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Imprimir TÓPICOS DE INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE 115 minutos Aula 1 - Design estratégico Aula 2 - Introdução à Inovação Aula 3 - Conceito de sustentabilidade Aula 4 - Introdução à gestão de projetos Referências INTRODUÇÃO O Design Estratégico traz novas perspectivas às organizações e pessoas no que se refere aos valores culturais e sociais, dialogando e gerando valor à sociedade contemporânea. Com o advento das tecnologias e com as novas exigências do mercado consumidor, é fundamental entender as minúcias dessa abordagem atual do modo de enxergar o mundo. Assim sendo, estudar os aspectos conceituais, seus sentidos e suas ferramentas voltadas à colaboração da sociedade e de práticas transformadoras é de total importância, pois permitirá compreender que as práticas de empreendedorismo social, dos aspectos sustentáveis e da colaboração coletiva partem de uma re�exão mais profunda, ligada ao Design Estratégico. Portanto, acesse todos os materiais disponíveis e aprofunde seu conhecimento sobre esta temática. Bons estudos! O QUE É DESIGN ESTRATÉGICO? A discussão entre a Teoria Crítica e o Design vai além de debates mais contemporâneos, encontrados principalmente na Escola de Frankfurt, com Walter Benjamin e Theodor W. Adorno. Porém, o objetivo dessa discussão é trazer à tona essa evolução da sociedade contemporânea, motivada pelo advento das novas tecnologias e pela mudança na produção, que antes eram centralizados nas grandes fábricas e passaram para as unidades informatizadas das corporações. Este contexto trouxe uma ressigni�cação para as empresas, cuja atenção tem tomado um outro caminho: o da transformação. E falar em transformação é justamente resgatar a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, uma proposta ousada e que vai ao encontro das necessidades da sociedade contemporânea, visto que “representa convicções e uma visão crítica da sociedade contemporânea que, desde o século passado, vem se constituindo como tal”, conforme explica Silva (2021, p. 27). Neste sentido, vivemos um repensar da sociedade, um momento novo, mas bem semelhante com outros vividos anteriormente. Assim sendo, faz sentido trazer o conceito de Design Estratégico, que, de maneira resumida, signi�ca estabelecer um diálogo entre os interesses sociais e a transformação cultural da sociedade por meio de estratégias multidisciplinares que envolvem atores com competências distintas em busca da sustentabilidade (SILVA, 2021). Aula 1 DESIGN ESTRATÉGICO O Design Estratégico traz novas perspectivas às organizações e pessoas no que se refere aos valores culturais e sociais, dialogando e gerando valor à sociedade contemporânea. 27 minutos Não se trata de um conceito fechado. Em um ambiente de constante metamorfose, a busca por novidades, exigências do mercado consumidor e as novas formas de relacionamento modi�caram o contexto global, no qual, segundo Kotler et al. (2010, p. 19), consumidores “com seu estilo de vida e suas atitudes in�uenciam a sociedade de modo geral”. Parafraseando Kotler et al. (2010, p. 19), estamos na “era da sociedade criativa e do marketing do espírito humano”. Com este pano de fundo, podemos tratar de maneira mais direta as questões inerentes ao Design Estratégico. A respeito do assunto, Zurlo (2010, apud SILVA, 2021, p. 46) traz três características marcantes: 1. Capacidade de ver - leitura da realidade, como ato criativo, que exige do designer uma atitude curiosa em face dos fenômenos socioculturais: ver é compreender a cultura presente. 2. Capacidade de prever - antecipação crítica do futuro, ao se compreender aquilo que poderia ser e que também exige ver, interpretar e sensibilizar. 3. Capacidade de fazer ver - suportar a ação estratégica, tornar visível o campo do possível e ser um instrumento de transformar o processo de decisão. Esses três elementos propõem essa mudança da prática coletiva que impacta a sociedade em geral. A informatização e a democratização da informação aproximaram as pessoas e evidenciaram necessidades relacionadas à realidade social e cultural. Vale ressaltar que, independentemente das visões conceituais e críticas dos autores, o Design Estratégico é um caminho sem volta. Muito daquilo que se ouvia falar de que as empresas aderiam a causas de projetos sociais somente em benefício próprio, tem sido transformado, pois as organizações estão assumindo o seu papel social e resgatando a essência de trilhar um caminho sustentável e perene. Castelli (2021) traz um bom exemplo de empresa que se bene�cia do Design Estratégico: a companhia de móveis Ikea. De origem sueca e fundada em meados da década de 1940 por Ingvar Feodor Kamprad, o conceito dela é oferecer qualidade, funcionalidade e preço baixo, oferecendo, ao consumidor, uma vasta gama de produtos, móveis e objetos multifuncionais para casa. Outras características marcantes são a comunicação familiar e divertida, distribuição estratégica em lojas do tipo self service (sirva-se você mesmo) e embalagens otimizadas. E são práticas desse tipo que o público, cada vez mais exigente e aspirando por “novidades”, anseia. Por isso, as organizações que se baseiam nas práticas do Design Estratégico conseguem atrair esse público cada vez mais exigente e atingir resultados representativos quanto ao crescimento de reputação e posicionamento de mercado. Claro, há um grande caminho a ser trilhado, mas as premissas do Design Estratégico estão cada vez mais presentes nas práticas empresariais. COMUNICAÇÃO E INTERATIVIDADE EMPRESARIAL A comunicação, mais do que qualquer outro assunto no mundo corporativo, tem implicações para todos em uma organização, quer a organização: (a) esteja tentando aprimorar sua reputação por meio de propaganda corporativa, (b) queira se comunicar com e�cácia com os funcionários sobre os crescentes custos, (c) busque convencer acionistas de que a empresa vale o seu investimento, (d) ou, simplesmente, procure fazer os clientes comprarem mais seu produto. Em todos esses casos mencionados, usar uma estratégia de comunicação coerente é essencial. No contexto de transformação social, é fundamental três elementos presentes no processo de comunicação estratégica empresarial: 1. Empresa (comunicador). 2. Público-alvo (ouvinte). 3. Mensagem (assunto a ser tratado). As interações desse tripé da comunicação estratégica são determinantes para avaliar a e�cácia e e�ciência da mensagem transmitida a quem se destina e, se de fato, atingiu seu objetivo comunicacional. Para se transmitir uma mensagem, é necessário aprofundar-se no conceito de público, que, na visão de França (2004, p. 67), pode signi�car: 1. Público interno: aquele que apresenta claras ligações socioeconômicas e jurídicas com a empresa em que trabalha, vivenciando suas rotinas e ocupando espaço físico da instituição. 2. Público externo: aquele que não apresenta claras ligações socioeconômicas e jurídicas com a empresa, mas que interessa à instituição por objetivos mercadológicos, políticos e sociológicos. 