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Anestesiologia

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Anestesiologia 
 Cirurgia Bucomaxilofacial – UFPE 
 
 
Larissa Albuquerque 
Anatomia do nervo trigêmeo 
*O nervo trigêmeo possui três ramos que formam a 
porção maior ou sensitiva, com função de inervação 
sensorial dos dentes, ossos e tecidos moles da 
cavidade oral e também possui uma porção menor, 
que é motora. 
*A raiz motora tem origem separada da raiz sensorial 
e suas fibras suprem os músculos da mastigação 
(masseter, temporal, pterigoide medial e lateral), milo-
hioideo, ventre anterior do digástrico, tensor do 
tímpano e tensor do véu palatino. 
*A raiz sensorial é dividida em três: 
• Divisão oftálmica (V1): tem trajeto anterior 
pela parede lateral do seio cavernoso até a 
parte medial da fissura orbital superior (fenda 
esfenoidal), por onde sai do crânio para a 
cavidade orbital; 
• Divisão maxilar (V2): tem trajeto anterior e 
inferior e sai do crânio pelo forame redondo, 
na parte superior da fossa pterigopalatina; 
• Divisão mandibular (V3): tem trajeto inferior e 
sai do crânio, juntamente com a raiz motora, 
pelo forame oval. As duas raízes se misturam, 
formando um tronco neural que entra na fossa 
infratemporal. 
Divisão maxilar 
 
Nervo alveolar superior posterior (NASP) 
*Emerge do nervo maxilar antes de entrar no canal 
infraorbital. 
*Inerva: alvéolos, ligamentos periodontais e polpas 
dos terceiros, segundos e primeiros molares 
superiores, com exceção da raiz mésio-vestibular do 
primeiro molar superior que só é inervada pelo NASP 
em cerca de 72% dos casos. 
Nervo alveolar superior médio 
*É ausente em 30 a 54% das pessoas e tem direção 
inferior após a sua entrada no canal infraorbital. 
*Inerva: pré-molares da maxila e a raiz mésio-
vestibular do primeiro molar superior em 28% dos 
casos. 
Nervo alveolar superior anterior (NASA) 
*É emitido pelo nervo infraorbital antes do mesmo sair 
pelo forame infraorbital. 
*Inervação: polpa, mucosa vestibular, alvéolos e 
tecidos periodontais dos incisivos centrais, incisivos 
laterais e caninos superiores. 
Ramos da face 
*Ao sair pelo forame infraorbital, o nervo de mesmo 
nome se ramifica em palpebral inferior, nasal externo 
(lateral) e labial superior. O ramo nasal externo é o 
único de interesse odontológico, pois, por 
aproximação, pode anestesiar o nervo alveolar 
superior anterior. 
Divisão mandibular 
Nervo mandibular 
*Topograficamente, é dividido em ramos da divisão 
anterior (nervos para os músculos da mastigação e 
nervo bucal) e em ramos da divisão posterior (nervo 
auriculotemporal, nervo lingual, nervo alveolar 
inferior, nervo incisivo, nervo mentual e nervo milo-
hioideo). 
Nervo bucal 
*Penetra na bochecha através do músculo bucinador 
e inerva a mucosa vestibular dos molares inferiores. 
Nervo auriculotemporal 
*Inerva parte da pele da região zigomática e da 
parótida e a pele do meato auditivo externo, tragus, 
hélice auricular e ATM. 
Nervo lingual 
*Inerva a mucosa do assoalho da boca e a gengiva da 
face lingual da mandíbula. É responsável pela 
inervação sensitiva dos dois terços anteriores da 
língua. 
Nervo alveolar inferior 
*Penetra na mandíbula através do canal mandibular e 
é acompanhado pela artéria e pela veia alveolar 
inferior. Inerva os tecidos periodontais, alvéolos e 
polpas dos dentes mandibulares e mucosa vestibular. 
Nervo mentual e incisivo 
*A sua continuação dará origem aos nervos mentual, 
que inerva a pele do queixo e pele e mucosa do lábio 
inferior, e o incisivo, que inerva a polpa do primeiro 
pré-molar, canino e incisivos mandibulares. 
 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
Nervo milo-hioideo 
*É um nervo misto e se separa do nervo alveolar 
inferior antes dele entrar no canal mandibular. 
Percorre a mandíbula através da linha milo-hioidea e 
inerva os músculos milo-hioideo e o ventre anterior do 
digástrico e a pele da região submentual 
Armamentário 
*A seringa pode ser: 
• Descartável, do tipo simples, com refluxo e 
com aspiração; 
• Não-descartável (carpule): é preferível em 
relação à descartável para uso odontológico; 
• Injeção computadorizada. 
*A agulha pode ser curta (20mm) ou longa (32mm) e 
de calibre 30G (0,2mm) ou 27G (<0,2mm). Ela deve 
ser monobiselada e o bisel deve estar voltado sempre 
para o osso. 
*O tubete anestésico possui 1,8ml de solução 
anestésica, seja ela com ou sem vaso constritor. A 
capacidade total do tubete é de 2ml, sobrando então 
0,2ml que é preenchido com bolha de nitrogênio, para 
evitar a entrada de oxigênio, impedindo a oxidação da 
solução. Por isso, após a perfuração do diafragma do 
tubete anestésico, o mesmo não deve ser reutilizado, 
pois ocorre o escape do nitrogênio e entrada do 
oxigênio. Caso a solução anestésica tenha 
vasoconstritor, ela apresentará o conservante 
bissulfito de sódio ou metilparabeno. 
Técnicas anestésicas 
Nomenclatura 
*Infiltração local: infiltração da solução anestésica 
em pequenas terminações nervosas na área em que 
ocorrerá a intervenção cirúrgica. 
 
