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Roteiro 3

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ROTEIRO 3 
Aluno: Alcides Junior Santos Lima 
Dr Horácio retorna ao plantão atrasado devido à paralisação dos caminhoneiros em apoio 
ao ditador de seu país e se depara com um jovem de 21 anos que está sendo arrumado 
para ser encaminhado ao Centro Cirúrgico para uma apendicectomia. 
A figura abaixo representa a mesa auxiliar montada para a cirurgia. 
Pergunta 1.1 - Divida a mesa nos 6 tempos cirúrgicos. Nomeie cada material exposto 
na mesa e suas funções nesta cirurgia. Essa mesa montada está de acordo com o 
padrão FIPGuanambi? 
 
 
Do 1 ao 5 Diérese: 1 - Bisturi; 2 – Tesoura de Mayo Reta ; 3 – Tesoura de Mayo; 4 e 5 – 
Tesoura de Metzenbaum; Do 6 ao 11 Hemostasia: 6 e 7 - Pinças de Halsted; 9 e 8 – 
Pinças de Crille; 10 e 11 - Pinças de Kelly; Do 12 ao 15 Especiais: 12 e 13 - Pinça de Allis; 
14 e 15 – Pinça de Foester; Do 16 ao 18 Tempo Zero: 16 - Pinça de Backaus; 17 – Pinça 
de Pean; Pinça de Cheron; 19 Afastadores: Afastador de Farabeuf; Do 20 ao 23 Síntese: 
20 e 21 – Porta Agulha de Mayo Hegar; 22 – Pinça Anatômica; 23 – Pinça Dente de Rato. 
A disposição da mesa não está no padrão Fip, tendo em vista que o “Tempo Zero” deve 
estar localizado no centro e ainda está faltando o tempo de Prensão entre o tempo de 
Diérese e Hemostasia como referenciado no Goffi. 
Pergunta 1.2 – Qual pinça você escolheria para prender o apêndice, evitando 
traumatizar sua serosa? O apêndice pode ser segurado suavemente com 
uma pinça Babcock e retraído anteriormente evitando uma trauma na serosa. 
Pergunta 1.3 – Qual a melhor incisão para a realização desta cirurgia? Quando ela 
não está indicada? A Apendicectomia “Aberta” nos casos não complicados – sobretudo 
operados nas primeiras 48 horas – ou sem evidência de peritonite generalizada, incisões 
na fossa ilíaca direita, oblíqua (incisão de McBurney: centrada no ponto de McBurney), ou 
transversa (incisão de Davis) (Fig. 6) são as mais recomendadas, pois afastam, mais do 
que seccionam, as fibras musculares da parede abdominal e permitem acesso ao ceco e 
apêndice. Essas incisões são mais bem toleradas pelos pacientes, têm melhor efeito 
estético e apresentam menor índice de hérnias incisionais no pós-operatório tardio. Quando 
não se dispõe de equipe com experiência em videolaparoscopia, nos casos em que há 
dúvida diagnóstica ou com suspeita de peritonite generalizada, recomenda-se incisão 
mediana – que poderá ser facilmente ampliada para exploração e lavagem ampla da 
cavidade peritoneal – e até a realização de outras operações. Uma situação dessas pode 
ocorrer na vigência de úlcera péptica perfurada, com extravasamento de sucos digestivos 
pela goteira parietocólica direita e bloqueio na fossa ilíaca direita. As indicações da 
apendicectomia videolaparoscópica são as mesmas da operação efetuada a céu aberto. A 
abordagem laparoscópica tem a vantagem de permitir a inspeção ampla da cavidade 
peritoneal, permitindo também firmar outras hipóteses diagnósticas nos casos duvidosos. 
É excelente método, em especial, nas mulheres, quando não raramente, nos vemos em 
dúvida, dada a grande frequência de processos inflamatórios pélvicos de origem anexial. 
Nos pacientes obesos, o método permite evitar grandes laparotomias, muitas vezes 
necessárias para se obter campo adequado, evitando todos os inconvenientes dessas 
incisões. Nos casos de peritonite generalizada, a videolaparoscopia efetuada por equipe 
experiente pode realizar a remoção do apêndice e permitir aspiração de lojas supuradas e 
lavagem dos espaços peritoneais. 
 
