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Livro_Microbiologiaeparasitologia_Patologiaeimunologia_2_

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Prévia do material em texto

Aldo Matos
Isabel Cristina Rezende Lopes
Lilian Margareth Biagioni de Lima
Microbiologia e parasitologia/
 Patologia e imunologia
Catalogação elaborada pelo Setor de Referência da Biblioteca Central UNIUBE
 Matos, Aldo. 
M428m Microbiologia e parasitologia, patologia e imunologia / Aldo 
 Matos, Isabel Cristina Rezende Lopes, Lílian Margareth Biagioni 
 de Lima. – Uberaba : Universidade de Uberaba, 2017.
 316 p. : il. 
 
 Programa de Educação a Distância – Universidade de Uberaba.
	 Inclui	bibliografia.																					
 ISBN 978-85-7777-669-6
 
 1. Parasitologia. 2. Microbiologia. 3. Imunologia. I. Lopes,
 Isabel Cristina Rezende. II. Lima, Lílian Margareth Biagioni de.
 III. Universidade de Uberaba. Programa de Educação a Distância. 
 IV. Título. 
 CDD 616.96
© 2017 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, 
da Universidade de Uberaba.
Universidade de Uberaba
Reitor
Marcelo Palmério
Pró-Reitor de Educação a Distância
Fernando César Marra e Silva
Coordenação de Graduação a Distância
Sílvia Denise dos Santos Bisinotto
Editoração e Arte
Produção de Materiais Didáticos-Uniube
Revisão textual
Stela Maria Queiroz Dias
Diagramação
Douglas Silva Ribeiro
Projeto da capa
Agência Experimental Portfólio
Edição
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
Aldo Matos
Mestre em Imunologia e Parasitologia Aplicadas pela Universidade 
Federal de Uberlândia (UFU). Graduado em Farmácia e Bioquímica pela 
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), graduado em Licenciatura em 
Ciências Biológicas pela Universidade de Uberaba (Uniube), graduado 
em Programa Especial de Formação Pedagógica R2-Biologia pelo Centro 
Universitário Claretiano de Batatais. É professor de ensino superior 
da Universidade de Uberaba (Uniube). Tem experiência na área de 
Parasitologia, com ênfase em Protozoologia Parasitária Humana, atuando 
principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, Trypanosoma cruzi, 
assistência de enfermagem, calazar humano e chagas disease.
Isabel Cristina Rezende Lopes
Mestra em Patologia Clínica pela Universidade Federal do Triângulo 
Mineiro (UFTM). Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade 
Federal de Uberlândia (UFU). Professora da Universidade de Uberaba 
(Uniube), dos componentes curriculares: Casos Clínicos, Bioquímica 
Clínica do curso de Biomedicina, Exames Complementares para o curso 
de Enfermagem e Ciências Morfológicas para o curso de Medicina. 
Professora-orientadora do núcleo de professores do PIAC (Programa 
Institucional de Atividades Complementares).
Lílian Margareth Biagioni de Lima
Mestre em Ciências-Patologia Geral e especialista em Metodologia do 
Ensino de Ciências pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro 
(UFTM). Graduada em Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado), 
pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) e 
aperfeiçoamento em Patologia (Sorodiagnóstico) pelo Departamento de 
Patologia (Unesp-Botucatu). Professora da Universidade de Uberaba 
Sobre os autores
(Uniube). Membro da Pró-Reitoria de Ensino Superior desta IES. 
Professora nos cursos da área da educação e da saúde nos conteúdos 
de Fisiologia Humana e Patologia Geral, atuando principalmente nos 
seguintes temas: Patologia Geral e Orientação de TCC. Coordenadora 
pedagógica do Pró-Saúde II (Uniube).
Sumário
Apresentação .............................................................................................................. IX
Capítulo 1 Fundamentos e métodos no adoecimento .......................... 1
1.1 Fundamentos de Parasitologia e Microbiologia .......................................................3
1.2 Fundamentos de Imunologia ..................................................................................10
1.2.1 Funções do sistema imune ...........................................................................10
1.2.2 Mecanismos de defesa .................................................................................15
1.2.3	Defesas	artificiais ..........................................................................................19
1.2.4 Métodos utilizados em Imunologia para diagnóstico de doenças ................20
1.3 Introdução ao estudo da Patologia .........................................................................21
1.3.1 Métodos de estudo em Patologia .................................................................21
1.4 Conclusão ...............................................................................................................43
Capítulo 2 Agressão: saúde e doença ................................................. 45
2.1 Etiopatogênese geral das lesões ...........................................................................47
2.1.1 Respostas localizadas às agressões ............................................................48
2.2 Agentes lesivos .......................................................................................................53
2.2.1 Agentes físicos lesivos ..................................................................................53
2.2.2 Agentes químicos lesivos ..............................................................................70
2.2.3 Agentes nutricionais lesivos ..........................................................................72
2.2.4 Agentes biológicos lesivos ............................................................................79
2.3 Lesões ou processos patológicos ..........................................................................97
2.3.1 Degenerações ..............................................................................................98
2.3.2 Morte celular ...............................................................................................100
2.4 Conclusão .............................................................................................................108
Capítulo 3 Defesa e adaptação dos seres vivos ................................111
3.1 A defesa diante dos agentes agressores .............................................................113
3.1.1 Resposta imune adaptativa ........................................................................114
3.1.2 Passo a passo da ação resposta imune adaptativa ...................................123
3.1.3 O Sistema Complemento ...........................................................................124
3.2 Citocinas ..............................................................................................................126
3.2.1 Propriedades gerais das citocinas ..............................................................126
3.2.2 Citocinas que atuam na resposta imune inata ...........................................127
3.2.3 Citocinas que atuam na resposta imune adaptativa ..................................128
3.3 Imunidade aos micróbios ......................................................................................129
3.3.1 Imunidade aos vírus ....................................................................................130
3.3.2 Imunidade a bactérias extracelulares .........................................................131
3.3.3 Imunidade a bactérias intracelulares ..........................................................132
3.3.4 Imunidade aos fungos .................................................................................133
3.4	Defesa	e	adaptação:	o	processo	inflamatório ......................................................1333.4.1	Classificação	da	inflamação .......................................................................136
3.4.2	Células	do	exsudato	inflamatório ................................................................136
3.4.3	Fenômenos	da	inflamação ..........................................................................138
3.4.4	Fenômenos	x	sinais	cardinais	da	inflamação .............................................142
3.4.5	Mediadores	da	resposta	inflamatória ..........................................................143
3.4.6	Inflamação	aguda ........................................................................................144
3.4.7	Inflamação	crônica ......................................................................................148
3.5 Doenças: manifestações clínicas das respostas de defesa e de adaptação ......154
3.5.1 Algumas doenças causadas por bactérias, fungos e vírus ........................155
3.5.2 Algumas doenças causadas por bactérias .................................................161
3.5.3 Algumas doenças causadas por vírus ........................................................165
3.5.4 Algumas doenças causadas por fungos .....................................................168
3.6 Alergia ...................................................................................................................169
3.7 Conclusão .............................................................................................................170
Capítulo 4 Alterações celulares e doenças causadas por 
 protozoários ..................................................................... 173
4.1 Protozoários intestinais .........................................................................................175
4.1.1 Protozoários com habitat no intestino delgado ...........................................176
4.1.2 Protozoários com habitat no intestino grosso .............................................182
4.2 Protozoários sanguíneos e tissulares ...................................................................188
4.3 Distúrbios locais da circulação .............................................................................206
4.3.1 Hiperemia ....................................................................................................207
4.3.2 Hemorragia ..................................................................................................212
4.3.3 Edema .........................................................................................................218
4.3.4 Trombose ....................................................................................................220
4.3.5 Embolia........................................................................................................227
4.3.6 Infarto ..........................................................................................................230
4.3.7 Choque ........................................................................................................234
4.4 Resposta imunológica aos parasitos ....................................................................236
4.4.1 Resposta imune adaptativa aos parasitos ..................................................236
4.4.2 Imunoematologia .........................................................................................237
Capítulo 5 Alterações celulares e doenças causadas por metazoários,
 imunologia dos tumores e doença autoimune ................. 241
5.1 Doenças causadas por nematelmintos ................................................................243
5.1.1 Nematelmintos intestinais que realizam o Ciclo de Loss ...........................245
5.1.2 Nematelmintos intestinais que não passam pelos pulmões ......................252
5.1.3 Nematelmintos sanguíneos e teciduais ......................................................255
5.2 Doenças causadas por platelmintos .....................................................................257
5.2.1 Taenia solium e Taenia saginata .................................................................258
5.2.2 Hymenolepis nana ......................................................................................260
5.2.3 Echinococcus granulosus ...........................................................................262
5.2.4 Schistosoma mansoni .................................................................................264
5.3	Profilaxia	e	controle	das	verminoses	intestinais ...................................................268
5.4 Crescimento e diferenciação celular ....................................................................271
5.4.1 Regulação do crescimento celular ..............................................................272
5.4.2 Distúrbios do crescimento celular ...............................................................274
5.4.3 Alterações da diferenciação celular ............................................................282
5.4.4 Alterações do crescimento e da diferenciação celular ...............................285
5.4.5 Doenças autoimunes ..................................................................................299
O adoecimento é um processo de grande complexidade que, do ponto 
de vista biológico, envolve uma agressão, a consequente resposta 
de defesa do organismo e as alterações anatômicas e/ou funcionais 
decorrentes das interações entre o agente agressor e o organismo 
agredido. Classicamente, a defesa do organismo refere-se ao campo 
da Imunologia, as alterações temporárias ou permanentes causadas 
pela agressão, bem como os agentes agressores, físicos, químicos ou 
biológicos, são assuntos da Patologia, da Parasitologia (helmintos e 
protozoários), da Microbiologia (vírus, bactérias e fungos).
Os	desafios	no	estudo	das	doenças	estão	em	transitar,	com	segurança,	
entre	a	investigação	científica	e	o	ensino-aprendizagem;	entre	os	avanços	
tecnológicos	e	científicos	e	a	arte	e	a	ciência	de	ensinar;	entre	pesquisar	
e fazer intervenção por meio de projetos educativos. Para vencer esses 
desafios,	é	preciso	dedicação	aos	estudos	e	a	compreensão	de	que	tudo	
está interligado: saúde, educação, economia, cultura, natureza e meio 
ambiente.
