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APOSTILA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇAO NA EDUCAÇÃO

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO 
Me. Claudio Ferreira de Carvalho 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 
 
1 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. EVOLUÇÃO DO MUNDO DA INFORMÁTICA 
 
Objetivo 
Apresentar conceitos da evolução do ambiente computacional discutindo o 
crescimento do Hardware e do Software e suas consequências não só para o mundo das 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como para a educação. 
 
Introdução 
 A implementação de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no ambiente 
educacional ocorreu com alternâncias apresentando bons e maus momentos. Entender 
como foi esta evolução e as consequências destas alternâncias é de suma importância para 
compreender como a escola atual absorveu e convive nos dias hoje com as TICs. 
1.1. O Ambiente Computacional 
O ambiente computacional é formado basicamente por Hardware e Software. 
1.1.1. Hardware 
É a parte física, formada pelo computador e seus acessórios, 
ao qual nos dias de hoje devem ser acrescentados os notebooks, 
tablets, SmartPhones e todos os demais dispositivos físicos que 
surgem e se modificam, procurando acompanhar o 
dinâmico mundo em que vivemos. 
1.1.2. Software 
É o conjunto de programas que é executado no Hardware. Dentre os programas 
podemos citar desde o Sistema Operacional, que é o programa que dá suporte 
a tudo, como os navegadores, programas de escritório (Word, Excel e outros), 
linguagens de programação, jogos, programas de entretenimento para 
execução de músicas, filmes, ou seja, tudo que é executado nos 
Hardwares para atender as necessidades e desejos dos usuários. 
 
 
2 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.2. Era digital 
Com o aumento da utilização de computadores e 
softwares (programas de computadores), deu-se início a 
uma nova era, chamada de “Era digital”. 
 
Esta era, iniciou-se com computadores com baixo 
desempenho e softwares limitados que, na verdade, eram privilégios 
de poucos. Este binômio Hardware Software, de maneira simplista, 
mas muito importante para a época dava suporte e facilitava as 
tomadas de decisões em diversos níveis das empresas, transferindo 
tarefas, que normalmente eram realizadas por diversas pessoas, em rotinas executadas 
por grandes computadores. É sempre importante lembrar que tudo isto gerava custos 
altíssimos e estava restrito a poucos. 
1.3. Evolução do Hardware e do Software 
Hardware e Software evoluíram ao longo do tempo e começaram a 
ser utilizados primeiramente por empresas, posteriormente por pessoas e 
acabaram se tornando populares e familiares a todos como estamos 
presenciando nos dias de hoje. 
 
Qualquer pessoa, por mais distante que deseje ficar, não 
consegue conviver sem a presença de elementos oriundos das TICs 
(Tecnologias da Informação e Comunicação), visto que computadores evoluíram e 
paralelamente surgiram outros dispositivos que utilizam as mesmas 
tecnologias dos computadores tais como Tablets, SmartPhones dentre 
outros. Os softwares, por sua vez, acompanharam as evoluções dos 
hardwares tendo que melhorar a cada novos lançamentos de hardware e 
muitas vezes serem até reinventados. 
1.4. Software se popularizaram e chegaram aos escritórios 
Com a popularização dos computadores pessoais e com a evolução de softwares do 
tipo editores de textos e editores de imagens estas tecnologias começaram a facilitar a 
escrituração, divulgação e o armazenamento de informações. 
Programas capazes de tabelar e operar dados, chamados de 
planilhas eletrônicas, permitiram a alguns a tabulação de 
 
 
3 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
resultados e elaboração de previsões. Em paralelo a isto, o aparecimento de programas 
capazes de organizar o armazenamento de dados, chamados de bancos de dados, deram 
possibilidades de consultas rápidas visualizadas de diferentes maneiras. Programas para 
gerar apresentações tornaram-se populares e juntamente com os projetores multimídia 
substituíram os antigos projetores de slides, retroprojetores e suas transparências e demais 
equipamentos que se prestavam a estes fins. 
 
É importante também salientar, que computadores pessoais utilizando programas 
classificados como “suítes de escritório”, possuíam custos menores que os custos de 
grandes computadores, com programas pesadíssimos e de baixo rendimento. 
 
Todo este ambiente, deu origem à intensa 
utilização de computadores pessoais em escritórios 
com conjuntos de programas para editar textos, criar 
planilhas, gerar apresentações e gerenciar dados, como o pacote “Microsoft Office” e outros 
similares como o “Apache Open Office”. 
1.5. A evolução do ensino de informática 
É importante entender que, a evolução da utilização de computadores na escola, se 
deu de maneira diferente do que na indústria, visto que, no ambiente educacional sempre 
se tentou utilizar o computador como auxilio ao ensino-aprendizagem, portanto, na grande 
maioria das escolas e universidades do Brasil, a introdução da tecnologia se deu 
principalmente através da utilização de computadores pessoais PCs (Personal Computers) 
executando programas que pudessem auxiliar no dia a dia da escola. 
 
A partir da metade dos anos de 1980 do século passado, computadores eram bem 
limitados e apresentavam como única ferramenta aplicável à educação a “Programação em 
Linguagem Basic” (Beginner’s All-purpose Symbolic Ins-truction Code). Professores 
acreditavam que conhecimentos de programação poderiam incentivas os alunos a 
conhecer os computadores que estavam começando a aparecer não só em nosso dia a dia 
como no ambiente educacional. 
 