 
Pegunta 1.4 – Descreva em detalhes todo os tempos cirúrgicos, bem como o 
instrumental utilizado em cada tempo. 
Na diérese ou divisão, realizam-se manobras com o objetivo de criar 
descontinuidade nos tecidos. Pode ser classificada como: 
• Incisão- feita com instrumento de corte, produzindo ferimento inciso; 
• Secção- ato de cortar com tesoura, serra, bisturi elétrico, lâmina afiada, laser, 
etc.; 
• Punção- faz-se por meio de um instrumento perfurante para a drenagem de 
coleções líquidas, coleta de material para estudo, injeção de contraste ou 
medicações; 
• Divulsão- separação de tecidos com tesoura, tentacânula, afastadores, etc.; • 
Dilatação- realizada para aumentar o diâmetro de canais ou orifícios naturais; 
• Serração- realizada por meio de serra, especialmente em cirurgia óssea. 
A hemostasia, tem como objetivo coibir ou impedir a hemorragia e pode ser 
dividida em hemostasia temporária e hemostasia definitiva. 
A hemostasia temporária classifica-se como cruenta (no campo operatório) ou 
incruenta (a distância do campo operatório) e pode ser realizada por pinçamento, 
garroteamento, ação farmacológica, parada circulatória com hipotermia ou oclusão 
vascular. 
A hemostasia definitiva é sempre cruenta e interrompe definitivamente a 
circulação do vaso no qual é aplicada. Pode ser realizada através de ligadura, sutura, 
cauterização, obturação e tamponamento. 
As pinças utilizadas durante a hemostasia têm a característica de não 
produzirem danos à parede vascular, devido ao fato de possuírem serrilhado próprio, 
na área que entra em contato com os vasos, classificando-as como atraumáticas. 
Na síntese, ocorre a aproximação dos tecidos seccionados ou ressecados com 
o intuito de favorecer a cicatrização. Para a aproximação das bordas da ferida, são 
utilizados instrumentos como agulha, porta-agulha, grampos metálicos, grampeadores 
automáticos e fios de sutura. 
É importante salientar que o material a ser utilizado na síntese, com atenção 
especial aos fios de sutura, deve ser resistente às trações e tensões que se irão exercer 
sob a ferida nas fases iniciais da cicatrização e também devem portar-se como material 
inerte, produzindo o mínimo de reação tecidual. 
 
 1° tempo - Diérese 
Bisturi de Cabo Frio 
O bisturi de cabo frio é composto por um cabo de bisturi e por uma lâmina. Ele 
é utilizado para incisão dos planos cirúrgicos com o objetivo de atingir o órgão alvo do 
procedimento cirúrgico. 
Existem duas numerações de cabos de bisturi (Figura 1), que por sua vez são 
compatíveis com numerações específicas de lâminas para o mesmo (Figura 2). 
• Bisturi cabo nº 3 - Lâminas nº 10 a 15 
• Bisturi cabo nº 4 - Lâminas nº 20 a 25 
 
Figura 1: Cabos de bisturi. Pode-se ver o cabo n° 4 na parte superior da imagem e o 
cabo n° 3 no inferior da mesma. 
A lâmina deve ser montada e desmontada com o auxílio de uma pinça 
hemostática reta pequena (reparo) e pode ser trocada a qualquer momento durante 
a cirurgia ao perder o corte, e descartada ao final da operação. 
 
Figura 2: Bisturis montados. Pode-se ver o cabo n° 4 na parte superior da imagem e o 
cabo n° 3 no inferior da mesma. 
Bisturi totalmente descartável 
O bisturi descartável (Figura 3) é utilizado para incisão dos planos cirúrgicos 
com o objetivo de atingir o órgão alvo do procedimento cirúrgico e deve ser 
descartado logo após o uso, não pode ser reutilizado. 
 
Figura 3: Bisturis descartáveis. Devem ser descartados após seu uso, sendo proibida a 
reutilização. 
 
 
Bisturi Elétrico ou Eletrocautério 
Constitui-se de uma “caneta” com ponta metálica e cabo de material plástico 
isolante, conectado a uma fonte de energia (Figura 4). Nos modelos Monopolares 
(mais utilizados), uma placa de neutro com gel condutor é colocada em contato com 
a pele do paciente, servindo de “fio-terra”. 
A descarga elétrica do bisturi é acionada por um pedal ou interruptor que poderá 
ser com a finalidade de corte ou coagulação. 
 