Acrescente conceitos e curiosidades à composição destes capítulos, 
revendo	 os	 textos	 lidos.	 Nunca	 utilize	 as	 dificuldades	 como	 um	
problema para esse ou qualquer assunto. Com isso, esperamos que 
admire	o	desafio	de	aprender	e	saber	Biologia.	Este	livro,	que	se	intitula	
Microbiologia e Parasitologia / Patologia e Imunologia, compõe-
se de cinco capítulos. A seguir, de forma sucinta, os conteúdos que 
foram cuidadosamente selecionados para ajudá-lo(a) na sua formação 
profissional.
Apresentação
X UNIUBE
No primeiro capítulo, intitulado “Fundamentos e métodos no 
adoecimento”, iniciaremos os estudos abordando alguns conceitos 
elementares e os principais métodos aplicados à Parasitologia. Com 
certeza,	você	não	sentirá	dificuldades.	Afinal,	quem	nunca	ouviu	falar	
em amebas, lombrigas ou giárdia? Mesmo porque, os protozoários e os 
helmintos são temas já abordados em outra disciplina, como na Zoologia 
dos invertebrados. 
O que vamos fazer nesse capítulo é organizar essas informações 
e complementá-las, focando as doenças parasitárias. Além desses 
aspectos, ainda, nesse capítulo, serão estudados os principais métodos 
de estudo utilizados na investigação do processo de adoecimento. 
Assim	sendo,	esperamos	que,	ao	final	desse	estudo,	você	compreenda	
o princípio e a utilização dos métodos e técnicas.
“Agressão: saúde e doença” corresponde ao capítulo dois deste livro, 
em que estudaremos alguns aspectos da saúde e da doença. O tema 
saúde x doença permite múltiplas abordagens, que envolvem desde os 
processos biológicos até as interações sociais. Você perceberá que, 
do ponto de vista biológico, o foco central é o adoecimento. Nesse 
processo, percebemos que uma agressão desvia o organismo do estado 
de equilíbrio ou homeostase e provocanele uma reação no sentido de 
retomar o estado de equilíbrio, ou seja, na prática, o organismo reage 
pela resposta imunológica e por reações heterólogas. 
O equilíbrio pode, ou não, ser reestabelecido e, na verdade, existe uma 
infinidade	de	novas	situações	de	equilíbrio	possíveis	diante	de	uma	
agressão.	Todas	essas	possibilidades	configuram	desde	a	cura	até	as	
diferentes apresentações de doença. Assim, diante de uma agressão, o 
organismo defende-se, podendo adaptar-se a um novo ponto de equilíbrio 
ou apresentar processos patológicos e adoecer. Nessa interação entre 
agente agressor e organismo agredido, exercem papéis importantes 
 UNIUBE XI
a resposta imunológica a vírus, a bactérias e a fungos e os processos 
patológicos resultantes que, de um modo geral, estão envolvidos na 
defesa do organismo e na busca de um novo ponto de equilíbrio.
O capítulo seguinte foi intitulado “Defesa e adaptação dos seres vivos”. 
Nesse capítulo três, você será levado a conhecer os fundamentos e 
métodos de estudo do adoecimento e abordar o binômio saúde x doença, 
sob o aspecto biológico. Desse modo, iremos elencar, com maior 
completude, os mecanismos de defesa e as estratégias de adaptação 
do organismo diante de uma agressão.
As parasitoses assumem grande importância nos países 
subdesenvolvidos e naqueles em desenvolvimento, porque sua 
ocorrência e suas consequências estão diretamente relacionadas 
às condições de vida da população: condições sanitárias, hábitos 
alimentares, cultura e acesso a serviços, entre outros. 
Nesse sentido, o estudo do capítulo quatro, “Alterações celulares e 
doenças causadas por protozoários”, estará voltado para os fatores 
biológicos que condicionam a ocorrência e a gravidade das doenças 
parasitárias. Para tanto, não podemos perder de vista tudo o que 
já foi estudado sobre agressão, defesa, adaptação e doença. É o 
momento de articular esses conhecimentos! Começaremos estudando as 
doenças causadas por protozoários parasitas, que são objeto de estudo 
desse capítulo.
No quinto e último capítulo, “Alterações celulares e doenças causadas por 
metazoários, imunologia dos tumores e doença autoimune”, abordaremos 
as alterações celulares e as doenças causadas por metazoários. Assim, 
chegamos ao momento de estudar as agressões causadas pelos 
metazoários. A maioria desses seres unicelulares e eucariotos são 
de vida livre. Entre os metazoários parasitos de humanos, existe uma 
XII UNIUBE
diversidade de habitat e de mecanismos de agressão. Isso determina 
uma diversidade na resposta imunológica e nas apresentações clínicas. 
Nesse capítulo cinco, não temos a pretensão de esgotar um tema 
verdadeiramente extenso. Mas, aqui, você encontrará orientações para 
seu estudo e informações que lhe ajudarão em seus estudos. Com o 
objetivo de organizar as alterações celulares e doenças causadas 
por metazoários, imunologia dos tumores e doença autoimune, 
apresentaremos, na primeira parte desse capítulo, os protozoários 
intestinais, seguidos dos protozoários sanguíneos e tissulares. A segunda 
parte será constituída pelos temas: distúrbios do crescimento e da 
diferenciação celular, decorrentes de alterações nos mecanismos que 
regulam estes processos, além da imunologia dos tumores e doenças 
autoimunes.
Como você pode perceber, trata-se de um livro criteriosamente 
construído, com uma quantidade expressiva de informações. Cabe a 
você	ler,	reler,	interpretar,	refletir,	registrar,	comparar	e	articular	teoria	
e prática nas disciplinas Microbiologia e Parasitologia / Patologia e 
Imunologia.
Bons estudos!
Aldo Matos
Isabel Cristina Rezende Lopes
Lilian Margareth Biagioni de Lima
Introdução
Fundamentos e métodos 
no adoecimento
Capítulo
1
Prezado aluno, o adoecimento é um processo de grande 
complexidade que, do ponto de vista biológico, envolve uma 
agressão, a consequente resposta de defesa do organismo e as 
alterações anatômicas e/ou funcionais decorrentes das interações 
entre o agente agressor e o organismo agredido. 
Classicamente, a defesa do organismo refere-se ao campo da 
Imunologia, as alterações temporárias ou permanentes causadas 
pela agressão, bem como os agentes agressores, físicos, químicos 
ou biológicos, são assuntos da Patologia, da Parasitologia 
(helmintos e protozoários), da Microbiologia (vírus, bactérias e 
fungos). 
Além desses aspectos, ainda, nesse capítulo, serão estudados 
os principais métodos de estudo utilizados na investigação do 
processo	de	adoecimento.	Assim	sendo,	esperamos	que,	ao	final	
desse estudo, você conheça o princípio e a utilização dos métodos 
e técnicas estudados.
Ao	finalizar	os	estudos	deste	capítulo,	esperamos	que	você	seja	
capaz de:
Objetivos
2 UNIUBE
1.1 Fundamentos de Parasitologia e Microbiologia
1.2 Fundamentos de Imunologia
1.3 Introdução ao estudo da Patologia
1.4 Conclusão
Esquema
• definir	Patologia;
• indicar os principais métodos de estudo utilizados em 
Patologia;
• explicar	o	princípio	e	a	utilização	do	método	morfológico;
• descrever as técnicas do método morfológico para análise 
dos	processos	patológicos	em	níveis	macro	e	microscópicos;
• explicar o princípio e a utilização do método imuno-
istoquímico	e	de	suas	técnicas;
• explicar o princípio e a utilização da Biologia Molecular e de 
suas	técnicas;
• conceituar	parasitismo;
• indicar os principais métodos de estudo aplicados à 
Parasitologia;
• indicar os principais métodos de estudo aplicados à 
Microbiologia;
• explicar	o	princípio	dos	métodos	de	exames	parasitológicos;
• conceituar	Imunologia;
• descrever os componentes da resposta imunológica e suas 
respectivas funções.
 UNIUBE 3
Vejamos, agora, os conceitos fundamentais e os principais métodos 
aplicados	à	Parasitologia.	Com	certeza,	você	não	sentirá	dificuldades.	
Afinal,	quem	nunca	ouviu	falar	em	amebas,	lombrigas	ou	giárdia?	Mesmo	
porque, os protozoários e os helmintos são temas já abordados nos 
conteúdos de Zoologia. O que vamos fazer agora é organizar essas 
informações e complementá-las, focando as doenças parasitárias.
Precisamos de início, rever o conceito de parasitismo. Pense aí 
com você mesmo. Então? Já pensou?
Fundamentos de Parasitologia e Microbiologia1.1
Em capítulos anteriores, você encontra o seguinte conceito para 
parasitismo:
[...] em princípio, considerada negativa, esse tipo de 
interação é caracterizado por espécies que vivem às 
expensas de outra, atacando-a diretamente e afetando-
a desfavoravelmente, porém, dependendo dela para 
sua	sobrevivência	[...]	(BARNES;	RUPPERT,	1996,	p.6).
Na abordagem das doenças infecciosas, ao 
falarmos em parasitos, imediatamente pensamos 
nos vermes e nos protozoários que parasitam o 
intestino do homem ou de animais. No entanto, 
bactérias, vírus e fungos causadores de doenças 
podem também ser considerados parasitos, 
porque durante a infecção, vivem à custa do 
organismo infectado. De fato, o ponto crucial na 
relação de parasitismo é que o parasito depende 
do hospedeiro para viver. Mas, chegou o momento 
de ampliarmos esse conceito. Vamos lá!
Corriqueiramente, costumamos relacionar os 
parasitos com doenças intestinais que se 
manifestam com diarreia e cólica. Porém, só existe 
doença quando há sinais e sintomas. Em várias 
Sinais
São as alterações 
fisiológicas	ou	
anatômicas 
possíveis de 
serem observadas 
diretamente, como 
os sangramentos, 
ou medidas, como 
a temperatura 
corporal na 
febre ou o ritmo 
dos batimentos 
cardíacos.
Sintomas
São alterações 
subjetivas, que, 
portanto, não 
podem ser medidas, 
como a dor.
4 UNIUBE
pessoas, uma parasitose pode ser assintomática. 
