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Resumo: Camilly Victoria L. Castro Avaliação biológica de alimentos - Aula 13 Valor energético dos alimentos Energia é o resultado da interação de todos os nutrientes. Todos os constituintes orgânicos como: proteínas, carboidratos e lipídeos que ao serem quebrados geram energia, ou seja, eles representam uma energia química de constituição a ser utilizada pelo organismo animal. A água, as vitaminas e os minerais representam os meios de viabilização desta energia. - Energia não é nutriente, mas sim o resultado do metabolismo destes. Sua determinação é realizada por Bomba calorimétrica Oxidação total da amostra (no animal ocorre oxidação parcial), nessa bomba 1 molécula de glicose libera 673 kcal, no animal uma molécula de glicose libera 471 kcal. Fracionamento de Energia Energia bruta do alimento (EB) → retira-se a energia fecal (origem alimentar e origem metabólica) → Energia digestível (EB) → retira-se produtos gasosos da digestão e energia da urina (origem alimentar e origem endógena) → Energia metabolizável (EM) → Incremento calórico (não possui local fixo, calor de fermentação e calor do metabolismo de nutrientes) → Energia Líquida (EL) → energia líquida de manutenção e energia líquida de produção. *Energia líquida de manutenção (retirada antes): metabolismo basal, atividades voluntárias, calor para manter o corpo quente ou frio. *Energia líquida de produção: crescimento, engorda, lactação, lã, trabalho, reprodução. 1 Todos os ruminantes (fêmeas) retiram a energia de lactação antes devido a sua necessidade de manter o filhote vivo. Unidade de energia - valor energético dos alimentos - Energia bruta(EB) - kcal/ kg - Energia metabolizável (EM) - kcal/ kg - Energia Digestível (ED) - kcal/kg - Energia líquida (EL) - kcal/ kg - Nutrientes digestíveis totais (NDT) - % NDT= PBd+ CNFd+ FDNd+ (EEd x 2,25) ↑ Fórmula de NDT adaptada às condições mais adequadas de se caracterizar a porção fibrosa do alimento CNFs= carboidrato não fibroso digestível Metodologias para avaliação de rações em ruminantes - Métodos biológicos 1. Digestibilidade in vivo: processo de digestibilidade feita no próprio animal, é a forma mais exata para obter a digestibilidade. Demanda tempo, infra-estrutura, mão de obra, quantidade de matéria-prima para alimentação, número representativo de animais homogêneos. É um procedimento caro e trabalhoso. É dividida em digestibilidade aparente que é baseada na diferença na quantidade de algum nutriente no alimento ingerido e na fração indigestível nas fezes, sem a fração endógena (sem levar em consideração as fezes); e em digestibilidade verdadeira que considera o material metabólico fecal (fração endógena), que variam entre 0,098 a 0,129 g/g de matéria seca ingerida. A digestibilidade verdadeira é sempre maior que a aparente. É feita pelo método direto: coleta feita durante 30 dias medindo a MS consumida e excretada. Utiliza-se a seguinte fórmula: DMS% = ((consumo MS - excreção MS fezes) x100)/ consumo MS 3 Ou pode ser feita também pelo método indireto: Animais em pastejo, a digestibilidade é estimada com a utilização de componentes indigestíveis, ou seja, indicadores. Assim, a digestibilidade é estimada a partir do conhecimento das concentrações do indicador no alimento e nas fezes. DMS = 1- (cc indicador no alimento)/ (cc indicador nas fezes). *Indicadores podem ser externos ou internos. Os externos são adicionados à dieta → como óxido de crômico, Itérbio, LIPE. E os internos já ocorrem normalmente no alimento → são a lignina, FDNi, FDAi. 2. Digestibilidade in vitro: Um dos métodos mais utilizados para predizer a digestibilidade, tem dois estágios: 1) amostra + inóculo ruminal + saliva artificial em tubo de ensaio → reproduz as condições predominantes do rúmen (24 a 48 hrs); 2) O resíduo sofre digestão ácida com pepsina (48 hr), que tem como objetivo reproduzir a imitação mais próxima da digestão química → principalmente para forrageiras de alta digestibilidade e ricas em proteína. Dig. in vitro e produção de gases: através da produção de gases pode-se estimar a digestibilidade ( quanto mais gases, mas digerido). 3. Digestibilidade in situ: Degradabilidade e / ou degradação, uma determinada dieta é colocada dentro do rúmen e retirada depois de diferentes períodos de incubação para se determinar a taxa de desaparecimento da amostra. 4. Consumo voluntário: quantidade de alimento consumido pelo animal com livre acesso ao alimento durante um período de 24 horas. Comportamento ingestivo Através dele é possível saber quanto tempo o animal demorou para comer, o quanto ele comeu, o tempo de ruminação, etc. Está intimamente ligados às características físico-químicas dos alimentos e com o nível de ingestão de nutrientes. 3
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