Figura 4: Bisturi elétrico ou eletrocautério. Pode-se observar sua caneta com ponta 
metálica, utilizada para fazer a diérese de estruturas, ligada a cabo isolante para 
conexão à fonte de energia. 
 
Tesoura de Metzembaum 
Esse tipo de tesoura pode variar de acordo com o tamanho (longas, médias ou 
curtas), o formato da lâmina (reta ou curva) e o tipo de ponta (cortante ou romba)(figuras 5e 6). 
Possui menor ângulo de abertura (lâmina < cabo). São utilizadas para seccionar, 
dissecar, divulsionar e desbridar tecidos vivos, além de cortar materiais usados no ato 
operatório as tesouras curvas são muito usadas para dissecção de tecidos e cortes de 
fios cirúrgicos dentro da cavidade profunda. 
 
Figura 5: Tesoura de Metzembaum Curva 
 
 
Figura 6: Tesoura de Metzembaum reta 
 
Tesoura de Mayo 
Possui maior ângulo de abertura. A tesoura reta (Figura 8) é muito utilizada 
para cortar materiais como: gaze, compressa, fio cirúrgico, drenos, borrachas, tela 
sintética, entre outros. A tesoura curva (Figura 9) é utilizada para seccionar, 
dissecar, divulsionar e desbridar tecidos vivos. 
 
Figura 7: Tesoura de Mayo reta 
. 
Figura 8: Tesoura de Mayo curva. 
 
A grande diferença entre as tesouras de Metzembaum e Mayo está na relação 
lâminacabo (ângulo de abertura). A tesoura Mayo possui um ângulo de abertura 
significativamente maior ao da tesoura de Metzembaum (Figura 9). 
 
Figura 9- Comparação visual entre tesoura de Metzenbaum e Mayo 
 
Tesoura de Iris 
Esta é uma tesoura mais delicada no que envolve tamanho e ângulo de 
abertura (Figura 10). É indicada para seccionar tecidos delicados, como nas 
cirurgias oftalmológicas e otorrinolaringológicas. 
 
Figura 10- Tesoura Íris reta e curva. 
 
 2° tempo - Preensão 
Pinça de dissecção com dente (Dente de Rato) 
Instrumento de preensão e dissecção que possui dentes em sua 
extremidade. É utilizada quando se necessita de uma preensão firme, sem risco de 
esgarçamento do tecido. Possui utilidade em quase todos os tempos cirúrgicos, 
exceto na hemostasia. 
 
 
Figura 11: Pinça de dissecção com dente, comumente denominada pinça dente de 
rato. 
 
Pinça de dissecção sem dente (pinça anatômica) 
Trata-se de um instrumento de preensão que possui ranhuras em sua extremidade. 
Provoca menos trauma nos tecidos dando apoio para o corte (incisão). Pode ser 
utilizada na diérese, hemostasia e síntese. Essa pinça deve ser utilizada em tecidos 
mais delicados. Apesar dela ser chamada de atraumática, quando utilizada em tecidos 
indevidos, como por exemplo a pele, acaba sendo mais traumática pois é necessário 
imprimir mais força ao manipulá-la. 
 
Figura 12: Pinça de dissecção sem dente, comumente denominada pinça 
anatômica. 
 
Pinça de Adson 
 Trata-se de uma pinça menor, com ponta mais fina. É utilizada em estruturas e 
cirurgias mais delicadas. Possui ranhuras em sua superfície de afrontamento e se 
apresentam em dois modelos: Um sem dente nas extremidades e outro com dente 
nas extremidades (Figuras 13 e 14). 
 
 Figura 13: Pinça Adson sem dente. Figura 14: Pinça Adson com 
dente. 
 
 
Pinça Adson-Brown 
 É uma pinça utilizada para preensão de derme e cartilagem. Possui, em sua 
superfície de afrontamento, múltiplos microdentes (Figura 15). 
 
Figura 15: Pinça Adson-Brown. Note no detalhe dos múltiplos microdentes em sua 
superfície de afrontamento. 
 
 3° tempo - Hemostasia 
Pinça hemostática Halstead 
Conhecida como pinça hemostática pequena ou mosquito. São pinças de 
preensão contínua com cremalheiras que as mantêm presas à estrutura entre duas 
garras estriadas (Figura 16). São indicadas para hemostasia de vasos menores e 
delicados, por meio de ligaduras com fios ou coagulação feita com o auxílio do 
bisturi elétrico. 
Podem ser retas ou curvas (Figuras 17 e 18). As curvas são utilizadas na 
hemostasia e as pinças retas auxiliam na colocação da lâmina no bisturi de cabo 
frio. 
 
