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APG 18 - DPOC e asma

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Luciara Oliveira
	Luciara Oliveira
APG 18 - FAMÍLIA QUE CHIA - DPOC E ASMA.
Diferenciar a fisiopatlogia da asma da DPOC
ASMA
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta em episódios de obstrução reversível do fluxo de ar, geralmente associados a sintomas como tosse, chiado no peito, dispneia e opressão torácica. A inflamação crônica das vias aéreas é causada pela interação de fatores genéticos e ambientais, como exposição a alérgenos e irritantes. Isso leva a uma resposta inflamatória exacerbada com a produção de mediadores inflamatórios, como histamina, leucotrienos e citocinas, que resultam em broncoconstrição, hiperreatividade brônquica e produção excessiva de muco. A obstrução das vias aéreas é tipicamente reversível, mas pode ser irreversível em casos graves e de longa duração. O tratamento inclui o uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, além de medidas para evitar a exposição a alérgenos e irritantes. Em alguns casos, a asma pode ser grave e requerer tratamentos mais intensivos.
Sequência fisiopatológica da asma:
1. Sensibilização: ocorre quando o sistema imunológico do indivíduo entra em contato com uma substância estranha (alérgeno) e produz anticorpos IgE específicos para essa substância.
2. Fase aguda da resposta inflamatória: quando o indivíduo é exposto novamente ao alérgeno, os anticorpos IgE ligam-se a mastócitos e basófilos, resultando na liberação de substâncias inflamatórias, como histamina, leucotrienos e prostaglandinas. Essas substâncias levam à constrição das vias aéreas, aumento da produção de muco e inflamação dos brônquios.
3. Hiperresponsividade brônquica: a inflamação crônica dos brônquios leva a uma maior reatividade das vias aéreas a diversos estímulos, como ar frio, poluentes, fumaça, entre outros.
4. Remodelamento brônquico: a inflamação crônica e a hiperresponsividade brônquica podem levar a alterações estruturais permanentes nos brônquios, como hipertrofia das glândulas mucosas, aumento da espessura da parede brônquica e formação de cicatrizes.
5. (Bronquioconstrição, Hipertrofia das celulas caliciformes, Estreitamento das vias aereas)
6. Sintomas clínicos: a obstrução das vias aéreas resultante da inflamação e hiperresponsividade brônquica pode levar a sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e aperto no peito. A gravidade dos sintomas pode variar de acordo com o grau de inflamação e hiperresponsividade brônquica.
7. Exacerbações: períodos de piora dos sintomas, geralmente desencadeados por infecções respiratórias virais, exposição a alérgenos ou poluentes ambientais. As exacerbações podem ser graves e exigir hospitalização, e podem levar a um aumento da inflamação e remodelamento brônquico se não forem adequadamente tratadas.
8. Tratamento: o tratamento da asma tem como objetivo principal reduzir a inflamação e prevenir a ocorrência de sintomas e exacerbações. Os medicamentos utilizados incluem broncodilatadores, corticosteroides inalatórios, antagonistas de receptores de leucotrienos e imunomoduladores. Além disso, é importante evitar os fatores desencadeantes, como alérgenos, poluentes e irritantes respiratórios.
DPOC
Efisema
Bronquite
A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) é caracterizada por uma obstrução do fluxo aéreo progressiva e persistente, que ocorre principalmente em decorrência da exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão, como o tabagismo. Isso leva a uma inflamação crônica das vias aéreas, com dano e perda de elasticidade do tecido pulmonar, assim como a formação de muco excessivo. Esse processo resulta em sintomas como tosse crônica, produção de expectoração, dispneia e sibilos. A DPOC pode se sobrepor à asma em alguns casos, mas a inflamação crônica e a obstrução das vias aéreas são mais graves e irreversíveis na DPOC. A progressão da doença pode levar a insuficiência respiratória crônica e aumentar o risco de doenças cardiovasculares e outras complicações. O tratamento visa reduzir a exposição aos fatores de risco, controlar os sintomas e prevenir a progressão da doença.
A fisiopatologia da DPOC envolve uma série de alterações pulmonares que levam à obstrução do fluxo aéreo e à dificuldade de respiração. A sequência fisiopatológica pode ser resumida da seguinte forma:
1. Exposição a agentes irritantes: A maioria dos casos de DPOC está associada à exposição a longo prazo a substâncias irritantes, especialmente tabaco. Outros fatores de risco incluem poluição do ar, poeira, fumaça e substâncias químicas.
2. Inflamação crônica: A exposição a esses agentes irritantes pode levar a uma inflamação crônica dos pulmões, causando danos nos tecidos e dificuldade respiratória. Isso é devido a uma resposta inflamatória do sistema imunológico, que envolve a liberação de várias células e mediadores inflamatórios, como neutrófilos, macrófagos, células T e B, citocinas e quimiocinas.
3. Obstrução das vias aéreas: A inflamação crônica e a produção excessiva de muco levam à obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar para dentro e para fora dos pulmões. A obstrução é causada pela inflamação e espessamento das paredes dos brônquios, bem como pelo estreitamento dos bronquíolos, devido ao espasmo muscular.
4. Hiperinsuflação pulmonar: A obstrução das vias aéreas resulta em uma diminuição da elasticidade pulmonar e aumenta a resistência das vias aéreas, o que leva a uma expansão excessiva dos pulmões (hiperinsuflação). Essa hiperinsuflação pode causar danos aos tecidos pulmonares, levando à perda da elasticidade e à formação de bolhas de ar nos pulmões (enfisema).
