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Trabalho Enfermagem

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Centro Educacional Aprendiz
Curso de Radiologia
Samya de Abreu Apoliano Gomes
Trabalho de Enfermagem Medica
Professor Ricardo
Barbacena MG
 2023
Samya de Abreu Apoliano Gomes
Diabetes Mellitus
Trabalho apresentado ao curso de radiologia
Do Centro Educacional Aprendiz
Orientador- Professor Ricardo
Barbacena MG
2023
Sumário
Diabetes (diabetes mellitus)	4
O que é a glicose?	5
Controle da glicose no sangue – Papel da insulina	6
O que é pré-diabetes?	7
Sintomas	8
Diagnóstico	8
Glicemia de jejum	8
Hemoglobina glicada (HbA1C)	8
Teste de tolerância oral à glicose (TTOG)	9
Fatores de risco	9
Evolução para diabetes	10
Tratamento	10
Medicamentos para o pré-diabetes	11
O que é o diabetes tipo 1?	12
Causas	12
Diabetes tipo 1 é hereditário?	13
Sintomas	13
Cetoacidose diabética	14
Complicações	15
Diagnóstico	16
Tratamento	16
Tratamento com insulina	17
O que é diabetes tipo 2?	18
Causas	18
Fatores de risco	19
Comer doces em excesso provoca diabetes?	21
Qual é a diferença entre a diabetes tipo 1 e a diabetes tipo 2?	21
O que é diabetes gestacional?	22
Fatores de risco	23
Sintomas	23
Diagnóstico	24
Consequências do diabetes na gravidez	25
Tratamento	25
Diabetes gestacional tem cura?	25
 Conclusão	26
 Referencias bibliográficas.........................................................................................................................................26
Introdução
Diabetes (diabetes mellitus)
É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo.
 A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.
 Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
 A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas. 
Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.
· A micção e a sede aumentam e, às vezes, a pessoa pode perder peso mesmo que não esteja tentando.
· O diabetes danifica os nervos e causa problemas de sensibilidade.
· O diabetes danifica os vasos sanguíneos e aumenta o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença renal crônica e perda de visão.
· O médico diagnostica o diabetes por meio da dosagem da glicose no sangue.
· A pessoa com diabetes precisa seguir uma dieta saudável, com baixo teor de carboidratos refinados (incluindo açúcar), gorduras saturadas e alimentos processados. Ela também precisa se exercitar, manter um peso saudável e, geralmente, tomar medicamentos para reduzir os níveis de glicose no sangue.
O que é a glicose?
A glicose, também chamada de dextrose, é uma molécula simples de carboidrato (monossacarídeo), cuja principal função é fornecer energia para as células funcionarem. Praticamente todo alimento da classe dos carboidratos possui glicose na sua composição.
A maioria dos carboidratos da nossa dieta é composta por três monossacarídeos: glicose, frutose e galactose. Para ficar mais fácil de entender, pense nessas três moléculas como pequenos tijolos. O modo como esses tijolos se agrupam dá origem aos diferentes tipos de carboidratos que comemos, desde as frutas, até cereais, mel, massas, pão, vegetais, etc.
Exemplos: o famoso açúcar de mesa, chamado de sacarose, é a junção de apenas dois monossacarídeos, a glicose e a frutose. Já o carboidrato presente no leite, chamado de lactose, é a junção de glicose com galactose.
O nosso corpo precisa de glicose para funcionar, ela é o nosso combustível. Na verdade, desde bactérias até o ser humano precisam da glicose para sobreviver. A glicose é a única molécula de carboidrato que pode nos fornecer energia. Tanto a frutose quanto a galactose precisam antes serem transformadas em glicose pelo fígado para poderem ser aproveitadas pelas células.
Controle da glicose no sangue – Papel da insulina
Após uma refeição, os carboidratos que foram ingeridos passarão pelo processo da digestão. Digerir um carboidrato significa quebrá-lo em vários micro pedaços até que se libertem todos os “tijolos” de glicose, frutose e galactose. No intestino delgado, estas moléculas serão absorvidas, chegando à circulação sanguínea.
Após uma refeição, uma grande quantidade de glicose, frutose e galactose chegam à corrente sanguínea, aumentando a glicemia  [glicemia = concentração de glicose no sangue]. Sempre que há uma elevação na glicemia, o pâncreas libera um hormônio chamado insulina, que faz com que a glicose circulante no sangue entre nas células do nosso corpo.
A insulina também estimula o armazenamento de glicose no fígado, para que, em períodos de necessidade, o corpo tenha uma fonte de glicose que não dependa da alimentação. Estas duas ações da insulina promovem uma rápida queda na glicemia, fazendo com que os níveis de glicose se normalizem rapidamente.
Pré-diabetes é um quadro clínico no qual o valor da glicemia está demasiadamente elevado para ser considerado normal, mas não alto o suficiente para ser identificados como diabetes. A pessoa tem pré-diabetes caso a glicemia em jejum fique entre 100 mg/dl (5,6 mmol/l) e 125 mg/dl (6,9 mmol/l) ou se a glicemia duas horas após o teste oral de tolerância à glicose fique entre 140 mg/dl (7,8 mmol/l) e 199 mg/dl (11,0 mmol/l). Ter pré-diabetes representa um risco mais elevado de ter tanto diabetes como doença cardíaca no futuro. A diminuição do peso corporal em 5% a 10% por meio de dieta e atividade física pode reduzir significativamente o risco de ter diabetes.
