Doença de Marek

Prévia do material em texto

Doença de Marek
Introdução
Jozsef Marek (1907) primeira descrição
na Hungria
Causada por um oncovírus
Responsável por surto de alta
mortalidade na produção industrial
avícola na década de 1960
Primeira vacina efetiva contra câncer
em todas as espécies
Atualmente raros os casos e
relacionados a falhas vacinais
● Vacinação obrigatória
O vírus pode causar:
Imunossupressão
Paralisia e cegueira
Neoplasias - linfomas
Etiologia
Herpesvírus - MDV - Marek's disease
vírus ou GaHV-2 - Gallid herpesvírus 2
Classificado em três grupos distintos
● Sorotipo 1 - oncogênico
● Sorotipo 2 - não oncogênico
(pode ser usado para produzir
vacinas)
● Sorotipo 3 - HVT (herpes vírus
turkey)
Epidemiologia
Cosmopolita
Afeta aves com mais de 6 semanas
(geralmente 12-14 semanas)
Ocorre em aves de subsistência -
reservatórios
Transmissão horizontal: penas (pele
descamada)
Alta resistência ambiental
Galinhas são as mais importantes
hospedeiras, raramente descrita em
codornas, perus e faisões
Forma de transmissão: contato direto
ou indireto entre galinhas via aerossóis
(inalação)
Vírus associado às penas e fezes ficam
meses nos galpões
Patogenia
Inalação do vírus -> período de
incubação (3 a 4 semanas) -> predileção
por linfócitos B -> 3 a 6 dias - fase
citolítica (romper as células) -> ativação
de linfócitos T -> latência viral ->
segunda fase de infecção citolítica -> 2
a 3 semanas -> imunossupressão
permanente -> atrofia de baço e bursa ->
fase de transformação -> produção de
tumores -> linfomatose visceral ->
linfomatose ocular -> neurolinfomatose
Manifestações clínicas
Sinais nervosos:
- paresia assimétrica progressiva
- Paralisia completa de uma ou mais
extremidades (asas caídas,
cabeça baixa e torcicolo)
- Disfunção do papo, incoordenação
e posturas incomuns
Pode ocorrer cegueira
Dificilmente ocorre em aves vacinadas
Imunossupressão
Alterações anatomopatológicas
1) lesões em nervos periféricos -
plexo celíaco e isquiático
2) Tumores (fígado, baço, rins,
coração, pulmão, íris)
3) Lesões não neoplásicas: atrofia
de bolsa e timo, lesões
degenerativas de medula óssea e
de vísceras
4) Lesões de pele ao redor dos
folículos das penas
Diagnóstico
Histórico
Manifestações clínicas
Lesões macro e micro
AGP, ELISA, Imunofluorescência ->
anticorpos no soro = sem valor
diagnóstico
Isolamento: não realizado como rotina
Presença de vírus: correlacionado a
lesões
PCR
Diagnóstico diferencial:
● Leucose linfoide (também tem
tumores) - para diferenciar
temos que analisar:
● Encefalomielite aviária
● Encefalomalacia nutricional
● Aspergilose cerebral
● Botulismo
● Doença de Newcastle
● Intoxicações (quadro mais típico,
mas nas intoxicações temos
hemorragias)
Tratamento
Não existe tratamento!
Podemos fazer medidas de suporte
Diminuir o problema para os novos lotes
Prevenção
Vacinação obrigatória - proteção maior
que 90%
Vacinação com 1 dia SC ou em ovo (18
dias)
Vacinas vivas -> simples (só tem Marek)
ou combinadas (outros vírus)
Vírus livre - liofilizada
Vírus associado à célula - congelada
(melhor)
Sorotipo 3 - HVT L/C (normalmente usa
em frango de corte)
Sorotipo 2 - SB1 e 301B Congelada
Sorotipo 1 - Ripens Congelada (atenuada,
protege melhor, usamos para matriz e
poedeiras)