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TBL III Objetivos e habilidades: 1. Descrever os principais marcos históricos da Medicina no Brasil; 2. 2. Analisar a legislação do exercício profissional da Medicina – Lei do ato médico/Lei n 12842-2013 Medicina no Brasil · Medicina indígena Medicina indígena no período pré-colonial assemelhava-se à praticada pelos povos primitivos – envolta em aspectos místicos. Era notória a saúde autóctone com poucas doenças, como o bócio, a bouba – infecção cutânea –e disenteria. O que chamou atenção dos colonizadores O pajé era o “médico” da tribo – com rituais místicos e sugestivos para curar o enfermo. Também era presente o uso de ervas e associações de plantas – conhecimento empírico- que poderiam beneficiar naturalmente ao longo do tempo. Pode-se considerar que, assim, a medicina autóctone tinha a sua eficácia. Medicina européia · Conhecimentos de fisiologia ainda ligados à teoria humoral de Hipocrates e com resquícios de conhecimento medieval com uma parcela de médicos que haviam cursado uma faculdade entre clínicos e cirurgiões Contato do europeu com o indígena · Autóctones adquiriram variadas doenças após o contato com os europeus, as quais os índios não tinham defesas, com a dizimação de grande parte da população. · Com o povoamento e necessidade de atrair moradores pra colônia, apos a criação das capitanias hereditárias e a chegada dos jesuítas, criou-se a pratica de uma medicina local, graças a autonomia jesuíta e a necessidade de catequização – a qual teria que atrair o indígena para ser catequizado. Assim também, diante das doenças trazidas pelos europeus que precisavam ser tratas, os jesuítas conquistaram a confiança dos índios e criaram enfermarias onde tratavam colonos e indígenas, medicavam, praticavam a sangria e partejavam as índias. Alem de possuírem boticas com remédios da própria terra com uma grande contribuição para a medicina brasileira. Profissionais da medicina · Medicina brasileira miscigenada com conhecimentos baseados nos princípios hipocráticos e dos pajés - erva da terra. · Mestre João: físico e cirurgião da expedição de Cabral e primeiro medico a pisar em terras brasileiras · Entre a maioria dos médicos da época, os principais eram cirurgiões barbeiros, com a grande maioria atendendo na clandestinidade, porem, devido à extensão do Brasil, foram de grande importância. Usavam métodos de sanguessuga – bichas - para sangria, instrumentos odontológicos e cirúrgicos. Mais tarde muitos negros e mulatos assumiram esse oficio – cirurgiões barbeiros- que davam o rendimento para os patrões · No período do governo de Mauricio de Nassau, alguns médicos – físicos- estavam presentes, como Willem Van Millaene e Willen Piso, o qual escreveu a Medicina Brasiliense, considerado o primeiro tratado de patologias brasileiras, em co-autoria com Geoger Marcgraf. · Os boticários também tiveram importância na medicina brasileira, os quais, em suas boticas, vendiam medicamentos e, nos locais com a falta de médicos, era pra eles que a população recorriam para o tratamento – o que reflete, ainda hoje, o habito de recorrer ao farmacêutico para a prescrição de remédios. · Curadores: indivíduos com condição financeira e social alta – como fazendeiros e viajantes- que possuíam manuais de medicina popular e, em locais com a falta de médicos habilitados, tratavam seus familiares, escravos e ate a população local. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) era curador. · Com a criação das primeiras faculdades de medicina aparecem, assim, cirurgiões diplomados. Assistência Hospitalar · Brás cubas, em 1543, criou a primeira santa casa da misericórdia, considerada a primeira instituição hospitalar do Brasil. Cubas era da irmandade de misericórdia, com objetivos materiais e espirituais, visavam atender aos doentes. A partir disso, outras proliferaram pelo Brasil, com princípios caritativos de assistência. · As enfermarias jesuíticas também foram importantes na assistência medica, mesmo com precariedade · Lazarentos: locais de isolamentos de leprosos · Com o governo de pombal e a expulsão dos jesuítas, as enfermarias jesuíticas foram transformadas em hospitais militares que passaram a integrar a assistência hospitalar brasileira · Em 1852 foi criado o hospital Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, o primeiro a presta atendimentos a doentes mentais. · A imigração após a restrição dos navios negreiros, teve sua importância na assistência hospitalar no Brasil, com o objetivos de auxiliar e prestar essa assistência aos membros da colônia imigrante e seus descendentes, foram criadas beneficentes e hospitais. Assim surgiu a Sociedade Portuguesa de Beneficência de Salvador, de Santos, de SP e etc. em especial em SP varias instituições hospitalares de referencia nasceram desse modo. Ensino Médico · Primeiramente, os portugueses – colonos- não criaram escolas medicas na colônia, fazendo assim, quem quisesse exercer medicina buscar estudar na metrópole – Coimbra. · Com a chegada da família real e sua corte no Brasil após a expansão napoleônica, em 1808 foi criada a escola de Cirurgia da Bahia, chefiada por José Correia Picaço, no hospital militar do Terreiro de Jesus, antiga enfermaria jesuíta e o primeiro curso superior criado no Brasil · Com a corte transferida pro RJ, foi criada a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro ( a segunda faculdade de medicina no pais) · Para exercer a profissão precisava-se de um documento de validação do cirurgião-mor de Portugal. Entretanto, dom Pedro, por meio do decreto imperial de 29 de setembro de 1826, trouxe independência e autonomia para as instituições de medicina. · Em 3 de outubro de 1832, a regência trina permanente, transformas as academias de medicina em faculdades de medicina, passando a ter 6 anos de duração e o titulo de Dr. em Medicina . · Durante o segundo império, no reinado de D. Pedro II, ocorreram 3 reformas: 1. O currículo passou a ter 18 disciplinas, graças ao Visconde de Bom Reino, e determinou-se a instalação de laboratórios, anfiteatros com a faculdade tendo um diretor e uma congregação de lentes ( Prof titulares) 2. Leôncio de carvalho- curso passou a ter 26 disciplinas e determinou a abolição do juramento religioso, autorizou o ingresso de mulheres e a frequência livre 3. Visconde de Sabóia- abolição da freqüência do aluno, instituição de uma revista bimestral para a publicação de trabalhos científicos · A terceira faculdade de medicina foi criada em porto alegre. A partir do século XIX, com a criação das escolas medicas a medicina brasileira progrediu e os primeiros textos médicos foram impressos.
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