Tipos de diabetes
Pre-Diabetes
O que é pré-diabetes?
O pré-diabetes surge quando o processamento da glicose (açúcar) pelo organismo não está sendo feito adequadamente. Em vez de servir como fonte de energia para as células, a glicose permanece circulando no sangue, fazendo com que o seu nível fique acima do normal (falaremos especificamente dos valores da glicose sanguínea mais adiante, na parte sobre diagnóstico do pré-diabetes)
De forma simples, podemos dizer que uma pessoa tem pré-diabetes quando a sua glicemia (nível de glicose no sangue) está acima do normal, mas ainda não é alta o suficiente para ser definida como diabetes.
Durante a digestão, o açúcar presente nos alimentos é absorvido no intestino e entra na corrente sanguínea. Assim que o organismo detecta uma elevação no nível da glicemia, o pâncreas passa a liberar um hormônio chamado insulina. A insulina age como uma chave que abre as portas das células para que a glicose possa ingressar. Sem insulina, a glicose não tem como penetrar nas células, e sem glicose, as células não conseguem funcionar adequadamente.
Quando o indivíduo tem pré-diabetes, é porque o processo descrito acima está sendo realizado de forma inadequada. Habitualmente, dois mecanismos são os responsáveis:
· O pâncreas deixa de ser capaz de produzir quantidades adequadas de insulina, fazendo com que parte da glicose se acumule no sangue.
· As células se tornam resistentes à ação da insulina. A quantidade de insulina é adequada, mas ela não é eficiente na hora de facilitar a entrada da glicose nas células. Esse efeito é especialmente comum em pessoas com sobrepeso, pois o excesso de gordura está claramente associada a uma menor eficiência da insulina.
Quando o defeito em um dos dois mecanismos descritos acima é brando, o paciente desenvolve pré-diabetes; quando o defeito é grave, o paciente desenvolve diabetes mellitus.
Sintomas
O pré-diabetes não provoca sintoma algum. O nível de glicose ainda não é alto o suficiente para causar nenhum dos sintomas comuns do diabetes mellitus.
DiagnósticoOs métodos laboratoriais para diagnosticar o pré-diabetes são os mesmos utilizados para o diagnóstico diabetes, o que mudam são apenas os valores.
Glicemia de jejum
O método mais utilizado para o diagnóstico tanto do diabetes quanto do pré-diabetes é a chamada glicemia de jejum, que é a dosagem do nível de glicose no sangue após um jejum de pelo menos 8 horas.
· O normal é ter uma glicemia de jejum de no máximo 99 mg/dl.
· Indivíduos com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl em pelo menos duas dosagens distintas são considerados pré-diabéticos.
· Indivíduos com glicemia de jejum igual ou acima de 126 mg/dl em pelo menos duas dosagens distintas são considerados diabéticos.
Dizer que o paciente tem uma glicemia de jejum alterada é outra forma de dizer que ele tem pré-diabetes.
Hemoglobina glicada (HbA1C)
A hemoglobina glicada é um exame que avalia a quantidade de glicose presente na hemoglobina. Quanto maior for a glicemia ao longo do tempo, maior é o valor da hemoglobina glicada. Esse teste é muito útil, pois ele estima o valor médio da glicemia nos últimos 3 meses. Se a HbA1C vier alta, isso significa que a glicemia esteve descontrolada nos últimos 3 meses, no mínimo.
· O normal é ter uma hemoglobina glicada abaixo de 5,7%.
· Indivíduos com hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4% são considerados pré-diabéticos.
· Indivíduos com hemoglobina glicada acima de 6,5% são considerados diabéticos.
Teste de tolerância oral à glicose (TTOG)
O teste de tolerância oral à glicose é um exame no qual o paciente dosa a sua glicemia em jejum e novamente 2 horas após beber uma solução rica em açúcar. Esse teste serve para ver como o organismo processa a glicose logo após a sua ingestão. Exceto nas grávidas, o TTOG é raramente usado para o diagnóstico do pré-diabetes ou do diabetes 
· O normal é ter um teste de tolerância oral à glicose abaixo de 140 ml/dl.
· Indivíduos com teste de tolerância oral à glicose entre 140 e 199 mg/dl são considerados pré-diabéticos.
· Indivíduos com teste de tolerância oral à glicose acima de 200 mg/dl são considerados diabéticos.
Dizer que o paciente tem intolerância à glicose é outra forma de dizer que ele tem pré-diabetes
Fatores de risco
Como o pré-diabetes é basicamente um estágio antes do surgimento do diabetes mellitus, os seus fatores de risco acabam sendo praticamente os mesmos. Os mais importantes são:
· Sobrepeso (IMC maior que 25 kg/m²). Quanto maior for o IMC, mais elevado é o risco
· Acúmulo de gordura na região abdominal (cintura maior que 102 cm nos homens ou maior que 88 cm nas mulheres).
· Sedentarismo.
· Idade acima de 45 anos.
· História familiar de diabetes tipo 2.
· História pessoal de diabetes gestacional.
· Síndrome do ovário policístico.
· Hipertensão arterial.
