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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO Me. Claudio Ferreira de Carvalho GUIA DA DISCIPLINA 1 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1. EVOLUÇÃO DO MUNDO DA INFORMÁTICA Objetivo Apresentar conceitos da evolução do ambiente computacional discutindo o crescimento do Hardware e do Software e suas consequências não só para o mundo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como para a educação. Introdução A implementação de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no ambiente educacional ocorreu com alternâncias apresentando bons e maus momentos. Entender como foi esta evolução e as consequências destas alternâncias é de suma importância para compreender como a escola atual absorveu e convive nos dias hoje com as TICs. 1.1. O Ambiente Computacional O ambiente computacional é formado basicamente por Hardware e Software. 1.1.1. Hardware É a parte física, formada pelo computador e seus acessórios, ao qual nos dias de hoje devem ser acrescentados os notebooks, tablets, SmartPhones e todos os demais dispositivos físicos que surgem e se modificam, procurando acompanhar o dinâmico mundo em que vivemos. 1.1.2. Software É o conjunto de programas que é executado no Hardware. Dentre os programas podemos citar desde o Sistema Operacional, que é o programa que dá suporte a tudo, como os navegadores, programas de escritório (Word, Excel e outros), linguagens de programação, jogos, programas de entretenimento para execução de músicas, filmes, ou seja, tudo que é executado nos Hardwares para atender as necessidades e desejos dos usuários. 2 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 1.2. Era digital Com o aumento da utilização de computadores e softwares (programas de computadores), deu-se início a uma nova era, chamada de “Era digital”. Esta era, iniciou-se com computadores com baixo desempenho e softwares limitados que, na verdade, eram privilégios de poucos. Este binômio Hardware Software, de maneira simplista, mas muito importante para a época dava suporte e facilitava as tomadas de decisões em diversos níveis das empresas, transferindo tarefas, que normalmente eram realizadas por diversas pessoas, em rotinas executadas por grandes computadores. É sempre importante lembrar que tudo isto gerava custos altíssimos e estava restrito a poucos. 1.3. Evolução do Hardware e do Software Hardware e Software evoluíram ao longo do tempo e começaram a ser utilizados primeiramente por empresas, posteriormente por pessoas e acabaram se tornando populares e familiares a todos como estamos presenciando nos dias de hoje. Qualquer pessoa, por mais distante que deseje ficar, não consegue conviver sem a presença de elementos oriundos das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), visto que computadores evoluíram e paralelamente surgiram outros dispositivos que utilizam as mesmas tecnologias dos computadores tais como Tablets, SmartPhones dentre outros. Os softwares, por sua vez, acompanharam as evoluções dos hardwares tendo que melhorar a cada novos lançamentos de hardware e muitas vezes serem até reinventados. 1.4. Software se popularizaram e chegaram aos escritórios Com a popularização dos computadores pessoais e com a evolução de softwares do tipo editores de textos e editores de imagens estas tecnologias começaram a facilitar a escrituração, divulgação e o armazenamento de informações. Programas capazes de tabelar e operar dados, chamados de planilhas eletrônicas, permitiram a alguns a tabulação de 3 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância resultados e elaboração de previsões. Em paralelo a isto, o aparecimento de programas capazes de organizar o armazenamento de dados, chamados de bancos de dados, deram possibilidades de consultas rápidas visualizadas de diferentes maneiras. Programas para gerar apresentações tornaram-se populares e juntamente com os projetores multimídia substituíram os antigos projetores de slides, retroprojetores e suas transparências e demais equipamentos que se prestavam a estes fins. É importante também salientar, que computadores pessoais utilizando programas classificados como “suítes de escritório”, possuíam custos menores que os custos de grandes computadores, com programas pesadíssimos e de baixo rendimento. Todo este ambiente, deu origem à intensa utilização de computadores pessoais em escritórios com conjuntos de programas para editar textos, criar planilhas, gerar apresentações e gerenciar dados, como o pacote “Microsoft Office” e outros similares como o “Apache Open Office”. 