3. Público misto: aquele que apresenta claras ligações socioeconômicas e jurídicas com a empresa, mas não vivencia as rotinas da empresa, e não ocupa o espaço físico da empresa. É importante ressaltar que sem o entendimento do conceito de “público”, a organização que se propõe a realizar um projeto de transformação ou inovação social não terá sucesso na execução. Na Figura 1 é possível avaliar a estrutura circular da comunicação estratégica, que se trata de um processo contínuo de comunicação de qualquer espécie, e como o público aparece nessa estrutura. Figura 1 | Estrutura circular da comunicação estratégica Fonte: elaborada pelo autor. Com a clari�cação dos papéis de cada ator, agora é possível de�nir uma estratégia organizacional e�ciente a partir das seguintes ações: 1. Determinar os objetivos da comunicação. 2. Decidir quais recursos estão disponíveis para alcançar tais objetivos (dinheiro/recursos humanos/tempo). 3. Diagnosticar a reputação da organização.Pensando no processo de transformação social e levando em consideração os pontos anteriores, quando trata- se de comunicação, para uma mensagem ser transmitida com excelência são necessárias duas etapas. Na primeira, a organização precisa decidir como deseja transmitir a mensagem (escolher um canal de comunicação); na segunda, é fundamental de�nir qual a abordagem que deverá ser seguida nesta mensagem. Outro ponto importante é a escolha do canal de comunicação. As escolhas de canal de um indivíduo geralmente são limitadas à escrita ou à fala, com alguma variação, conforme o grupo ou a interação individual. Para as organizações, no entanto, existem vários canais disponíveis para a transmissão da mensagem, a exemplo de canais on-line (Facebook, Instagram, Youtube, Whatsapp, etc.) e o�-line (outdoor, busdoor, placas de rua, pan�etos, entre outros). Assim sendo, para os projetos relacionados à transformação social terem sucesso, é essencial que os envolvidos interajam e conduzam bem este processo. Isso gera trocas de informações e criação de relacionamentos, embora não seja a solução para todos os problemas da organização e também do processo. É importante destacar que esses conceitos de comunicação são fundamentais para sustentar o discurso relacionado ao Design Estratégico e à Transformação Social, pois buscam por meio da prática ressigni�car as principais necessidades da sociedade contemporânea. APLICABILIDADE DO DESIGN ESTRATÉGICO A transformação social e cultural é acompanhada pela criatividade e pelos processos de inovação e estratégias corporativas, principalmente nas organizações que entenderam a importância do Design Estratégico e como essa iniciativa bene�cia não só a própria empresa, mas também gera benefícios à sociedade. Pensando nas aplicabilidades do Design Estratégico, Silva (2021, p. 49) explica que “quando um projeto é estratégico e coletivo, a possibilidade de transformar é favorecida”. Mas o que isso quer dizer? Com base nesta premissa, é possível entender que a prática do Design Estratégico deve provocar ressigni�cações nas pessoas e comunidades, ou seja, mudança de comportamento, tanto individual quanto coletiva. Assim sendo, é possível a�rmar que todo este contexto está ligado ao processo de inovação e pressupõe a criação de novas oportunidades de transformação sociocultural. De acordo com Silva (2021, p. 50), esse processo de transformação social permeia a prática do Design Estratégico, cuja base está calcada em três fundamentos: 1. A estratégia é compreendida como inteligência que orienta o movimento re�exão daquilo que circunda o projeto (metaprojetual). 2. Fazer junto é evocado como atividade coletiva que requer solidariedade, empatia e convivência. 3. Transformação sociocultural é resultante de um projeto que transforma a realidade ao produzir sentido pelo ato projetual. Esse tripé pode ser melhor compreendido a partir da materialização externada na Figura 2, cujo cerne é o ‘Design’ e as adjacências são o ‘fazer junto’, a ‘inteligência’ e a ‘transformação sociocultural’. Figura 2 | Tripé do design estratégico Fonte: adaptada de Silva (2021). Pensar em práticas e aplicabilidade do Design Estratégico é pensar na disrupção, nas causas e nos desa�os enfrentados pela sociedade contemporânea. E quando falamos em uma prática corporativa, trata-se justamente da criação de produtos ou serviços cuja base é permeada pela sustentabilidade e pelo equilíbrio �nanceiro, social e ambiental. E quando se fala neste equilíbrio, a Natura Cosméticos pode ser citada como um dos melhores exemplos de práticas sustentáveis no Brasil. De acordo com Guerra (2020), o processo de branding (estratégia de gestão da marca) se baseia em premissas do desenvolvimento sustentável como estratégia corporativa, unindo práticas mercadológicas e projetos colaborativos com comunidades tradicionais. É importante ressaltar que, para se obter sucesso no processo de criação de um negócio ou produto, é fundamental não olhar apenas para um público especí�co, como exemplo “o consumidor �nal”. Já há algum tempo, as corporações têm se atentado a ampliar este olhar, com o objetivo de abraçar todos os envolvidos, considerando colaboradores, acionistas, o próprio público em geral, a cadeia de fornecedores, a comunidade e a própria concorrência. Em uma linha conceitual mais aprofundada, estes públicos são considerados stakeholders, pois são as partes interessadas na empresa ou no projeto em questão (PEREIRA et al., 2011). Neste sentido, os gestores devem dar uma atenção em igual patamar tanto para o macroambiente (governo, comunidade, clientes, fornecedores) quanto ao microambiente (público interno e acionistas), baseando-se em estratégias globais para contribuir com a construção da história e reputação diante da sociedade. Mas, e como aplicar o conceito de Design Estratégico no desenvolvimento de um negócio? O caminho para qualquer organização que deseja aplicar o conceito está justamente ligado à inovação, diferenciação e gestão. Nessa perspectiva, um negócio deve buscar primeiramente a inovação, pois esta estimula o processo de criação e permite pensar “fora da caixa”. Como segundo passo, vem a diferenciação, que também é um elemento importante na criação, pois quando se inova, remete-se para algo novo e que sai do trivial. E, por �m, para gerenciar toda essa cadeia criativa, nada melhor do que buscar ferramentas e metodologias de gestão que propiciem controle, supervisão e acompanhamento de todo trabalho. VÍDEO RESUMO Diante das exigências e demandas da sociedade, cada vez mais as empresas estão buscando estratégias ligadas à colaboração e transformação sociocultural. Vamos entender as contribuições do Design Estratégico com este processo? Saiba mais Iniciativas de Design Estratégico e transformação sociocultural estão cada vez mais presentes na sociedade. E aqui vale o destaque para o trabalho interessantíssimo e que atinge não só pessoas, mas também as empresas: trata-se da Rede Gerando Falcões. O propósito desta iniciativa é levar, por meio de Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. um ecossistema de desenvolvimento social, experiências pessoais e pro�ssionais dos fundadores e colaboradores para transformar a vida de crianças, jovens, líderes e moradores de comunidades por meio da educação socioemocional, educação pro�ssional e acesso ao trabalho e tecnologias. Dos