Figura 16: Cremalheiras que mantêm a pinça firmemente presa às estruturas e evitam 
lesões às mesmas. 
 
 
Figura 17: Pinça Halstead reta (quando a pinça é reta, recebe o nome de reparo) e 
curva 
 
 
Figura 18: Pinça Halstead curva (quando a pinça é curva, recebe o nome de 
mosquito). 
 
Pinça hemostática Kelly 
Também conhecida como pinça hemostática média. São pinças de preensão 
contínua com cremalheiras que as mantêm presas à estrutura entre duas garras 
estriadas (Figura 19). São utilizadas para vasos, tecido adiposo, fios grossos e 
pinçamento pela ponta dos tecidos menos grosseiros. 
Sua principal característica é possuir ranhuras da ponta até a metade da garra de 
preensão (Figura 20). 
 
Figura 19: Pinça Kelly reta e curva 
 
 
Figura 20: Pinça Kelly. Note que as suas ranhuras vão apenas até a metade da 
garra de preensão. 
 
Pinça Hemostática Crile 
Também conhecida como pinça hemostática média. São pinças de preensão 
contínua com cremalheiras que as mantêm presas à estrutura entre duas garras 
estriadas (Figura 21). São utilizadas para vasos, tecido adiposo, fios grossos e 
pinçamento pela ponta dos tecidos menos grosseiros. Ao contrário da Kelly, possuem 
ranhuras por toda garra de preensão (Figura 22). 
 
 
Figura 21: Pinça Crile reta e curva. 
 
 
Figura 22: Pinça Crile. Note que as suas ranhuras toda a superfície interna da garra 
de preensão. 
 
Pinça hemostática Rochester 
Conhecida como pinça hemostática grande. São pinças de preensão contínua 
com cremalheiras que as mantêm presas à estrutura entre duas garras estriadas 
(Figura 23). Se caracteriza por ser uma pinça muito robusta, com pontas longas, 
servindo para pinçamento de pedículos, tubos, alça intestinal ressecada e cavidade 
abdominal. Possuem ranhuras por toda garra de preensão (Figura 24). 
 
Figura 23: Pinça Rochester reta e curva. 
 
 
Figura 24: Pinça Rochester. Note que as suas ranhuras toda a superfície interna da 
garra de preensão. 
 
Compressas 
Utilizadas em todos os tempos cirúrgicos, principalmente na hemostasia para 
absorver o sangue da ferida operatória (Figura 25). 
 
Figura 25: Compressas estéreis 
 
Gazes 
Utilizadas em todos os tempos cirúrgicos, principalmente na hemostasia para 
enxugar as secreções da ferida operatória (Figura 26). 
 
Figura 26: Gazes. 
 
 4° tempo - Exposição 
Os afastadores são instrumentos para afastamento das bordas da incisão, de 
estruturas teciduais e órgãos externos para expor adequadamente e facilitar o acesso 
à região a ser operada. Os afastadores manuais ou dinâmicos precisam ser 
sustentados durante todo o tempo, sendo mudados frequentemente de posição para 
melhorar a exposição. Os afastadores auto-estáticos ou autofixantes, uma vez abertos 
e fixados na posição adequada, permanecem na posição, geralmente até o momento 
de fechar a cavidade. 
 
Afastador dinâmico Doyen ou Válvula Vaginal 
É utilizado para afastar órgãos intra-abdominais e cavidade torácica, melhorando a 
exposição de estruturas profundas (Figura 27). Indicado também para exposição do 
canal vaginal. Deve ser aplicado com movimentos e trações suaves. O mau uso desse 
agente mecânico pode acarretar graves lesões em vísceras. 
 
Figura 27: Afastador dinâmico Doyen. 
 
Afastador Dinâmico Farabeuf 
Afastador considerado universal. Utilizado para afastamento da pele, subcutâneo e 
músculos em plano superficial. São apresentados e acionados aos pares (Figura 28). 
 
Figura 28: Afastadores dinâmicos Farabeuf montados aos pares. 
 
 
Afastador dinâmico Deaver 
Utilizado para cirurgias em cavidade torácica e cavidade abdominal. Essas 
válvulas possuem diversas variedades de tamanhos das lâminas. Tem a forma de uma 
interrogação (Figura 29). 
 