1.5. A evolução do ensino de informática É importante entender que, a evolução da utilização de computadores na escola, se deu de maneira diferente do que na indústria, visto que, no ambiente educacional sempre se tentou utilizar o computador como auxilio ao ensino-aprendizagem, portanto, na grande maioria das escolas e universidades do Brasil, a introdução da tecnologia se deu principalmente através da utilização de computadores pessoais PCs (Personal Computers) executando programas que pudessem auxiliar no dia a dia da escola. A partir da metade dos anos de 1980 do século passado, computadores eram bem limitados e apresentavam como única ferramenta aplicável à educação a “Programação em Linguagem Basic” (Beginner’s All-purpose Symbolic Ins-truction Code). Professores acreditavam que conhecimentos de programação poderiam incentivas os alunos a conhecer os computadores que estavam começando a aparecer não só em nosso dia a dia como no ambiente educacional. Estes computadores, encantaram muitos professores, que, a partir deles optaram por ensinar programação para todos os alunos. Entretanto, esta programação era elaborada 4 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância através de linhas de comandos que precisavam ser digitadas com sintaxes1 rigorosíssimas, como aliás deve ser em qualquer linguagem de programação, mesmo nos dias de hoje. Porém, os editores que propiciavam as elaborações dos programas não possuíam quaisquer facilidades de auto completar ou de indentação2 de instruções que minimizassem os erros de sintaxes e tornassem a digitação de programas menos entediante. As dificuldades em conseguir bons resultados em programação, aliadas ao ambiente dos computadores daquela época que resumia-se em uma tela preta com letras em branco ou no máximo riscos que permitiriam a montagem de algumas figuras, acabou fazendo com que muitos perdessem interesse por programação e o que é mais grave, incentivasse uma corrente de alunos e educadores que se classificaram como “sem aptidões para programação” ou ainda erroneamente “sem aptidões para matemática”. Com o surgimento dos editores de texto, planilhas de cálculos e programas de apresentação, uma mudança de foco foi feita no ambiente escolar quando se passou a ensinar a utilização destes programas com abandono às linguagens de programação. Esta mudança, acabou tornando o computador uma ferramenta para auxiliar na elaboração de tarefas, o que era muito bom para a época, mas este deixou de ser uma ferramenta de ensino e aprendizagem. Dentre estas utilizações é sempre importante comentar a utilizações de programas de apresentação que vieram em muitos casos substituir o quadro negro e os projetores de slides visto que professores conseguiam com relativa facilidade montar apresentações e as mostrar através de Datashows e mais modernamente de projetores multimídia. No início deste século (anos 2000), com a melhoria nas conexões de Internet e o grande aumento na quantidade de informações disponíveis a Tecnologia da Educação e Comunicação (com computadores, tablets, SmartPhones e outros), voltoua auxiliar o ensino, dando ao professor e aos alunos importantes ferramentas de apoio. Nos dias de hoje as possibilidades de interações, jogos, software de programação com ambientes visuais, robótica e outras ferramentas estão apresentando novas e 1 S in taxe é a manei ra co r re ta de se esc rev er uma ins t rução de computador . 2 Indentar cons is te em ordenar l inhas de p rograma para melhora r a v isua l i zação dos comandos 5 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância promissoras utilizações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na sala de aula. 6 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 2. ARMAZENAMENTO DE DADOS Objetivo Apresentar a evolução das opções de armazenamento de dados, desde os primórdios onde fitas eram utilizados, até os dias de hoje onde uma grande parte dos arquivos são armazenados em nuvem. Introdução A gravação de arquivos criados por usuários é e sempre foi uma necessidade, visto que trabalhos como, textos, apresentações, fotos, filmes, dentre outros, normalmente são elaborados para serem utilizados em outros momentos ou para serem apresentados, por exemplo em sala de aula. As opções de armazenamento atuais são muitas, conhecê-las e utilizá-las da melhor maneira possível, faz parte de nosso dia a dia qualquer que seja a área de atuação. 2.1. Evolução do armazenamento Trabalhos executados em computadores normalmente geram arquivos. Estes arquivos quase sempre precisam ser guardados (gravados) para futuras utilizações. Os locais onde estes armazenamentos são feitos, podem estar dentro dos computadores, em unidades moveis e com grande frequência em unidades virtuais, estas dando origem ao que hoje se convencionou chamar de armazenamento em nuvem. Os primeiros computadores pessoais, muito simples e pouco confiáveis permitiam que dados fossem gravados em fitas, posteriormente surgiram os disquetes, discos de CD, discos de DVDs, pen drivers, cartões de memória e outros dispositivos. Os disquetes foram os percursores, da distribuição de dados, propiciando a troca de informações entre pessoas, departamentos de empresas, entre empresas, entre alunos e até a entrega de trabalhos por meios eletrônicos em substituição ao papel. A quantidade de informações que que podiam ser trocadas com disquetes era muito grande comparando com alternativas de papel impresso, relatórios ou mesmo livros. Um disquete, assim como posteriormente um CD, um DVD e 7 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância nos dias de hoje, pen drivers podiam e podem conter bancos de dados inteiros que podem ser trabalhados em outros computadores para a partir destes obter informações. 