· Colesterol elevado.
· Tabagismo.
· Apneia obstrutiva do sono.
Evolução para diabetes
O pré-diabetes tem basicamente dois problemas. O primeiro é o fato dele estar habitualmente associado a outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, principalmente o sobrepeso e o colesterol elevado. O segundo, e mais importante, é o fato do pré-diabetes ser um estágio logo antes do aparecimento do diabetes, sendo essa transição muito comum no período de poucos anos.
Se nada for feito, cerca de 1/3 dos pacientes com pré-diabetes irá progredir para diabetes no prazo de 3 a 5 anos. Se considerarmos apenas os indivíduos com múltiplos fatores de risco, a taxa de progressão é ainda mais alta.
O fato é que nem todo mundo com pré-diabetes irá obrigatoriamente evoluir para diabetes, mas praticamente todos os pacientes portadores de diabetes tipo 2 em algum momento da vida passaram pela fase de pré-diabetes.
Portanto, como o risco de progressão para o diabetes tipo 2 é bem alto e não há como saber de antemão que irá progredir ou não, medidas preventivas devem ser instituídas quanto antes possível.
Tratamento
O tratamento do pré-diabetes é, na verdade, apenas um conjunto de medidas de prevenção contra o diabetes. O alvo é atacar os fatores de risco que podem ser modificados. Obviamente, ninguém pode fazer nada em relação à história familiar ou à própria idade, no entanto, muito pode ser feito em relação à dieta, ao tabagismo, ao sedentarismo e ao excesso de peso.
Todos os indivíduos com pré-diabetes devem ter como objetivo principal emagrecer e alcançar um IMC abaixo de 25 kg/m². Porém, mesmo perdas pequenas de peso, como algo em torno de 5% do peso corporal, já são suficientes para reduzir de forma relevante o valor da glicemia em jejum.
Outro fator importante é a prática regular de atividade física. O sedentarismo e o excesso de gordura diminuem a eficácia da insulina, enquanto o aumento da massa muscular e a prática regular de exercícios fazem o efeito contrário, tornando a insulina circulante no sangue mais eficaz.
O importante não é necessariamente a intensidade do exercício, mas sim a frequência com que ele é feito durante a semana. O ideal são 30 minutos de atividade, 5 vezes por semana, para haver efeitos relevantes, porém, mesmo uma frequência menor ainda é melhor do que o sedentarismo.
Um excelente exercício é a musculação, mesmo que o paciente não consiga levantar grandes pesos. Os pacientes que conseguem associar musculação com exercício aeróbico são aqueles que obtêm os melhores resultados na prevenção do diabetes tipo 2.
Quem é fumante deve largar o cigarro imediatamente. Não só o cigarro é responsável por uma extensa lista de doenças graves, como ele também aumenta o risco de diabetes em quase 40%.
Medicamentos para o pré-diabetes
Na maioria dos casos, não há necessidade de indicar tratamento medicamentoso para a prevenção do diabetes, pois as mudanças de hábito alimentares e de vida costumam ser suficientes para controlar os níveis de glicose. Além disso, são muito limitadas as opções de drogas que realmente retardam a progressão para o diabetes sem provocar uma gama de efeito colaterais indesejados.
Contudo, a terapia medicamentosa pode ser útil na prevenção da diabetes tipo 2 em pacientes com alto risco e que não conseguem pôr em prática as mudanças de estilo de vida necessárias. Geralmente, o uso de fármacos acaba sendo indicado para pessoas com menos de 60 anos, IMC acima de 35 kg/m² ou mulheres com histórico de diabetes gestacional, que não conseguem ou não podem ter um estilo de vida mais saudável.
Para estes casos, o uso da metformina, um antidiabético oral, pode ser indicado. A metformina ajuda a reduzir os níveis de glicose e diminui o risco de progressão para o diabetes, principalmente em pessoas jovens e obesas. É importante destacar, porém, que esta droga é menos efetiva que as mudanças de estilo de vida, devendo, portanto, ficar restrita apenas àqueles que não conseguem emagrecer nem praticar exercícios.
Em indivíduos com pré-diabetes e excesso de peso ou obesidade, a semaglutida, um novo antidiabético, pode ajudar a retardar ou prevenir o aparecimento do diabetes quando usado como farmacoterapia da obesidade. Além da metformina, e do semaglutida em casos selecionados, nenhuma outra droga costuma ser indicada para a prevenção do diabetes.
O que é o diabetes tipo 1?
A diabetes mellitus tipo 1 (DM1), também chamada de diabetes juvenil, é uma doença crônica que surge quando o pâncreas encontra-se doente e produz pouca ou nenhuma insulina.
A insulina é um hormônio que age permitindo a entrada de glicose (açúcar) para dentro das células, onde elas são utilizadas como combustível para gerar energia para o corpo. Sem insulina, a glicose não consegue entrar nas células e acaba ficando acumulada no sangue, levando a um quadro que é chamado de hiperglicemia.
A hiperglicemia é extremamente maléfica ao organismo, provocando, a longo prazo, lesão de vários tecidos e órgãos.
Apesar de ser mais comum em crianças e adolescentes, a diabetes tipo 1 também pode surgir em adultos.