Dizemos, então, que a pessoa com parasitose 
está doente, quando ela apresenta sinais e 
sintomas, como, por exemplo, a diarreia. No 
caso da pessoa com parasitose não apresentar 
sinais e sintomas, dizemos que ela está com uma 
infecção assintomática.
Por exemplo, apenas 10% das pessoas infectadas por Entamoeba 
histolytica, o agente da amebíase, apresentam diarreias. Portanto, estas 
pessoasestão infectadas e doentes. As demais são assintomáticas e, 
portanto, estão infectadas, mas não estão doentes.
Também vale lembrar que existem parasitos cujo habitat não é o intestino, 
como por exemplo, o Trypanosoma cruzi, causador da doença de 
Chagas,	que	habita	fibras	musculares	lisas,	fibras	musculares	estriadas	
cardíacas e tecido nervoso.
E,	 afinal,	 os	 parasitos	 existem	 apenas	 para	 nos	 causar	 prejuízo?	
Atualmente, acredita-se que não. Alguns estudos comparando 
populações com alto índice de parasitoses intestinais a populações pouco 
parasitadas indicam que ter parasitoses intestinais na infância pode 
diminuir os riscos da pessoa tornar-se alérgica ou mesmo de desenvolver 
doenças autoimunes.
Infecção
Penetração e 
desenvolvimento ou 
multiplicação de um 
agente infeccioso 
dentro do organismo 
de humanos ou de 
animais.
Uma doença autoimune ocorre quando nosso sistema de defesa, o sistema 
imunológico, passa a agredir nosso próprio organismo. Você estudará, 
nos próximos capítulos, a resposta de defesa do nosso organismo frente a 
agentes agressores e entenderá melhor como isso acontece.
PARADA OBRIGATÓRIA
 UNIUBE 5
Você	consegue	imaginar	como	identificaram	a	relação	entre	parasitismo	
intestinal e menores riscos para alergias e doenças autoimunes? Essa 
relação	foi	identificada	ao	se	observar	e	comprarar	a	ocorrência	de	
alergias entre populações com altos índices de parasitismo intestinal e 
populações	pouco	parasitadas.	O	que	ajudou	a	definir	essa	questão	foi	a	
aplicação dos recursos da Estatística aos dados coletados na observação. 
Isso mesmo! A Estatística que você estudou nas etapas anteriores.
Do que vimos até agora, podemos concluir que:
• infecção	é	diferente	de	doença;
• nem	toda	pessoa	parasitada	está	doente;
• nem	todo	parasito	habita	o	intestino;
• a infecção por parasitos intestinais pode diminuir os riscos de a 
pessoa parasitada desenvolver alergias ou doenças autoimunes.
Considerando essas informações, as parasitoses não devem ser encaradas 
apenas como doenças, porque a maioria das pessoas infectadas são 
hospedeiros assintomáticos. Mas, no estudo das infecções por parasitas, 
devem ser consideradas, também, suas características epidemiológicas, 
isto é, o modo de transmissão e a distribuição de casos na população.
Esses hospedeiros assintomáticos são dispersores 
da infecção. Nas parasitoses intestinais, por 
exemplo, os hospedeiros assintomáticos servem 
de fonte de contaminação do ambiente (água, 
solo, alimentos etc.) com formas infectantes que 
darão início à infecção em outras pessoas que 
as ingerirem. Também os assintomáticos, uma 
vez diagnosticados, engrossarão o número de 
pessoas infectadas e a prevalência de parasitoses 
intestinais fornece uma ideia do desenvolvimento 
Prevalência
Número de 
casos de uma 
doença (novos e 
antigos), em uma 
população, em um 
dado momento. 
Geralmente, a 
prevalência é 
expressa em 
porcentagem da 
população atingida 
pela doença 
avaliada.
6 UNIUBE
Estudaremos algumas doenças causadas por protozoários e outras 
causadas por vermes em outros capítulos mais adiante.
E	para	que	estudamos	as	parasitoses,	afinal?	Estudamos	essas	
doenças para fazer prevenção da infecção, para diminuir sua 
prevalência e para entender porque algumas pessoas infectadas 
desenvolvem doença e outras não.
socioeconômico da comunidade. Quanto menos desenvolvida for a 
comunidade, isto é, quanto mais precárias forem as condições de vida 
das pessoas, maior a prevalência de parasitoses intestinais.
Para a maioria dos protozoários intestinais, excetuando-se os coccídeos, 
a forma infectante que sai nas fezes é o cisto. Para a maioria dos vermes, 
a forma infectante que sai nas fezes são os ovos, exceto para os poucos 
vermes que penetram por meio da pele e mucosas, cuja forma infectante 
são as larvas.
SAIBA MAIS
Uma das ações que compõem as estratégias para fazer prevenção e 
diminuir a prevalência é diagnosticar precocemente a infecção, quer 
seja sintomática ou assintomática. Para as parasitoses intestinais, 
podemos usar o método de exames parasitológicos de fezes, nos 
quais observamos amostras de fezes ao microscópio em busca de 
formas evolutivas dos parasitos intestinais, que porventura tenham sido 
evacuadas. O Quadro 1, a seguir, apresenta um resumo das principais 
técnicas	empregadas	para	esse	fim.
 UNIUBE 7
Técnica Princípio Formas evoluti-vas que detecta Utilização
Direto
ou
“a fresco”
Visualização da amos-
tra bruta de fezes sem 
nenhum procedimento 
especial
Trofozoítos de 
protozoários
Diagnóstico de pro-
tozooses intestinais
Método Hoffman 
Pons e Janer ou 
HPJ
Sedimentação espon-
tânea das formas evo-
lutivas
Cistos de proto-
zoários e ovos de 
helmintos
Diagnóstico de pro-
tozooses, helminto-
ses intestinais
Wiilis
Flutuação das formas 
evolutivas em solução 
saturada de sal ou de 
açúcar
Ovos de helmin-
tos
Diagnóstico de hel-
mintoses intestinais
Faust
Centrífuga-flutuação	
das formas evolutivas 
em solução de sulfato 
de zinco a 33%
Cistos de proto-
zoários
Diagnóstico de pro-
tozooses intestinais
Kato-Katz Quantificação	da	carga	parasitária de vermes Ovos de vermes
Diagnóstico de hel-
mintoses intestinais 
e estimativa da po-
pulação de vermes 
no intestino do hos-
pedeiro
Baerman-Moraes
Termotropismo e hidro-
tropismo das larvas de 
vermes
Larvas de helmin-
tos
Diagnóstico de hel-
mintoses nas quais 
podem ser encon-
tradas larvas nas 
fezes, especialmen-
te estrongiloidíase
Quadro 1: Resumo as principais técnicas de exame parasitológico de fezes
Para encontrar trofozoítos de protozoários parasitos intestinais, 
devemos utilizar o Método Direto, também conhecido como Exame a 
Fresco. Nesse método, examinam-se ao microscópio amostras de fezes 
recém-eliminadas, ou seja, com menos de uma hora de evacuadas. Após 
esse prazo, os trofozoítos morrem e não serão mais encontrados.
8 UNIUBE
Para diagnosticar as doenças parasitárias cujo agente encontra-se 
nos tecidos, podemos realizar biópsias, processadas com técnicas de 
imunoistoquímica, que serão descritas ao longo desse capítulo. 
Quando o parasito mantiver-se em grande quantidade na corrente 
sanguínea, como no caso da fase aguda da doença de Chagas, podemos 
proceder ao exame direto, ao microscópio, de uma gota do sangue 
periférico, recém-coletado. Também, é possível confeccionar esfregaços 
de sangue, em lâminas de microscopia, corando pelos corantes Leishman 
ou Giemsa que coram e evidenciam a presença dos parasitos no sangue.
Ainda, em casos de parasitos que habitam o sangue dos tecidos, ou 
mesmo de parasitos intestinais cuja aplicação do exame parasitológico de 
fezes tenha limitações, podemos usar técnicas imunológicas, nas quais 
são detectados anticorpos contra o parasito em amostras de sangue do 
hospedeiro.
Para o estudo dos fungos e das bactérias, são utilizadas as técnicas 
de cultura, para seu isolamento e crescimento aliadas à confecção de 
lâminas	coradas	por	diferentes	técnicas,	a	fim	de	estudar	sua	morfologia	
e propriedades tintoriais. Já os vírus, seres extremamente pequenos e 
parasitos intracelulares obrigatórios, exigem a utilização de microscopia 
eletrônica para estudar sua morfologia. Outras técnicas, como a dosagem 
dos metabólitos por meio de métodos bioquímicos e também as técnicas 
de análise de biologia molecular, estas já apresentadas nesse capítulo, 
podem ser utilizadas no estudo das agressões causadas por fungos, 
bactérias e vírus.
A	identificação	das	bactérias	é	inicialmente	baseada	em	sua	morfologia	
e na coloração de Gram. O principal corante na coloração de Gram é o 
cristal violeta, o qual pode penetrar na parede bacteriana. 
 UNIUBE 9
As	bactérias	que	retêm	o	cristal	violeta	na	sua	parede	são	classificadas	
como gram-positivas e aquelas que não o retêm, são gram-negativas. 
De forma semelhante ao estudo das bactérias, para estudar a morfologia 
dos fungos são realizadas culturas e confeccionadas lâminas coradas. 
Os meios para a culturae os corantes utilizados variam de acordo com 
a espécie de fungo ou de bactéria que se estuda.
Caro estudante, os métodos parasitológicos de estudo servem para 
identificar	o	agente	de	uma	infecção,	mas,	como	já	foi	mencionado,	
nem todas as pessoas infectadas estão doentes. Para entender por que 
algumas pessoas infectadas desenvolvem sinais e sintomas e outras não, 
estudam-se a resposta de defesa contra o agressor e as características 
peculiares do agente infeccioso.
As características peculiares do agente podem ser estudadas pelos 
métodos apresentados nesses capítulos, tais como a análise de suas 
proteínas de superfície e das suas enzimas e, mais recentemente, por 
meio das técnicas de Biologia molecular. Ao longo do estudo da Agressão 
e da Defesa, você perceberá o quanto a relação entre o parasito e o 
hospedeiro	é	importante	para	definir	a	evolução	de	uma	infecção	para	
cura, infecção assintomática, doença aguda, doença crônica ou morte.