2.2. Popularização das redes de computadores A popularização de redes internas de computadores facilitou a troca de dados dentro de empresas, escolas e outros tipos de organizações, como Universidades e mesmos pequenas instalações como microempresas e residências. Servidores de rede surgiram como poderosos “Servidores de Banco de dados”, onde não só dados processados por programas, mas arquivos com todos os tipos de informações, textos, imagens, planilhas e muito mais, podiam ser guardados e disponibilizados instantaneamente para grandes grupos. Estas redes são classificadas como “Redes Locais de Computadores” LAN (Local Area Network). Mesmo nos dias de hoje, a troca de dados por redes locais continua sendo uma importante forma de obter e disponibilizar informações, visto que, até os simples modens que possibilitam conexões de internet em residências permitem a troca de dados entre computadores e outros dispositivos que moradores de uma casa possuem e utilizam. 2.3. A Internet Originária de um projeto militar, que tinha como objetivo manter os computadores do departamento de defesa dos Estados Unidos interligados no caso de um ataque inimigo vir a danificar os sistemas de comunicação conhecidos na época, a Internet se popularizou e a partir do início deste século, quando começou a ser conhecida e utilizada por todos. Nos dias de hoje é praticamente indispensável para a grande maioria de nossas ações diárias. 2.4. Com a Internet – troca de e-mails Ainda no início da popularização da Internet nas empresas e escolas, sem que o verdadeiro poder da grande rede pudesse ser percebido, empresas, funcionários, alunos e professores, começaram a trocar e-mails. 8 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Isto permitiu que informações pudessem trafegar com facilidade dentro de escolas ou mesmo de dentro para fora das escolas. A partir deste momento, a confidencialidade da informação e mesmo a garantia da veracidade destas informações tornaram-se muito mais vulneráveis, portanto, o processo como um todo ficou muito mais crítico. 2.5. Internet e ferramentas de comunicação Quando todos descobriam o poder da informação e da disseminação da informação através da Internet, foi como se uma chave fosse virada e tudo tomasse um novo rumo, os dados e as informações passaram a ser divulgados e comentados por todos. A confidencialidade ficou muito mais difícil de ser garantida, por outro lado, a grande quantidade de informações disponíveis aumentou as oportunidades para todos, permitindo inclusive uma drástica mudança no ambiente de sala de aula, visto que, a informação não pertencia somente ao professor mas podia instantaneamente ser apresentada em sala de aula oriunda de pesquisas na internet disponível para todos com a utilização de aparelhos simples com os SmartPhones que praticamente todos possuem. 2.6. Armazenamento em nuvem Grandes provedores de Tecnologia e Internet, como Google, Microsoft, Apple, Amazon, dentre outros, descobriam que suas estruturas poderiam ser disponibilizadas para armazenar dados e informações e distribuir estas informações para todos. Este foi o primeiro passo, do que se convencionou chamar de “Computação em Nuvem” (Cloud Computing). Este termo acabou popularizando esta forma de disponibilizar serviços de computação que podem ser acessados através da Internet, serviços estes que, na verdade, estão em grandes complexos de servidores espalhados pelo mundo. O segundo passo, descoberto pelas grandes empresas de tecnologia, que hoje já está bem consolidado, é o fornecimento de programas via Internet, ou seja, ao invés do cliente comprar um programa e instalar no seu computador, ele 9 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância utiliza este programa que é fornecido pela Internet (costuma-se falar que este programa está na nuvem). O terceiro passo, aponta para o fornecimento de tudo através da Internet, de maneira que, cada vez menos pessoas e empresas vão precisar de computadores poderosos e de servidores empresariais e domésticos. Tudo, armazenamento, softwares e serviços de informática, ficarão disponíveis nos servidores das grandes empresas (na nuvem) e serão disponibilizados a todos através de conexões internet. 10 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3. TECNOLOGIA NA SALA DE AULA Objetivo Mostrar como a tecnologia se apresenta em sala de aula para o aluno e para o professor, assim como discutir as ações necessárias ao professor que não será substituído pela tecnologia, mas não poderá ficar alheio aos novos cominhos que a tecnologia lhe propiciará em todo o ambiente escolar. Introdução Em todos os ramos da sociedade a tecnologia está presente, portanto, não poderia ser diferente na sala de aula e no cotidianodo professor e das pessoas que atuam no ambiente escolar. Não é de hoje que a tecnologia está presente no ensino, mas, sem dúvida, sua utilização tem sofrido muitas mudanças ao longo do tempo. “Desde a gênese do quadro negro, da chegada do retroprojetor, da invenção do projetor multimídia, o foco da tecnologia estava na transmissão dos conhecimentos. Com a