5. Dificuldade respiratória: A hiperinsuflação e a obstrução das vias aéreas resultam em uma diminuição do fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões, o que leva à dificuldade respiratória. A pessoa pode sentir falta de ar, cansaço e falta de ar com atividades simples.
6. Agudizações: As agudizações da DPOC são exacerbadas da dificuldade respiratória e da inflamação pulmonar, que ocorrem de forma aguda e podem ser desencadeadas por fatores como infecções respiratórias, mudanças climáticas ou exposição a substâncias irritantes. Essas agudizações podem levar a um agravamento da obstrução das vias aéreas, causando sintomas graves e aumentando o risco de morte.
Diferenciação
A asma e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) são doenças respiratórias com fisiopatologia distintas, apesar de algumas semelhanças clínicas.
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta em episódios intermitentes de obstrução reversível do fluxo de ar. A inflamação crônica é geralmente causada por uma resposta exacerbada do sistema imunológico a alérgenos e irritantes ambientais, resultando em uma produção excessiva de muco e broncoconstrição. A asma é caracterizada por uma hiperreatividade brônquica, o que significa que as vias aéreas são mais sensíveis a estímulos do que em indivíduos saudáveis. A obstrução reversível do fluxo de ar é uma característica distintiva da asma. O tratamento envolve a identificação e evitação dos fatores desencadeantes, além do uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios.
Já a DPOC é uma doença progressiva que envolve uma obstrução do fluxo aéreo persistente e geralmente irreversível. É causada principalmente pela exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão, como o tabagismo, que resulta em uma inflamação crônica das vias aéreas e uma redução da elasticidade do tecido pulmonar. A DPOC é caracterizada por uma obstrução fixa e irreversível do fluxo de ar, com sintomas como tosse crônica, expectoração, dispneia e sibilos. A DPOC pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e outras complicações, e o tratamento envolve a redução da exposição aos fatores de risco, o uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, além de medidas para prevenir a progressão da doença.
Em resumo, a principal diferença entre a asma e a DPOC é que a asma é caracterizada por obstrução reversível do fluxo de ar em resposta a estímulos externos, enquanto a DPOC envolve uma obstrução fixa e irreversíveldo fluxo de ar devido a danos crônicos nos tecidos pulmonares.
Em Tópcos
Fisiopatologia da Asma:
Inflamação crônica das vias aéreas: A inflamação crônica é o principal fator patológico na asma. A inflamação é causada por uma resposta exacerbada do sistema imunológico a alérgenos e irritantes ambientais, resultando em uma produção excessiva de muco e broncoconstrição.
Hiperreatividade brônquica: A hiperreatividade brônquica é uma característica distintiva da asma. As vias aéreas são mais sensíveis a estímulos do que em indivíduos saudáveis. A exposição a fatores desencadeantes pode levar a um estreitamento das vias aéreas, o que leva a sintomas como tosse, sibilos, dispneia e aperto no peito.
Obstrução reversível do fluxo de ar: A obstrução reversível do fluxo de ar é outra característica distintiva da asma. Ela pode ocorrer devido à inflamação, ao aumento da produção de muco e à broncoconstrição. No entanto, com o uso de broncodilatadores, a obstrução pode ser aliviada.
Fisiopatologia da DPOC:
Exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão: A DPOC é causada principalmente pela exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão, como o tabagismo, a poluição do ar, a poeira e produtos químicos. A exposição crônica leva a uma inflamação crônica das vias aéreas e uma redução da elasticidade do tecido pulmonar.
Inflamação crônica das vias aéreas: A inflamação crônica das vias aéreas é um componente importante da DPOC. A inflamação é causada principalmente pela exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão. A inflamação leva à produção de muco excessivo e uma obstrução persistente do fluxo de ar.
Obstrução fixa e irreversível do fluxo de ar: A DPOC é caracterizada por uma obstrução fixa e irreversível do fluxo de ar. A obstrução é causada por danos crônicos nos tecidos pulmonares, incluindo inflamação, fibrose e enfisema. A obstrução leva a sintomas como tosse crônica, expectoração, dispneia e sibilos.
Comorbidades: A DPOC também pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, e outras complicações, como a osteoporose.
Conhecer epidemiologia, fatores de risco, manifestações clínicas e complicações da asma e DPOC
Epidemiologia
Epidemiologia da Asma:
A asma é uma doença comum, afetando aproximadamente 339 milhões de pessoas em todo o mundo.
A prevalência da asma é maior em países desenvolvidos, especialmente em áreas urbanas, e tem aumentado nas últimas décadas em muitos países.
Asma atopica e não atopica
A asma é mais comum em crianças do que em adultos, mas pode ocorrer em qualquer idade.
Fatores de risco incluem histórico familiar de asma, exposição a alérgenos e irritantes respiratórios, obesidade e tabagismo.
Epidemiologia da DPOC:
A DPOC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo, afetando cerca de 328 milhões de pessoas.
A prevalência da DPOC é maior em países em desenvolvimento, especialmente em áreas rurais, e tem aumentado nas últimas décadas em muitos países.
A DPOC é mais comum em adultos com mais de 40 anos e é mais comum em homens do que em mulheres.