Estes computadores, encantaram muitos professores, que, a partir deles optaram por 
ensinar programação para todos os alunos. Entretanto, esta programação era elaborada 
 
 
4 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
através de linhas de comandos que precisavam ser digitadas com sintaxes1 rigorosíssimas, 
como aliás deve ser em qualquer linguagem de programação, mesmo nos dias de hoje. 
Porém, os editores que propiciavam as elaborações dos programas não possuíam 
quaisquer facilidades de auto completar ou de indentação2 de instruções que minimizassem 
os erros de sintaxes e tornassem a digitação de programas menos entediante. 
 
As dificuldades em conseguir bons resultados em programação, aliadas ao ambiente 
dos computadores daquela época que resumia-se em uma tela preta com letras em branco 
ou no máximo riscos que permitiriam a montagem de algumas figuras, acabou fazendo com 
que muitos perdessem interesse por programação e o que é mais grave, incentivasse uma 
corrente de alunos e educadores que se classificaram como “sem aptidões para 
programação” ou ainda erroneamente “sem aptidões para matemática”. 
 
Com o surgimento dos editores de texto, planilhas de cálculos e programas de 
apresentação, uma mudança de foco foi feita no ambiente escolar quando se passou a 
ensinar a utilização destes programas com abandono às linguagens de programação. Esta 
mudança, acabou tornando o computador uma ferramenta para auxiliar na elaboração de 
tarefas, o que era muito bom para a época, mas este deixou de ser uma ferramenta de 
ensino e aprendizagem. Dentre estas utilizações é sempre importante comentar a 
utilizações de programas de apresentação que vieram em muitos casos substituir o quadro 
negro e os projetores de slides visto que professores conseguiam com relativa facilidade 
montar apresentações e as mostrar através de Datashows e mais modernamente de 
projetores multimídia. 
 
No início deste século (anos 2000), com a melhoria nas conexões de Internet e o 
grande aumento na quantidade de informações disponíveis a Tecnologia da Educação e 
Comunicação (com computadores, tablets, SmartPhones e outros), voltoua auxiliar o 
ensino, dando ao professor e aos alunos importantes ferramentas de apoio. 
 
Nos dias de hoje as possibilidades de interações, jogos, software de programação 
com ambientes visuais, robótica e outras ferramentas estão apresentando novas e 
 
1 S in taxe é a manei ra co r re ta de se esc rev er uma ins t rução de computador . 
2 Indentar cons is te em ordenar l inhas de p rograma para melhora r a v isua l i zação dos comandos 
 
 
5 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
promissoras utilizações das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) na sala de 
aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. ARMAZENAMENTO DE DADOS 
 
Objetivo 
Apresentar a evolução das opções de armazenamento de dados, desde os 
primórdios onde fitas eram utilizados, até os dias de hoje onde uma grande parte dos 
arquivos são armazenados em nuvem. 
 
Introdução 
A gravação de arquivos criados por usuários é e sempre foi uma necessidade, visto 
que trabalhos como, textos, apresentações, fotos, filmes, dentre outros, normalmente são 
elaborados para serem utilizados em outros momentos ou para serem apresentados, por 
exemplo em sala de aula. As opções de armazenamento atuais são muitas, conhecê-las e 
utilizá-las da melhor maneira possível, faz parte de nosso dia a dia qualquer que seja a área 
de atuação. 
2.1. Evolução do armazenamento 
Trabalhos executados em computadores normalmente geram 
arquivos. Estes arquivos quase sempre precisam ser guardados (gravados) 
para futuras utilizações. Os locais onde estes armazenamentos são feitos, 
podem estar dentro dos computadores, em unidades moveis e com grande 
frequência em unidades virtuais, estas dando origem ao que hoje se 
convencionou chamar de armazenamento em nuvem. 
 
Os primeiros computadores pessoais, muito simples e pouco confiáveis 
permitiam que dados fossem gravados em fitas, posteriormente surgiram os 
disquetes, discos de CD, discos de DVDs, pen drivers, cartões de memória e 
outros dispositivos. 
 
Os disquetes foram os percursores, da distribuição de dados, propiciando 
a troca de informações entre pessoas, departamentos de empresas, entre 
empresas, entre alunos e até a entrega de trabalhos por meios eletrônicos em 
substituição ao papel. A quantidade de informações que que podiam ser trocadas 
com disquetes era muito grande comparando com alternativas de papel impresso, 
relatórios ou mesmo livros. Um disquete, assim como posteriormente um CD, um DVD e 
 
 
7 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
nos dias de hoje, pen drivers podiam e podem conter bancos de dados inteiros que podem 
ser trabalhados em outros computadores para a partir destes obter informações. 
2.2. Popularização das redes de computadores 
A popularização de redes internas de computadores facilitou a troca de dados dentro 
de empresas, escolas e outros tipos de organizações, como Universidades e mesmos 
pequenas instalações como microempresas e residências. 
 
Servidores de rede surgiram como poderosos “Servidores de Banco de dados”, onde 
não só dados processados por programas, mas 
arquivos com todos os tipos de informações, textos, 
imagens, planilhas e muito mais, podiam ser guardados 
e disponibilizados instantaneamente para grandes 
grupos. 
 