Em um primeiro olhar, observando esses métodos de estudos aplicados 
à parasitologia, podemos ser seduzidos por toda essa tecnologia. No 
entanto, veremos mais adiante que também existe o olhar para as 
doenças	parasitárias	à	luz	das	condições	de	vida,	que	configuram	fatores	
de risco para ocorrerem parasitoses. Essa última abordagem faz parte da 
realidade de muitos brasileiros e permitirá a contextualização dos temas 
de parasitoses, quando você, futuro professor, preparar sua aula.
10 UNIUBE
Imunologia, do latim: immunitas	significa	“isento	de	taxa”,	ou	melhor,	livre	
ou isento de doença. Apesar de o conceito de contágio e a presença de 
germes serem conhecidos desde 1546, foi somente com o experimento 
do	médico	inglês	Edward	Jenner,	em	1798,	que	a	Imunologia	ficou	
realmente conhecida.
Observando a evolução da varíola, doença causada por vírus que, na 
época, estava associada à alta morbidade e mortalidade, principalmente 
de crianças, o médico observou que os indivíduos que trabalhavam em 
fazendas e que tinham contato com a varíola bovina (ordenhadores, por 
exemplo), desenvolviam lesões locais, nas mãos e nos pulsos, porém, 
não desenvolviam a doença humana. Em seu experimento, revolucionário 
na época, porém muito condenado e perigoso, inoculou material obtido 
da lesão da mão dos ordenhadores (pus da lesão) no braço de um 
menino de somente oito anos. Após dois meses, inoculou no mesmo 
menino, material proveniente de um paciente com varíola humana, e o 
menino desenvolveu apenas ferida local. Jenner concluiu, então, que 
a exposição do menino à varíola bovina tinha concedido proteção, ou 
imunidade à infecção pela forma humana da doença, iniciando então 
os estudos da Imunologia, ou o estudo da resposta do organismo a 
substâncias estranhas.
1.2.1 Funções do sistema imune
Os estudos atuais mostram que o sistema imunológico atua em nosso 
organismo de diversas maneiras, sendo várias as funções por ele 
desempenhadas, como:
• combate	aos	microrganismos	invasores;
• limpeza:	retirada	de	células	mortas,	renovação	de	tecidos;
• rejeição	a	transfusões	sanguíneas,	transplantes	e	enxertos;
Fundamentos de Imunologia1.2
 UNIUBE 11
• desenvolvimento de memória imunológica: importante na prática da 
vacinação,	por	exemplo;
• ação ativa contra as células alteradas que diariamente surgem em 
nosso corpo como resultado de mitoses anormais e que se não 
forem destruídas ou retiradas podem originar tumores.
Para desempenhar tais funções, o sistema imunológico é formado pelas 
células de defesa e pelos órgãos linfoides. Vamos, então, conhecer cada 
um desses componentes.
As células que compõem o sistema imune agem como um exército, em 
que	cada	função	é	desempenhada	por	componentes	específicos,	tais	
como:
• leucócitos ou glóbulos brancos do sangue: divididos em 
subpopulações	com	funções	próprias;
• linfócitos: são as principais células do sistema imunológico 
e correspondem de 20 a 30% dos glóbulos brancos totais. 
Morfologicamente são ovoides com núcleo grande e citoplasma 
abundante;
Veja uma imagem de um linfócito no site:
http://www.alunosonline.com.br/biologia/sangue.html
PESQUISANDO NA WEB
• linfócitos T ou “timo-dependentes”: são muito importantes e entre 
as suas inúmeras funções, podemos citar a ativação da resposta 
imunocelular,	pela	participação	do	Linfócito	T	auxiliar	(Ta);	ativação	
de outros linfócitos, como o Linfócito T citotóxico (Tc), Linfócito T 
reguladores, cuja principal função é inibir a resposta imunológica, 
linfócitos Th17, secretores de IL-17, envolvidos na defesa contra 
microrganismos	 e	 na	mediação	 da	 inflamação,	 e	 outros	 tipos	
celulares,	como	os	macrófagos,	por	exemplo;	controlam	a	resposta	
imune: responsáveis pela supressão da produção de anticorpos 
12 UNIUBE
• neutrófilos ou neutrófilos segmentados: são os mais abun-
dantes e correspondem a 60% dos leucócitos totais. Entre as suas 
funções, estão a fagocitose do invasor, especialmente bactérias, e a 
participação	no	processo	inflamatório,	com	a	formação	do	“pus”.	Na	
morfologia, apresenta grânulos no citoplasma e núcleo com vários 
lóbulos	(ou	segmentos);
após	a	destruição	do	invasor;	são	capazes	de	desenvolver	células	
de	memória;
• linfócito B:	associados	à	resposta	imune-humoral;	entre	as	suas	
funções	estão	a	produção	de	anticorpos	específicos	contra	diversos	
antígenos	e	a	capacidade	de	desenvolver	células	de	memória;
• anticorpo: proteína plasmática, secretada pelas células B, 
que medeia a imunidade humoral, ligando-se aos antígenos e 
desencadeando	mecanismos	efetores	que	os	eliminam;
• antígeno:	molécula	capaz	de	desencadear	resposta	imunológica;
• linfócito NK, natural killer, ou, ainda, matadoras naturais: 
participam da imunidade inata, além de estarem associadas à 
destruição de células tumorais, células infectadas por vírus, entre 
outras;
• monócitos: correspondem a, aproximadamente, 3% dos leucó-
citos	totais;	são	responsáveis	por	fagocitarem	organismos	invasores,	
além de serem precursoras dos macrófagos. Morfologicamente, são 
agranulares	com	núcleo	grande	em	forma	de	ferradura;
Veja uma imagem de um monócito no site:
http://www.alunosonline.com.br/biologia/sangue.html
PESQUISANDO NA WEB
Veja	uma	imagem	de	um	neutrófilo	no	site:
http://www.alunosonline.com.br/biologia/sangue.html
PESQUISANDO NA WEB
 UNIUBE 13
• eosinófilos: correspondem a 2% dos totais e estão presentes nos 
tratos digestivo e respiratório, sendo frequentes nos processos 
parasitários e alérgicos. São células que apresentam grânulos que 
se	coram	pela	eosina,	ficando	com	aspecto	bem	característico;
Veja	uma	imagem	de	um	eosinófilo	no	site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Eosinophil.jpg
PESQUISANDO NA WEB
• basófilos: somente 1% dos leucócitos totais participa da reação 
do	choque	anafilático.	São	células	com	grânulos	muito	grandes,	
compostos de histamina e heparina, e que chegam a “mascarar” o 
núcleo.
Veja	uma	imagem	de	um	basófilo	no	site:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PBBasophil.jpg
PESQUISANDO NA WEB
Além das células descritas anteriormente, outros tipos celulares do 
sistema imune estão presentes nos tecidos. São eles:
• macrófagos: originadas a partir dos monócitos que migraram 
para o tecido conjuntivo. São bastante importantes, participando 
da imunidade inata por meio da fagocitose e destruição de 
microrganismos invasores. Participam da apresentação do invasor, 
necessária para a ativação da resposta imune adaptativa, além de 
serem responsáveis pela limpeza de tecidos necrosados, remoção 
de restos celulares, entre outros. Possuem formato ameboide por 
estarem	constantemente	emitindo	pseudópodes;
14 UNIUBE
Veja uma imagem de um macrófago no site:
http://www.icb.usp.br/mol/4-19macrofago3.html
PESQUISANDO NA WEB
• mastócitos: células	que	armazenam	substâncias	da	inflamação,	
como histamina e heparina, participando assim das reações 
alérgicas e de hipersensibilidade, como, por exemplo, na asma, 
picada de insetos, reação à penicilina etc.
Veja uma imagem de um mastócito no site:
http://www.virtual.epm.br/material/histologia/histo/fig15.htmPESQUISANDO NA WEB
Os órgãos linfoides são locais onde ocorre a produção de células que 
vão agir no combate aos agentes externos. Podem ser:
• primários: naqueles onde ocorrem as principais fases do 
amadurecimento dos linfócitos. Exemplo: Timo (linfócito T) e Medula 
óssea (linfócito B).
• secundários: participam da resposta imune. São locais onde as 
células terminam o seu amadurecimento e vão estar prontas para 
agir	(ativação	final	das	células).	Exemplos:
– linfonodos: pequenos e localizados no trajeto dos vasos linfáticos 
(axila,	pescoço,	inguinais),	filtram	a	linfa,	removem	vírus,	bactérias,	células	
mortas,	além	de	estarem	associados	à	maturação	de	linfócitos	T	e	B;
– tonsilas: localizadas na cavidade bucal, estão associadas à proteção 
da	mucosa;
 UNIUBE 15
– baço: local de maturação e liberação dos linfócitos T e B, além de 
promover limpeza do organismo, destruição de hemácias velhas, entre 
outras.
O sistema imunológico compreende todos os mecanismos pelos quais 
um organismo multicelular se defende de invasores externos, como 
bactérias, vírus, protozoários, fungos. Existem dois tipos de mecanismos 
de	defesa:	os	inatos	ou	não	específicos	e	o	sistema	imunitário	adaptativo.	
Iremos estudar cada um deles.
1.2.2 Mecanismos de defesa
Você já tomou alguma vacina? Sabe a sua ação no seu 
organismo?
Pois bem, vacinação é uma estratégia desenvolvida a partir de 
conhecimentos no campo da imunologia. Vamos, então, conhecer um 
pouco sobre a resposta imune.
 
A resposta imune é uma sequência de eventos desencadeada por um 
corpo estranho (antígeno), com o objetivo de eliminá-lo. Para que um 
antígeno possa ser destruído, é necessário que ocorra a ligação deste 
ao	anticorpo	específico	(reação	Ag-Ac).	Os	anticorpos	são	capazes	de	
reconhecerem uma grande diversidade de antígenos. A resposta imune 
pode ser didaticamente dividida em resposta imune inata e resposta 
imune	adaptativa.	Vamos,	então,	entender	o	que	elas	significam	e	
realizam.