disseminação dos computadores, big data, inteligência artificial. O desafio agora é como acessar, escolher, adotar, aplicar a informação correta.” (FAVA, 2018) 3.1. Tecnologia e o aluno do século XXI Não são raros os comentários de pais e parentes de alunos sobre o desenvolvimento e aptidão da atual infância com a utilização de SmartPhones e tabletes. Crianças de pouquíssimas idades conseguem saber que para alterar o que está sendo visto em um SmartPhones basta passar o dedo sobre a tela. Bebês, conseguem acompanhar ligações telefônicas com vídeo e interagir com parentes como se eles estivessem presentes no mesmo ambiente. Em futuro próximo, estas crianças provavelmente irão interagir com imagens holográficas e temos certeza que ficarão muito menos impressionadas que nós adultos que estamos vivenciando as evoluções tecnológicas. Ainda pensando como as crianças estão interagindo ou irão interagir com a tecnologia gosto sempre de lembrar o fato de um aluno ter falado que o monitor do computador estava com defeito, pelo fato dele ter passado a mão e o aparelho não ter respondido. Se pararmos para pensar na profundidade desta observação, veremos que, em 11 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância verdade, o aluno não imaginou a possibilidade de existirem monitores que não são touchscreen. Observem que este aluno não fez o comentário por um snobismo, ou mesmo como uma crítica, mas, simplesmente pelo fato dele não imaginar que um monitor poderia não ser touchscreen. Baseado no comentário acima, imagine que este aluno provavelmente não irá conseguir entender que um dia se escreveu com um giz na lousa e ao terminar foi necessário apagar o que lá estava. Ou seja, não existia um botão ou um gesto que apaga tudo e permitiria que novos conteúdos fossem postados. Várias histórias como estas e mesmo implementações destas fazem parte do ambiente educacional, que muitas vezes, ainda insiste na aula expositiva e no giz e lousa. 3.2. Tecnologia e o professor do Século XXI Nos dias de hoje, a tecnologia deve ser encarada como uma ferramenta de apoio, muito acima de simplesmente utilizar computadores para transmitir emails, digitar textos ou mesmo executar apresentações. É lógico que, as possibilidades aqui citadas são ótimas, mas a tecnologia em sala de aula está acima disto, passa pela utilização de: ✓ Jogos didáticos, ✓ Competições onde grupos de alunos podem executar tarefas em computadores ou mesmo SmartPhones e apresentarem resultados, recebendo pontuações por acerto e rapidez. ✓ Montagens práticas utilizando conceitos de robótica. ✓ Pesquisa orientada em Sites de Internet sobre tópicos referentes às aulas. ✓ Etc. Diante destas constatações, cabe ao professor investir em sua formação de modo a aprimorar suas metodologias de sala de aula de maneira que o professor possa orientar pesquisas e realização de atividades. Com estas atitudes o professor torna-se menos o detentor e divulgador do conhecimento e muito mais o incentivador da pesquisa e da construção do conhecimento. 12 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 3.3. O professor será substituído pela tecnologia? Este é um receio que já data do século passado, quando se começou a divulgar que “o professor seria substituído pelo computador”. Isto não aconteceu, e os computadores hoje já estão parcialmente substituídos por tablets e SmartPhones. Sendo importante considerar também que o “computador” do século passado era um dispositivo que possuía editores de textos e programas de apresentação, capazes de reproduzir filmes e música com alguns programas multimídia instalados. Este computador mal conhecia a Internet com suas inúmeras aplicações dos dias de hoje. O que realmente faz e continuará fazendo a tecnologia é apresentar ferramentas para o professor exercer suas atividades com melhores resultados. Sem dúvida continuaram existindo momentos em que algo deve ser exposto em sala, mas o professor conta também com filmes animações e mesmo explanações incontáveis na Internet que podem apresentar o mesmo conteúdo que ele, então, por que não as utilizar? Durante a aula, ou mesmo como preparação para aula o professor pode sugerir um filme ou até uma atividade que mostrará o que ele gostaria de explanar em sala de aula, então, o aluno pode assistir previamente e até pesquisar mais conhecimentos sobre o conteúdo da aula, de maneira que durante a aula haja uma interação entre alunos com a mediação do professor. Mediação, é exatamente esta que será a maior função do professor a partir de agora. Acompanhar e filtrar o que seus alunos trazem para aula e apresentar os caminhos que os alunos devem seguir para saber mais sobre os assuntos apresentados e discutidos por todos. 13 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 4. METODOLOGIAS ATIVAS, SALA DE AULA INVERTIDA Objetivo Apresentar o conceito de metodologias ativas com destaque às trilhas de aprendizagem. Introdução Metodologias ativas, apontam as possibilidades de transformar aulas em experiências de aprendizagem mais vivas e significativas para os estudantes cujas expectativas em relação ao ensino e aprendizagem e ao próprio desenvolvimento e informação, são diferentes do que se expressavam em gerações anteriores (BACICH, 2018). 