Estas redes são classificadas como “Redes Locais de Computadores” LAN (Local 
Area Network). Mesmo nos dias de hoje, a troca de dados por redes locais continua sendo 
uma importante forma de obter e disponibilizar informações, visto que, até os simples 
modens que possibilitam conexões de internet em residências permitem a troca de dados 
entre computadores e outros dispositivos que moradores de uma casa possuem e utilizam. 
2.3. A Internet 
Originária de um projeto militar, que tinha como objetivo manter os computadores do 
departamento de defesa dos Estados Unidos interligados no caso de um ataque inimigo vir 
a danificar os sistemas de comunicação conhecidos na época, 
a Internet se popularizou e a partir do início deste século, 
quando começou a ser conhecida e utilizada por todos. Nos dias 
de hoje é praticamente indispensável para a grande maioria de 
nossas ações diárias. 
2.4. Com a Internet – troca de e-mails 
Ainda no início da popularização da Internet nas empresas e escolas, 
sem que o verdadeiro poder da grande rede pudesse ser percebido, 
empresas, funcionários, alunos e professores, começaram a trocar e-mails. 
 
 
8 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Isto permitiu que informações pudessem trafegar com facilidade dentro de escolas 
ou mesmo de dentro para fora das escolas. 
 
A partir deste momento, a confidencialidade da informação e mesmo a garantia da 
veracidade destas informações tornaram-se muito mais vulneráveis, portanto, o processo 
como um todo ficou muito mais crítico. 
2.5. Internet e ferramentas de comunicação 
Quando todos descobriam o poder da informação e da disseminação da informação 
através da Internet, foi como se uma chave fosse virada e tudo tomasse um novo rumo, os 
dados e as informações passaram a ser divulgados e comentados por todos. 
 
A confidencialidade ficou muito mais difícil de ser garantida, por outro lado, a grande 
quantidade de informações disponíveis aumentou as oportunidades para todos, permitindo 
inclusive uma drástica mudança no ambiente de sala de aula, visto que, a informação não 
pertencia somente ao professor mas podia instantaneamente ser apresentada em sala de 
aula oriunda de pesquisas na internet disponível para todos com a utilização de aparelhos 
simples com os SmartPhones que praticamente todos possuem. 
2.6. Armazenamento em nuvem 
Grandes provedores de Tecnologia e Internet, como Google, Microsoft, Apple, 
Amazon, dentre outros, descobriam que suas estruturas poderiam ser disponibilizadas para 
armazenar dados e informações e distribuir estas informações para todos. 
 
Este foi o primeiro passo, do que se convencionou chamar 
de “Computação em Nuvem” (Cloud Computing). Este termo 
acabou popularizando esta forma de disponibilizar serviços de 
computação que podem ser acessados através da Internet, 
serviços estes que, na verdade, estão em grandes complexos de 
servidores espalhados pelo mundo. 
 
O segundo passo, descoberto pelas grandes empresas 
de tecnologia, que hoje já está bem consolidado, é o 
fornecimento de programas via Internet, ou seja, ao invés do 
cliente comprar um programa e instalar no seu computador, ele 
 
 
9 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
utiliza este programa que é fornecido pela Internet (costuma-se falar que este programa 
está na nuvem). 
 
O terceiro passo, aponta para o fornecimento de tudo através da Internet, de maneira 
que, cada vez menos pessoas e empresas vão precisar de computadores poderosos e de 
servidores empresariais e domésticos. Tudo, armazenamento, softwares e serviços de 
informática, ficarão disponíveis nos servidores das grandes empresas (na nuvem) e serão 
disponibilizados a todos através de conexões internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. TECNOLOGIA NA SALA DE AULA 
 
Objetivo 
Mostrar como a tecnologia se apresenta em sala de aula para o aluno e para o 
professor, assim como discutir as ações necessárias ao professor que não será substituído 
pela tecnologia, mas não poderá ficar alheio aos novos cominhos que a tecnologia lhe 
propiciará em todo o ambiente escolar. 
 
Introdução 
Em todos os ramos da sociedade a tecnologia está presente, portanto, não poderia 
ser diferente na sala de aula e no cotidianodo professor e das pessoas que atuam no 
ambiente escolar. Não é de hoje que a tecnologia está presente no ensino, mas, sem 
dúvida, sua utilização tem sofrido muitas mudanças ao longo do tempo. 
“Desde a gênese do quadro negro, da chegada do retroprojetor, da invenção do 
projetor multimídia, o foco da tecnologia estava na transmissão dos conhecimentos. Com 
a disseminação dos computadores, big data, inteligência artificial. O desafio agora é 
como acessar, escolher, adotar, aplicar a informação correta.” (FAVA, 2018) 
3.1. Tecnologia e o aluno do século XXI 
Não são raros os comentários de pais e parentes de alunos sobre o desenvolvimento 
e aptidão da atual infância com a utilização de SmartPhones e tabletes. Crianças de 
pouquíssimas idades conseguem saber que para alterar o que está sendo visto em um 
SmartPhones basta passar o dedo sobre a tela. Bebês, 
conseguem acompanhar ligações telefônicas com vídeo e 
interagir com parentes como se eles estivessem presentes no 
mesmo ambiente. Em futuro próximo, estas crianças 
provavelmente irão interagir com imagens holográficas e temos certeza que ficarão muito 
menos impressionadas que nós adultos que estamos vivenciando as evoluções 
tecnológicas. 
 