 
 Figura 29: Afastador dinâmico Deaver. 
 
Afastador Dinâmico Válvula suprapúbica 
Utilizado para exposição abdominal de cavidade baixa (Figura 30). Tem o 
objetivo de permitir o encaixe da válvula entre a superfície cutânea acima da sínfise 
púbica. Também pode ser empregada expondo a cúpula diafragmática, para acesso 
ao hiato esofágico. 
 
Figura 30: Afastador dinâmico Válvula Suprapúbica. 
 
Afastador Dinâmico Volkman 
Possui garras na partecurva, dando mais aderência aos tecidos (Figura 31). 
Utilizado em pele e em planos musculares. É de utilização exclusiva em campos 
operatórios superficiais. A sua utilização exige muita atenção, tanto no momento da 
aplicação quanto no da retirada. 
 
Figura 31: Afastador dinâmico Volkman 
 
Afastador dinâmico Langenbeck 
 Este afastador tem função semelhante à do afastador Farabeuf, porém, 
possuem cabo para empunhadura e são mais longos, o que permite atingir músculos 
fasciais mais profundos. Seu cabo pode variar de formato de acordo com o fabricante 
(Figura 32). 
 
Figura 32: Afastador dinâmico Langenbeck. 
 
Afastado dinâmico Senn-muller 
 Este afastador é a junção de outros dois afastadores. Em uma extremidade 
está o Volkman e na outra está o Langenbeck. Sendo assim, pode ser utilizado tanto 
em campos operatórios mais superficiais, como mais profundos a depender do lado 
utilizado (Figura 33). 
 
Figura 33: Afastador dinâmico Senn Muller. 
 
Gancho de Gillies 
 Este é um afastador dinâmico usado para tecidos mais delicados, como em cirurgia de 
pele (Figura 34). 
 
 
Figura 34: Gancho de Gillies. 
 
Espátula maleável 
 São lâminas flexíveis de várias larguras e comprimentos, que podem conseguir 
qualquer tipo de curvatura ou forma, podendo se adaptar a qualquer necessidade 
durante o ato operatório (Figura 35). 
 
Figura 35: Espátula maleável. 
 
Afastador auto-estático Gosset 
Este é um afastador auto-estático ou auto-fixante, ou seja, permanece aberto e 
fixado na posição adequada, sem necessidade de tração manual (Figura 36). Utilizado 
para cirurgias abdominais (laparotomia). 
 
Figura 36: Afastador auto-estático Gosset. 
 
Afastador auto-estático Finochietto 
Tipo de afastador auto-estático ou auto-fixante (Figura 37). Utilizado para 
cirurgias de cavidade torácica. 
 
Figura 37: Afastador auto-estático Finochietto. 
 
 Afastador auto-estático Balfour 
Afastador auto-estático ou auto-fixante. Formado pela junção dos afstadores 
Válvula Supra Púbica e Gosset (Figura 38). Utilizado para cirurgias abdominais. 
 
Figura 38: Afastador auto-estático Balfour 
 
Afastador auto-estático Mayo-Adams 
 Trata-se de um afastador auto-estático de superfície. Se apresenta no formato de 
pinça invertida e é utilizado em pequenos procedimentos. Bastante utilizado para 
afastaras bordas da ferida, na ausência de auxiliar (Figura 39). 
 
Figura 39: Afastador auto-estático Mayo-Adams. 
 
 5º tempo – Especiais 
Pinça Backhaus 
Também denominada por pinça de campo, tem a finalidade de fixar os 
campos que cobre o paciente. É uma pinça de tração e preensão de estruturas 
grosseiras, possui extremidades agudas e, por tanto, deve ter maior atenção em 
seu manuseio para não perfurar a pele do paciente. Também é utilizada para 
prender outros objetos como bisturi elétrico e mangueiras do aspirador (Figuras 40 
e 41). 
 
Figura 40: Pinça Backhaus 
 
 
Figura 41: Pinça Backhaus. Note como sua ponta é aguda e altamente 
perfurante. 
 
Pinça Allis 
Trata-se de um instrumento de preensão, tração e exposição de estruturas 
anatômicas delicadas. Possui pontas recurvadas e serrilhadas, com cremalheiras para 
manter estruturas tracionadas. Ela pode estar na mesa de instrumental montada com 
gaze, para ser utilizada na hemostasia. É utilizada para tracionar estômago ou intestino 
delgado, assim como tecidos desvitalizados que serão extirpados. (Figuras 42 e 43). 
 