Causas
Na maioria dos casos, a diabetes tipo 1 é uma doença de origem autoimune, na qual os anticorpos do próprio paciente atacam e destroem parte do pâncreas, especificamente as células produtoras de insulina.
O processo autoimunede destruição das células beta do pâncreas ocorre em indivíduos geneticamente suscetíveis e é provavelmente desencadeado por um ou mais agentes ambientais, como alguns tipos de vírus.
O processo de destruição é lento e demora de vários meses a alguns anos até que ocorra dano celular suficiente para que a produção de insulina torne-se escassa.
Existem dois picos na incidência do diabetes, o primeiro ocorre entre os 4 e 7 anos e o segundo entre os 10 e 14 anos.
Em resumo, o paciente já nasce com as alterações genéticas que favorecem o surgimento da diabetes tipo 1, desenvolve os auto-anticorpos nos primeiros anos de vida e só vai apresentar a doença mesmo no meio para o final da infância.
O diabetes tipo 1 de origem autoimune é chamado tipo 1A. Existe ainda o diabetes tipo 1B, que é mais raro, também ocorre por destruição das células beta do pâncreas, mas a origem é desconhecida, não havendo auto-anticorpos envolvidos na gênese da doença.
Diabetes tipo 1 é hereditário?
A história familiar é relevante, mas não é estritamente necessária. O risco de uma criança desenvolver diabetes tipo 1 é de:
· 0,4%, se não houver história familiar.
· 1 a 4%, se a mãe for diabética tipo 1.
· 3 a 8%, se o pai for diabético tipo 1.
· 2 a 6%, se um dos irmãos tiver DM1.
· 30%, se ambos os pais tiverem a doença.
· 30% se um irmão gêmeo univitelino (idêntico) tiver a doença.
Nos casos de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hereditariedade é um fator de risco muito mais forte, com mais de 75% dos pacientes apresentando história familiar positiva.
Sintomas
Os sintomas do diabetes tipo 1 costumam ser provocados pela hiperglicemia. São eles:
· Sede excessiva.
· Cansaço.
· Micção frequente.
· Perda do controle da bexiga durante o sono (voltar a fazer xixi na cama).
· Perda de peso.
· Visão turva.
· Fome frequente.
· Irritação.
· Infecções frequentes
· Lenta cicatrização de feridas.
· Mau hálito.
Cetoacidose diabética
Em algumas crianças, o primeiro sinal da diabetes pode ser uma complicação conhecida como cetoacidose diabética.
Sem insulina, as células não recebem a quantidade adequada de glicose e precisam utilizar os estoques de gordura do corpo como fonte de energia. A quebra das gorduras gera substâncias ácidas, chamadas corpos cetônicos, como o β-hidroxibutirato e o acetoacetato.
O excesso de cetoácidos provoca queda do pH do sanguíneo, podendo acidificar o sangue até níveis fatais, motivo pelo qual a cetoacidose é considerada uma emergência médica. Cerca de 80% das mortes de crianças e adolescentes diabéticos são provocadas por quadros de cetoacidose.
A cetoacidose costuma surgir quando a glicemia encontra-se muito descontrolada, geralmente com valores acima de 500 mg/dl. Seus sinais e sintomas mais comuns são
· Náuseas.
· Vômitos.
· Dor abdominal.
· Confusão mental.
· Prostração.
· Dificuldade respiratória.
· Coma.
Complicações
Com o passar dos anos, a hiperglicemia crônica pode provocar lesões em vários tecidos do corpo. Entre os órgãos mais afetados estão o coração, vasos sanguíneos, nervos, olhos e rins.
A taxa e a gravidade das complicações está diretamente relacionada com os níveis de açúcar no sangue (glicemia). A longo prazo, quanto mais descontrolada for a glicemia e quanto mais antiga for a diabetes, maior é o risco de surgirem múltiplas doenças.
São várias as complicações do diabetes tipo 1, algumas diretamente ligadas à hiperglicemia crônica, outras relacionadas às restrições que a doença provoca. Entre as mais comuns, podemo citar:
· Doença arterial coronariana (angina).
· Infarto agudo do miocárdio.
· AVC.
· Hipertensão arterial.
· Lesão das artérias dos membros inferiores: pode causar obstrução grave dos vasos sanguíneos das pernas e necessidade amputação do membro.
· Neuropatia diabética: lesão dos nervos periféricos, habitualmente dos pés e pernas, provocando formigamento, dormência, queimação ou dor.
· Danos aos nervos do trato gastrointestinal, levando a problemas como náuseas, vômitos, diarreia ou constipação.
· Disfunção erétil.
· Nefropatia diabética: lesão dos rins, provocando insuficiência renal crônica e perda de grandes quantidades de proteínas na urina.
· Retinopatia diabética: lesão dos vasos sanguíneos da retina, podendo causar cegueira.
· Complicações na gravidez: pré-eclâmpsia, aborto espontâneo, morte fetal e defeitos congênitos.
· Depressão.
· Transtornos alimentares, como bulimia e anorexia nervosa.
· Infecções de repetição, como candidíase vaginal e infecção urnária.
· Atraso no crescimento.
· Surgimento de outras doenças autoimunes: tireoidite autoimune e doença celíaca são as mais comuns.
Diagnóstico
O diagnóstico do DM1 é realizado através da dosagem sanguínea da glicemia ou da hemoglobina glicosilada.