projetos de destaque, estão Favela 3D, Corona no Paredão e Bolsa Digital. Para saber mais, acesse o site: Disponível em: https://gerandofalcoes.com/. Acesso em: 26 jan. 2022). INTRODUÇÃO A história da humanidade está cercada de criações, invenções e inovações que proporcionaram (e proporcionam) o processo evolutivo para a sociedade. Entretanto, a inovação não está atrelada apenas às questões tecnológicas, vai muito além. Assim como a natureza se renova, quando, por exemplo, um pássaro troca suas penas dando lugar às novas, as organizações também inovam em busca de novos mercados, clientes e soluções para seus problemas. Nesse sentido, faz-se necessário compreender a essência da inovação, que trata, entre outras questões, da capacidade de tornar novo, renovar ou restaurar. Partindo desse contexto, é salutar o aprofundamento nos principais conceitos e práticas contemporâneas de inovação, além de estudar como a sustentabilidade está ligada ao processo de inovação e de que maneira a diferenciação empresarial instiga a inovação. Portanto, acesse todos os materiais disponíveis e aprofunde seu conhecimento sobre esta temática. Bons estudos! INOVAÇÃO: CONCEITOS E EXEMPLOS DE INOVAÇÃO O contexto empresarial sofreu in�uências de diversas áreas do conhecimento e contou com as contribuições de muitos pensadores da história da humanidade. E tudo isso aconteceu por conta da inovação. Se traçássemos uma linha do tempo, poderíamos buscar vestígios e evidências de práticas administrativas inovadoras desde a época dos mesopotâmios, com a escrituraçãode operações comerciais e o surgimento dos primeiros dirigentes e funcionários administrativos. Ou ainda no império egípcio, no século XXVI a.C., com a construção das grandes pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos), que já evidenciaram algum tipo de planejamento, organização e controle por parte dos seus gestores (MAXIMIANO, 2012). Aula 2 INTRODUÇÃO À INOVAÇÃO A história da humanidade está cercada de criações, invenções e inovações que proporcionaram (e proporcionam) o processo evolutivo para a sociedade. Entretanto, a inovação não está atrelada apenas às questões tecnológicas, vai muito além. 27 minutos https://gerandofalcoes.com/ É importante destacar que outros fatos ajudam na compreensão da evolução das organizações e, consequentemente, da inovação empresarial e, ao longo dos séculos, evoluíram continuamente, in�uenciados pelas circunstâncias de cada momento histórico. Fazendo uma comparação das características das organizações, temos: Organizações do passado: • Mercados menos voláteis. • Foco na produção de bens duráveis. • Carreiras construídas dentro de uma mesma empresa. • A empresa como uma família. Organizações contemporâneas: • Mercados muito dinâmicos. • Instabilidade econômica. • Impossibilidade de previsão do longo prazo. • Concorrência acirrada. • Valorização da produtividade. • Foco na inovação como veículo para garantia da competitividade. Comparando as organizações do passado com as contemporâneas, é nítido que, para que ocorresse essa evolução, houve um processo de inovação. Para melhor compreensão do conceito, vale a pena recorrer ao documento desenvolvido pelo Gabinete Estatístico das Comunidades Europeias da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Manual de Oslo, que trata das Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. Segundo o Manual de Oslo (2005, p. 55), inovação trata-se da: É possível a�rmar que a inovação necessita de esforços de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, o conhecimento se torna a chave para a competitividade e existência das empresas e a informação passa a exercer um papel cada vez mais signi�cativo no sistema capitalista. (...) implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou signi�cativamente melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. Faz sentido trazer, como exemplo, o modelo Toyotismo de produção enxuta desenvolvido pela empresa automobilística japonesa Toyota, cujas técnicas melhoraram o controle e a qualidade da produção. Se compararmos com os processos de produção em massa, o Toyotismo trouxe �exibilidade, agilidade e redução de custos por meio da modernização dos processos organizacionais. E será que é possível a�rmar que o Toyotismo é um exemplo de inovação? Sim, sem dúvidas, pois a empresa inovou não só o modus operandi da indústria, mas também o setor de serviços, a gestão empresarial e trouxe inúmeros benefícios para a sociedade em geral. Esse sistema foi desenvolvido por Eiji Toyoda, representante da família proprietária da Toyota, e Taiichi Ohno, chefe de engenharia da corporação, conforme mostrado na Figura 1. Figura 1 | Os idealizadores do Toyotismo: Eiji Toyoda à esquerda e Taiichi Ohno à direita Fonte: Bezerra (2021). Eles pautaram o sistema inovador em dois aspectos: eliminação de desperdícios e fabricação com qualidade. E se bem analisarmos as premissas do modelo japonês, hoje é justamente o que as empresas buscam no quesito inovação: redução de custo e entrega com qualidade (MAXIMIANO, 2012). Christensen (2011) esclarece que há dois tipos de inovação: a incremental e a disruptiva. A incremental é aquela que traz melhorias a um produto ou serviço pré-existente; já a disruptiva traz alternativas àquilo que já existe. Partindo dessa perspectiva e olhando sobre o prisma empresarial, a organização que deseja ser inovadora precisa se tornar mais dinâmica, menos “pesada” e “engessada” para os padrões de uma nova realidade de mercado. E este é o objetivo da inovação, o de transformar o ambiente, rompendo com o velho e dando lugar ao novo. INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE Uma organização socialmente responsável cumpre sua função de gerar empregos, pagar impostos, proporcionar lucro aos acionistas, ministrar ações de cunho social e ser capaz de demonstrar comprometimento com os interesses da sociedade. Atualmente, a inovação apoia-se em aspectos como valorizar os empregados, respeitar os direitos dos acionistas, manter boa conduta com os clientes e fornecedores, apoiar ou manter programas de preservação ambiental, atender a legislação pertinente à sua atividade, recolher impostos, diminuir problemas sociais nas áreas de saúde e educação e manter a transparência e a ética como princípios básicos. Boa parte do mundo empresarial vê na responsabilidade social e ambiental uma nova estratégia para aumentar o lucro e potencializar o desenvolvimento por meio de um comportamento ético e transparente. Assim, a �lantropia corporativa e o investimento da imagem da corporação para atrair consumidores são realizados na medida em que favorecem o lucro dos acionistas. Em virtude da maior conscientização do consumidor e da consequente procura por produtos e práticas inovadoras que gerem melhoria no meio ambiente ou na comunidade, valorizando aspectos ligados à cidadania, fatores como preço, qualidade e bom atendimento são considerados condições mínimas para a sobrevivência de uma empresa. O poder social começou a avançar nas instituições a �m de estabelecer uma globalização, porém no �nal do século XXI houve muitas críticas ao modo de operação das empresas, quando os impactos sociais