Ainda pensando como as crianças estão interagindo ou irão 
interagir com a tecnologia gosto sempre de lembrar o fato de um aluno 
ter falado que o monitor do computador estava com defeito, pelo fato 
dele ter passado a mão e o aparelho não ter respondido. Se pararmos 
para pensar na profundidade desta observação, veremos que, em 
 
 
11 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
verdade, o aluno não imaginou a possibilidade de existirem monitores que não são 
touchscreen. Observem que este aluno não fez o comentário por um snobismo, ou mesmo 
como uma crítica, mas, simplesmente pelo fato dele não imaginar que um monitor poderia 
não ser touchscreen. 
 
Baseado no comentário acima, imagine que este 
aluno provavelmente não irá conseguir entender que um 
dia se escreveu com um giz na lousa e ao terminar foi 
necessário apagar o que lá estava. Ou seja, não existia um 
botão ou um gesto que apaga tudo e permitiria que novos 
conteúdos fossem postados. 
 
Várias histórias como estas e mesmo implementações destas fazem parte do 
ambiente educacional, que muitas vezes, ainda insiste na aula expositiva e no giz e lousa. 
3.2. Tecnologia e o professor do Século XXI 
Nos dias de hoje, a tecnologia deve ser encarada como uma ferramenta de apoio, 
muito acima de simplesmente utilizar computadores para transmitir emails, digitar textos ou 
mesmo executar apresentações. É lógico que, as possibilidades aqui citadas são ótimas, 
mas a tecnologia em sala de aula está acima disto, passa pela utilização de: 
✓ Jogos didáticos, 
✓ Competições onde grupos de alunos podem 
executar tarefas em computadores ou mesmo 
SmartPhones e apresentarem resultados, 
recebendo pontuações por acerto e rapidez. 
✓ Montagens práticas utilizando conceitos de 
robótica. 
✓ Pesquisa orientada em Sites de Internet sobre tópicos referentes às aulas. 
✓ Etc. 
Diante destas constatações, cabe ao professor investir em sua formação de modo a 
aprimorar suas metodologias de sala de aula de maneira que o professor possa orientar 
pesquisas e realização de atividades. Com estas atitudes o professor torna-se menos o 
detentor e divulgador do conhecimento e muito mais o incentivador da pesquisa e da 
construção do conhecimento. 
 
 
12 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3.3. O professor será substituído pela tecnologia? 
Este é um receio que já data do século passado, quando se começou a divulgar que 
“o professor seria substituído pelo computador”. Isto não aconteceu, e os computadores 
hoje já estão parcialmente substituídos por tablets e SmartPhones. Sendo importante 
considerar também que o “computador” do século passado era um dispositivo que possuía 
editores de textos e programas de apresentação, capazes de reproduzir filmes e música 
com alguns programas multimídia instalados. Este computador mal conhecia a Internet com 
suas inúmeras aplicações dos dias de hoje. 
 
O que realmente faz e continuará fazendo a tecnologia é apresentar ferramentas 
para o professor exercer suas atividades com melhores resultados. 
 
Sem dúvida continuaram existindo momentos em que algo deve ser exposto em sala, 
mas o professor conta também com filmes animações e mesmo explanações incontáveis 
na Internet que podem apresentar o mesmo conteúdo que ele, então, por que não as 
utilizar? Durante a aula, ou mesmo como preparação para aula o professor pode sugerir 
um filme ou até uma atividade que mostrará o que ele gostaria de explanar em sala de aula, 
então, o aluno pode assistir previamente e até pesquisar mais conhecimentos sobre o 
conteúdo da aula, de maneira que durante a aula haja uma interação entre alunos com a 
mediação do professor. 
 
Mediação, é exatamente esta que será a maior função do professor a partir de agora. 
Acompanhar e filtrar o que seus alunos trazem para aula e apresentar os caminhos que os 
alunos devem seguir para saber mais sobre os assuntos apresentados e discutidos por 
todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. METODOLOGIAS ATIVAS, SALA DE AULA INVERTIDA 
 
Objetivo 
Apresentar o conceito de metodologias ativas com destaque às trilhas de 
aprendizagem. 
 
Introdução 
Metodologias ativas, apontam as possibilidades de transformar aulas em 
experiências de aprendizagem mais vivas e significativas para os estudantes cujas 
expectativas em relação ao ensino e aprendizagem e ao próprio desenvolvimento e 
informação, são diferentes do que se expressavam em gerações anteriores (BACICH, 
2018). 
4.1. Como as TICs auxiliam Metodologias Ativas 
Metodologias Ativas são práticas pedagógicas alternativas, onde ao invés do aluno 
aceitar passivamente as informações ele participa descobrindo e investigando a resolução 
de problemas. (BACICH, 2018, p. 27). 
 