Fatores de risco incluem tabagismo, exposição a poluentes do ar e poeira, histórico de infecções respiratórias e deficiência de alfa-1-antitripsina.
fatores de risco
Fatores de Risco da Asma:
· Histórico familiar de asma ou alergias;
· Histórico de alergias;
· Exposição a alérgenos, como pólen, ácaros, mofo e pelos de animais;
· Exposição a irritantes respiratórios, como fumaça de cigarro, poluição do ar, poeira e produtos químicos;
· Infecções respiratórias;
· Obesidade;
· Exposição a certos medicamentos;
· Asma induzida por exercício;
· Asma ocupacional.
Fatores de Risco da DPOC:
· Tabagismo, incluindo fumar cigarros, charutos e cachimbos, bem como exposição à fumaça de segunda mão;
· Exposição a poluentes do ar, como gases de escape, poeira e fumaça de incêndio;
· Exposição a substâncias químicas no ambiente de trabalho, como produtos químicos, poeiras e vapores;
· Infecções respiratórias de repetição, especialmente durante a infância;
· Histórico de asma ou alergias;
· Deficiência de alfa-1 antitripsina;
· Envelhecimento;
· Gênero masculino;
· Exposição a fatores de risco durante o desenvolvimento fetal e neonatal.
manifestações clínicas 
Manifestações clínicas da Asma:
· Sibilância (chiado no peito);
· Tosse, especialmente à noite ou pela manhã; (parasimpatico)
· Dificuldade para respirar, especialmente durante o exercício;
· Aperto no peito;
· Sensação de cansaço ou fraqueza;
· Sintomas podem ser desencadeados ou piorados por alérgenos, irritantes respiratórios, exercício, infecções respiratórias ou estresse emocional;
· Os sintomas podem variar em intensidade e frequência ao longo do tempo.
Manifestações clínicas da DPOC:
· Tosse crônica, muitas vezes acompanhada de expectoração;
· Falta de ar, especialmente durante o exercício;
· Sibilância (chiado no peito);
· Aperto no peito;
· Sensação de cansaço ou fraqueza;
· Dificuldade para respirar, que piora progressivamente ao longo do tempo;
Os sintomas são frequentemente desencadeados ou piorados por exposição a fatores de risco, como tabagismo e poluição do ar;
A doença pode causar complicações, como insuficiência cardíaca e infecções respiratórias de repetição.
Diferenciação das manifestações clínicas:
As manifestações clínicas da asma e da DPOC estão diretamente relacionadas à fisiopatologia dessas doenças respiratórias.
Na asma, a sibilância, a tosse, o aperto no peito e a dificuldade para respirar ocorrem devido a uma inflamação crônica das vias aéreas, que causa um estreitamento dos brônquios e bronquíolos. Isso leva a um aumento da resistência ao fluxo de ar, o que gera o som de chiado (sibilância) ao respirar. O aperto no peito e a dificuldade para respirar ocorrem devido ao esforço muscular necessário para tentar expulsar o ar dos pulmões, que fica preso nos brônquios e bronquíolos mais estreitos. Os sintomas da asma são frequentemente desencadeados por alérgenos, irritantes respiratórios, exercício, infecções respiratórias ou estresse emocional, e podem variar em intensidade e frequência ao longo do tempo.
Na DPOC, a tosse crônica, a falta de ar e o aperto no peito ocorrem devido a uma obstrução crônica das vias aéreas, causada principalmente pela exposição prolongada a agentes irritantes, como fumaça de cigarro, poluição do ar e poeira. Essa exposição causa uma inflamação crônica e danifica as estruturas pulmonares, como os alvéolos e bronquíolos, levando a uma redução da capacidade pulmonar e da troca gasosa. A tosse crônica e a expectoração são mecanismos de defesa do organismo para tentar eliminar as partículas irritantes e os resíduos pulmonares. A falta de ar ocorre porque o ar não consegue passar pelas vias aéreas estreitadas e chegar aos alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. Com o tempo, a falta de oxigênio no sangue pode causar sensação de cansaço e fraqueza. Os sintomas da DPOC são frequentemente desencadeados ou piorados por fatores de risco, como tabagismo e poluição do ar, e podem piorar progressivamente ao longo do tempo. A doença também pode causar complicações, como insuficiência cardíaca e infecções respiratórias de repetição.
complicações 
Diferenças entre as complicações da asma e DPOC:
ASMA:
Exacerbações agudas: episódios súbitos de sintomas respiratórios como tosse, falta de ar, chiado no peito e aperto no peito, que podem durar horas ou dias e muitas vezes são desencadeados por fatores ambientais ou infecções respiratórias. Se as exacerbações forem graves, podem levar à hospitalização e risco de vida.
Síndrome de Churg-Strauss: uma complicação rara da asma grave que envolve inflamação dos vasos sanguíneos e pode levar a sintomas como febre, perda de peso, dor abdominal e sinais de insuficiência cardíaca.
Pneumotórax: uma complicação rara da asma grave que ocorre quando o ar vaza para o espaço entre o pulmão e a parede torácica, levando a dor torácica intensa, falta de ar e aumento da frequência cardíaca.
DPOC:
Insuficiência respiratória aguda: uma complicação grave que ocorre quando a função pulmonar se deteriorarapidamente, levando a baixos níveis de oxigênio no sangue e acumulação de dióxido de carbono, o que pode levar a um coma ou morte.