negativos cresceram e mostraram o início de uma fase difícil, pois era complicado convencer as pessoas que os interesses sociais e empresariais se alinhavam naturalmente. A partir dessa ideia, o movimento da responsabilidade social e ambiental assumiu a forma de uma resposta às críticas por meio de novos compromissos mais adequados. Desse modo, o movimento da responsabilidade social ambiental incluiu iniciativas reativas com foco às necessidades de evidenciar um novo espírito capitalista, para assim mostrar um compromisso que não seja somente material. Um caso emblemático foi a Batalha de Seattle, em 1999, também conhecida como Encontro do Milênio. Segundo Carvalho (2019), a meta era alinhar questões técnicas que visavam consolidar o paradigma do livre mercado, além de discussões ambientais e trabalhistas que poderiam “atravancar” o desenvolvimento desse tipo de comércio. Entretanto, o que se viu foram milhares de ativistas e manifestantes nas ruas com o objetivo de impedir a conferência, conforme mostrado na Figura 2. Figura 2 | Con�ito entre a política e manifestantes na Batalha de Seattle Fonte: Carvalho (2019). Em virtude de uma série de exigências mercadológicas da contemporaneidade, da alta competitividade e da exigência da sociedade, a realidade das organizações pode ser transformada em uma selva, tornando-se um ambiente propício aos con�itos predatórios, ao não cumprimento dos manuais de ética e o não respeito aos valores humanos. Contudo, as empresas tomaram consciência e hoje é possível encontrar inúmeras iniciativas que vão ao encontro do desenvolvimento sustentável, onde o foco estratégico das empresas deve ser a sistematização, a integração e o desenvolvimento das redes de negócios interdependentes e responsáveis (CAMARGO, 2011). Nesse sentido, Guerra (2020) traz um bom exemplo de responsabilidade empresarial: a Valeo, líder de mercado no desenvolvimento de sistemas de ar-condicionado para ônibus. Ela opera com combustíveis alternativos, contribui com a redução de emissões de som e exaustão, busca gerar energia alternativa para os ventiladores e proporciona economia de energia veicular. Ao ser socialmente responsável, a empresa obtém benefíciosrepresentados por melhor visibilidade, maior demanda, valorização de suas ações, menor custo, preferência dos investidores e criação de novos produtos – além de obter ganhos em sustentabilidade e vantagens competitivas, representadas por maiores retornos �nanceiros e também pela sensação de “diferenciação” gerada nos consumidores, que começaram a dar preferência para esse per�l de empresa no ato da compra. A DIFERENCIAÇÃO EMPRESARIAL A inovação e a tecnologia estão presentes a partir do momento em que se incentiva a pesquisa e o desenvolvimento. As empresas líderes de mercado investem parte de sua receita em pesquisa. A Tesla é um bom exemplo, que utiliza energia sustentável para produzir carros elétricos, com excelente desempenho, designs agradáveis aos olhos e rentabilidade acima a de montadoras tradicionais, como a Ford e a General Motors (MERELES, 2019). Outra empresa que rede�niu um mercado foi a Net�ix, que, no início, lançou um serviço de aluguel por correio e, posteriormente, um serviço de streaming baseado em assinatura. Com o tempo, desbancou a gigante Blockbuster (KAMINSKI, 2021). Ora, se há investimento em pesquisa, é sinal de que há investimento em conhecimento, em know how e, consequentemente, em educação. Por isso, é fundamental extrapolar no quesito busca pelo conhecimento, pois só assim entenderemos como, por exemplo, a Internet das Coisas está facilitando a vida dos seres humanos e, talvez, nem saibamos como. As organizações contemporâneas prezam por inovação constante, esforços de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, onde o conhecimento se torna a chave para a competitividade e existência das empresas e a informação passa a exercer um papel cada vez mais signi�cativo no sistema capitalista. A informação é tão relevante nos dias atuais que, de acordo com o ranking Best Global Brands 2021, elaborado pela Interbrand e veiculado pela reportagem da Valor Investe (2021), as três primeiras empresas mais valiosas no ano de 2021 estão ligadas à área de tecnologia da informação, �cando em primeiro lugar a Apple, com faturamento de US$ 408,2 bilhões; em segundo a Amazon, com faturamento US$ 249,2 bilhões; e, completando o pódio, a Microsoft, com US$ 210,1 bilhões, na terceira posição. O restante do Top 10 é integrado pela Google, com faturamento de US$ 196,8 bilhões; pela coreana Samsung, com faturamento de US$ 74,6 bilhões; pela gigante das bebidas Coca-Cola, com faturamento de US$ 57,4 bilhões; pela montadora japonesa Toyota, com faturamento de US$ 54,107 bilhões; pela montadora alemã Mercedes-Benz, com faturamento de US$ 50,8 bilhões; pela rede de fast-food McDonald's, com faturamento de US$ 45,8 bilhões; e pela Disney, com faturamento de US$ 44,1 bilhões. Levando-se em consideração que boa parte delas já fazia parte do ranking da Best Brands em anos anteriores e rati�caram suas forças de marca também em 2021, a pergunta que �ca é a seguinte: como elas conseguem tal feito? Bem, pode-se dizer que elas são diferentes dos outros players do mercado, dos seus concorrentes. Olhando para cada uma das empresas, é perceptível notar que nem todas são do mesmo setor, mas todas possuem algo de especial que fazem delas distintas em um ambiente de extrema competitividade. Esse conjunto de ideias leva ao conceito de diferenciação empresarial. Kotler (2005, p. 3) explica que a era da informação trouxe às empresas níveis mais “precisos de produção, comunicações mais direcionadas e determinação de preços amparada por bases de informação de melhor qualidade”. Assim sendo, os desa�os dos gestores em diferenciar seus produtos e inovar traz à tona outros desa�os às empresas, como investir em educação pro�ssional dos seus colaboradores, fomentando a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos e serviços, não somente como um processo de aumento de capital, mas também contribuindo e difundindo a cultura cientí�ca, tecnológica e de inovação. VÍDEO RESUMO Inovação é algo que está cada vez mais presente no vocabulário corporativo. Contudo, não se trata de uma prática exclusiva do mundo empresarial; é um movimento que está presente em todos os segmentos da sociedade. Vamos entender como isso ocorre de maneira mais abrangente na sociedade? Saiba mais As organizações contemporâneas prezam por inovação constante, esforços de pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos, onde o conhecimento se torna a chave para a competitividade e existência das empresas e a informação passa a exercer um papel cada vez mais signi�cativo no sistema capitalista. No século XXI, é comum se escutar termos como robótica, nanotecnologia e indústria 4.0. E partindo dessa perspectiva da inovação tecnológica, vale a pena destacar de que maneira isso afeta a nossa vida diretamente, a exemplo do uso da realidade aumentada em aplicações na área da saúde e também na Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. educação. Para saber mais, assista a um vídeo que aborda a utilização da tecnologia robótica e da realidade virtual na formação de estudantes de medicina. ROBÔS e realidade virtual ajudam na formação de estudantes de medicina. [S. l.: s. n.], 2020. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo canal Olhar Digital. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aY81W7tVs6c. Acesso em: 2 fev. 2022. INTRODUÇÃO A sociedade contemporânea tem uma missão (sim, uma missão) com ela mesma: encontrar meios equilibrados para garantir a sustentação da atual geração e das futuras. E quando se pensa em meios equilibrados, estamos falando de desenvolvimento sustentável, ou sustentabilidade, que é o equilíbrio dos pilares econômico, social e ambiental. Esta não é uma temática ou discussão recente, porém, quanto mais a sociedade evolui, parece que alguns passos no sentido das premissas do desenvolvimento sustentável ainda “patinam” e, por isso, são necessárias novas abordagens e re�exões com o intuito de levar a sociedade civil, governos e empresas a transformarem a sociedade. Portanto, mergulhe neste desa�o da sustentabilidade, acesse todos os materiais disponíveis e aprofunde seu conhecimento sobre esta temática. Bons estudos! O QUE É DESIGN ESTRATÉGICO? Quando paramos e olhamos para toda modi�cação que nosso meio ambiente vem passando, parece que é algo que vem acontecendo recentemente e que as responsabilidades dos danos à natureza são de governos ou empresas. Entretanto, essa cortina é muito mais ampla e traz inúmeras re�exões a respeito do conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade. Na década de 1970, em meio à Guerra Fria, a ONU promoveu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, e o termo sustentabilidade começou a ser delineado. Já na década de 1980 foi instaurada a Comissão Mundial de Meio Ambiente, coordenada pela então primeira- ministra da Noruega, Gro Brundtland. Como resultado, em 1987, foi lançado o documento Our Common Future (“Nosso Futuro Comum”). E é neste documento que o conceito de sustentabilidade é de�nido e esclarecido: “atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras” (PEREIRA, 2011). Aula 3 CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE A sociedade contemporânea tem uma missão (sim, uma missão) com ela mesma: encontrar meios equilibrados para garantir a sustentação da atual geração e das futuras. 24 minutos https://www.youtube.com/watch?v=aY81W7tVs6c As mudanças climáticas trouxeram inúmeros desa�os, sendo necessário que cada ator cumpra seu papel. Mas quais mudanças climáticas estamos falando? Dentre as inúmeras, é possível destacar: • Rotas de migração de animais alteradas. • Mudanças nas fases de crescimento e �oração das plantas. • Aumento no nível dos oceanos e da destruição de corais e da vida marinha. • Chuvas, secas, tsunamis e terremotos. Somados a esses problemas, também têm as sérias consequências da produção de energia por meio da queima de combustíveis fósseis, o que causa o aumento de gases do efeito estufa na atmosfera. Dow e Downing (2007) explicamque as mudanças climáticas impactam o mundo inteiro e estão em todas as esferas da sociedade, pois além de questões ambientais, consequências no âmbito econômico, social e na segurança humana. Um mundo com uma atitude climática inteligente pode estar ao alcance se forem realizadas ações imediatas e se forem seguidos parâmetros diferentes dos utilizados no passado. Segundo Pereira (2011), em um roteiro elaborado pelo Banco Mundial, no ano de 2010, foram preconizados os seguintes pontos para o desenvolvimento sustentável: • Agir imediatamente. • Atuar em conjunto. • Atuar de forma diferente. As opções podem desaparecer e os custos podem aumentar se o elevado uso de carbono e as trajetórias que levam ao aquecimento se mantiverem. Por isso, é necessário agir imediatamente para minimizar os impactos de hoje, além de ser necessário um preparo para os desa�os do futuro. Nesse sentido, atuar em conjunto é a chave para manter os custos baixos e enfrentar efetivamente tanto a adaptação (preparação) quanto a mitigação (redução das consequências). Nesse segundo ponto os países de alta renda devem reduzir suas emissões buscando o desenvolvimento de tecnologia e inovação. Com o aumento dos riscos climáticos, os apoios nacional e internacional serão essenciais para proteger as comunidades mais vulneráveis. Adicionados aos desa�os listados anteriormente, outro é a questão da segurança alimentar, cuja produção precisa alimentar mais de 7 bilhões de pessoas com equilíbrio, ou seja, sem ameaçar ainda mais os ecossistemas. Por isso, é fundamental aumentar a produtividade e e�ciência agrícolas e usar novas fontes de energia e recursos hídricos de maneira e�ciente. Tais ações devem ser guiadas por uma política e�caz, com atividades conjuntas e voltadas ao desenvolvimento sustentável, uma vez que todos se valem dos mesmos recursos �nitos (humanos, �nanceiros e naturais). DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade traz uma nova concepção de prosperidade, diferente da visão tradicional fundamentada exclusivamente no crescimento econômico. Como pontos essenciais, a sustentabilidade defende a mudança na lógica do crescimento econômico considerando quatro dimensões: 1. Proporcionar acesso às necessidades essenciais (alimento, emprego, energia, água, saneamento básico).; 2. Crescimento populacional – níveis sustentáveis. 3. Preservar e fortalecer fontes de recursos naturais. 4. Promover tecnologias limpas – gerenciamento de riscos ambientais. Neste contexto a sustentabilidade é sustentada por três pilares, a saber: 1. Pilar econômico. 2. Pilar social. 3. Pilar ambiental. O equilíbrio deste tripé é fundamental, pois norteia as principais ações frente aos desa�os enfrentados pela sociedade contemporânea no que tange à preservação do meio ambiente, à escassez dos recursos e à transformação social, conforme mostra a Figura 1. Figura 1 | Tripé da sustentabilidade Fonte: elaborada pelo autor. Esse tripé, cujo termo técnico é Triple Bottom Line, foi criado pelo inglês John Elkington (fundador da consultoria SustainAbility), em 1998, sob a perspectiva de sustentar as pessoas, o planeta e o lucro (PEREIRA, 2011). As organizações sustentáveis devem ser capazes de medir, documentar e reportar retorno positivo nas três dimensões – econômica, ambiental e social – e os benefícios devem ser transferidos aos stakeholders nessas dimensões. A perspectiva econômica visa a alocação e gestão de recursos, tanto público como privado. Já o crescimento estável e a distribuição de renda estão relacionados à qualidade de vida. Na perspectiva ambiental, preconiza-se a utilização de recursos sem prejuízo aos sistemas de sustentação da vida (PEREIRA, 2011). Com isso, é possível equilibrar a balança, permitindo que a relação entre pessoas, lucro e meio ambiente seja viável, sustentável, justa e suportável. Assim sendo, é importante destacar o papel dos stakeholders neste processo, termo cunhado em 1984 por Edward Freeman, que engloba, na prática, qualquer pessoa que seja afetada – ou possa ser afetada – pelo desempenho de uma organização. Para isso, é importante entender que os stakeholders estão relacionados aos grupos de interesse a �m de que as organizações se tornem sustentáveis