São necessários dois exames de sangue, colhidos em dias diferentes, com pelo menos um dos três critérios listados abaixo:
· Glicemia em jejum acima de 126 mg/dl.
· Glicemia em qualquer momento do dia acima de 200 mg/dl.
· Hemoglobina glicoslada (HbA1c) maior que 6,5%.
Uma vez diagnosticada a diabetes, o endocrinologista pode também pesquisar a presença de auto-anticorpos no sangue.
Tratamento
Não existe cura para a diabetes tipo 1. O tratamento visa o controle da glicemia a longo prazo, de forma a reduzir a incidência das complicações.
O controle da glicemia é feito através de várias abordagens, sendo as mais importantes:
· Administração regular de insulina (até 6 vezes por dia).
· Controle da dieta.
· Monitoramento frequente da glicemia por parte do paciente.
· Prática de exercícios físicos.
O objetivo do tratamento é manter o valor da hemoglobina glicosilada abaixo de 7%. Para tanto, o paciente deve procurar manter a glicemia antes das refeições entre 80 e 130 mg/dl e após as refeições abaixo de 180 mg/dl.
Se os valores estiverem descontrolados, a dieta e a dose da insulina devem ser reavaliadas.
Tratamento com insulina
Como na diabetes tipo 1 o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, os pacientes precisam substituir a insulina natural por insulina artificial, que pode ser administrada por meio de injeções regulares o longo do dia ou através de uma bomba de insulina.
O nível de insulina administrado deve ser cuidadosamente definido de acordo com a dieta e o hábitos de exercício do paciente. Quantidades insuficientes podem não controlar a glicemia e aumentar o risco de complicações, enquanto quantidades excessivas podem provocar hipoglicemia.
Os tipos de insulina mais utilizados são:
· Insulina de ação rápida: tem início de ação com cerca de 15 minutos, atinge o pico em 1 hora e continua a funcionar por 2 a 4 horas.
· Tipos: Insulina glulisina (Apidra), insulina lispro (Humalog) e insulina aspártico (NovoLog).
· Insulina regular ou de ação curta: tem início de ação com cerca 30 minutos após a injeção, atinge um pico em torno de 2 a 3 horas e é eficaz por aproximadamente 3 a 6 horas.
· Tipos: Humulin R, Novolin R.
· Insulina de ação intermediária: tem início de ação com cerca de 2 a 4 horas, atinge o pico com 4 a 12 horas e é eficaz por cerca de 12 a 18 horas.
· Tipos: NPH (Humulin N, Novolin N).
· Insulina de ação prolongada: atinge a corrente sanguínea várias horas após a injeção e tende a diminuir os níveis de glicose de forma bastante uniforme ao longo de um período de 24 horas.
· Tipos: insulina detemir (Levemir) e insulina glargina (Lantus).
O que é diabetes tipo 2?
O diabetes tipo 2 ocorre em adultos, geralmente obesos, sedentários e com histórico familiar de diabetes. O excesso de peso é o principal fator de risco. A associação entre obesidade e diabetes tipo 2 é tão forte, que muitos pacientes podem até deixar de ser diabéticos se conseguirem emagrecer. A forma como o corpo armazena gordura também tem relevância. Pessoas que acumulam gordura predominantemente na região abdominal apresentam maior risco.
O diabetes mellitus tipo 2 é um tipo de diabetes que ocorre por uma deficiente ação da insulina presente na circulação sanguínea. Geralmente há dois problemas:
1. o pâncreas produz menos insulina do que seria necessário para o controle adequado dos níveisde glicose;
2. a insulina produzida além de ser insuficiente, funciona mal. Os tecidos perdem a capacidade de reconhecer a presença da insulina, fazendo com que o açúcar presente no sangue não chegue às células. Este processo é conhecido como resistência à insulina.
Causas
Embora seja uma forma de diabetes mellitus mais comum que o diabetes tipo 1, as causas da diabetes tipo 2 são menos conhecidas. Esta forma de diabetes é provavelmente desencadeada por múltiplos fatores, nem todos ainda reconhecidos. O porquê do pâncreas produzir menos insulina e os motivos pelo qual ela funciona mal ainda não estão totalmente esclarecidos.
O desenvolvimento do DM2 parece envolver interações complexas entre fatores ambientais e genéticos. Presumivelmente, a doença se desenvolve quando um indivíduo geneticamente susceptível adota um estilo de vida “diabetogênico”, ou seja, com ingestão calórica excessiva, sedentarismo, obesidade, tabagismo, etc.
90% dos diabéticos tipo 2 são obesos ou apresentam sobrepeso, porém, nem todo indivíduo obeso é diabético. Este simples dado serve para mostrar que a causa do DM2 não está restrita a um único fator. Muito provavelmente vários fatores estão envolvidos.
Fatores de risco
1. História familiar – indivíduos que possuem parentes com diabetes tipo 2, principalmente se de primeiro grau, apresentam maior risco de também desenvolver a doença. Estes pacientes devem tomar muito cuidado com o ganho excessivo de peso.