Figura 42: Pinça Allis. 
 
Figura 43: Pinça Allis. Note as pontas recurvadas e serrilhadas. 
 
Pinça Duval 
É um instrumento de preensão,tração e apresentação de estruturas anatômicas 
delicadas e maiores. É de forma triangular, tem um fino e delicado serrilhado nas 
extremidades, a tornando pouco traumático. Possui cremalheiras para manter 
estruturas tracionadas. É utilizado para apresentação de vísceras como apêndice 
vermiforme e parênquima pulmonar (Figuras 44 e 45). 
 
Figura 44: Pinça Duval. 
 
Figura 45: Pinça Duval. Notem sua ponta triangular, com serrilhas delicadas na 
extremidade. 
 
Pinça Babcock 
É um instrumento de preensão, tração e apresentação de estruturas anatômicas 
menores. A característica principal é que sua “pegada” tem formação fenestrada, 
triangular, arqueada e com delicado serrilhado. É um instrumento pouco traumático. 
Possui cremalheira para manter a estrutura tracionada. É utilizado em segmentos de 
vísceras ocas que serão mantidos no operado (Figuras 46 e 47). 
 
Figura 46: Pinça Babcock 
 
Figura 47: Pinça Babcock. Note sua forma triangular, fenestrada e arqueada. 
 
Pinça Foerster 
É um instrumento de preensão, tração e apresentação de estruturas anatômicas 
delicadas, sendo muito utilizado para tracionar o fundo da vesícula biliar durante a 
colecistecntomia. Pode ter extremidade curva ou reta e a superfície de afrontamento 
dos aros pode ser lisa ou estriada. Possui cremalheira para manter estruturas 
tracionadas. A reta é utilizada para a pintura do paciente, no momento da antissepsia 
(Figuras 48 e 49). 
 
Figura 48: Pinça Foerster reta e curva. 
 
Figura 49: Pinça Foerster. Note que esta é reta e possui extremidades estriadas. 
 
Pinça Pean 
É uma pinça utilizada basicamente para a realização de curativos e como pincel 
na pintura de antissepsia no paciente, quando a cirurgia utiliza caixa pequena (Figura 
50). 
 
Figura 50: Pinça Pean 
 
Pinça Collin 
Também chamado de coração pequeno, é um instrumento de preensão, tração 
e apresentação de estruturas anatômicas delicadas. As “pegadas” são fenestradas, em 
forma de aro ou elipse, com superfície de afrontamento lisas ou estriadas. Possui 
cremalheira para manter estruturas tracionadas. Assim como a Foerter, também pode 
ser usada para tracionar e apresentar o fundo da vesícula biliar na colecistectomia 
(Figuras 51, 52 e 53). 
 
Figura 51: Pinça Collin – Oval. 
 
Figura 52: Pinça Collin – Oval. Note a superfície de afrontamento estriada. 
 
Figura 53: Pinça Collin “coração”. 
 
Pinça Mixter 
É uma pinça de tração e preensão de médios e grandes vasos, possui ponta 
curva. Considerada hemostática, sendo muito utilizada para auxiliar a dissecação de 
vasos e para passar fios para ligadura em torno dos mesmos (Figuras 54 e 55). 
 
 
Figura 54: Pinça Mixter. 
 
Figura 55: Pinça Mixter. Note a curvatura da ponta. 
 
Pinça Pozzi 
É um instrumento de tração e preensão de mioma e cisto ovariano. Possui 
pontas pontiagudas. Também é utilizado para o procedimento de introdução de DIU 
(Figuras 56 e 57). 
 
Figura 56: Pinça Pozzi 
 
Figura 57: Pinça Pozzi. Note que possui pontas pontiagudas. 
 
Pinça Kocher 
 É uma pinça de tação e preensão de aponeurose e vasos ginecológicos. Pode ser de 
tamanhos variados, além de retas ou curvas. Apresenta ranhuras no sentido vertical 
em toda superfície de afrontamento, com dente de rato em sua extremidade, o que 
confere a ela maior capacidade de prender-se ao tecido, porém, se torna altamente 
traumática (Figuras 58 e 59). 
 
Figura 58: Pinça Kocher curva e reta. 
 
Figura 59: Pinça Kocher. Note que ela possui ranhuras, com dente de rato nas 
extremidades. 
 