Preocupados com os diferentes ritmos de 
aprendizagem de alunos, pesquisadores da Miami 
University criaram um método que foi nomeado 
como “inverted classroom”. Com este método, 
datado de meados dos anos 90 do século 
passado, desejava-se que os alunos chegassem às 
aulas já tendo acessado o conteúdo. Nos idos 1995, a tecnologia ali existente era quase 
que exclusivamente vídeos, leitura em livros e artigos impressos em papel. Com o 
desenvolver dos anos a tecnologia facilitou muito este processo disponibilizando a alunos 
vídeos, textos, animações e consultas à internet com farto material para que estes 
realmente possam chegar à sala de aula conhecendo os conteúdos que serão discutidos. 
 
A partir da primeira década dos anos 2000 foi popularizado o termo “flipped classrom” 
traduzido como “Sala de aula invertida” onde segundo (MATTAR, 2017, p. 32) “as aulas de 
vídeo são muitas vezes consideradas o ingrediente chave na abordagem invertida sendo 
criadas e disponibilizadas pelo professor ou selecionadas de um repositório on line”. 
 
 
14 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Entretanto, as facilidades de internet dos dias de hoje, fizeram com que as 
Tecnologias utilizadas em “Sala de aula invertida”, 
excedessem a pura utilização de vídeos chegando aos jogos, 
questionários on line, interações entre grupos a partir de sites 
e apps. Todos estes elementos das TICs propiciaram a 
alunos e professores excelentes ferramentas para utilização 
da “Sala de aula invertida”. 
 
Segundo (ALMEIDA e VALENTE, 2011, p. 77), “O aluno deve assumir uma postura 
mais ativa, resolvendo problemas e projetos como meio de explicitar seus conhecimentos 
e com isso permitir a intervenção efetiva do professor,auxiliando o processo de construção 
do conhecimento”. 
4.2. Trilhas de aprendizagem 
Uma das principais implementações de “Sala de Aula Invertida”, são as trilhas de 
aprendizagem, onde as TICs aparecem como importantes facilitadores do processo. 
 
Como o próprio nome indica, uma “trilha de 
aprendizagem”, é um caminho que o professor 
indica para que o aluno construa seu conhecimento. 
Seguindo a trilha, que, inclusive pode ter suas 
derivações, ou mesmo pode permitir ao aluno que 
se sentir seguro pular alguma fase, este aluno executa tarefas e interações que lhe 
permitirão chegar ao final do percurso conhecendo o assunto que o professor escolheu 
para uma aula ou um conjunto de aulas. 
 
As “trilhas de aprendizagem” podem conter diversos elementos das TICs, dentre elas: 
✓ Questionários, (preferivelmente on-line em sites do tipo AVA); 
✓ Textos de livros ou obtidos em sites de internet (muito interessante que estes livros 
façam parte de uma biblioteca virtual, para que o aluno possa consultá-los em casa). 
✓ Filmes e documentários, normalmente disponíveis em sites indicados pelo professor 
ou mesmo pesquisados por alunos. 
✓ Temas para serem discutidos em grupo, normalmente em sala de aula, mas podendo 
ser on-line nos casos de cursos em EAD. 
 
 
15 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
✓ Tarefas para consolidar o aprendizado (normalmente o resultado dos temas 
discutidos pelos grupos). 
✓ Leituras ou atividades adicionais, para alunos que desejam saber mais sobre os 
temas abordados. 
 
Uma típica construção de trilha pode constar do seguinte: 
1) Parte da trilha a ser percorrida em casa, antes da aula ou do encontro presencial3. 
O professor apresenta, um questionário sobre o assunto, com perguntas genéricas 
e simples, geralmente abordando as origens e conhecimentos básicos sobre o 
tema. Este questionário é muitas vezes chamado de sondagem, onde o professor 
e mesmo o aluno, tem uma ideia inicial sobre o quanto ele sabe sobre o assunto. 
Em seguida, ainda para ser visto em casa, antes do dia da aula, o professor sugere 
textos e filmes, que o aluno pode acessar através de um site próprio do professor 
ou mesmo através de links fornecidos pelo professor. 
2) Na aula ou no encontro presencial. 
O professor comenta alguns pontos que ele julga importantes, fazendo uma rápida 
explanação, não uma aula expositiva como é feito no ensino tradicional. 
Em seguida o professor apresenta algumas tarefas ou problemas relativos ao 
assunto, para serem discutidos por grupos de alunos. Em casos de cursos em EAD, 
estes problemas podem ser discutidos em chats ou mesmo Fóruns. 
Embora os Fóruns sejam atividades assíncronas, eles podem ser disponibilizados 
durante períodos escolhidos de maneira a simular encontros presenciais. 
3) Após a aula 
O professor pode sugerir atividades como leituras, filmes e outras que terão como 
objetivo reforças os conhecimentos obtidos. Pode funcionar como um reforço um 
adicional para alunos que gostaram do assunto e desejam saber mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 que pode ser um encont ro em um chat ou WebAula , no caso de EAD 
 
 
16 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. A TECNOLOGIA DO EAD PROPICIANDO NOVAS OPORTUNIDADES 
 
Objetivo 
Discutir a utilização de ambientes tecnológicos na educação, especialmente os 
Ambientes Virtuais de Aprendizagem AVAs. 
 
