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Samara G. F. de Lima RA: 17775966 ENXERTOS ÓSSEOS A variedade de materiais de enxertia é grande, e é preciso conhecer as características de cada um. Temos então: • Autógenos – mesmo indivíduo • Alógenos – mesma espécie • Xenógenos – diferentes espécies (Boi) • Aloplásticos - sintéticos Osso autógeno pode ser coletado de algumas áreas anatômicas. Dentro da boca, osso pode ser coletado da sínfise mandibular, ramo, ou áreas de tuberosidade. Osso da tuberosidade é principalmente esponjoso, enquanto no ramo – área posterior do corpo da mandíbula, o osso é principalmente cortical. A sínfise é a melhor fonte intraoral para um volume razoável de osso cortical e esponjoso. Quando é necessário mais osso para situações como mandíbula edêntula atrófica ou levantamento de seio bilateral, um local extraoral deve ser considerado se osso autógeno for usado. O local mais comum de coleta de enxerto é a crista ilíaca anterior. Outras áreas em que osso é coletado algumas vezes incluem a tíbia, a fíbula e crânio. Enxertos ósseos alógenos obtidos de cadáveres são processados para ficarem estéreis e diminuírem o potencial para resposta imunológica. O processo de esterilização destrói a natureza osteo indutiva do enxerto; entretanto, o enxerto gera uma armação, permitindo o crescimento interno do osso (osteo condução). Incorporação óssea, seguida de remodelação e reabsorção, ocorre durante a fase de cicatrização. Formas granulares de material de enxerto alógeno geram um aumento da área de superfície e uma melhor adaptação dentro do enxerto e são as mais comumente usadas para aumento da crista alveolar. As vantagens de enxertos ósseos alógenos incluem a não necessidade de sítio doador adicional, disponibilidade ilimitada, e o fato que os pacientes podem passar por este procedimento em ambulatório. A desvantagem é que uma quantidade significativa de enxerto ósseo é reabsorvida, o que resulta em um volume muito menor de osso para colocação de implantes. Enxertos ósseos são derivados da porção inorgânica de osso coletado de espécies que são geneticamente diferentes do receptor do enxerto. A fonte mais comum de enxerto xenógeno é osso bovino. As vantagens e as desvantagens são similares às dos enxertos alógenos, incluindo a grande reabsorção pós-enxerto CONCEITOS Para entendermos melhor todos os aspectos que envolvem a viabilidade de um enxerto precisamos conceituar: Osteogênese: uma propriedade exclusiva do enxerto ósseo autógeno fresco de estimular diretamente os osteoblastos à formação do osso. Mais favorável e mais expressivo no osso esponjoso do que no osso cortical. Osteocondução: capacidade do enxerto ósseo (geralmente inorgânico) de se comportar como um arcabouço, pois apresenta propriedades tridimensionais que facilitam a migração de capilares e células do leito receptor para se diferenciar dentro desta estrutura calcificada. Osteoindução: capacidade do enxerto ósseo de induzir a transformação de células mesenquimais indiferenciadas, recrutadas, sobretudo, pelas proteínas morfogenéticas ósseas (fatores de crescimento) em osteoblastos Samara G. F. de Lima RA: 17775966 Caso de Enxerto Autógeno Removeu fragmento ósseo do mento e fragmentou na maxila na depressão cortical vestibular. Retirada do bloco do mento Substitutos Ósseos (sintéticos): para preenchimento de cavidades e alvéolos e, recobrimento de áreas possibilitando maior volume e contorno dos rebordos ósseos. Bastante utilizado quando não se pode fazer implante imediato. Substituto Ósseo: Bio-Oss Estimula crescimento ósseo. LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR Reabilitação da maxila usando implantes é frequentemente problemática por causa da extensão do seio maxilar para dentro da área da crista alveolar. Em muitos casos, o tamanho real e a configuração da maxila são satisfatórios em termos de altura e largura da área da crista alveolar. Entretanto, extensão do seio maxilar para cima da crista alveolar pode prevenir colocação de implantes na área posterior da maxila devido a suporte ósseo insuficiente. O levantamento de seio é o procedimento de aumento ósseo que coloca material de enxerto dentro da cavidade do seio, mas fora da membrana e aumenta o suporte ósseo na área do rebordo alveolar. Quando é necessário mais aumento ósseo, uma abordagem aberta ao seio é também necessária. Nesta técnica, uma abertura é feita na parte lateral da parede maxilar, e a linha do seio é cuidadosamente elevada do assoalho ósseo do seio. Após a elevação da membrana do seio, o material de enxerto é colocado na porção inferior do seio, abaixo e externamente à sua membrana. Osso alógeno, autógeno e xenógeno, BMP, ou uma combinação destes materiais podem ser usados como fonte de enxerto. Perfuração da membrana do seio pode ocorrer durante a exposição do assoalho do seio maxilar. Perfurações são normalmente cobertas com sobra da membrana elevada e remendos de material de uma membrana reabsorvível. Estas medidas permitem a colocação do material de enxerto com a proteção contra uma comunicação direta com o seio. Se osso insuficiente estiver disponível para gerar estabilidade inicial ao implante, o enxerto é deixado para cicatrizar de 3 a 6 meses, após os quais o Samara G. F. de Lima RA: 17775966 primeiro estágio da colocação do implante pode começar no modo convencional. Se osso insuficiente está disponível para obter estabilidade inicial do implante (normalmente 4-5 mm), a colocação do implante pode ser conseguida simultaneamente com o enxerto de seio. Este procedimento pode ser feito como cirurgia ambulatorial. Uma prótese removível adequadamente aliviada pode normalmente ser utilizada após a cirurgia, durante o período de cicatrização Procedimento de elevação de seio. A, Diagrama ilustrando a pneumatização do seio maxilar sobre crista alveolar com suporte inadequado para reconstrução. B, A janela óssea dá acesso; a membrana do seio é elevada. C, Implantes são colocados, protraindo-se dentro do seio. D, Diagrama demonstrando elevação da membrana do seio, colocação do implante, e enxerto da área ao redor dos implantes abaixo da membrana do seio. E, Enxerto (uma combinação de osso autógeno e material de enxerto alógeno) posicionado.
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