2. Etnia – por motivos ainda desconhecidos, a incidência do DM2 varia de acordo com a origem étnica do paciente. Em ordem decrescente de incidência, as etnias com maiores riscos de diabetes tipo 2 são: descendentes de asiáticos, hispânicos, negros e brancos. Cabe aqui uma ressalva, apesar da maior incidência de diabetes nos descendentes asiáticos, a população da Ásia, por possuir hábitos alimentares mais saudáveis, acaba apresentando menos casos de diabetes que a população americana, composta em sua maioria por brancos.
3. Obesidade – o sobrepeso é talvez o principal fator de risco para o desenvolvimento do diabetes DM2. O risco aumenta progressivamente a partir de um IMC maior que 25. A obesidade é um fator tão importante, que alguns pacientes conseguem deixar de ser diabéticos apenas emagrecendo. Atualmente, mais de 90% dos diabéticos tipo 2 apresentam excesso de peso..
4. Gordura abdominal – além do excesso de peso, o modo como a gordura é distribuída pelo corpo também é um fator determinante para um maior risco de resistência à insulina e diabetes tipo 2. O risco de diabetes é mais elevado nos indivíduos com obesidade central, ou seja, naqueles que acumulam gordura na barriga. Homens com um cintura maior que 102 cm e mulheres com cintura maior que 88 cm apresentam elevado risco. Mulheres que acumulam gordura preferencialmente nos quadris têm menos riscos do que aquelas que acumulam gordura na região abdominal.
5. Idade acima de 45 anos – apesar de ser uma doença cada vez mais prevalente em jovens, o diabetes tipo 2 é mais comum em indivíduos acima de 45 anos. Provavelmente, a queda na massa muscular e o aumento da gordura corporal que ocorrem com o envelhecimento desempenham papel importante nestes pacientes.
6. Sedentarismo – um estilo de vida sedentário reduz o gasto de calorias, promove ganho de peso e aumenta o risco de DM2. Dentre os comportamentos sedentários, assistir televisão por muito tempo é um dos mais comuns, estando comprovadamente associado com o desenvolvimento de obesidade e diabetes. A atividade física regular não só ajuda a controlar o peso, como também aumenta a sensibilidade dos tecidos à insulina, ajudando a controlar os níveis de glicose do sangue. Tanto a musculação quanto exercícios aeróbicos ajudam a prevenir o diabetes tipo 2.
7. Cigarro – indivíduos que fumam apresentam 40% mais chances de desenvolver diabetes tipo 2 do que não fumantes. Quanto mais tempo o paciente fuma e quanto maior for o número de maços consumidos por dia, maior é o risco. A associação do fumo com o diabetes é tão forte que são precisos 5 anos sem fumar para que o risco de diabetes comece a cair. E somente após 20 anos sem fumar é que o paciente volta a ter o mesmo risco de pessoas que nunca fumaram 
8. Glicemia de jejum alterada – o diagnóstico do diabetes é feito quando o paciente apresenta glicemias (níveis de glicose no sangue) persistentemente acima de 126 mg/dl. Porém, os valores normais da glicemia são abaixo de 100 mg/dl. Os pacientes que ficam no meio do caminho, com valores entre 100 e 125 mg/dl, são considerados como portadores de glicemia de jejum alterada, que é um estágio de pré-diabetes. O risco de evolução para diabetes estabelecido é muito elevado neste grupo.
9. Dieta hipercalórica – a dieta ocidental, baseada no consumo excessivo de carne vermelha, carnes processadas, calorias, doces e refrigerantes, está associada a um maior risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2. Se for paciente tiver sobrepeso, o risco é ainda maior. O consumo regular de cereais, vegetais, soja e fibras reduz o risco do diabetes.
10. Hipertensão – paciente hipertensos apresentam maior risco de terem diabetes. Não se sabe se a hipertensão tem algum papel no desenvolvimento da doença ou se ela, por possuir muitos fatores de risco em comum, apenas aparece junto com o diabetes, sem relação de casualidade. Alguns medicamentos usados no tratamento da hipertensão, como diuréticos e betabloqueadores interferem na ação da insulina, aumentando o risco de diabetes
11. Colesterol elevado – Pacientes com níveis elevados de colesterol também estão sob maior risco de DM2. Níveis elevados de LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos e/ou níveis baixos de HDL (colesterol bom) são os principais fatores.
12. Síndrome dos ovários policísticos (SOP) –  mulheres portadoras de SOP apresentam frequentemente resistência à insulina e, consequentemente, riscos de desenvolver diabetes tipo 2.
13. Diabetes gestacional – o diabetes gestacional é um tipo de diabetes que surge durante a gravidez e habitualmente desaparece após o parto. Porém, mesmo com a normalização da glicose com o término da gravidez, estas pacientes passam a apresentar elevado risco de desenvolverem diabetes tipo 2 nos 10 anos seguintes à gravidez.
14. Uso de corticoides – os corticoides são uma classe de medicamentos muito usados na prática médica, principalmente contra doenças de origem imunológica e/ou alérgica. Um dos efeitos colaterais comuns do uso prolongado de corticoides é o desenvolvimento de diabetes.
Comer doces em excesso provoca diabetes?
Essa é uma dúvida muito comum na população. A resposta simples é: não, comer doces em excesso não causa diabetes. Porém, é bom destacar que uma má alimentação, com excesso de carboidratos e gorduras, é um dos fatores que levam à obesidade ou ao sobrepeso, estes sim, fatores de risco para o diabetes
Sintomas
· Fome frequente;
· Sede constante;
· Formigamento nos pés e mãos;
· Vontade de urinar diversas vezes;
· Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
· Feridas que demoram para cicatrizar;
· Visão embaçada.