Introdução 
O Ensino a Distância (EAD) dos dias atuais utiliza intensamente Ambientes Virtuais 
de Aprendizagem (AVAs), sendo estes, sendo sem dúvida um dos melhores exemplos da 
utilização das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicações) no ambiente educacional. 
 
Segundo (SILVA, 2016) Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem também 
conhecidos como Learning Management System (LMS) ou Sistemas de Gerenciamento de 
Aprendizagem, são softwares que, agregam ferramentas para a criação, tutoria e gestão 
de atividades que normalmente são apresentados na forma de cursos, 
5.1. O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) 
Como a principal ferramenta tecnológica do Ensino a Distância, o AVA gerencia todo 
o material postado pelo professor e todas as atividades completadas pelos alunos. Baseado 
em um AVA bem configurado é possível a disponibilização de diversos elementos tais 
como: links, filmes, textos, questionários (testes), questões discursivas, assim como 
suportar toda a comunicação professor x aluno. 
5.2. Elementos básicos de um AVA 
Um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é na verdade um SGEAD (Sistema de 
Gerenciamento de Ensino a Distância), que tem como função gerenciar toda a interação e 
comunicação professor x aluno. 
 
Para comunicação professor x aluno os AVAs normalmente possuem: 
✓ Ferramentas para envio e recebimento de mensagens; 
✓ Ferramentas para elaboração de Fóruns; 
✓ Programas que suportam chats; 
✓ Programas que suportam WebConferência*. 
 
 
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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
*Obs: Alguns AVAs como o Moodle, um dos mais utilizados no mundo, não possui 
diretamente um programa para WebConferência, mas permite a 
adição de plugins que disponibilizam este importante recurso. 
Mesmo sem utilizar plugins é possível criar links dentro do 
Moodle para abrir diretamente programas externos de 
WebConferência, o que acaba tornando a utilização bem 
simples para os alunos. 
 
Para disponibilizar materiais para os alunos os AVAs normalmente permitem: 
✓ Postar filmes, trilhas de audio (podcasts), textos; 
✓ Enviar arquivos com apresentações, infográficos; 
✓ Disponibilizar planilhas, diagramas, fluxogramas etc.; 
✓ Colocar links para acesso rápido a páginas. 
 
 Para realização de tarefas, os AVAs possuem: 
✓ Sistemas que permitem a elaboração de questões de diversos tipos a maioria 
com correção automática; 
✓ Sistemas que permitem solicitar e receber tarefas no formato de textos e 
arquivos enviados por alunos. 
 
Em resumo, AVAs são grandes repositórios que permitem uma perfeita integração 
entre professores e alunos. Sempre que possível, cursos devem ser ministrados através 
destes ambientes, principalmente pelas possibilidades de enviar e receber tarefas, muitas 
vezes em forma de testes que podem ser corrigidos automaticamente pelos AVAs 
auxiliando bastante o trabalho com turmas grandes. 
5.3. Alguns Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) 
AVAs são programas de computador que precisam ser instalados em servidores de 
maneira que alunos e professores possam acessar e utilizar 
suas facilidades. Como cursos oferecidos através de AVAs 
visam atingir pessoas que desejam fazer cursos a distância, 
é normal que AVAs sejam instalados em provedores de 
Internet de maneira que estes cursos possam ser 
acessados por pessoas a partir de quaisquer lugares, 
entretanto, uma empresa ou mesmo uma universidade, pode 
 
 
18 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
utilizar um AVA apenas internamente de maneira a atingir, por exemplo, somente os alunos 
que estão presentes em salas de aula e nos laboratórios. Isto não é o padrão, mas pode 
até ser executado. 
 
Como AVA é um programa, ele pode ser desenvolvido por diferentes empresas e 
mesmo por universidades. Por vota dos anos 2000, muitas empresas e universidades, 
desenvolveram seus próprios AVAs, alguns deles de excelente qualidade, entretanto, como 
a maioria dos programas de computador, após algum tempo poucos fabricantes acabam 
dominando o mercado e muitos que fizeram tentativas acabam abandonando seus 
materiais e optando por utilizar os sistemas que acabaram dominando o mercado. 
 
Nos dias de hoje o AVA mais utilizado no mundo é o Moodle 
(Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment – Ambiente 
modular para ensino dinâmico orientado à objeto). 
 
Dentre as vantagens doMoodle é importante citar o fato de 
ser um sistema “open source”4. É importante entender que a 
utilização de softwares do tipo “open source”, normalmente geram 
mais mão de obra e até necessitam de algum conhecimento por 
parte dos utilizadores, visto que, não se tem uma empresa para dar suporte em caso de 
dúvidas ou mesmo de implementações, entretanto, no caso do Moodle, existem diversas 
empresas que fornecem acessória e até instalam e configuram todo o Moodle. Em alguns 
casos a implementação inicial é até gratuita, visto que as empresas esperam que 
professores comecem a utilizar e posteriormente resolvam intensificar seus cursos e com 
o aumento do número de alunos comessem a adquirir serviços de hospedagem. 
 