e proporcionem retorno para as partes interessadas. Em mesmo pé de igualdade, os shareholders também esperam esse retorno, pois tratam-se dos acionistas. Falando ainda sobre a participação dos stakeholders, é importante saber que existem atuações distintas, a saber: • Informação Compartilhada – os stakeholders são informados sobre o que está sendo planejado, o resultado esperado, os recursos investidos. As consultas são realizadas, entre outras formas, por meio de questionários. • Consultas – ocorrem discussões sobre atividades propostas – oportunidade limitada de contribuir ou a possibilidade de interferir e modi�car a proposta. • Processo de decisão colaborativo – participação por meio de elaboração de documentos, identi�cação de interesses de stakeholders ou construção de um consenso. • Engajamento – oportunidade de atuar no planejamento, na implementação e avaliação de projetos que afetem seu desenvolvimento. Assim sendo, é possível a�rmar que o desenvolvimento sustentável só é possível por meio de uma atuação dos envolvidos, da interação e da capacidade de todos atores contribuírem de maneira assertiva e engajada com projetos que valorizam a causa da sustentabilidade. IMPACTOS PARA SOCIEDADE E PARA A EMPRESA Há uma relação com objetivo de fornecer subsídios ao desenvolvimento e à implementação de estratégias de negócios orientadas para a responsabilidade social. A corrida em direção à responsabilidade social empresarial vem sendo incentivada por necessidade mercadológica de resistência das organizações, pois se trata de um movimento que tende a trazer grandes benefícios sociais. No entanto, se desencadeado de maneira não planejada, pode ser danoso à imagem das empresas, na medida em que cria expectativas por parte dos consumidores. Portanto, o investimento na responsabilidade social deve obrigatoriamente estar em concordância com a estratégia global da organização. Como desa�o, é primordial que as empresas atuem com a perspectiva de mudança de valores, buscando uma cultura que preconize a qualidade de vida e a participação, passando, posteriormente, a uma mudança no sentido da responsabilidade social, de forma abrangente e estratégica. Para que a empresa possa de�nir sua orientação estratégica quanto à responsabilidade social devem-se considerar os aspectos sociais, políticos, econômicos, ambientais e legais presentes nas relações com o mercado consumidor. Enquanto na visão de longo prazo precisa se ajustar de tempos em tempos, as novas conjunturas precisam que os valores, missão e visão da organização sejam consistentes e coerentes com o cotidiano da empresa, o que requer atenção, dedicação e comprometimento. É válido ressaltar que atenção, dedicação e comprometimento dependem do grau de envolvimento do consumidor �nal e dos colaboradores, bem como dependem dos critérios de avaliação de desempenho e sistemas de remuneração de modo a cumprir os valores e princípios da organização. Assim sendo, vale destacar a importância do papel da Governança Corporativa que, a partir dos novos contextos econômicos e comerciais, propõe processos e estruturas para uma convivência mais harmônica e e�caz entre capital, gestão, stakeholders (partes interessadas), organização e sociedade. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015, p. 19) de�ne Governança Corporativa como um “sistema pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre seus órgãos de administração”, o que contribui com um aumento de valor da organização. Na prática da Governança Corporativa existem quatro pilares importantes: • Compliance (Transparência): franqueza à informação, comunicação interna e externa, clima de con�ança interna e boas relações comos stakeholders. • Accountability (Prestação de contas): os órgãos de administração na Governança Corporativa devem prestar contas de sua atuação e responder pelos seus atos. • Disclosure (Equidade): tratamento justo e igualitário aos acionistas minoritários, empregados, clientes, fornecedores, investidores, entre outros.; • Fairness (Responsabilidade corporativa): o zelo pela perenidade da organização (visão de longo prazo e sustentabilidade) deve incorporar na gestão as questões sociais e ambientais. Um dos grandes desa�os da Governança Corporativa está na criação de uma Governança Humanizada. E vale ressaltar que um dos quatro pilares é justamente a responsabilidade corporativa, ou seja, zelar pela perenidade da organização e incorporação de práticas sustentáveis na gestão do negócio. Nesse sentido, é necessário o engajamento de todos os atores para uma atuação com ações estratégicas, contendo princípios da sustentabilidade, ética, transparência, empreendedorismo criativo e soluções para a perenidade das futuras gerações. VÍDEO RESUMO A e�ciência econômica não é su�ciente para resolver os problemas relacionados aos recursos naturais, sendo preciso rever os padrões atuais de consumo. Os problemas constantes vividos pela sociedade contemporânea trazem desa�os jamais vistos, como exemplo, a crise energética, a segurança alimentar e o desmatamento. Entretanto, há mecanismos que mostram caminhos para empresas, governos e sociedade civil se unirem e garantirem o futuro das próximas gerações. Vamos entender quais caminhos são esses? Saiba mais Em 1992, uma garota canadense chamada Severn Suzuki discursou por seis minutos durante o encontro de lideranças governamentais ECO 92, sediado no Rio de Janeiro. Na ocasião, com apenas 12 anos, Severn chamou atenção pela boa oratória e, principalmente, pela preocupação com as questões ambientais. Para saber mais, assista a este discurso no material a seguir. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CfxmxrPQD_c. Acesso em: 19 fev. 2022. Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. INTRODUÇÃO No decorrer dos séculos, o homem evoluiu individualmente e coletivamente. Na linha do tempo, passamos pela era agrícola, atravessamos a era industrial e, atualmente, estamos mergulhados na era da do conhecimento. Com essa evolução, as necessidades foram potencializadas e, como consequência, a exigência por melhores produtos também. Dito isso, aquele conhecido jargão “todo bônus tem um ônus” cabe, categoricamente, nessa relação homem e sociedade na perspectiva dos problemas acumulados por conta dessa evolução: desmatamento, consumo excessivo de alimentos motivado pelo aumento populacional, desemprego, desigualdade social, escassez de recursos energéticos, entre outros. Assim sendo, a sociedade contemporânea possui um grande desa�o: buscar caminhos equalizados nos pilares econômico, social e ambiental para garantir as necessidades da atual geração e das vindouras. A Gestão de Projetos tem muito a contribuir no planejamento e execução desses desa�os. Portanto, a presente abordagem trará uma re�exão aprofundada sobre a temática do desenvolvimento sustentável e seus desdobramentos. Bons estudos! Aula 4 INTRODUÇÃO À GESTÃO DE PROJETOS No decorrer dos séculos, o homem evoluiu individualmente e coletivamente. Na linha do tempo, passamos pela era agrícola, atravessamos a era industrial e, atualmente, estamos mergulhados na era da do conhecimento. 