Qual é a diferença entre a diabetes tipo 1 e a diabetes tipo 2?
Ao contrário do que ocorre na maioria dos casos de diabetes tipo 1, a diabetes mellitus tipo 2 não tem origem autoimune e ocorre principalmente em adultos que são obesos, sedentários e com histórico familiar positivo.
A DM2 é um tipo de diabetes que ocorre por uma insuficiente ação da insulina na circulação sanguínea. O pâncreas produz insulina, mas os tecidos não reconhecem sua presença, impedindo que a glicose possa entrar para dentro das células, um processo conhecido como resistência à insulina.
O que é diabetes gestacional?
Assim como qualquer tipo de diabetes, o diabetes gestacional é uma doença que afeta o modo como as células utilizam a glicose (açúcar), provocando níveis elevados desta substância no sangue, situação que pode afetar o curso da gravidez e a saúde do bebê.
O diabetes gestacional é um tipo de diabetes que apresenta uma particularidade, ele surge durante a gravidez e costuma desaparecerapós o nascimento do bebê.
Mulheres que são diabéticas e engravidam não são consideradas portadoras de diabetes gestacional. O diabetes gestacional é aquele que aparece somente após iniciada a gravidez.
O diabetes gestacional é uma complicação comum da gravidez, acometendo, dependendo da região, entre 2% e 15% das gestantes.
Em comparação com mulheres não grávidas, as gestantes tendem a ter maior risco de hipoglicemia (glicose sanguínea baixa) durante os períodos fora das refeições e durante o sono. Isso ocorre porque o feto extrai continuamente glicose da mãe, mesmo quando a mesma encontra-se em jejum. Conforme o feto cresce, maior é a sua necessidade de glicose.
A partir do segundo trimestre de gravidez, como o bebê começa a ficar grande, a mãe precisa de mecanismos protetores contra hipoglicemia, pois o consumo de glicose pelo feto torna-se intenso. Esta proteção surge através dos hormônios produzidos naturalmente pela placenta, como estrogênios, progesterona e somatomamotropina coriônica, que agem diminuindo o poder de ação da insulina, fazendo com que mais glicose fique disponível na corrente sanguínea.
O efeito anti-insulínico destes hormônios é tão forte, que no final da gravidez, o pâncreas da mãe precisa produzir até 50% mais insulina para evitar que esta fique com hiperglicemia (níveis elevados de glicose no sangue). O diabetes gestacional surge exatamente nas gestantes que não conseguem aumentar a ação da sua insulina para compensar os efeitos hiperglicemiantes dos hormônios da gravidez.
Mães com diabetes gestacional apresentam níveis elevados de glicose no sangue, principalmente após as refeições, que é o momento em que o organismo recebe uma carga grande glicose vinda dos alimentos.
O diabetes gestacional só costuma surgir a partir da metade do segundo trimestre, em geral, somente após a 20.ª semana de gestação.
Fatores de risco
Não sabemos exatamente por que em algumas gestantes os mecanismos de controle da glicemia (glicose no sangue) se descontrolam, levando ao diabetes gestacional. Sabemos, porém, que algumas características pessoais aumentam o risco de uma grávida desenvolver diabetes gestacional. São eles:
· História familiar de diabetes mellitus.
· Já ter exames de sangue com glicose alterada em algum momento antes da gravidez.
· Excesso de peso antes e/ou durante a gravidez.
· Idade maior que 25 anos.
· Gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 kg.
· Histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida.
· Ter tido um filho anterior com malformação.
· Ter hipertensão arterial.
· Ter ou já ter tido em gestação anterior pré-eclâmpsia ou eclâmpsia.
· Ter síndrome dos ovários policísticos.
· Usar corticoides.
Sintomas
Ao contrário das outras formas de diabetes, que cursam com sintomas como perda de peso, sede excessiva, excesso de urina, visão turva e fome constante, o diabetes gestacional não costuma provocar sintomas. É sempre bom lembrar que sintomas como aumento da frequência urinária, cansaço e alterações no padrão da fome são habituais na gravidez, não servindo como parâmetro para identificação de um diabetes gestacional.
Portanto, sem a realização de exames laboratoriais de rastreio, não é possível identificar grávidas com diabetes gestacional.
Diagnóstico
O rastreio para o diabetes gestacional é habitualmente realizado entre a 24.ª e a 28.ª semana de gestação. Em gestantes com alto risco, a investigação pode ser feita mais precocemente. Muitos obstetras começam a investigação para todas as gestantes já na primeira consulta, através da dosagem da glicemia em jejum.
Atualmente, há mais de uma forma de fazer o rastreio do diabetes gestacional. Não há amplo consenso sobre o melhor método. As escolas brasileira, americana e europeia  propõem métodos ligeiramente diferentes, baseados em estudos das características das suas próprias populações.
Portanto, dependendo da fonte que se pesquise, o método de diagnosticar o diabetes gestacional pode ser diferente. Apresentaremos aqui as orientações da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) que são as mesmas da International Association of Diabetes in Pregnancy Study Group (IADPSG).