O próprio Moodle possui um programa de 
hospedagem de nome “MoodleCloud”, acessado 
através de https://moodlecloud.com/ que disponibiliza uma hospedagem gratuita com todos 
a estrutura pronta e permite a utilização de até 50 usuários. Para a utilização de mais 
usuários começam a existir custos de manutenção da hospedagem. 
Outros LMs muito conhecidos são: 
 
4 Open sou rce é um s is tema de cód igo aber to que pode ser u t i l i zado sem cus to e adaptado l i v remente pe lo 
usuár io . 
https://moodlecloud.com/
 
 
19 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
BalckBoard: Um sistema de excelente qualidade, porém pago, 
mas preferido por muitas empresas, escolas e universidade. 
https://www.blackboard.com/blackboard-learn/index.html 
 
Canvas: Um sistema também open source que está se 
apresentando como opção para o Moodle, porém com número de usuários ainda baixo. 
https://www.instructure.com/canvas /pt-br 
 
LMSEstúdio: Uma plataforma de fácil gerenciamento que permite a inserção de 
praticamente todos os materiais utilizados em EAD, possui plano gratuito até 20 alunos 
www.lmsestudio.com.br 
5.4. Ambientes Virtuais de aprendizagem (AVAs) e outras ferramentas 
A utilização de AVAs não é obrigatória, mas sem dúvida estes 
são os melhores sistemas tanto para gerenciar cursos de Ensino a 
Distância como para auxiliar em cursos no ensino presencial. Muitos 
professores utilizam blogs ou mesmo grupos em redes sociais para 
postar materiais. Estas opções permitem postagens de materiais e 
mesmo o envio de links, ainda com grupos, ou mesmo por emails é possível o recebimento 
de trabalhos. O que dificulta nestes procedimentos são os controles de envio e recebimento 
de materiais e trabalhos, mas de qualquer maneira se está utilizando as TICs para 
implementar a educação. 
 
Uma rápida busca na Internet mostraria uma grande quantidade de blogs e mesmo 
videoaulas. Sem dúvida, estes são exemplos de TICs aplicadas à educação, e são 
ferramentas que podem auxiliar, não só nos estudos como no aprimoramento de 
conhecimentos. 
 
A grande vantagem dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAs) é a 
possibilidade de agrupar tudo em ambientes de fácil manipulação e controle por parte dos 
professores e mesmo dos alunos. 
 
 
 
 
https://www.blackboard.com/blackboard-learn/index.html
https://www.instructure.com/canvas%20/pt-br
https://www.lmsestudio.com.br/
 
 
20 Tecnologia da Informação na Educação 
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6. AS TICS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
Objetivo 
O objetivo deste tópico é mostrar como que as TICs podem ser utilizadas na 
educação inclusiva, discutindo inclusive utilizações de Realidade Virtual e Realidade 
Aumentada, tecnologias estas, que podem ser utilizadas a qualquer momento na educação. 
 
Introdução 
Para as pessoas sem deficiência a tecnologia pode tornar as coisas mais fáceis 
enquanto para pessoas com deficiência a tecnologia pode tronar as coisas possíveis. 
"Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que 
engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam 
promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, 
incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida 
e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas - CAT). 
6.1. Quando estamos utilizando Tecnologias Assistivas. 
Segundo (GALVÃO FILHO e MACHADO, 2009), A tecnologia Assistiva se refere a 
um conceito em pleno processo de construção de sistematização, não sendo uma 
novidade, mas sim um conceito que remonta aos primórdios da história da humanidade. 
Um pedaço de pau utilizado como bengala improvisada já caracteriza uma “Tecnologia 
Assistiva”. Mais modernamente podemos considerar que um óculo de grau é uma 
“Tecnologia Assistiva”, entretanto, nosso objetivo neste material é discutir a utilização de 
“Tecnologias assistivas” para auxiliar o aluno em seus estudos. 
 
Alunos com deficiência visual que utilizam programas como o DOSVox, NVDA, Brille 
Fácil, dentre outros, para leitura de tela estão se apoiando em “Tecnologias Assistivas” para 
ler telas de computador que podem conter sites, textos ou mesmo imagens se estas 
possuírem “Textos alternativos”. 
 
“Textos alternativos”, são explicações sobre figuras que podem ser escritas em 
diversos editores, dentre eles o Microsoft Word, que permitem que programas como o 
DOSVox apresente para um leitor cego explicações sobre figuras. Existem técnicas para 
criação destes “Textos alternativos”, que não são objetos deste curso, mas, pessoas 
capacitadas podem explicar imagens de maneira a torná-las compreensíveis para usuários 
dos programas mencionados. 
http://www.assistiva.com.br/Ata_VII_Reunião_do_Comite_de_Ajudas_Técnicas.pdf
 
 
21 Tecnologia da Informação na Educação 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Para usuários com deficiência auditiva, existem programas como Vlibras, que 
convertem documentos em português para libras. 
 
Programas como o Motrix foram desenvolvidos para atender a pessoas com 
deficiência motora, facilitando a usuários tarefas como jogar, escrever, ler e comunicar-se. 
 
Ainda para auxiliar pessoas com deficiências motoras, podemos citar o “Head 
Mouse”, um programa de computador que permite a partir de piscar das vistas executar na 
tela de um computador as ações de Mouses. O programa funciona simplesmente com uma 
Webcam, que inclusive pode ser encontrado em praticamente todos os Notebooks da 
atualidade. 
6.2. A Tecnologia Assistiva no auxílio à criança autista 
O aluno autista, devido a prejuízos na cognição social, precisa de um maior estímulo 
para prover a comunicação e interação com professores e colegas. Nota-se também que 
muitas vezes este aluno tem dificuldades de interpretar expressões e sentimentos, fazendo 
com que tudo dificulte sua interação social. 
 