30 minutos https://www.youtube.com/watch?v=CfxmxrPQD_c O QUE É E PARA QUE SERVE A GESTÃO DE PROJETO? A Gestão de Empresas sofreu in�uências de diversas áreas do conhecimento e contou com as contribuições de muitos pensadores e períodos da história da humanidade. Quando se fala de práticas administrativas, estas possuem uma in�uência e jornada que acompanham a evolução da sociedade há alguns séculos nos aspectos social, econômico, político, artístico, �losó�co e educacional. Por exemplo, as trocas de mercadorias na época das grandes navegações, surgimento das primeiras feiras comerciais e fundação das primeiras instituições bancárias são evidências de que os fundamentos de gestão defendidos por Henry Fayol – planejamento, execução, direção e controle – já estavam presentes nestas práticas comerciais (MAXIMIANO, 2012). Poderíamos destacar outros fatos históricos que ajudam na compreensão da gestão empresarial. Entretanto, para �ns de contextualização, restringiremos a abordagem ao século XX, período que houve um crescimento acentuado das empresas industriais, o que exigiu por parte das companhias o desenvolvimento de novos métodos de administrar. Para melhor contextualizar, é válido citar as contribuições da Escola da Administração Cientí�ca com Frederick Taylor, cujo foco está nas tarefas com a racionalização do trabalho e excelência no nível operacional. Henri Fayol, mencionado anteriormente, e Max Weber defenderam a importância da estruturação do organograma formal, dos princípios gerais da administração e das funções do administrador. Por outro lado, Elton Mayo já parte por uma linha mais voltada à gestão de pessoas, entendendo o ser humano tal como ele é e não somente como uma suposta máquina de trabalho (MAXIMIANO, 2012). Poderíamos citar outros trabalhos de pensadores que contribuíram de maneira ímpar para a rica construção do que conhecemos sobre a gestão empresarial. Contudo, é válido ressaltar que essa contextualização serviu “apenas” como background para a conceituação central da abordagem que nos interessa neste momento: a Gestão de Projeto. Você já parou para pensar que quase tudo na vida contemporânea (e até mesmo antes disso, conforme exemplos citados) é baseado em projeto? É preciso de um projeto para se construir uma casa, para a realização de uma viagem, para empreender em um novo negócio e também para estruturar uma equipe. Passando para o mundo do business, de modo geral, o Project Management Institute – PMI (2021) de�ne o projeto como um esforço temporário, com início, meio e �m, para a criação de produtos ou serviços únicos e exclusivos ao cliente. Também são planejados, executados e controlados por um gestor, líder do projeto, de acordo com as premissas e boas práticas do Guia PBMOK. Em tempo, o PMI é uma instituição norte-americana fundada na década de 1960 para divulgar e desenvolver as melhores práticas em Gestão de Projetos. A contribuição mais relevante do PMI é o Guia PMBOK, a grande referência da área de Gestão de Projetos, que traz as melhores práticas para o desenvolvimento de atividades. Por isso, é fundamental re�etir que a tecnologia, o mercado, a sociedade e os clientes in�uenciam as empresas ao longo do tempo. Se a sociedade está mais exigente, logo as empresas terão que investir em inovação tecnológica para propiciar produtos e serviços que sejam sustentáveis e consigam suprir as necessidades dos seus públicos estratégicos. E é aqui que a Gestão de Projetos tem um papel fundamental para a compreensão deste novo contexto de gestão, pois as empresas, sabendo dessas novas exigências, necessitam conhecer técnicas de Gestão de Projetos para estabelecerem meios capazes de atender a um público cada vez mais exigente. Diante deste cenário, entender as necessidades do cliente antes de iniciar um projeto, bem como descrever atividades e responsabilidades dos envolvidos e ter pessoas competentes para atuarem nas diversas fases do projeto, são partes fundamentais para a construção e sucesso do cliente. Silva et al. (2016) explicam que o mercado pro�ssional de Gestão de Projetos possui boas oportunidades, pois exigem competências que não se baseiam apenas nas hard skills, consideradas competências técnicas, mas também nas soft skills, consideradas competências relacionadas ao comportamento humano e liderança de equipes. Neste sentido, é fundamental que os pro�ssionais potencializem suas competências para atuar em um mercado pro�ssional tão promissor quanto o de Gestão de Projetos. COMO IMPLEMENTARUMA METODOLOGIA DE GESTÃO DE PROJETO? Antes de esmiuçarmos as questões relacionadas às práticas de Gestão de Projetos, é importante salientar que, para além do PMBOK, há outras metodologias existentes e que podem ser utilizadas no dia a dia na gestão de um projeto. Entretanto, mais do que a metodologia, cuja essência passa pelo PMBOK, é importante entender o contexto organizacional que o projeto será desenvolvido. De acordo com o PMBOK (2021), as organizações são classi�cadas no que tange ao papel do gerente de projetos em três categorias: 1. Funcional - estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou princípio da especialização das funções. Como as características fundamentais nessa estrutura são a divisão da autoridade, comunicação direta e descentralização das decisões, o gerente de projetos pode encontrar um cenário competitivo, tenso e com con�itos. 2. Projetizada - gerente de projetos tem autoridade total na gestão do projeto. Sendo assim, a de�nição de tarefas, recursos humanos, controles e demais atividades são de responsabilidade do gerente de projetos. 3. Matricial - possuem características de organizações funcionais e têm um gerente de projetos que desempenha um papel semelhante ao de um facilitador. Organizações nas quais o gerente possui dedicação integral e uma equipe administrativa também dedicada são denominadas de matricialmente fortes. A partir dessa premissa em relação ao contexto organizacional, é importante ressaltar que o Guia PMBOK® é a referência de conteúdo para pro�ssionais de gerenciamento de projetos e contribui para a divulgação de uma terminologia e de um vocabulário, comuns ao ambiente de projetos. Complementando as boas práticas, o PMBOK® preconiza as chamadas “áreas do conhecimento”, que são representadas pela Figura 1. Figura 1 | Áreas de conhecimento da gestão de projetos. Fonte: adaptada de PMI (2021). A partir da Figura 1 é possível entender a importância do equacionamento do tempo, escopo e dos custos, cujo envolvimento da comunicação, das partes interessadas, da integração e da avaliação dos riscos do projeto são essenciais para alcançar o objetivo macro do projeto que está concentrado na qualidade da entrega. De maneira prática, vamos a um exemplo da construção de um prédio. Primeiro, é necessário delinear o escopo (aquilo que será entregue no �nal) com foco na qualidade, avaliar os custos e delimitar o tempo de início e término (tempo). Também é necessário alinhar (comunicar) as expectativas com as partes interessadas, contratar as pessoas para execução da obra, estabelecer um plano de aquisições (insumos, materiais, entre outros) e ponderar os riscos. Com base nas competências, o PMBOK (2021) divide as atividades em cinco grandes grupos de processos, chamado