Pneumonia: uma infecção pulmonar que pode se desenvolver em pessoas com DPOC, devido à deterioração da função pulmonar e diminuição da capacidade de limpeza das vias aéreas.
Hipertensão pulmonar: uma complicação comum da DPOC avançada, que envolve o aumento da pressão nas artérias dos pulmões, o que pode levar a sintomas como falta de ar, fadiga e inchaço nas pernas.
Compreender o diagnóstico, tratamento e os mecanismo de AÇÃO dos FÁRMACOS para asma e DPOC
Diagnóstico
Diagnóstico da Asma:
· Anamnese e exame físico detalhados;
· Espirometria com prova broncodilatadora;
· Testes de provocação bronquial;
· Monitoramento da função pulmonar com peak flow ou espirometria seriada;
· 
· Exames de imagem, como radiografia de tórax e tomografia computadorizada, podem ser úteis para excluir outras patologias pulmonares.
O diagnóstico da asma é feito por meio da combinação de dados clínicos, exames físicos e testes de função pulmonar. Segundo as referências mencionadas anteriormente, as seguintes etapas são recomendadas para o diagnóstico da asma:
História clínica: O médico deve obter uma história clínica detalhada do paciente, incluindo informações sobre os sintomas respiratórios atuais e anteriores, a presença de fatores de risco e exposições ambientais.
Exame físico: O exame físico deve incluir a ausculta pulmonar para detectar sibilos e outras anormalidades respiratórias, bem como uma avaliação geral do estado clínico do paciente.
Testes de função pulmonar: Os testes de função pulmonar incluem a espirometria, que mede o volume de ar que o paciente pode expirar em um segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF). A reversibilidade da obstrução das vias aéreas também pode ser avaliada por meio de um teste com broncodilatador.
Testes de provocação brônquica: Esses testes envolvem a exposição do paciente a um agente provocador, como metacolina, para avaliar a resposta das vias aéreas.
Exames complementares: Exames complementares, como radiografia de tórax, exames de sangue, testes alérgicos e cultura de escarro, podem ajudar a excluir outras condições e determinar a causa da asma.
O diagnóstico da asma em crianças é semelhante ao diagnóstico em adultos, mas pode haver algumas diferenças na avaliação clínica e diagnóstico diferencial. Em crianças com menos de 5 anos, a avaliação clínica é frequentemente baseada em sintomas e achados clínicos, uma vez que a realização de testes de função pulmonar pode ser difícil.
No entanto, em crianças com idade entre 5 e 11 anos, o uso de testes de função pulmonar, como a espirometria, pode ser útil para confirmar o diagnóstico de asma e avaliar a gravidade da doença.
Em crianças menores de um ano, o diagnóstico de asma pode ser particularmente difícil, uma vez que a presença de sibilos e chiado no peito podem ser comuns em doenças respiratórias nessa faixa etária, como bronquiolite viral. Portanto, o diagnóstico de asma em crianças com menos de um ano de idade é feito com base em uma avaliação cuidadosa dos sintomas, incluindo tosse, dificuldade respiratória e sibilos, associados a outros fatores de risco para asma, como história familiar da doença.
No geral, o diagnóstico da asma em crianças requer uma avaliação clínica cuidadosa, incluindo uma história detalhada e um exame físico completo, além da realização de testes de função pulmonar quando possível. Em bebês com menos de um ano, o diagnóstico pode ser mais difícil e requer uma avaliação cuidadosa dos sintomas e fatores de risco.
Diagnóstico da DPOC:
· Anamnese e exame físico detalhados;
· Espirometria com prova broncodilatadora, com avaliação do VEF1/CVF < 70%;
· Testes de imagem, como radiografia de tórax e tomografia computadorizada, para avaliação do grau de obstrução e presença de enfisema;
· Gasometria arterial para avaliar a gravidade da doença e o grau de hipoxemia.
O diagnóstico de DPOC é baseado em história clínica, exame físico e testes de função pulmonar.
História clínica: o médico irá perguntar sobre os sintomas respiratórios do paciente, bem como o histórico de tabagismo ou exposição a substâncias irritantes.
Exame físico: inclui auscultação pulmonar para verificar a presença de sibilos, chiado e crepitações, além de avaliar a presença de cianose, hipocratismo digital e sinais de insuficiência cardíaca direita.
Testes de função pulmonar: incluem a espirometria, que é o teste padrão para avaliar a função pulmonar e verificar a presença de obstrução do fluxo de ar, e a gasometria arterial, que mede os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue.
Além disso, outros exames podem ser solicitados para avaliar a gravidade da doença, como a radiografia de tórax, tomografia computadorizada, teste de caminhada de seis minutos e avaliação da capacidade de exercício.
A diferenciação do diagnóstico entre as duas doenças é importante, pois o tratamento e o manejo clínico podem variar significativamente.
Tratamento
O tratamento da asma depende da gravidade e do controle da doença. De modo geral, o tratamento inclui medidas não farmacológicas, como identificação e controle de gatilhos ambientais, além do uso de medicamentos. Abaixo estão descritos os principais tipos de medicamentos utilizados no tratamento da asma:
· Broncodilatadores de curta duração: como o salbutamol e o terbutalina, são utilizados para aliviar sintomas agudos da asma, como falta de ar e chiado no peito.