1.2.2.1 Resposta imune inata
É a primeira linha de defesa contra os microrganismos invasores. Está 
presente desde o nosso nascimento. Ela é muito importante, visto 
que vivemos em contato constante com eles (pense em uma pessoa 
16 UNIUBE
espirrando em um elevador lotado, por exemplo), muitas vezes ela 
consegue eliminar esses micróbios e quando não consegue eliminá-los, 
os mesmos são capazes de estimular a resposta adaptativa.
São componentes da resposta imune inata:
• as barreiras naturais do corpo: superfície corporal (pele), pelos 
corporais, sobrancelhas, unhas, cutícula, lágrima, saliva, muco, pH 
do	estômago,	flora	bacteriana	normal	entre	outros,	todos	impedindo	
ou	dificultando	a	invasão	do	organismo;
• as células do sistema imune:	fagócitos	como	neutrófilos,	macró-
fagos, linfócitos NK, não dependem de contato prévio (não precisam 
ser ativados), para atacar os microrganismos patogênicos, porém 
agem sempre da mesma maneira independente da natureza do 
patógeno (vírus, bactérias, mais ou menos virulentos) e, também, 
não	desenvolvem	memória	imunológica;
• as citocinas: produzidas após a reação antígeno-anticorpo.
As principais citocinas da resposta imune inata são:
• Fator de Necrose Tumoral (TNF): principal mediador da resposta 
imune	à	inflamação.	Atua	principalmente	contra	bactérias	gram-
negativas. Produzido por fagócitos mononucleares ativados. Exis-
tem dois tipos: TNF tipo I e TNF tipo II. Principal função está ligada 
ao	recrutamento	e	à	ativação	de	neutrófilos	e	monócitos	para	o	local	
da	infecção;
• Interferons tipo 1: produzidos por fagócitos mononucleares, partici-
pam da resposta imune inata contra vírus. Suas principais funções 
são inibir a replicação viral e aumentar a expressão de moléculas 
do complexo de histocompatibilidade principal de classe I (MHC 
classe	I);
• IL-1: produzida principalmente por macrófagos, células endoteliais 
e	algumas	células	epiteliais.	Participa	da	resposta	 inflamatória	
por meio da indução à febre por ação no hipotálamo, síntese de 
proteínas	de	fase	aguda	e	no	processo	de	migração	de	neutrófilos;
• IL- 6: produzida principalmente por macrófagos, células endoteliais e 
células T. Participam da síntese hepática de proteínas de fase aguda 
e	atuam	na	proliferação	de	células	B;
 UNIUBE 17
• IL-12: produzida principalmente por macrófagos e células dendríticas. 
Atuam	na	diferenciação	de	células	T	e	na	produção	de	interferon;
• IL-15 = produzida principalmente por macrófagos. Estimula a 
proliferação	de	células	NK	e	células	T	de	memória	(Células	TCD8+);
• IL-18: produzida principalmente por macrófagos. Participa da 
produção	de	interferon;
• Quimiocinas: família de citocinas homólogas. As principais células 
produtoras são os macrófagos, as células endoteliais, as células 
T,	os	fibroblastos	e	as	plaquetas.	Sua	principal	função	é	estimular	
o movimento e a migração de leucócitos para o local da infecção, 
quimiotaxia.
1.2.2.2 Resposta imune adaptativa
A	imunidade	inata,	muitas	vezes	não	é	eficiente	o	bastante	para	destruir	
o	microrganismo	invasor;	porém,	ela	é	capaz	de	ativar	a	resposta	imune	
adaptativa para que essa entre em ação. Apesar de ser mais lenta, ela é 
específica,	mais	potente	e	desenvolve	memória	imunológica,	concedendo	
proteção mais duradoura.
Participam da resposta imune adaptativa:
• sistema imune celular: com a participação dos linfócitos T (T-auxiliar, 
T-citotóxico);
• sistema imune humoral: participação dos linfócitos B e produção dos 
anticorpos	específicos;
• citocinas: controlam a diferenciação e proliferação dos linfócitos.
As principais citocinas da resposta imune adaptativa são:
• Interleucina-2 (IL-2): produzida principalmente por células T, função 
de estimular a apoptose, proliferação e ativação de células NK e 
células	B;
• Interleucina-4 (IL-4): produzida principalmente por células T CD4+ 
e mastócitos. Produção de IgE, proliferação de macrófagos, 
diferenciação	TH2;
18 UNIUBE
• Interleucina-5 (IL-5): produzida principalmente por células T CD4+. 
Produção	e	ativação	de	eosinófilos,	produção	de	IgA	e	proliferação	
de	células	B;
• Interleucina-13 (IL-13): produzida principalmente por células T CD4+. 
Produção de muco pelas células epiteliais. Inibe a ativação dos 
macrófagos;
• Fator	de	crescimento	e	transformação	-	β	(TGF-	β):	produzida	
principalmente por células T, macrófagos e outros tipos celulares. 
Inibe a proliferação e função efetora das células T, inibe a ativação 
de	macrófagos.	Produção	de	IgA;
• Interferon	-	γ	(INF-	γ):	produzido	por	células	T	(TH1,	Células	TCD8+,	
células NK). Aumenta função microbicida de macrófagos. Atua na 
resposta TH1 e aumenta a expressão de moléculas MHC de classe 
I	e	classe	II;
• Linfotoxina (LT): produzida por células T, responsável pela ativação 
de	neutrófilos.
A resposta imune adaptativa pode ser dividida em resposta imune 
humoral em que são produzidos anticorpos pela ativação de linfócitos B 
e resposta imune mediada por células, em que predominam linfócitos 
TCD8+ citotóxicos.
A resposta imune citotóxica é favorecida pela produção de citocinas 
Th1	(IL-2,	TNF,	 INF-γ),	e	a	resposta	 imune	humoral	é	 influenciada	
pela produção de citocinas Th2 (IL-4, IL-5, IL-10). A resposta Th1 está 
relacionada à defesa contra protozoários, bactérias intracelulares e vírus, 
enquanto a resposta Th2 é mais efetiva contra os helmintos e bactérias 
extracelulares (Quadro 2).
 UNIUBE 19
Característica Imunidade Inata Imunidade Adaptativa
Origem Desde o nascimento Entra em ação quando a ina-ta	não	é	suficiente
Constituintes
Barreiras naturais do corpo 
(pele, pelos, saliva...)
Células: macrófagos, linfóci-
tos	NK,	neutrófilos
Linfócitos T e B
Sistema Imune Celular e Hu-
moral
Ação Imediata, rápida Lenta
Especificidade Inespecíficas	(agem	sempre	da mesma forma) Específicas
Memória Sem memória imunológica Possuem memória imunoló-gica
Quadro 2: Tipos de imunidade e suas principais características
1.2.3 Defesas artificiais
Existem algumas maneiras de se promover a saúde,ou seja, induzir o 
sistema	imunológico	a	trabalhar	sem	que	seja	preciso	ficar	doente.	Uma	
prática bastante difundida e estimulada é a vacinação.
Na vacinação, são injetados, no organismo, vírus atenuados ou parte 
desses vírus, uma toxina bacteriana ou mesmo bactérias mortas, para 
que o organismo reconheça o invasor e trabalhe para produzir anticorpos 
específicos	sem	que	seja	preciso	adoecer.	Como	o	organismo	vai	
trabalhar	para	produzir	anticorpos	específicos,	dizemos	que	a	vacinação	é	
um tipo de imunização ativa. Porém, imagine uma pessoa que levou uma 
picada de uma cobra venenosa. Essa é uma situação de emergência, 
em que não dá para esperar que o organismo trabalhe até que sejam 
produzidos	os	anticorpos	específicos,	pois	cada	minuto	é	importante.	
Nesse caso, a pessoa tem que ser tratada o mais rápido possível, com 
os anticorpos prontos, contra o veneno daquela cobra, ou seja, tem que 
ser inoculada com o soro. Como nesse caso o organismo já recebe os 
anticorpos prontos, dizemos que se trata de uma imunização passiva.
20 UNIUBE
1.2.4 Métodos utilizados em Imunologia para diagnóstico de doenças
Os	testes	ou	imunoensaios	são	técnicas	desenvolvidas	a	fim	de	detectar	
e	quantificar	antígenos	e	anticorpos,	ou	outras	substâncias	antigênicas.	
Nas últimas décadas, houve grande avanço nos diagnósticos sorológicos, 
que se tornaram mais rápidos, simples de serem realizados e cada vez 
mais	específicos.
Citaremos agora alguns testes sorológicos utilizados em laboratório de 
análises clínicas:
• Imunodifusão: nesta técnica, o antígeno ou o anticorpo permanece 
fixo	ao	suporte	e	o	outro	se	difunde	até	a	precipitação	completa;
• Imunoeletroforese: combinação de duas técnicas: eletroforese em 
gel	e	imunodifusão.	Nesta	técnica,	a	identificação	da	substância	
estudada é feita a partir de suas propriedades eletroforéticas e 
coeficientes	de	difusão;
• Ensaio imunosorbente ligado à enzima (ELISA): método utilizado 
para	quantificação	de	antígeno	imobilizado	em	superfície	sólida	
pelo	uso	de	anticorpo	específico	ligado	a	uma	enzima	de	maneira	
covalente;
• Imunofluorescência:	 técnica	 em	 que	 uma	 molécula	 pode	 ser	
detectada por meio da utilização de um anticorpo marcado com uma 
sonda	fluorescente	(fluoresceína).	Baseia-se	na	capacidade	de	as	
moléculas	de	anticorpo	se	ligarem	covalentemente	a	fluorocromos	
sem	perder	a	reatividade	específica	com	o	antígeno;	
• Reação em cadeia da polimerase (PCR): método em que podemos 
copiar	e	ampliar	sequências	específicas	de	DNA.	Utilizado	em	
Biologia Molecular. Baseia-se na utilização de sequências de 
oligonucleotídeos complementares às extremidades das sequências 
do	DNA	a	ser	ampliado;
• Western blot: técnica analítica em que os anticorpos são usados 
para detectar a presença de uma ligação do antígeno a uma matriz 
sólida;
• Southern blot: técnica usada para determinar a organização do DNA 
genômico	na	presença	de	um	gene	em	particular;
 UNIUBE 21
• Nefelometria:	 técnica	 sensível	 para	 quantificar	 as	 reações	 de	
precipitação	entre	antígenos	e	anticorpos;
• Turbidimetria:	técnica	utilizada	para	quantificação	de	antígenos	e	
anticorpos, por meio da quantidade de luz transmitida em relação 
a	incidente;
• Citometria	de	fluxo:	identifica	células	por	meio	de	sinais	gerados	pelas	
células em suspensão quando interceptadas por um feixe de luz.