4.1. Como as TICs auxiliam Metodologias Ativas Metodologias Ativas são práticas pedagógicas alternativas, onde ao invés do aluno aceitar passivamente as informações ele participa descobrindo e investigando a resolução de problemas. (BACICH, 2018, p. 27). Preocupados com os diferentes ritmos de aprendizagem de alunos, pesquisadores da Miami University criaram um método que foi nomeado como “inverted classroom”. Com este método, datado de meados dos anos 90 do século passado, desejava-se que os alunos chegassem às aulas já tendo acessado o conteúdo. Nos idos 1995, a tecnologia ali existente era quase que exclusivamente vídeos, leitura em livros e artigos impressos em papel. Com o desenvolver dos anos a tecnologia facilitou muito este processo disponibilizando a alunos vídeos, textos, animações e consultas à internet com farto material para que estes realmente possam chegar à sala de aula conhecendo os conteúdos que serão discutidos. A partir da primeira década dos anos 2000 foi popularizado o termo “flipped classrom” traduzido como “Sala de aula invertida” onde segundo (MATTAR, 2017, p. 32) “as aulas de vídeo são muitas vezes consideradas o ingrediente chave na abordagem invertida sendo criadas e disponibilizadas pelo professor ou selecionadas de um repositório on line”. 14 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Entretanto, as facilidades de internet dos dias de hoje, fizeram com que as Tecnologias utilizadas em “Sala de aula invertida”, excedessem a pura utilização de vídeos chegando aos jogos, questionários on line, interações entre grupos a partir de sites e apps. Todos estes elementos das TICs propiciaram a alunos e professores excelentes ferramentas para utilização da “Sala de aula invertida”. Segundo (ALMEIDA e VALENTE, 2011, p. 77), “O aluno deve assumir uma postura mais ativa, resolvendo problemas e projetos como meio de explicitar seus conhecimentos e com isso permitir a intervenção efetiva do professor,auxiliando o processo de construção do conhecimento”. 4.2. Trilhas de aprendizagem Uma das principais implementações de “Sala de Aula Invertida”, são as trilhas de aprendizagem, onde as TICs aparecem como importantes facilitadores do processo. Como o próprio nome indica, uma “trilha de aprendizagem”, é um caminho que o professor indica para que o aluno construa seu conhecimento. Seguindo a trilha, que, inclusive pode ter suas derivações, ou mesmo pode permitir ao aluno que se sentir seguro pular alguma fase, este aluno executa tarefas e interações que lhe permitirão chegar ao final do percurso conhecendo o assunto que o professor escolheu para uma aula ou um conjunto de aulas. As “trilhas de aprendizagem” podem conter diversos elementos das TICs, dentre elas: ✓ Questionários, (preferivelmente on-line em sites do tipo AVA); ✓ Textos de livros ou obtidos em sites de internet (muito interessante que estes livros façam parte de uma biblioteca virtual, para que o aluno possa consultá-los em casa). ✓ Filmes e documentários, normalmente disponíveis em sites indicados pelo professor ou mesmo pesquisados por alunos. ✓ Temas para serem discutidos em grupo, normalmente em sala de aula, mas podendo ser on-line nos casos de cursos em EAD. 15 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância ✓ Tarefas para consolidar o aprendizado (normalmente o resultado dos temas discutidos pelos grupos). ✓ Leituras ou atividades adicionais, para alunos que desejam saber mais sobre os temas abordados. Uma típica construção de trilha pode constar do seguinte: 1) Parte da trilha a ser percorrida em casa, antes da aula ou do encontro presencial3. O professor apresenta, um questionário sobre o assunto, com perguntas genéricas e simples, geralmente abordando as origens e conhecimentos básicos sobre o tema. Este questionário é muitas vezes chamado de sondagem, onde o professor e mesmo o aluno, tem uma ideia inicial sobre o quanto ele sabe sobre o assunto. Em seguida, ainda para ser visto em casa, antes do dia da aula, o professor sugere textos e filmes, que o aluno pode acessar através de um site próprio do professor ou mesmo através de links fornecidos pelo professor. 2) Na aula ou no encontro presencial. O professor comenta alguns pontos que ele julga importantes, fazendo uma rápida explanação, não uma aula expositiva como é feito no ensino tradicional. Em seguida o professor apresenta algumas tarefas ou problemas relativos ao assunto, para serem discutidos por grupos de alunos. Em casos de cursos em EAD, estes problemas podem ser discutidos em chats ou mesmo Fóruns. Embora os Fóruns sejam atividades assíncronas, eles podem ser disponibilizados durante períodos escolhidos de maneira a simular encontros presenciais. 