· Corticosteroides inalatórios: como a budesonida e a fluticasona, são os medicamentos de primeira escolha no controle da asma de leve a moderada e devem ser usados regularmente, mesmo que o paciente não esteja sentindo sintomas. Eles ajudam a diminuir a inflamação das vias aéreas e prevenir as crises.
· Broncodilatadores de longa duração: como o formoterol e o salmeterol, são utilizados em combinação com os corticosteroides inalatórios em pacientes com asma de moderada a grave.
· Antileucotrienos: como o montelucaste, podem ser utilizados em combinação com os corticosteroides inalatórios em pacientes com asma de leve a moderada.
· Imunomoduladores: como o omalizumabe, são indicados em pacientes com asma alérgica grave que não estão controlados com os tratamentos convencionais.
Além dos medicamentos, outras medidas podem ser adotadas no tratamento da asma, como:
· Evitar exposição a gatilhos ambientais, como fumaça de cigarro, poluição, poeira e pelos de animais.
· Fazer exercícios físicos regularmente, sob orientação médica.
· Adotar uma alimentação saudável e equilibrada.
· Monitorar os sintomas da asma e ter um plano de ação para saber o que fazer em caso de piora.
· Realizar exames de monitoramento da função pulmonar, como a espirometria, para avaliar a eficácia do tratamento.
O tratamento da DPOC envolve medidas farmacológicas e não farmacológicas, sendo a principal estratégia a cessação do tabagismo. As medidas não farmacológicas incluem atividade física, reabilitação pulmonar e oxigenoterapia.
Entre os medicamentos utilizados no tratamento da DPOC, destacam-se os broncodilatadores (beta-agonistas e anticolinérgicos) e corticoides inalatórios. A terapia combinada desses medicamentos pode ser recomendada em casos mais graves da doença.
Em casos de infecções respiratórias agudas, pode ser necessária a utilização de antibióticos e corticoides sistêmicos. Em casos de hipoxemia crônica, a oxigenoterapia pode ser prescrita para melhorar a oxigenação do sangue.
Além disso, é importante o acompanhamento regular com profissionais de saúde, incluindo pneumologistas e fisioterapeutas, para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento conforme necessário. A vacinação contra a gripe e pneumonia também é recomendada para pacientes com DPOC, pois essas doenças podem agravar a condição pulmonar.
É importante ressaltar que a cessação do tabagismo é fundamental no tratamento da DPOC, pois a exposição contínua ao tabaco agrava a doença e diminui a eficácia do tratamento.
mecanismo de AÇÃO dos FÁRMACOS
Segue umalista de alguns fármacos usados no tratamento da asma e seus mecanismos de ação:
· Beta-2 agonistas de curta duração (SABA): como o Salbutamol, Albuterol, Levalbuterol e Terbutalina. Agem relaxando os músculos das vias aéreas, dilatando os brônquios e melhorando a respiração.
· Beta-2 agonistas de longa duração (LABA): como o Formoterol e o Salmeterol. Agem da mesma forma que os SABA, porém sua ação dura por um período maior, cerca de 12 horas.
· Anticolinérgicos de curta duração: como o Ipratrópio. Agem inibindo o tônus muscular das vias aéreas, relaxando os brônquios e melhorando a respiração.
· Anticolinérgicos de longa duração: como o Tiotrópio e o Umeclidínio. Agem da mesma forma que os anticolinérgicos de curta duração, porém sua ação dura por um período maior, cerca de 24 horas.
· Corticosteroides inalatórios: como a Beclometasona, Budesonida, Fluticasona e Ciclesonida. Agem diminuindo a inflamação das vias aéreas e reduzindo a produção de muco.
· Antileucotrienos: como o Montelucaste e o Zafirlucaste. Agem bloqueando a ação dos leucotrienos, substâncias produzidas pelo corpo que causam inflamação e contração muscular nas vias aéreas.
· Teofilina: age relaxando os músculos das vias aéreas, dilatando os brônquios e melhorando a respiração.
Segue abaixo uma lista de fármacos para DPOC e seus mecanismos de ação:
· Broncodilatadores de curta ação (SABA) - como o salbutamol e terbutalina: agem diretamente nos receptores beta-2 adrenérgicos, estimulando o relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas, aliviando a broncoconstrição.
· Broncodilatadores de longa ação (LABA) - como o formoterol e salmeterol: também agem nos receptores beta-2 adrenérgicos, porém sua ação é prolongada, garantindo alívio dos sintomas por um período mais longo.
· Anticolinérgicos de curta ação (SAMA) - como o ipratrópio: bloqueiam a ação da acetilcolina nos receptores muscarínicos, levando ao relaxamento da musculatura lisa das vias aéreas e reduzindo a produção de muco.
· Anticolinérgicos de longa ação (LAMA) - como o tiotrópio e aclidínio: possuem mecanismo de ação semelhante ao dos SAMA, porém sua ação é prolongada, proporcionando melhora dos sintomas por um período mais longo.
· Corticosteroides inalatórios - como a fluticasona e budesonida: atuam no controle da inflamação das vias aéreas, reduzindo a produção de muco e diminuindo o edema, prevenindo a ocorrência de crises de DPOC.
· Inibidores da fosfodiesterase-4 (PDE4) - como a roflumilaste: inibem a ação da enzima PDE4, que é responsável pela degradação do AMPc, um mensageiro intracelular envolvido no processo inflamatório das vias aéreas. A redução da atividade da PDE4 leva à redução da inflamação e dos sintomas de DPOC.