Terminamos aqui o nosso estudo sobre fundamentos da Imunologia. 
Daremos continuidade, abordando agora a Patologia.
Introdução ao estudo da Patologia1.3
Prezado aluno, você sabe o que é patologia?
Etimologicamente,	o	termo	patologia	significa	o	estudo	das	doenças	(do	
gr. pathos=doença, sofrimento, e logos= estudo, doutrina).
Segundo Brasileiro (2006, p.12), a Patologia pode ser conceituada como 
a “ciência que estuda as causas das doenças, os mecanismos que as 
produzem, as sedes e as alterações morfológicas e funcionais que 
apresentam”.
Assim como toda ciência, a Patologia tem seus métodos de estudo, 
sendo	importante	para	o	estudante	ou	o	profissional	da	área	biológica,	
o conhecimento básico dos métodos de estudo utilizados em Patologia.
1.3.1 Métodos de estudo em Patologia
Você utiliza algum método para os seus estudos? Você acha 
importante a utilização de métodos para estudar?
22 UNIUBE
Quadro 3: Métodos de estudo em Patologia: princípios, técnicas e utilização
Método Princípio Técnica Utilização
Morfológico
Observação e aná-
lise da morfologia 
macroscópica, dos 
órgãos ou parte 
deles, e microscó-
pica, de células ou 
de tecidos
Citopatologia
Diagnóstico de neo-
plasias malignas e 
lesões precursoras 
e detecção de agen-
tes infecciosos e 
parasitários em nível 
celular
Anatomopa-
tologia
Diagnóstico de le-
sões ou processos 
patológicos no nível 
macroscópico, ou 
seja, do órgão ou 
parte dele e micros-
cópico, ou seja, do 
tecido
Prezado aluno, a utilização de método é importante em todas as áreas do 
conhecimento. A Patologia, não podendo ser diferente, também se utiliza 
de métodos e de suas técnicas que colaboram no estudo das doenças.
Como os métodos de estudo em Patologia são inúmeros, iniciaremos 
nossos estudos indicando resumidamente, no Quadro 3, a seguir, os 
métodos convencionais e técnicas de maior aplicação para investigação 
ou para diagnóstico das doenças, seus princípios e utilização.
 UNIUBE 23
Imunocitoquímica/ 
Imunoistoquímica
Conjunto de pro-
cedimentos nos 
quais se utilizam 
anticorpos como 
reagentes espe-
cíficos	para	de-
tecção de antí-
genos presentes 
em células ou 
tecidos, respecti-
vamente
Imunofluo-
rescência
Detecção de antí-
geno com a utiliza-
ção de anticorpos 
marcados	com	fluo-
resceína
Imunoenzi-
mática
Detecção de antí-
geno com a utiliza-
ção de anticorpos 
marcados com 
enzima
Cultura celular
Consiste na 
manutenção e 
multiplicação in 
vitro ou in vivo 
das células vivas
–
Análise do metabo-
lismo e do compor-
tamento celular
Citometria
Consiste na 
determinação 
quantitativa de 
componentes 
celulares
Citofotome-
tria ou Cito-
metria estática
Determinação do 
DNA nuclear em le-
sões proliferativas, 
como nas neopla-
sias malignas, em 
células coradas em 
esfregaços ou em 
cortes histológicos
Citometria 
de fluxo
Determinação do 
conteúdo de DNA 
celular nas neopla-
sias e % de células 
que estão em mul-
tiplicação ativa em 
células em suspen-
são tratadas com 
fluorocromos
24 UNIUBE
Morfometria
Consiste na reali-
zação de medidas 
das dimensões dos 
órgãos ou parte 
deles, tecidos, cé-
lulas ou de seus 
constituintes, por 
meio da utilização 
de oculares mi-
crometradas ou de 
outros recursos
Macroscopia
Estudos quantitati-
vos sobre os mais di-
versos aspectos das 
lesões ou doenças 
em órgãos ou partes 
deles
Microscopia
Estudos quantitati-
vos sobre os mais 
diversos aspectos 
das lesões ou doen-
ças em tecidos ou 
células
Autorradio-
grafia
Procedimento que 
permite	a	identifica-
ção de elementos 
radioativos incorpo-
rados às células ou 
tecidos
–
Estudo dos distúr-
bios do crescimento 
e da diferenciação 
celular, como ocorre 
nas neoplasias
Biologia Mole-
cular
Procedimentos que 
permitem	identificar	
qualitativamente e 
quantitativamente 
as macromoléculas
Hibridação 
Molecular
Identificação	da	se-
quência de DNA con-
tida em uma amostra 
(célula ou tecido)
Reação em 
Cadeia da 
Polimerase 
(PCR)
Identificação	e	ampli-
ficação	de	sequên-
cias	específicas	de	
DNA em uma amos-
tra (célula ou tecido)
Técnicas 
de Análise em 
Larga Escala 
- Projeto Ge-
noma
Identificação	das	
várias alterações 
genéticas respon-
sáveis pelos casos 
de maior incidência 
de	tipos	de	câncer;	
doenças infecciosas 
e genéticas
 UNIUBE 25
Fluorocromos
São	 substâncias	 químicas	 fluorescentes	 que,	 conjugadas	 à	 amostra,	
permitem	a	sua	visualização	utilizando-se	a	microscopia	de	fluorescência.
Neoplasias
(neo=novo; plasia=formação) nova formação tecidual, proliferação celular 
anormal, sem controle e autônoma, com redução ou perda da capacidadede se diferenciar, em consequência de alterações nos genes que regulam o 
crescimento e a diferenciação celular.
SAIBA MAIS
A seguir, faremos uma breve abordagem sobre os métodos mais 
utilizados para a pesquisa e o diagnóstico.
1.3.1.1 Método morfológico
Segundo Brasileiro et al (2004), o estudo macro e microscópico das 
doenças constitui a forma tradicional de análise em Patologia, tanto para 
investigação quanto para diagnóstico. Os exames utilizados na análise 
de células, tecidos ou órgãos, são, respectivamente:
• exames	citológicos;
• exames anatomopatológicos.
• Citopatologia: consiste na análise da forma 
das células obtidas a partir de métodos 
esfoliativos (descamação natural, raspados, 
secreções, líquidos) e aspirativos (punções 
de órgãos).
A Citologia foi consagrada por George 
Papanicolaou que iniciou suas pesquisas sobre 
Métodos 
esfoliativos
Técnicas que 
permitem a 
retirada de células 
de superfícies 
orgânicas, como 
mucosas ou 
epitélios, por 
descamação, 
raspagem, entre 
outras.
26 UNIUBE
Figura 1: Citologia Papanicolaou.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Locais de obtenção do material para análise citológica:
• raspados	(pele	ou	mucosas	como	a	cervicovaginal);
• secreções	(árvore	traqueobrônquica,	cistos,	tubo	digestório);
• líquidos	(serosas,	urina,	líquor,	escarro,	entre	outros);
citologia esfoliativa em 1917, tendo estabelecido, em 1928, a citologia 
diagnóstica e o diagnóstico de carcinoma uterino a partir da secreção 
vaginal de mulheres, constituindo-se em um importante meio de 
diagnóstico de neoplasias e de detecção de agentes infecciosos e/ou 
parasitários.
Seu emprego mais comum é o popularmente 
chamado de “exame preventivo” ou “Papanicolaou” 
(Figura 1), que visa à detecção de formas iniciais do 
câncer e de lesões pré-cancerosas do colo uterino.
Papanicolaou
Técnica de 
obtenção de 
células da região 
cérvico-vaginal, por 
raspagem.
 UNIUBE 27
• punção	aspirativa	com	agulha	fina	(lesões	
nodulares de tireoide, mama, linfonodos, 
entre outras).
Formas de obtenção das amostras para análise 
citológica:
• aspirados	com	agulha	fina	(PAAF);
• impressão de tecidos sólidos (imprint), ver 
Figura	4;
• técnica	esfoliativa	(esfoliação);
• ultrassonografia.
Segundo Montenegro e Franco (1999, p. 286), os 
exames citológicos podem ser divididos em dois 
grandes grupos: citologia aspirativa e citologia 
esfoliativa.
A citologia aspirativa consiste na aspiração de 
células de uma lesão de órgãos palpáveis, como 
mama, tiroide, gânglios linfáticos, próstata, glândula 
salivar, entre outros. Também denominada de 
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), essa 
técnica de PAAF, empregada a partir de 1920, 
tornou-se popular nos anos 70, e consiste no isolamento manual do campo 
a	ser	aspirado	e	na	introdução	de	uma	agulha	fina	(20,	23	ou	25	mm	
comprimento ou 0,6 mm diâmetro) acoplada a uma seringa estéril de 10 
a 20 ml (Figura 2) podendo ser utilizada agulha de calibre maior (40 x 12 
mm), quando tratar-se de neoplasias de consistência dura.
Imprint
Citologia de 
impressão, método 
de obtenção de 
células por contato 
direto da área do 
material (biópsia) a 
ser analisado com 
uma superfície, por 
exemplo, lâminas 
de citologia.
Citologia 
aspirativa
Estudo das 
alterações 
morfológicas de 
células obtidas 
de uma região 
apalpável/ 
superficial	do	
organismo 
utilizando seringa e 
agulha, ou seja, por 
aspiração.
Citologia 
esfoliativa
Estudo das 
alterações 
morfológicas de 
células obtidas pelo 
método esfoliativo.
28 UNIUBE
Figura 2: Técnica de PAAF.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
O espécime obtido na aspiração é colocado sobre a lâmina seca e limpa, 
confeccionando-se o esfregaço (Figura	3),	e	este	deve	ser	fixado	para	
preservação das estruturas celulares. O fixador mais empregado é o 
álcool etílico a 95%.
Figura 3: Esfregaço.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Esfregaço
Técnica utilizada 
para matéria 
orgânica, por 
exemplo, células 
obtidas por 
esfoliação ou 
punção, que 
consiste em 
espalhar uma gota 
deste material sobre 
uma lâmina de vidro 
formando	uma	fina	
película para uma 
melhor observação 
à microscopia.