Todas as gestantes devem medir sua glicose em jejum na primeira consulta do pré-natal. O valor esperado é menor que 85 mg/dl. Se a paciente tiver uma glicemia em jejum menor que 85 mg/dl e não apresentar nenhum fator de risco para diabetes gestacional, nenhuma outra pesquisa adicional é necessária, exceto se ao longo do curso da gravidez surjam indícios de diabetes gestacional.
Se a paciente apresentar um resultado acima de 126 mg/dl na glicemia em jejum da primeira consulta, isso é indicativo de diabetes mellitus. O exame deve ser repetido 1 ou 2 semanas depois para confirmação.
As gestantes com glicemia em jejum entre 85 e 125 mg/dl não são consideradas diabéticas, mas estão no grupo de alto risco, principalmente aquelas com glicemia mais próxima de 125 mg/dl. Neste grupo, uma nova pesquisa, chamada curva glicêmica ou teste de tolerância oral à glicose,  deve ser feita entre a 24.ª e a 28.ª semana de gravidez.
No teste de tolerância oral à glicose, a gestante colhe sangue para glicemia em 3 momentos. O primeiro é em jejum.  Depois, a grávida consome um xarope contendo 75 gramas de glicose, espera 1 hora e colhe o sangue novamente. Duas horas após a ingestão do xarope, a gestante colhe o sangue pela 3.ª e última vez.
O diagnóstico do diabetes gestacional é feito de a paciente tiver pelo menos 2 dos 3 resultados alterados:
· Glicemia Jejum: normal até 92 mg/dl.
· Glicemia após 1 hora: normal até 180 mg/dl.
· Glicemia após 2 horas: normal até 153 mg/dl.
Como já foi dito, este protocolo descrito é apenas um dos vários existentes. Esta é a forma mais indicada para a pesquisa do diabetes gestacional na população brasileira, mas não é a única correta.
Consequências do diabetes na gravidez
O diabetes gestacional traz riscos à gestação e ao bebê. O excesso de glicose circulando no sangue da mãe atravessa a placenta e chega ao feto, enchendo-o de glicose. O pâncreas do feto passa a produzir grande quantidade de insulina, na tentativa de controlar a hiperglicemia fetal.
A insulina é um hormônio que estimula o crescimento e o ganho de peso, fazendo com que o feto cresça excessivamente. Fetos de mães com diabetes gestacional habitualmente nascem com mais de 4 kg e precisam ser submetidos a parto por casariana.
Bebês filhos de mães com diabetes gestacional não tratado têm maior risco de morte intrauterina, problemas cardíacos e respiratórios, icterícia e episódios de hipoglicemia após o parto. Quando adultos, o risco de obesidade e diabetes mellitus tipo 2 também é maior que na população em geral.
Da parte da mãe, o diabetes gestacional aumenta o risco de abortamento, parto prematuro e pré-eclâmpsia.
Tratamento
O controle dos níveis de glicose no sangue é essencial para a saúde materna e fetal. Para mulheres com sobrepeso ou obesidade é imperativo emagrecer. Uma dieta saudável, com controle de gordura, carboidratos e calorias é indicado para todas as gestantes. Exercícios físicos também são importantes, pois ajudam no funcionamento da insulina.
Se a mudança de hábitos de vida não resultar no controle da glicose, a gestante pode precisar usar injeções de insulina.
Nos casos mal controlados, se a paciente não entrar naturalmente me trabalho de parto, o parto é induzido na 39.ª semana, para evitar que o feto cresça muito dentro útero.
Diabetes gestacional tem cura?
Na maioria dos casos, o diabetes desaparece espontaneamente após o nascimento do bebê, porém, essas mães apresentam elevado risco de desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida, caso não controlem seu peso, dieta e não pratiquem atividades físicas regularmente.
Conclusão
A DM é uma doença crónica que afeta grande parte da população e constitui um problema de saúde pública, onde o controlo da glicemia é um fator importante na gestão da doença e das complicações. Essas complicações podem ser reduzidas por meio de medidas não farmacológicas e, para tal, é necessárioeducar o doente. O DD necessita do cuidado de vários profissionais de saúde. É no atendimento, que o farmacêutico tem um maior contacto com o doente e é neste momento que o farmacêutico deve intervir, incentivando-o a modificar o seu comportamento face ao estilo de vida.
Apesar da união de esforços dos vários profissionais de saúde no combate à diabetes, a incidência continua a aumentar, pelo que é necessário continuar este trabalho em equipa com intervenções estratégicas de forma a reverter esta realidade
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Referencias bibliográficas
Diabetes Tipo 1: causas, sintomas e tratamento | MD.Saúdewww.mdsaude.com
Diabetes Tipo 1: causas, sintomas e tratamento | MD.Saúdewww.mdsaude.com
Diabetes tipo 2: causas e fatores de risco | MD.Saúdewww.mdsaude.com
Pré-diabetes: sintomas, diagnóstico e tratamento | MD.Saúdewww.mdsaude.com
Diabetes mellitus (DM) - Distúrbios hormonais e metabólicos - Manual MSD Versão Saúde para a Famíliawww.msdmanuals.com
Diabetes (diabetes mellitus) — Ministério da Saúdewww.gov.br
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