Alguns fármacos são comuns no tratamento de ambas as condições, como:
· Corticosteroides inalatórios: reduzem a inflamação das vias aéreas e ajudam a prevenir ataques de asma e exacerbações de DPOC.
· Broncodilatadores de ação curta (SABA): aliviam os sintomas de falta de ar e sibilância em crises agudas de asma e DPOC.
· Broncodilatadores de ação prolongada (LABA): ajudam a controlar os sintomas de asma e DPOC ao longo do tempo.
· Anticolinérgicos de ação prolongada (LAMA): ajudam a relaxar os músculos das vias aéreas e melhoram a respiração em pacientes com DPOC.
· Teofilina: aumenta a função respiratória relaxando os músculos das vias aéreas e reduzindo a inflamação. É usado principalmente no tratamento de DPOC.
· Inibidores da fosfodiesterase-4 (PDE4): reduzem a inflamação das vias aéreas e melhoram a função pulmonar em pacientes com DPOC.
O manejo da asma em crianças menores de 5 anos 
O manejo da asma em crianças menores de 5 anos é um desafio, pois a maioria dos casos nessa faixa etária é diagnosticada com base na história clínica e no exame físico, já que testes de função pulmonar não são confiáveis nessa idade. O tratamento da asma em crianças pequenas envolve o controle dos sintomas e a prevenção de exacerbações. A terapia farmacológica é uma parte importante do tratamento da asma e pode incluir os seguintes medicamentos:
Broncodilatadores de curta duração: Os broncodilatadores são medicamentos que relaxam os músculos ao redor das vias aéreas, permitindo que elas se abram e melhorem a respiração. Os broncodilatadores de curta duração, como o salbutamol, são usados ​​para aliviar sintomas agudos, como tosse e chiado no peito.
Corticosteroides inalatórios: Os corticosteroides inalatórios são a primeira linha de tratamento preventivo para a asma em crianças com sintomas persistentes. Eles reduzem a inflamação nas vias aéreas, ajudando a prevenir exacerbações. Os corticosteroides inalatórios mais comuns incluem a beclometasona e a fluticasona.
Broncodilatadores de longa duração: Os broncodilatadores de longa duração, como o salmeterol, são usados ​​em combinação com corticosteroides inalatórios para controlar os sintomas da asma em crianças maiores de 5 anos. Eles ajudam a manter as vias aéreas abertas por um período mais longo de tempo do que os broncodilatadores de curta duração.
Antagonistas dos receptores de leucotrienos: Os antagonistas dos receptores de leucotrienos, como o montelucaste, são uma opção para o tratamento da asma em crianças pequenas com sintomas leves e intermitentes. Eles ajudam a prevenir a inflamação das vias aéreas e reduzem a frequência e a gravidade das exacerbações.
PROTOCOLOS (ASMA)
Existem vários protocolos para o manejo da asma, que variam de acordo com a gravidade da doença e com as características individuais de cada paciente. Alguns dos principais protocolos utilizados na prática clínica incluem:
GINA (Global Initiative for Asthma): é um protocolo internacional que tem como objetivo orientar o manejo da asma em todo o mundo. Ele é baseado em evidências científicas e utiliza uma abordagem passo a passo para o tratamento, que varia de acordo com a gravidade da doença.
NHLBI (National Heart, Lung, and Blood Institute): é um protocolo desenvolvido pelo Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos Estados Unidos. Ele também utiliza uma abordagem passo a passo para o tratamento da asma, que é baseada na gravidade da doença e nas características individuais do paciente.
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT): é um protocolo desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, que orienta o manejo da asma no Brasil. Ele também utiliza uma abordagem passo a passo, que é baseada na gravidade da doença e nas características individuais do paciente.
Protocolo GINA (Global Initiative for Asthma)
O Protocolo GINA (Global Initiative for Asthma) é um guia para o manejo e tratamento da asma, que fornece diretrizes atualizadas e baseadas em evidências para o diagnóstico, avaliação e tratamento da asma em todas as faixas etárias. Abaixo, estão os principais pontos do Protocolo GINA:
Diagnóstico: o diagnóstico de asma é baseado na presença de sintomas respiratórios recorrentes, como tosse, falta de ar, chiado no peito e aperto no peito, bem como na presença de evidências objetivas de obstrução das vias aéreas.
Classificação da gravidade: a asma é classificada em quatro níveis de gravidade, com base na frequência dos sintomas, na limitação das atividades diárias e na função pulmonar medida por espirometria.
Tratamento de alívio: o tratamento de alívio é usado para tratar os sintomas agudos de asma, como falta de ar e chiado no peito. O medicamento mais comum usado para o alívio imediato dos sintomas é o broncodilatador de ação curta (SABA, na sigla em inglês), como o salbutamol.
Tratamento de controle: o tratamento de controle é usado para reduzir a frequência e a gravidade dos sintomas de asma a longo prazo. O tratamento de controle inclui medicamentos anti-inflamatórios, como corticosteroides inalados (ICS, na sigla em inglês), e medicamentos de controle da broncoconstrição, como os broncodilatadores de ação prolongada (LABA, na sigla em inglês).
Terapia combinada: a terapia combinada, que consiste na administração de ICS e LABA em um único inalador, é usada para pacientes com asmanão controlada com apenas um medicamento.