3) Após a aula O professor pode sugerir atividades como leituras, filmes e outras que terão como objetivo reforças os conhecimentos obtidos. Pode funcionar como um reforço um adicional para alunos que gostaram do assunto e desejam saber mais. 3 que pode ser um encont ro em um chat ou WebAula , no caso de EAD 16 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 5. A TECNOLOGIA DO EAD PROPICIANDO NOVAS OPORTUNIDADES Objetivo Discutir a utilização de ambientes tecnológicos na educação, especialmente os Ambientes Virtuais de Aprendizagem AVAs. Introdução O Ensino a Distância (EAD) dos dias atuais utiliza intensamente Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs), sendo estes, sendo sem dúvida um dos melhores exemplos da utilização das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicações) no ambiente educacional. Segundo (SILVA, 2016) Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem também conhecidos como Learning Management System (LMS) ou Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem, são softwares que, agregam ferramentas para a criação, tutoria e gestão de atividades que normalmente são apresentados na forma de cursos, 5.1. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Como a principal ferramenta tecnológica do Ensino a Distância, o AVA gerencia todo o material postado pelo professor e todas as atividades completadas pelos alunos. Baseado em um AVA bem configurado é possível a disponibilização de diversos elementos tais como: links, filmes, textos, questionários (testes), questões discursivas, assim como suportar toda a comunicação professor x aluno. 5.2. Elementos básicos de um AVA Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é na verdade um SGEAD (Sistema de Gerenciamento de Ensino a Distância), que tem como função gerenciar toda a interação e comunicação professor x aluno. Para comunicação professor x aluno os AVAs normalmente possuem: ✓ Ferramentas para envio e recebimento de mensagens; ✓ Ferramentas para elaboração de Fóruns; ✓ Programas que suportam chats; ✓ Programas que suportam WebConferência*. 17 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância *Obs: Alguns AVAs como o Moodle, um dos mais utilizados no mundo, não possui diretamente um programa para WebConferência, mas permite a adição de plugins que disponibilizam este importante recurso. Mesmo sem utilizar plugins é possível criar links dentro do Moodle para abrir diretamente programas externos de WebConferência, o que acaba tornando a utilização bem simples para os alunos. Para disponibilizar materiais para os alunos os AVAs normalmente permitem: ✓ Postar filmes, trilhas de audio (podcasts), textos; ✓ Enviar arquivos com apresentações, infográficos; ✓ Disponibilizar planilhas, diagramas, fluxogramas etc.; ✓ Colocar links para acesso rápido a páginas. Para realização de tarefas, os AVAs possuem: ✓ Sistemas que permitem a elaboração de questões de diversos tipos a maioria com correção automática; ✓ Sistemas que permitem solicitar e receber tarefas no formato de textos e arquivos enviados por alunos. Em resumo, AVAs são grandes repositórios que permitem uma perfeita integração entre professores e alunos. Sempre que possível, cursos devem ser ministrados através destes ambientes, principalmente pelas possibilidades de enviar e receber tarefas, muitas vezes em forma de testes que podem ser corrigidos automaticamente pelos AVAs auxiliando bastante o trabalho com turmas grandes. 5.3. Alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) AVAs são programas de computador que precisam ser instalados em servidores de maneira que alunos e professores possam acessar e utilizar suas facilidades. Como cursos oferecidos através de AVAs visam atingir pessoas que desejam fazer cursos a distância, é normal que AVAs sejam instalados em provedores de Internet de maneira que estes cursos possam ser acessados por pessoas a partir de quaisquer lugares, entretanto, uma empresa ou mesmo uma universidade, pode 18 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância utilizar um AVA apenas internamente de maneira a atingir, por exemplo, somente os alunos que estão presentes em salas de aula e nos laboratórios. Isto não é o padrão, mas pode até ser executado. Como AVA é um programa, ele pode ser desenvolvido por diferentes empresas e mesmo por universidades. Por vota dos anos 2000, muitas empresas e universidades, desenvolveram seus próprios AVAs, alguns deles de excelente qualidade, entretanto, como a maioria dos programas de computador, após algum tempo poucos fabricantes acabam dominando o mercado e muitos que fizeram tentativas acabam abandonando seus materiais e optando por utilizar os sistemas que acabaram dominando o mercado. Nos dias de hoje o AVA mais utilizado no mundo é o Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment – Ambiente modular para ensino dinâmico orientado à objeto). Dentre as vantagens doMoodle é importante citar o fato de ser um sistema “open source”4. É importante entender que a utilização de softwares do tipo “open source”, normalmente geram mais mão de obra e até necessitam de algum conhecimento por parte dos utilizadores, visto que, não se tem uma empresa para dar suporte em caso de dúvidas ou mesmo de implementações, entretanto, no caso do Moodle, existem diversas empresas que fornecem acessória e até instalam e configuram todo o Moodle. Em alguns casos a implementação inicial é até gratuita, visto que as empresas esperam que professores comecem a utilizar e posteriormente resolvam