de ‘Ciclo de Vida’, a saber: • Integração: tem como objetivo reunir os processos que de�nem a estratégia de gerenciamento do projeto, ou seja, os processos, as metodologias e as ferramentas necessários para a Gestão do Projeto, que integra todo o ciclo de vida do projeto. • Termo de abertura do projeto: a criação do termo de abertura de projeto envolve o desenvolvimento de um documento que descreve as necessidades e expectativas das partes interessadas. Esse documento registra também todos os envolvidos. • Plano de gerenciamento do projeto: processo de formalização das ações para de�nição, preparo, integração e coordenação, de�nindo como o projeto será executado, monitorado, controlado e encerrado. • Orientação e gestão da execução do projeto: é o guia para a execução do trabalho descrito no plano de gerenciamento e para o gerenciamento das interfaces técnicas existentes no projeto. Nessa fase, a auditoria sobre o desempenho (prazo versus esforço) das atividades é contínua, e seu resultado alimenta o processo de monitoramento e controle do projeto. • Monitoramento e controle do projeto: é responsável por acompanhar, revisar e ajustar o progresso para manter o alinhamento com o trabalho planejado. Um exemplo prático que trouxe resultados excelentes para uma organização que adotou as melhores práticas em gestão de TI foi utilizado no gasoduto de Hong Kong. Além das minúcias técnicas, um dos principais desa�os no projeto foi alinhar a política entre as partes interessadas e toda documentação que, obrigatoriamente, deveriam estar em mandarim e em inglês para o entendimento das partes. Como resultado, as boas práticas aplicadas contribuíram para garantir o cumprimento do prazo no projeto. FERRAMENTAS E TÉCNICAS DE GESTÃO DE PROJETO Além da metodologia do PMBOK, é importante ressaltar que há outra prática, conhecida como metodologia ágil, e que surgiu na área de TI em meados do início do novo milênio. De acordo com Carvalho (2021), os princípios da metodologia ágil são quatro, a saber: 1. Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas. 2. Softwares mais que documentação abrangente. 3. Colaboração com clientes mais que negociação de contratos. 4. Responder a mudanças mais que seguir um plano. Aqui não há certo ou errado; tudo vai depender do projeto, do per�l da organização, da estrutura organizacional e das pessoas. Assim sendo, é possível entender que gerenciar um projeto não é uma tarefa das mais simples. Por isso, é importante aprofundar o conhecimento e conhecer as possibilidades existentes neste universo do gerenciamento de projetos. Uma tarefa essencial no gerenciamento de projetos é a gestão do escopo. Mas o que seria isso? Pense numa situação: você contrata um marceneiro para fazer um guarda-roupa para seu quarto. Até aqui, tudo bem. Vocês acertam os termos, pagamentos e o escopo do projeto, ou seja, o que será entregue no �nal. Neste escopo você deixa claro que quer MDF, porém, na entrega, você percebe que o armário é todo de “compensado”. Como foi um trato de “boca”, em suma, nada formalizado, �ca a sua palavra contra a do marceneiro. E agora? O que fazer? Bem, a gestão do escopo tem exatamente esta função: deixar claro o que será entregue como produto �nal, bem como as etapas que serão seguidas para assegurar a entrega do projeto. Esse gerenciamento está relacionado com “o que” o projeto deve fazer e, principalmente, com o que não faz parte do projeto, que passa por algumas fases. • Coleta de requisitos: é um conjunto de processos voltados para a compreensão e documentação das necessidades das partes interessadas no projeto. O documento de requisitos é um termo adicional ao termo de abertura de projeto, pois impõe premissas e restrições ao projeto, de modo que o sucesso do projeto é in�uenciado diretamente pelo seu cumprimento. • De�nição do escopo: signi�ca detalhar o objetivo do projeto, as necessidades e expectativas de todas as partes interessadas. O escopo deve evidenciar as entregas, premissas, restrições globais, critérios de aceitação do produto e as exclusões, ou seja, o “não escopo”. O nível de detalhamento do escopo determinará o grau de clareza que será repassado à equipe do projeto, ou seja, determina o quão bem a equipe poderá controlar o escopo e o produto �nal. Além da gestão do escopo, é fundamental criar uma Estrutura Analítica de Projeto (EAP), que é a estrati�cação das atividades do projeto em ordem decrescente, da maior para menor, com as respectivas entregas. A EAP é uma decomposição hierárquica, assim como um organograma, e cada nível de detalhe é orientado a uma fase intermediária ou à entrega do produto. Com isso, a EAP organiza e torna claro o trabalho total do projeto. O objetivo da decomposição da EAP é proporcionar as entregas do projeto por fases, criando assim uma perspectiva mais fácil de gerenciar. Nesse sentido, o planejamento é orientado à entrega e a gestão é focada no produto ou serviço. De maneira prática, na construção de um aparelho celular, é fácil imaginar que o equipamento será fabricado e montado por diferentes equipes, ou até terceiros, e, no �nal, o aparelho estará pronto para ser comercializado e chegar até o consumidor�nal. Assim também vale para projetos de prestação de serviços, transformação cultural e desenvolvimento sustentável. Nesta seara da Gestão de Projeto, vale a máxima de que o mínimo detalhe é que faz toda a diferença na entrega �nal. VÍDEO RESUMO Assim como a sociedade, a gestão empresarial sofreu inúmeras transformações no decorrer dos anos, principalmente por conta da inovação tecnológica e das necessidades do mercado consumidor. Neste sentido, era plausível que as organizações também buscassem alternativas para melhorar a forma de gerir os negócios e que proporcionasse mais autonomia aos envolvidos. E é aqui que entra a Gestão de Projetos, uma proposta dinâmica e que vai ao encontro das necessidades globais contemporâneas. Vamos entender a contribuição da Gestão de Projeto para os negócios sustentáveis? Saiba mais Para visualizar o objeto, acesse seu material digital. A metodologia de projetos é, indiscutivelmente, um avanço na gestão empresarial contemporânea. E para facilitar o dia a dia das organizações e pessoas que atuam com projetos, inovações foram incorporadas ao método de gerenciar projetos, como, por exemplo, a metodologia ágil, cuja proposta é facilitar a distribuição de tarefas entre os times e agilizar, literalmente, a interação entre as equipes. E aqui, vai uma sugestão de uma ferramenta muito interessante, gratuita, e utilizada por muitas empresas: trata-se do aplicativo Trello. A dinâmica é bem simples: por meio de cards (cartões) e buckets (etiquetas) o gestor pode atribuir tarefas para as equipes e envolvidos, dinamizando assim, o modus operandi do projeto. Para conhecer mais sobre esta ferramenta, clique no link a seguir. Disponível em: https://trello.com/pt-BR. Acesso em: 21 fev. 2022. Aula 1 CASTELI, A. Conheça as 6 razões que fazem da Ikea um case de design estratégico. https://www.gocool.com.br/post/conhe%C3%A7a-as-6-razoes-que-fazem-da-ikea-um-case-de-design- estrategico. Acesso em: 4 mar. 2022. FRANÇA, F. 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