Tratamento escalonado: o tratamento escalonado envolve o ajuste do tratamento com base na gravidade dos sintomas e na resposta do paciente. O objetivo é manter a asma sob controle com a menor dose possível de medicamentos.
Monitoramento: o monitoramento regular da função pulmonar, dos sintomas e do uso de medicamentos é importante para avaliar a eficácia do tratamento e fazer ajustes necessários.
É importante destacar que o Protocolo GINA é uma diretriz geral e que o tratamento individual deve ser adaptado às necessidades específicas de cada paciente.
 protocolo da SBPT
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) publicou em 2019 o "III Consenso Brasileiro de Investigação em Asma: Manejo da Asma", que apresenta um protocolo para o manejo da asma com base nas evidências disponíveis.
O protocolo da SBPT é dividido em quatro etapas, que são determinadas pelo controle da asma do paciente:
Etapa de controle inicial: pacientes com sintomas leves e/ou intermitentes.
Tratamento: broncodilatador de curta duração sob demanda. Se necessário, pode ser usado corticosteroide inalatório de baixa dose.
Etapa de controle: pacientes com sintomas persistentes e/ou limitação das atividades diárias.
Tratamento: corticosteroide inalatório de baixa dose. Se necessário, pode ser adicionado broncodilatador de longa duração.
Etapa de controle avançado: pacientes com sintomas persistentes e/ou limitação das atividades diárias mesmo com tratamento da etapa 2.
Tratamento: corticosteroide inalatório de média dose e broncodilatador de longa duração. Se necessário, pode ser adicionado antagonista de receptor de leucotrienos ou teofilina.
Etapa de controle muito avançado: pacientes com sintomas persistentes e/ou limitação das atividades diárias mesmo com tratamento da etapa 3.
Tratamento: corticosteroide inalatório de alta dose e broncodilatador de longa duração. Se necessário, pode ser adicionado antagonista de receptor de leucotrienos ou teofilina.
O protocolo da SBPT também recomenda o uso de ferramentas de avaliação do controle da asma, como o teste de variabilidade da função pulmonar e o questionário de controle da asma. Além disso, destaca a importância da educação do paciente e da família sobre a asma e seu manejo, e enfatiza que o tratamento deve ser personalizado e adaptado às necessidades individuais de cada paciente.
PROTOCOLOS (DPOC)
Existem dois protocolos principais para o manejo da DPOC: o GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) e o protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
O protocolo GOLD é amplamente utilizado em todo o mundo e apresenta uma abordagem simplificada para o manejo da DPOC baseada em quatro estágios, de acordo com a gravidade da doença, avaliada pela espirometria. Os quatro estágios são: estágio 1 (leve), estágio 2 (moderado), estágio 3 (grave) e estágio 4 (muito grave). Cada estágio é tratado com diferentes estratégias terapêuticas, incluindo broncodilatadores de curta e longa duração, corticosteroides inalatórios e/ou de curta duração, e oxigenoterapia.
O protocolo da SBPT também se baseia na classificação da gravidade da DPOC, mas leva em conta outras características, além da espirometria, como a presença de sintomas respiratórios, comorbidades e risco de exacerbações. O protocolo propõe uma abordagem personalizada, que inclui medidas farmacológicas e não-farmacológicas, como cessação do tabagismo, reabilitação pulmonar e suporte nutricional. As terapias medicamentosas incluem broncodilatadores de curta e longa duração, corticosteroides inalatórios e/ou de curta duração, e outras medicações específicas para o tratamento de comorbidades associadas, como antibióticos e anticoagulantes.
GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease)
O GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) é um protocolo desenvolvido para o manejo da DPOC. É uma iniciativa global que busca melhorar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença, além de promover a educação e a pesquisa sobre a DPOC.
O protocolo GOLD divide a DPOC em quatro estágios (I, II, III e IV) com base no grau de obstrução das vias aéreas e na gravidade dos sintomas. O estágio da doença é determinado pela avaliação da espirometria (exame de função pulmonar) e pela avaliação clínica dos sintomas do paciente.
O GOLD classifica a DPOC em quatro estágios, conforme a gravidade da doença:
1. Estágio I: DPOC leve - FEV1 ≥ 80% do previsto
2. Estágio II: DPOC moderada - 50% ≤ FEV1 < 80% do previsto
3. Estágio III: DPOC grave - 30% ≤ FEV1 < 50% do previsto
4. Estágio IV: DPOC muito grave - FEV1 < 30% do previsto ou FEV1 < 50% do previsto mais insuficiência respiratória crônica.
O manejo da DPOC no protocolo GOLD é baseado em quatro componentes principais:
· Avaliação e monitoramento regular: inclui a avaliação da função pulmonar, dos sintomas e das comorbidades associadas.
· Redução de fatores de risco: o protocolo recomenda a cessação do tabagismo, a redução da exposição a poluentes e a realização de vacinação anual contra a gripe e a pneumonia.
· Tratamento farmacológico: inclui broncodilatadores de curta e longa duração, corticosteroides inalatórios e combinados, e fármacos que reduzem as exacerbações da doença.
· Tratamento não farmacológico: inclui a reabilitação pulmonar, que engloba atividade física, educação, suporte psicológico e terapia ocupacional.
O protocolo GOLD também oferece recomendações específicas para o manejo de exacerbações agudas da DPOC, incluindo o uso de broncodilatadores, corticosteroides orais e antibióticos em casos selecionados.