Fixador
Substância química 
natural ou sintética 
que age paralisando 
as reações 
químicas celulares 
preservando, desta 
forma, as estruturas 
teciduais para a sua 
análise.
 UNIUBE 29
Figura 4: Imprint de linfonodo para pesquisa de metástase 
de câncer de mama.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Observe a Figura 4:
Já a citologia esfoliativa é o estudo de células que são raspadas com 
equipamentos como os da Figura 5, a seguir, ou que descamam 
naturalmente de uma superfície (Figura 6). 
Figura 5: Equipamentos de coleta utilizados na esfoliação.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
30 UNIUBE
Figura 6: Coleta de material por esfoliação.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Compreende a citologia cérvico-vaginal e a citologia de líquidos (cavidades, 
lavados, urina) e escarro.
Com a amostra de células obtidas, faz-se um 
esfregaço conforme demonstrado anteriormente 
(Figura 3). No caso de exames colpocitológicos, 
para detecção de câncer de colo uterino, o 
esfregaço	deve	ser	fixado,	ainda	úmido,	em	álcool	
etílico a 95%.
Para a preservação da estrutura celular e conservação dos detalhes 
citológicos,	os	esfregaços	devem	ser	imediatamente	fixados,	podendo	ser	
utilizados o álcool etílico ou metílico. A escolha depende do tipo de material, do 
objeto de estudo e do tipo de coloração a ser utilizada (MAGALHÃES, 2001).
IMPORTANTE!
Exame 
colpocitológico 
ou exame de 
Papanicolaou
Método utilizado 
para analisar e 
detectar as lesões 
cervicais, ou seja, 
do colo uterino.
 UNIUBE 31
Colorações em citologia
Corantes são substâncias químicas cujos radicais ácidos ou básicos de 
seus componentes reagem com os radicais ácidos ou básicos dos tecidos 
com a emissão de uma cor, utilizadas para a observação e análise das 
células ou de estruturas teciduais à microscopia. Os corantes Papanicolaou 
e	Papanicolaou	modificado	(Shorr)	(Figura	7)	são	os	mais	utilizados	em	
citologia humana, permitindo uma análise mais precisa do núcleo e nucléolo, 
facilitando a observação das alterações morfológicas nucleares, sugestivas 
de neoplasias.
SAIBA MAIS
Figura 7: Citologia: células colunares.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
• Anatomopatologia, segundo Brasileiro 
et al. (2004), consiste na análise macros-
cópica (Figura 8) ou microscópica (his-
tológica) (Figura 9), das alterações morfo-
lógicas presentes nas amostras obtidas 
para diagnóstico e/ou tratamento.
Anatomopatologia
Estudo das 
alterações 
morfológicas dos 
órgãos ou tecidos.
32 UNIUBE
Figura 8: Aterosclerose.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Figura 9: Tecido pulmonar com pigmentação de hemossiderina (seta).
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Formas de obtenção das amostras:
• biópsias: (bios:	vida;	opsis: ver) retirada de amostras da lesão para 
diagnóstico;	dentre	elas,	temos	as	endoscópicas,	as	cureta-gens,	por	
agulha, por trepanação ou dirigidas por aparelhos especiais, como: 
colposcopia,	ultrassonografia	e	biópsia	cerebral	estereotáxica;
• peças cirúrgicas: que podem ser simples, como a retirada de um 
único órgão, ou composta/radicais, em que, além do órgão principal, 
 UNIUBE 33
também são ressecados outros órgãos importantes no diagnóstico, 
tais	como	os	linfonodos,	por	exemplo;
• punção–biópsia: realizada em lesões nodulares (viscerais), neces-
sitando muitas vezes do auxílio de equipamentos especiais, como 
raios-X,	ultrassom,	tomografia,	entre	outros;
• necropsia: (nekros:	morto;	opsis: ver) é o exame anatomopatoló-
gico post-mortem sistemático dos órgãos ou parte deles, de seres 
humanos ou animais, para determinar a causa da morte e conhecer 
as lesões e doenças existentes na espécie analisada. Serve como 
valioso instrumento de pesquisa e excelente método de ensino-
aprendizagem. São de grande interesse em Saúde Pública, pois 
tornamas	estatísticas	sobre	as	doenças	mais	confiáveis,	e	como	
fonte de órgãos para transplantes.
As biópsias são denominadas ablativas ou excisionais quando se retira 
(extirpa) toda a lesão. A biópsia é incisional quando se retira apenas parte 
da lesão.
Autópsia (auto: próprio, opsis: ver) é o exame post-mortem sistemático dos 
órgãos (de seres humanos) ou parte deles, para determinar a causa da 
morte e conhecer as lesões e as doenças existentes.
REGISTRANDO
Independentemente da forma de obtenção do material a ser colhido, 
alguns cuidados devem ser tomados, para um diagnóstico correto.
As	amostras	obtidas,	depois	de	fixadas,	serão	analisadas	macros-
copicamente pelo patologista, que obterá fragmentos representativos 
destes espécimes, para o seu estudo microscópico ou histopatológico.
O exame macroscópico consiste na análise de características que 
são observadas a olho nu, sem necessitar de equipamentos ópticos. 
As características que podem ser observadas a olho nu são: cor, 
consistência, textura, densidade, dimensões, tamanho, peso, superfície 
de corte e do órgão, entre outros aspectos (Figura 10).
34 UNIUBE
Figura 10: Esteatose hepática.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Para o exame microscópico (histopatológico), as amostras, uma vez 
fixadas,	 devem	 ser	 desidratadas e diafanizadas, passando por 
concentrações	progressivas	de	álcool	e	xilol	e	incluídas	em	parafina	
(Figura 11), o que permite cortes de 3µm a 5µm em um aparelho 
chamado micrótomo (Figura 12).
Figura 11: Blocos	de	parafina.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
 UNIUBE 35
Figura 12: Micrótomo rotativo.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Os cortes, após serem desparafinizados, são corados pela coloração 
hematoxilina-eosina (HE), coloração de rotina e universal. Em algumas 
situações, além da coloração de rotina, podem-se utilizar colorações 
especiais.
PARADA OBRIGATÓRIA
O exame microscópico permite avaliar as alterações no tecido, ao nível 
celular (Figura 13).
36 UNIUBE
Técnica de congelação:
É uma técnica de diagnóstico, realizada durante atos cirúrgicos, que consiste em:
1. retirar a amostra que se deseja analisar (biópsia) (procedimento feito 
no	centro	cirúrgico);
2.	envolver	a	amostra	em	uma	gaze	embebida	em	soro	fisiológico;
3. levar a amostra envolta em gaze imediatamente ao laboratório de 
Anatomia	Patológica	para	ser	analisada;
4. congelar a amostra no aparelho denominado criostato, aparelho com 
temperatura	interna	em	torno	de	-20ºC	(Figura	14);
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Figura 13: Tecido hepático com hiperemia.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
 UNIUBE 37
Figura 14: Aparelho criostato para exame de congelação.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
1.3.1.2 Imunoistoquímica
Segundo Brasileiro (2004, p. 9), imunoisto-
química é o conjunto de procedimentos que 
utiliza	anticorpos	como	reagentes	específicos	
para detecção de antígenos ou elementos 
estranhos às células (imunocitoquímica) ou aos 
tecidos (imunoistoquímica), como os vírus, 
fungos, bactérias entre outros agentes infecciosos 
presentes em células ou tecidos. 
 5. realizar os cortes no criostato e dispor os cortes obtidos em lâminas 
para sua análise histológica.
Imunoistoquímica
Método de detecção 
de substâncias 
imunorreativas 
(antígenos) 
presentes nos 
tecidos, utilizando 
anticorpos 
marcados com 
reagentes, por 
exemplo, enzimas 
ou	fluorocromos.
38 UNIUBE
É uma técnica essencialmente qualitativa e foi realizada pela primeira vez 
em	meados	do	século	passado,	quando	se	utilizou	produtos	fluorescentes	
para marcação de anticorpos para detecção de antígenos teciduais. Hoje, 
a	imunoistoquímica,	graças	à	sua	sensibilidade	e	especificidade,	ocupa	
lugar de destaque na Patologia, tanto para investigação quanto para 
diagnóstico.
Segundo Brasileiro (2004, p. 9), os antígenos presentes em células ou 
tecidos podem ser determinados por sua ligação ao anticorpo. Para o 
seu reconhecimento, os anticorpos utilizados devem ser marcados com 
algum produto que possa ser visualizado ao microscópio em preparados 
citológicos,	em	cortes	histológicos	de	amostras	incluídas	em	parafina	
ou em cortes obtidos pela técnica de congelação, conforme descrito 
anteriormente.
As	substâncias	de	marcação	mais	utilizadas	são	as	fluorescentes	ou	
enzimas. Dependendo do tipo de marcação utilizada, teremos as 
técnicas:
• imunofluorescência:	marcação	com	substâncias	fluorescentes.
• imunoenzimática: marcação com enzimas.
Na	imunofluorescência,	o	composto	fluorescente	mais	utilizado	é	o	
isotiocianato	de	fluoresceína,	que	emite	luz	verde-brilhante	quando	
Os anticorpos são obtidos in vivo, ou seja, em 
animais vivos, como, rato, coelho, cavalo, quando 
injetamos neste animal o antígeno atenuado, ou 
seja, incapaz de provocar a doença (não virulento), 
mas capaz de estimular a resposta imune do 
hospedeiro a ele (patogênico).
IMPORTANTE!
Doença
Conjunto de 
alterações 
morfológicas e/
ou funcionais que 
se manifestam por 
meio de sinais e 
sintomas.
 UNIUBE 39
estimulado por luz ultravioleta. Nesta técnica, o microscópio utilizado é o 
de	fluorescência,	equipado	com	fonte	de	luz	ultravioleta.
No entanto, na técnica imunoenzimática, há formação de um composto 
colorido no local da reação antígeno-anticorpo, que é gerado pela ação 
da enzima sobre um substrato apropriado.
A enzima mais frequentemente utilizada é a peroxidase, razão pela qual 
a técnica é denominada comumente de técnica de imunoperoxidase. 
O tetra-hidrocloreto de 3,3’ diaminobenzidina (DAB) é o substrato 
mais comumente utilizado e confere coloração marrom no local da 
reação. Outras substâncias cromógenas utilizadas como substrato são: 
aminoetilcarbazol e cloronaftol.
