angina instável (AI) e infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). Ambos têm apresentações clínicas e eletrocardiográficas semelhantes, sendo distinguidas pela elevação (IAMSSST) ou não (AI) dos marcadores de necrose miocárdica, como troponina e creatinofosfoquinase – fração MB (CK- MB), após algumas horas do início dos sintomas CARDIOLOGIA Carolina Ferreira -Fundamentos da nossa terapêutica: ↑ a oferta de O2 ↓ o consumo de O2 Atuação no coagulo sanguíneo e nos fatores de coagulação Controle da dor -Morfina: Indicações: dor torácica isquêmica, IAM sem hipotensão e edema agudo de pulmão Dose: 4 a 8 mg EV, incrementos de 2 mg em intervalos de 5 a 15 min Precauções: ñ administrar em pacientes hipotensos, se ocorrer hipotensão administrar 250 a 500 ml de SF a 0,9% -Oxigênio: Ele ñ diminui mortalidade SCA sem complicações: oxigênio a 4 l/min por cateter nasal nas primeiras 2-3 horas; provavelmente sem beneficio após 3-6 horas SCA(congestão pulmonar evidente, SaO2 <90%): mascara facial de O2a 10 l/min ajuste conforme a necessidade; continuar a terapêutica até que o pct esteja estável e considerar a VNI em edema pulmonar ou entubação -Bloqueadores Beta: Eu dou na hora da alta e ñ no pronto atendimento Indicações: síndromes coronárias agudas Efeitos: ↓ consumo de oxigênio miocárdico, ↓ a mortalidade e o reinfarto ñ fatal e ↓a incidência de fibrilação ventricular primaria Precauções: insuficiencia de moderada de VE, DPOC grave e historia de asma Contraindicações: FC<60 bpm; PAS<100mmHg; insuficiencia grave de ventrículo esquerdo e bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º Dose: metoprolol 5 mg EV de 5/5 horas até totalizar 15 mg se PAS>100mmHg e FC>60 bpm. Seguir c/ 50 a 100 mg VO de 12/12 horas ou Atenolol 25 a 50 mg CARDIOLOGIA Carolina Ferreira tenho que dar 2 comprimidos de 100 mg p/ o pct ele diminui a mortalidade o paciente precisa tomar 1 desses 3 c/ o ASS ANTIAGREGANTE CARDIOLOGIA Carolina Ferreira O pct depois do infarto precisa manter a associação de clopidogrel + ASS por pelo menos 12 meses - Estatinas: reduzem a mortalidade na fase tardia, pois reduzem a produção de LDL e possuem efeito anti-inflamatório nos vasos SUPRA = OCLUSÃO TOTAL = NECROSE/ISQUEMIA = FIBRINÓLISE • A escolha da melhor terapia envolve (1) acessar o tempo e estratificar o risco e (2) determinar quando é preferível fibrinólise ou estratégia invasiva. - A pronta restauração do fluxo sanguíneo coronariano é essencial para o salvamento miocárdico e reduzir mortalidade. Dentro das 3 primeiras horas de apresentação dos sintomas, não há diferença entre a terapia trombolítica e ICP primária no benefício em relação à mortalidade, com exceção dos casos de rápida evolução para choque cardiogênico em que a ICP primária deve ser a opção terapêutica. Independentemente do modo de reperfusão, o objetivo é reduzir o tempo de isquemia total, definido como o tempo entre o início dos sintomas e o início da terapia de reperfusão. - Quanto aos trombolíticos, o salvamento máximo do miocárdio ocorre quando a aplicação do fibrinolítico é feita em curto espaço de tempo após o início dos sintomas → ideal < 30 minutos, mas possível até 12 horas. TERAPIA TROMBOLÍTICA PARA SCA CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS Qualquer sangramento intracraniano prévio AVC isquêmico > 3 meses AVE isquêmico nos últimos 3 meses Gravidez Neoplasia ou malformação arteriovenosa no SNC Uso atual de anticoagulantes (quanto maior o RNI, maior o risco de sangramento) Suspeita de dissecção de aorta Sangramento interno recente (< 2-4 semanas) Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação) Cirurgia maior recente (< 3 semanas) Úlcera péptica ativa Ressuscitação cardiopulmonar traumática ou prolongada (> 10 minutos) Exposição prévia a estreptoquinase (mais de 5 dias) ou reação alérgica prévia HAS com PAS > 180 ou PAD > 110 mmHg Punções não compreensíveis MEDICAMENTOS (DOSE) Alteplase • Pacientes com peso corpóreo maior ou igual a 65 kg: 15 mg EV em bolus + 50 mg EV 30 minutos + 35 mg EV em 60 minutos • Pacientes com peso corpóreo abaixo de 65 kg: 15 mg EV em bolus + 0,75 mg/kg por 30 minutos + 0,5 mg/kg por 60 minutos Antiplaquetários (fase aguda) • AAS: 200 a 300 mg • Clopidogrel: 300 mg na admissão ou 600 mg para ICP 1ª ou de resgate Anticoagulantes • ATENÇÃO = não administrar terapia anticoagulante antes da ICP 1º • Após ICP com stent, a terapia anticoagulante não deve ser iniciada ou reiniciada após o procedimento em casos não complicados • Enoxaparina: o Pacientes < 75 anos e sem IRC: 30 mg EV + 15 minutos depois iniciar 1 mg/kg de 12/12 horas SC; o Pacientes > 75 anos: 0,75 mg/kg de 12/12 horas SC (sem bolus inicial) o Pacientes com IRC (clearence de creatinina < 30 mL/min): 1 mg/kg SC, 24/24 horas (sem bolus inicial) • Fondaparinux: CARDIOLOGIA Carolina Ferreira o IAMCSST: paciente não submetido a ICP primária deve receber fondaparinux 2,5 mg IV, depois 2,5 mg SC cada 24 horas o SCASSST: dose 2,5 mg SC cada 24 horas
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