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT)
A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) publicou em 2020 um protocolo de diretrizes para o diagnóstico e tratamento da DPOC. O protocolo se baseia nas recomendações internacionais do GOLD e das Diretrizes Brasileiras de DPOC de 2017, e está organizado em tópicos que abrangem desde a avaliação inicial até o tratamento medicamentoso e não medicamentoso.
A seguir, estão descritos os principais aspectos do protocolo da SBPT para DPOC:
· Avaliação clínica: o protocolo recomenda a realização de uma avaliação clínica completa, incluindo história clínica, exame físico, avaliação da função pulmonar e avaliação de comorbidades. É importante avaliar também a gravidade da doença, utilizando escalas como o escore BODE (que considera a dispneia, a obstrução das vias aéreas, a capacidade de exercício e a massa corporal).
· Tratamento não medicamentoso: o protocolo enfatiza a importância do tratamento não medicamentoso na DPOC, incluindo cessação do tabagismo, atividade física regular, reabilitação pulmonar, vacinação contra influenza e pneumonia, e manejo de comorbidades como ansiedade, depressão e insuficiência cardíaca.
· Tratamento medicamentoso: o protocolo recomenda o uso de broncodilatadores de curta e longa duração como a primeira opção de tratamento. Em casos mais graves, podem ser adicionados corticosteroides inalatórios e/ou broncodilatadores de longa duração associados a corticosteroides inalatórios. Em casos de exacerbações agudas, pode ser necessário o uso de corticosteroides orais e/ou antibióticos.
· Oxigenoterapia: o protocolo recomenda o uso de oxigenoterapia em pacientes com DPOC grave e hipoxemia (PaO2 < 55 mmHg ou SpO2 < 88% em repouso).
· Abordagem cirúrgica: em casos selecionados, pode ser indicada a cirurgia de redução de volume pulmonar ou transplante de pulmão.
· Seguimento: é importante realizar um seguimento regular dos pacientes com DPOC para avaliar a eficácia do tratamento e realizar ajustes terapêuticos quando necessário.
· Prevenção de exacerbações: o protocolo recomenda medidas para prevenir exacerbações, como a educação do paciente e o uso de broncodilatadores de longa duração associados a corticosteroides inalatórios.
É importante ressaltar que o protocolo da SBPT para DPOC é uma diretriz geral e que o tratamento deve ser individualizado de acordo com as característicasde cada paciente.
A asma e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) são doenças pulmonares crônicas comuns, mas apresentam diferenças significativas em sua fisiopatologia, apresentação clínica, diagnóstico e tratamento.
Fisiopatologia:
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que resulta em episódios de obstrução reversível do fluxo de ar, geralmente associados a sintomas como tosse, chiado no peito, dispneia e opressão torácica. A inflamação crônica das vias aéreas é causada pela interação de fatores genéticos e ambientais, como exposição a alérgenos e irritantes, que resultam em broncoconstrição, hiperreatividade brônquica e produção excessiva de muco.
A DPOC, por outro lado, é caracterizada por uma obstrução do fluxo aéreo progressiva e persistente, que ocorre principalmente em decorrência da exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão, como o tabagismo. Isso leva a uma inflamação crônica das vias aéreas, com dano e perda de elasticidade do tecido pulmonar, assim como a formação de muco excessivo. Esse processo resulta em sintomas como tosse crônica, produção de expectoração, dispneia e sibilos.
Apresentação clínica:
A asma geralmente se apresenta com episódios de sibilos, tosse, dispneia e opressão torácica, que podem ser desencadeados por exposição a alérgenos, infecções respiratórias, exercício físico ou emoções. Esses sintomas geralmente são reversíveis com o uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios.
A DPOC é caracterizada por sintomas como tosse crônica, produção de expectoração, dispneia e sibilos, que se desenvolvem gradualmente ao longo do tempo e tendem a piorar progressivamente. Esses sintomas são tipicamente associados a um histórico de exposição crônica a fatores nocivos ao pulmão, como o tabagismo, e geralmente são irreversíveis, com danos permanentes ao tecido pulmonar.
Diagnóstico:
O diagnóstico da asma é baseado em uma combinação de história clínica, exame físico, testes de função pulmonar e testes alérgicos. O diagnóstico da DPOC é baseado em uma combinação de história clínica, exame físico, testes de função pulmonar e imagem do tórax.
Tratamento:
O tratamento da asma inclui o uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, além de medidas para evitar a exposição a alérgenos e irritantes. Em alguns casos, a asma pode ser grave e requerer tratamentos mais intensivos.
O tratamento da DPOC envolve a redução da exposição aos fatores de risco, como o tabagismo, além do uso de medicamentos broncodilatadores e anti-inflamatórios, e exercícios físicos respiratórios. Em casos graves, a oxigenoter
rEFERÊNCIAS:
DynaMed. Asthma in Adults and Adolescents. EBSCO Information Services. Accessed March 30, 2023. https://www.dynamed.com/condition/asthma-in-adults-and-adolescents
DynaMed. Chronic Asthma in Children. EBSCO Information Services. Accessed March 30, 2023. https://www.dynamed.com/condition/chronic-asthma-in-children
DynaMed. COPD. EBSCO Information Services. Accessed March 30, 2023. https://www.dynamed.com/condition/copd
KASPER, Dennis L.. Medicina interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017.
KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia –. Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010;
Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 8a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
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