A imunoistoquímica é utilizada para detecção de neoplasias como 
marcadores celulares e na pesquisa de receptores para hormônios ou 
para fatores de crescimento, em tumores malignos conforme se vê nas 
figuras	15	e	16	a	seguir.
Figura 15: Membrana de células de câncer de mama corada 
com anticorpo c-erb-B2.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
40 UNIUBE
Figura 16: Núcleos de células de carcinoma de mama 
corados com receptor de estrógeno-alfa.
Foto: Lilian Margareth Biagioni de Lima.
Além	disso,	ela	é	usada	na	identificação	da	sede	primária	de	tumores	
desconhecidos e na análise de amostras de suas metástases. Essa 
técnica também é utilizada na detecção de doenças infecciosas e 
parasitárias de importância clínica, como vírus, bactérias, fungos e 
protozoários.
1.3.1.3 Biologia Molecular
Atualmente, torna-se necessária a preocupação dos patologistas com as 
alterações moleculares que podem preceder as alterações morfológicas, 
possibilitando diagnósticos cada vez mais precoces e precisos e, 
consequentemente,	tratamentos	mais	eficazes.
Assim sendo, as técnicas de Biologia Molecular têm contribuído 
enormemente,	pois	fornecem	a	identificação	de	proteínas	e	ácidos	
nucleicos (DNA ou RNA) com informações tanto qualitativas quanto 
quantitativas. As técnicas utilizadas são:
• Hibridação molecular
 UNIUBE 41
• Reação em cadeia da polimerase (PCR)
O	PCR	permite	a	reação	de	amplificação	de	sequências	específicas	
de DNA de forma automatizada, em ciclos que se repetem. O produto 
final	desta	reação	é	composto	por	uma	grande	quantidade	do	DNA	
amplificado,	juntamente	com	o	DNA	original	presente	no	início	da	reação.
Veja no site indicado uma imagem de hibridação in situ	fluorescente	(FISH),	
para o diagnóstico da Leucemia mieloide crônica:
<http://labpath.blogspot.com/2011/07/fish.html>.
PESQUISANDO NA WEB
Tem	como	aplicação	a	identificação	de	uma	sequência	de	bases	de	
um DNA presente em uma amostra (célula ou tecido), utilizando-se 
um fragmento de DNA (sonda) que é marcado com uma substância 
(radioativa ou biotinilada) que permite revelar a reação de hibridação.
Ao	final	de	uma	reação,	com	35	ciclos	de	amplificação	e	com	duas	horas	
de duração, por exemplo, uma única molécula de DNA dará origem a 
cerca de 10 bilhões de cópias,permitindo sua visualização e manipulação 
(BRASILEIRO, 2004, p.17).
CURIOSIDADE
Se	o	produto	final	obtido	for	submetido	a	uma	separação	eletroforética,	
em um gel de agarose, e corado com um corante que se liga ao DNA 
como o brometo de etídio, por exemplo, teremos uma banda, visível à luz 
ultravioleta, na região correspondente ao peso molecular do fragmento 
de	DNA	que	foi	amplificado.
42 UNIUBE
• Técnicas de Análise em Larga Escala - Projeto Genoma
As técnicas de análise em larga escala são importantes na detecção de 
neoplasias, doenças infecciosas e genéticas.
Nas	 neoplasias,	 é	 possível	 identificar	 as	 várias	 alterações	 genéti-
cas responsáveis pelos casos de maior incidência de tipos de câncer 
em determinadas famílias. Utilizando-se técnicas de PCR e de 
sequenciamento de DNA, tem-se obtido sucesso na área de diagnóstico 
precoce e prognóstico. Além disso, por meio da utilização das técnicas 
de PCR e Hibridação in situ, podem-se detectar as mutações no genoma, 
tais	como,	translocações,	amplificações	ou	deleções.	
Por meio da comparação dos genes que são expressos nas amostras 
normais	e	nas	tumorais,	pode-se	definir	a	assinatura	molecular,	ou	seja,	
conjunto de genes expressos de maneira coordenada, porém distinta, 
nos tumores e nos tecidos normais (BRASILEIRO, 2004, p. 19).
Nas doenças infecciosas, os agentes infectantes possuem sequências 
específicas	de	ácidos	nucleicos	e	que	podem	ser	reconhecidas	pelas	técnicas	
de Biologia Molecular, por exemplo, PCR (BRASILEIRO, 2004, p. 20).
Nas doenças genéticas, nas alterações genéticas, utilizando-se a PCR 
feita em DNA de célula do indivíduo suspeito, as mutações podem ser 
reconhecidas	com	precisão.	Assim,	pode-se	tanto	confirmar	o	diagnóstico	da	
doença como fazer o aconselhamento genético (BRASILEIRO, 2004, p. 19).
Veja no site indicado uma imagem do resultado da eletroforese de uma 
reação de PCR:
<http://commons.wikipedia.org/wiki/File:0285fig1.gif.>
PESQUISANDO NA WEB
 UNIUBE 43
Os	desafios	no	estudo	das	doenças	estão	em	transitar,	com	segurança,	
entre	a	investigação	científica	e	o	ensino/aprendizagem;	entre	os	avanços	
tecnológicos	e	científicos	e	a	arte	e	a	ciência	de	ensinar;	entre	pesquisar	
e fazer intervenção por meio de projetos educativos. Para vencer esses 
desafios,	é	preciso	dedicação	aos	estudos	e	a	compreensão	de	que	tudo	
está interligado: saúde, educação, economia, cultura, natureza e meio 
ambiente.
Nesse capítulo, estudamos que, no processo de adoecimento, nosso 
organismo reage a agressões de diferentes naturezas buscando manter 
a homeostase. Na interação com o agente agressor, o organismo 
lança mão de mecanismos de defesa e, nesse contexto, surgem 
alterações anatômicas e funcionais. Diferentes métodos e técnicas 
são utilizados para estudar o processo de adoecimento, sendo esses 
métodos agrupados em parasitológicos, microbiológicos, imunológicos 
e patológicos.
Conclusão1.4
Resumo
Referências
ABBAS,	A.	K.;	LICHTMAN,	A.	H.;	POBER,	J.S.	Imunologia celular e molecular. 
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BRASILEIRO FILHO, Geraldo Bogliolo. Patologia Geral. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004.
44 UNIUBE
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Disponível	em:<	http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:PBBasophil.jpg>.	Acesso	em:	
28 jan. 2012.
REY, L. Parasitologia: Parasitas e doenças parasitárias do homem nas Américas e 
na África. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. 
RUBIN, Emanuel et al. Rubin. Patologia. Bases clinicopatológicas da Medicina. 
4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
Aldo Matos
Isabel Cristina Rezende Lopes
Lilian Margareth Biagioni de Lima
Introdução
Agressão: saúde e doençaCapítulo
2
Abordaremos, nesse capítulo, alguns aspectos da saúde e da 
doença. Estamos iniciando um tema que pode ser apenas da 
Biologia, ou, também, um tema transversal. Na verdade, estamos 
lidando com saúde e doença continuamente, seja conosco 
mesmo, com amigos ou familiares. Você, futuro professor, 
será corresponsável pela saúde dos seus alunos e, ainda, dos 
familiares deles. Portanto, temos a responsabilidade de auxiliar 
nossos alunos a desenvolverem habilidades para evitarem 
doenças, manterem-se saudáveis e difundirem a cultura de hábitos 
saudáveis entre seus familiares e amigos.
 
O tema saúde x doença permite múltiplas abordagens que 
envolvem desde os processos biológicos até as interações sociais. 
Nesse momento do seu curso, abordaremos apenas os aspectos 
biológicos. Posteriormente, teremos a oportunidade de retomar 
esse tema e agregar a discussão de outros aspectos de natureza 
social, econômica e política envolvidos na manutenção da saúde 
e no processo de adoecimento.
Você perceberá que, do ponto de vista biológico, o foco central é 
o adoecimento. Nesse processo, percebemos que uma agressão 
desvia o organismo do estado de equilíbrio ou homeostase e 
46 UNIUBE
Ao	final	desse	estudo,	esperamos	que	você	seja	capaz	de:
• conceituar	doença	sob	o	aspecto	biológico;
• conceituar	saúde	sob	o	aspecto	biológico;
• descrever	os	principais	mecanismos	de	agressão;
• identificar	 os	 agentes	 agressores	 físicos,	 químicos	 e	
biológicos;
• explicar	os	processos	patológicos	reversíveis	e	irreversíveis;
Objetivos
provoca nele uma reação no sentido de retomar o estado de 
equilíbrio, ou seja, na prática, o organismo reage pela resposta 
imunológica e por reações heterólogas. 
O equilíbrio pode, ou não, ser reestabelecido e, na verdade, existe 
uma	infinidade	de	novas	situações	de	equilíbrio	possíveis	diante	
de uma agressão.
Todas	essas	possibilidades	configuram	desde	a	cura	até	as	
diferentes apresentações de doença. Assim, diante de uma 
agressão, o organismo defende-se, podendo adaptar-se a novo 
ponto de equilíbrio ou apresentar processos patológicos e adoecer.
Nessa interação entre agente agressor e organismo agredido, 
exercem papéis importantes a resposta imunológica a vírus, a 
bactérias e a fungos e os processos patológicos resultantes que, 
de um modo geral, estão envolvidos na defesa do organismo 
e na busca de um novo ponto de equilíbrio. Assim, caro aluno, 
abordaremos, nesse capítulo, as bases biológicas do processo de 
agressão, defesa, adaptação e adoecimento.
 UNIUBE 47
• identificar	a	origem	e	explicar	o	processo	evolutivo	dos		
processos	patológicos;
• explicar os mecanismos que originam os processos 
patológicos;
• descrever		a	importância	do	Sistema	Imunológico;
• explicar	a	morfologia	e	fisiologia	das	células	e	órgãos	do	
Sistema	Imune;
• conceituar	e	diferenciar	imunidade	inata	e	adaptativa;
• compreender os mecanismos imunológicos efetivos e 
específicos	contra	vírus,	bactérias		e	fungos.
2.1 Etiopatogênese geral das lesões
2.2 Agentes lesivos
2.3 Lesões ou processos patológicos
2.4 Conclusão

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