Pinça Satinsky 
 É uma pinça vascular atraumática que é usada para prender temporariamente grandes 
vasos, causando trauma mínimo a sua parede. Apresenta denteamento especial capaz 
de promover hemostasia, sem causa lesão ao vaso. É curva e possui cremalheira 
(Figura 60). 
 
Figura 60: Pinça Satinsky. 
 
Clamp Bulldog 
 É um instrumento que apresenta função semelhante à pinça Satinsky, porém, em vez 
de prender grandes vasos, ele é usado para prender vasos menores. Em vez de 
cremalheira, possui molas (Figura 61). 
 
Figura 61: Clamp Bulldog. 
 
Clamp Intestinal 
Chamado de Clamp Intestinal ou Pinça intestinal,são muito longas e pouco 
traumáticas. Possuem pontas retas ou curvas e, normalmente, estão dispostos em 
pares. Promovem hemostasia e contenção de conteúdo intestinal e apresentação das 
bordas para sutura. São utilizados no estômago e alças intestinais (Figuras 62 e 63). 
 
Figura 62: Clamp intestinal ou Pinça intestinal. 
 
Figura 63: Clamp intestinal ou Pinça intestinal. Note que ela é bastante longa. 
 
Tentacânula 
É um instrumento utilizado para dissecação de estrutura, redução de freio lingual 
e extração de unhas através do 
levantamento do leito ungueal (Figura 
64). 
 
 
Figura 64: Tentacânula. 
 
Tesouras de Spencer 
 Esta é uma tesoura pequena, que possui um gancho em sua ponta. Podem ser 
retas ou curvas. São utilizadas para a remoção de suturas (Figuras 65 e 66). 
 Figura 65: Tesoura Spencer reta. Figura 66: Tesoura Spencer 
curva. 
 
Tesoura Lister 
 É uma tesoura utilizada em tecidos rígidos e bandagens (Figura 67). 
 
Figura 68: Serra de Gigli. 
 
 6º tempo – Síntese 
Porta-agulha de Mayo-Hegar 
Instrumento fundamental para a confecção da sutura, o porta-agulha de Mayo-
Hegar possui ranhuras na parte interna, com uma fenda no meio, o que confere maior 
eficiência na mobilização da agulha, impedindo que ela rode quando a força é aplicada 
durante a sutura. 
Também possui cremalheiras para travamento em pressão progressiva (Figuras 69 e 
70). 
 
Figura 67: Tesoura Lister. 
 
Serra de Gigli 
 É um instrumento formado por arame de aço, com superfície corrugada. Usado para 
serrar estruturas ósseas através da tração alternada das suas extremidades (Figura 68). 
 
Figura 69: Porta-agulha de Mayo-Hegar. 
 
Figura 70: Porta-agulha de Mayo-Hegar. Note as ranhuras em toda a superfície de 
afrontamento, com uma fenda central. 
 
Porta-agulha de Mathieu 
É bastante diferente do porta-agulha de Mayo-Hegar. Não possui anéis nas 
hastes, a abertura da parte preensora é limitada, pois há uma mola em forma de lâmina 
unindo suas hastes, o que proporciona essa limitação. É utilizado preso à palma da 
mão, de forma que pode abrir com alguma força excessiva empregada de forma 
indevida e não-intencional, durante sua manipulação. Este instrumento é indicado para 
suturas de estruturas mais grosseiras, que apresentam maior resistência na passagem 
da agulha, como o esterno e a patela (Figuras 71 e 72). 
 
Figura 71: Porta-agulha de Mathieu. 
 
Figura 72: Porta-agulha de Mathieu. Note a mola em forma de lâmina, que limitam a 
abertura. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
CINST - Curso de Instrumentação Cirúrgica; Instrumentos Cirúrgicos; Salvador 
GOFFI, Fábio S. et al. Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas de cirurgia. In: 
Técnica cirúrgica: bases anatômicas, fisiopatológicas e técnicas de cirurgia. 
2007. 
PETROIANU, Andy; MIRANDA, Marcelo E.; OLIVEIRA, Reynaldo G. de. Blackbook cirurgia. 
Blackbook, Belo Horizonte, 2008. 
MARQUES, Ruy Garcia. Técnica operatória e cirurgia experimental. Grupo Gen-Guanabara Koogan, 
2000. 
*Imagens adaptadas do Google.

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