intensificar seus cursos e com o aumento do número de alunos comessem a adquirir serviços de hospedagem. O próprio Moodle possui um programa de hospedagem de nome “MoodleCloud”, acessado através de https://moodlecloud.com/ que disponibiliza uma hospedagem gratuita com todos a estrutura pronta e permite a utilização de até 50 usuários. Para a utilização de mais usuários começam a existir custos de manutenção da hospedagem. Outros LMs muito conhecidos são: 4 Open sou rce é um s is tema de cód igo aber to que pode ser u t i l i zado sem cus to e adaptado l i v remente pe lo usuár io . https://moodlecloud.com/ 19 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância BalckBoard: Um sistema de excelente qualidade, porém pago, mas preferido por muitas empresas, escolas e universidade. https://www.blackboard.com/blackboard-learn/index.html Canvas: Um sistema também open source que está se apresentando como opção para o Moodle, porém com número de usuários ainda baixo. https://www.instructure.com/canvas /pt-br LMSEstúdio: Uma plataforma de fácil gerenciamento que permite a inserção de praticamente todos os materiais utilizados em EAD, possui plano gratuito até 20 alunos www.lmsestudio.com.br 5.4. Ambientes Virtuais de aprendizagem (AVAs) e outras ferramentas A utilização de AVAs não é obrigatória, mas sem dúvida estes são os melhores sistemas tanto para gerenciar cursos de Ensino a Distância como para auxiliar em cursos no ensino presencial. Muitos professores utilizam blogs ou mesmo grupos em redes sociais para postar materiais. Estas opções permitem postagens de materiais e mesmo o envio de links, ainda com grupos, ou mesmo por emails é possível o recebimento de trabalhos. O que dificulta nestes procedimentos são os controles de envio e recebimento de materiais e trabalhos, mas de qualquer maneira se está utilizando as TICs para implementar a educação. Uma rápida busca na Internet mostraria uma grande quantidade de blogs e mesmo videoaulas. Sem dúvida, estes são exemplos de TICs aplicadas à educação, e são ferramentas que podem auxiliar, não só nos estudos como no aprimoramento de conhecimentos. A grande vantagem dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) é a possibilidade de agrupar tudo em ambientes de fácil manipulação e controle por parte dos professores e mesmo dos alunos. https://www.blackboard.com/blackboard-learn/index.html https://www.instructure.com/canvas%20/pt-br https://www.lmsestudio.com.br/ 20 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 6. AS TICS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Objetivo O objetivo deste tópico é mostrar como que as TICs podem ser utilizadas na educação inclusiva, discutindo inclusive utilizações de Realidade Virtual e Realidade Aumentada, tecnologias estas, que podem ser utilizadas a qualquer momento na educação. Introdução Para as pessoas sem deficiência a tecnologia pode tornar as coisas mais fáceis enquanto para pessoas com deficiência a tecnologia pode tronar as coisas possíveis. "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas - CAT). 6.1. Quando estamos utilizando Tecnologias Assistivas. Segundo (GALVÃO FILHO e MACHADO, 2009), A tecnologia Assistiva se refere a um conceito em pleno processo de construção de sistematização, não sendo uma novidade, mas sim um conceito que remonta aos primórdios da história da humanidade. Um pedaço de pau utilizado como bengala improvisada já caracteriza uma “Tecnologia Assistiva”. Mais modernamente podemos considerar que um óculo de grau é uma “Tecnologia Assistiva”, entretanto, nosso objetivo neste material é discutir a utilização de “Tecnologias assistivas” para auxiliar o aluno em seus estudos. Alunos com deficiência visual que utilizam programas como o DOSVox, NVDA, Brille Fácil, dentre outros, para leitura de tela estão se apoiando em “Tecnologias Assistivas” para ler telas de computador que podem conter sites, textos ou mesmo imagens se estas possuírem “Textos alternativos”. “Textos alternativos”, são explicações sobre figuras que podem ser escritas em diversos editores, dentre eles o Microsoft Word, que permitem que programas como o DOSVox apresente para um leitor cego explicações sobre figuras. Existem técnicas para criação destes “Textos alternativos”, que não são objetos deste curso, mas, pessoas capacitadas podem explicar imagens de maneira a torná-las compreensíveis para usuários dos programas mencionados. http://www.assistiva.com.br/Ata_VII_Reunião_do_Comite_de_Ajudas_Técnicas.pdf 21 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância Para usuários com deficiência auditiva, existem programas como Vlibras, que convertem documentos em português para libras. Programas como o Motrix foram desenvolvidos para atender a pessoas com deficiência motora, facilitando a usuários tarefas como jogar, escrever, ler e comunicar-se. Ainda para auxiliar pessoas com deficiências motoras, podemos citar o “Head Mouse”, um programa de computador que permite a partir de piscar das vistas executar na tela de um computador as ações de Mouses. O programa funciona simplesmente com uma Webcam, que inclusive pode ser encontrado em praticamente todos os Notebooks da atualidade. 