A utilização de pranchas comunicativas 
disponíveis em softwares educacionais que 
utilizam PECS (Picture Exchange 
Communication System) “que é um sistema de 
comunicação através da troca de figuras, que 
visa ajudar a criança a perceber que através da 
comunicação ela pode conseguir muito mais 
rapidamente as coisas que deseja.” (MELLO, 
2007, p. 39) 
 
 
22 Tecnologia da Informação na Educação 
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A utilização de pranchas comunicativas está baseada no fato de segundo (CANDIDO 
e MOITA, 2016) “as maiores dificuldades dos altistas consistem em dominar a interação e 
a comunicação. Isto significa que eles não só falham em comunicar como não estão 
motivados a fazê-lo”. No momento que as imagens e sons das pranchas os incentivam, 
grandes evoluções podem ser percebidas. 
 
Como alternativa ao uso das PECS (Picture Exchange Communication System), que 
atendem autistas e crianças com déficit de atenção, já existem “Pranchas com figuras 
capazes de serem lidos por programas de realidade aumentada” que tornam a leitura 
destas figuras muito mais atrativas para todos, inclusive para crianças com déficit de 
atenção.A grande vantagem é que a utilização pode ser feita a partir de SmartPhones com 
programas como o HP Reveal que pode ser baixado gratuitamente pela Internet. 
6.3. Realidade Aumentada auxiliando na Educação 
A realidade aumentada consiste em adicionar a ambientes reais imagens virtuais. O 
importante para diferenciar uma realidade aumentada de uma simples projeção é que o 
objeto que é inserido a partir de técnicas de realidade aumentada passa a fazer parte do 
ambiente, como por exemplo se sobre uma mesa é inserido um vaso, caso a mesa seja 
movimentada, o vaso deve acompanhar esta movimentação. 
 
Uma das mais conhecidas apresentações de 
realidade aumentada consiste em representar elementos do 
sistema solar em seus movimentos de rotação e translação. 
Estas representações, sem dúvida incentivam todos os 
alunos, não só os da educação inclusiva. Outras aplicações 
muito interessantes de realidade aumentada estão 
implementadas na área de saúde, onde laboratórios com 
representações de partes de corpos humanos se apresentam com excelentes ferramentas 
para treinamentos, o que seria impossível com pessoas vivas e mesmo com animais. 
 
Muitos julgam que somente imagens fazem parte de processos de realidade 
aumentada, porém, outras mídias como o som podem ser também utilizadas como 
realidade aumentada. Uma utilização como tecnologia assistida pode ser o caso de trilhas 
sonoras que podem ser acrescentadas a um ambiente, de maneira que uma pessoa cega 
possa sentir as dimensões da sala a partir dos pontos de onde o som é emitido virtualmente. 
 
 
23 Tecnologia da Informação na Educação 
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As técnicas de realidade virtual também podem ser utilizadas, mas a diferença entre 
estas duas tecnologias é que, na realidade virtual a pessoa é colocada em um ambiente 
virtual, enquanto que, na realidade aumentada é feita a inserção de objetos virtuais no 
ambiente real. A grande vantagem da realidade aumentada é que a pessoa já está em seu 
ambiente e os objetos são colocados neste ambiente, portanto a pessoa se integra com 
mais facilidade. 
 
Como em museus não é permitido tocar em obras de arte, uma experiência de 
realidade virtual para cegos, foi realizada no Museu Nacional de Praga onde através de um 
software o visitante poderia tocar as peças de arte de maneira a poder senti-las como 
alternativa à visualização que é possível para pessoas sem dificuldades visuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 
 
ALMEIDA, M. E. B.; VALENTE, J. A. Técnologias e Currículo: Trajetórias 
convergentes ou divergentes? São Pulo: Paulus, 2011. 
BACICH, L. Metodologias Ativas para uma educação inovadora. Porto Alegre: 
Penso, 2018. 
CANDIDO, V. M. D. A.; MOITA, M. G. S. C. Autismo e as tecnologias Assistivas: 
Revisão integrariva da Literatura. II CINTEDI - Congresso Internacional de 
Educação Inclusiva, Campina Grande, 16 a 18 Novembro 2016. 
FAVA, R. Trabalho Educação e Inteligência Artificial. Porto Alegre: Penso, 2018. 
GALVÃO FILHO, T. A.; MACHADO, G. J. C. A tecnologia Assistiva: de que se trata? 
1. ed. Porto Alegre: Redes Editoras, 2009. 
MATTAR, J. Metodologias ativas: para a educação presencial, blended e a 
distância. São Paulo: Artezanato Educacional, 2017. 
MELLO, A. M. S. R. Atismo: guia prático. Brasilia: São Paulo AMA, 2007. 
SAMPAIO, E. C.; LEME, G. C. Monografias Brasil Escola. Tecnologia Assistiva na 
Inclusão, 2018. Disponivel em: 
<https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/tecnologia-assistiva-
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SILVA, R. S. Moodle 3 para autores e tutores. São Paulo: Novatec, 2016.

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