6.2. A Tecnologia Assistiva no auxílio à criança autista O aluno autista, devido a prejuízos na cognição social, precisa de um maior estímulo para prover a comunicação e interação com professores e colegas. Nota-se também que muitas vezes este aluno tem dificuldades de interpretar expressões e sentimentos, fazendo com que tudo dificulte sua interação social. A utilização de pranchas comunicativas disponíveis em softwares educacionais que utilizam PECS (Picture Exchange Communication System) “que é um sistema de comunicação através da troca de figuras, que visa ajudar a criança a perceber que através da comunicação ela pode conseguir muito mais rapidamente as coisas que deseja.” (MELLO, 2007, p. 39) 22 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância A utilização de pranchas comunicativas está baseada no fato de segundo (CANDIDO e MOITA, 2016) “as maiores dificuldades dos altistas consistem em dominar a interação e a comunicação. Isto significa que eles não só falham em comunicar como não estão motivados a fazê-lo”. No momento que as imagens e sons das pranchas os incentivam, grandes evoluções podem ser percebidas. Como alternativa ao uso das PECS (Picture Exchange Communication System), que atendem autistas e crianças com déficit de atenção, já existem “Pranchas com figuras capazes de serem lidos por programas de realidade aumentada” que tornam a leitura destas figuras muito mais atrativas para todos, inclusive para crianças com déficit de atenção.A grande vantagem é que a utilização pode ser feita a partir de SmartPhones com programas como o HP Reveal que pode ser baixado gratuitamente pela Internet. 6.3. Realidade Aumentada auxiliando na Educação A realidade aumentada consiste em adicionar a ambientes reais imagens virtuais. O importante para diferenciar uma realidade aumentada de uma simples projeção é que o objeto que é inserido a partir de técnicas de realidade aumentada passa a fazer parte do ambiente, como por exemplo se sobre uma mesa é inserido um vaso, caso a mesa seja movimentada, o vaso deve acompanhar esta movimentação. Uma das mais conhecidas apresentações de realidade aumentada consiste em representar elementos do sistema solar em seus movimentos de rotação e translação. Estas representações, sem dúvida incentivam todos os alunos, não só os da educação inclusiva. Outras aplicações muito interessantes de realidade aumentada estão implementadas na área de saúde, onde laboratórios com representações de partes de corpos humanos se apresentam com excelentes ferramentas para treinamentos, o que seria impossível com pessoas vivas e mesmo com animais. Muitos julgam que somente imagens fazem parte de processos de realidade aumentada, porém, outras mídias como o som podem ser também utilizadas como realidade aumentada. Uma utilização como tecnologia assistida pode ser o caso de trilhas sonoras que podem ser acrescentadas a um ambiente, de maneira que uma pessoa cega possa sentir as dimensões da sala a partir dos pontos de onde o som é emitido virtualmente. 23 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância As técnicas de realidade virtual também podem ser utilizadas, mas a diferença entre estas duas tecnologias é que, na realidade virtual a pessoa é colocada em um ambiente virtual, enquanto que, na realidade aumentada é feita a inserção de objetos virtuais no ambiente real. A grande vantagem da realidade aumentada é que a pessoa já está em seu ambiente e os objetos são colocados neste ambiente, portanto a pessoa se integra com mais facilidade. Como em museus não é permitido tocar em obras de arte, uma experiência de realidade virtual para cegos, foi realizada no Museu Nacional de Praga onde através de um software o visitante poderia tocar as peças de arte de maneira a poder senti-las como alternativa à visualização que é possível para pessoas sem dificuldades visuais. 24 Tecnologia da Informação na Educação Universidade Santa Cecília - Educação a Distância ALMEIDA, M. E. B.; VALENTE, J. A. Técnologias e Currículo: Trajetórias convergentes ou divergentes? São Pulo: Paulus, 2011. BACICH, L. Metodologias Ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: Penso, 2018. CANDIDO, V. M. D. A.; MOITA, M. G. S. C. Autismo e as tecnologias Assistivas: Revisão integrariva da Literatura. II CINTEDI - Congresso Internacional de Educação Inclusiva, Campina Grande, 16 a 18 Novembro 2016. FAVA, R. Trabalho Educação e Inteligência Artificial. Porto Alegre: Penso, 2018. GALVÃO FILHO, T. A.; MACHADO, G. J. C. A tecnologia Assistiva: de que se trata? 1. ed. Porto Alegre: Redes Editoras, 2009. MATTAR, J. Metodologias ativas: para a educação presencial, blended e a distância. São Paulo: Artezanato Educacional, 2017. MELLO, A. M. S. R. Atismo: guia prático. Brasilia: São Paulo AMA, 2007. SAMPAIO, E. C.; LEME, G. C. Monografias Brasil Escola. Tecnologia Assistiva na Inclusão, 2018. Disponivel em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/tecnologia-assistiva- na-inclusao.htm>. Acesso em: 1 out. 2019. SILVA, R. S. Moodle 3 para autores e tutores. São Paulo: Novatec, 2016.
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