*Bloqueio de campo: o anestésico local é infiltrado 
próximo aos ramos nervosos terminais maiores, 
permitindo que a intervenção seja realizada em área 
distante do local de administração do anestésico. 
Geralmente, anestesia a área ao redor de um ou dois 
dentes. Apesar de injeções maxilares administradas 
acima do ápice do dente sejam denominadas de 
bloqueio de campo, o uso mais comum é do termo 
infiltração ou supraperiosteal. 
 
*Bloqueio de nervo: o anestésico é administrado 
próximo a um tronco nervoso principal. Anestesia 
áreas maiores. 
 
Injeção supraperiosteal 
*É mais frequente nos dentes superiores, visto que a 
maxila é um osso mais poroso que a mandíbula. Ela 
é indicada para anestesia de áreas bem 
circunscritas, em torno de um a dois dentes, 
preferencialmente os incisivos. 
*É contraindicada quando há necessidade de 
múltiplas penetrações no tecido para anestesiar uma 
área grande, havendo potencial de produzir dor ou 
danos aos tecidos envolvidos, além de poder haver 
complicações sistêmicas devido ao maior volume de 
anestésico administrado. Ainda há contraindicação 
quando a região está infectada ou com inflamação 
aguda na área e quando o osso que recobre o ápice 
dentário é denso, pois aumenta a chance de 
insucesso. 
*Ela tem capacidade de anestesiar toda a região 
inervada pelos grandes ramos terminais do plexo 
polpa, área da raiz, periósteo vestibular, tecido 
conjuntivo e mucosa. 
*Técnica: 
• Agulha de calibre 27; 
• Introduzir na altura da prega mucovestibular, 
acima do ápice do dente; 
• Limpar o tecido no local de injeção com gaze 
seca estéril, aplicar antisséptico tópico e 
anestésico tópico por um minuto; 
• Colocar o bisel voltado para o osso, levantar o 
lábio e tensionar o tecido; 
• Segurar a seringa paralela ao longo eixo do 
dente e introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular; 
• Avançar a agulha até que o bisel esteja na 
região apical ou acima dela; 
• Realizar aspiração e se negativa, injetar 1/3 do 
tubete lentamente em 20 segundos; 
• Retirar a seringa, proteger a agulha e 
aguardar de 3 a 5 minutos para começar o 
procedimento. 
Bloqueio do nervo alveolar superoposterior 
(NASP) 
*Técnica utilizada para anestesia do tecido 
periodontal vestibular, alvéolo e polpa dos molares 
superiores (exceto em 28% da raiz mésio-vestibular 
do primeiro molar). Dessa forma, é indicada para 
anestesia de dois ou mais molares superiores. 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
*É contraindicada quando há risco de hemorragia, 
como ocorre em pacientes hemofílicos, sendo 
recomendado substituir por injeção supraperiosteal. 
 
Área anestesiada pelo bloqueio do NASP em amarelo. 
*Possui a vantagem de gerar pouca ou nenhuma dor, 
já que o anestésico local é depositado em área de 
tecido mole grande e não há contato com osso. Além 
disso, precisa de um número menor deinjeções em 
comparação com a técnica infiltrativa e utiliza menor 
volume total de solução anestésica. 
*Técnica: 
• Agulha curta de calibre 27; 
• Introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular entre o primeiro e segundo 
molar superior; 
• A posição para bloqueio do NASP esquerdo é 
a de 10 horas e a do NASP direito é a de 8 
horas; 
• Secar o tecido com gaze estéril, aplicar 
antisséptico tópico e anestésico tópico por um 
minuto; 
• Bisel da agulha voltado para o osso; 
• Abrir parcialmente a boca do paciente, 
puxando a mandíbula para o lado da injeção; 
• Retrair a bochecha para melhorar a 
visibilidade; 
• Tensionar os tecidos no local da injeção; 
• Introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular entre o primeiro e segundo 
molar em ângulo de 45º com o plano oclusal e 
seguir em direção superior e medial; 
• Avançar lentamente pelos tecidos moles. Não 
deve haver resistência e desconforto para o 
paciente; 
• A agulha deve ser introduzida de 15 a 20mm; 
• Realizar aspiração e, se negativa, injetar 
lentamente por 30 a 60 segundos 0,9 a 1,8ml 
de solução anestésica; 
• Retirar a seringa, proteger a agulha e 
aguardar de 3 a 5 minutos antes de começar 
o procedimento. 
 
Bloqueio do nervo alveolar superior médio 
(NASM) 
*Está presente apenas em 28% da população. 
*A sua indicação é para anestesia do primeiro e 
segundo pré-molar superior e para a raiz mésio-
vestibular do primeiro molar superior. Além disso, 
também é indicado para os casos em que o bloqueio 
do nervo alveolar superoanterior não anestesia a 
polpa distal do canino superior e para procedimentos 
dentários envolvendo apenas os pré-molares 
superiores. 
*É contraindicada quando há infecção ou inflamação 
na área e quando o nervo está ausente. 
 
Área anestesiada pelo bloqueio do NASM em amarelo. 
*Técnica: 
• Agulha curta ou longa de calibre 27; 
• Inserção da agulha na altura da prega 
mucovestibular acima da região entre o 
primeiro e o segundo pré-molar superior; 
• A área alvo é o osso maxilar acima do ápice 
do segundo pré-molar superior; 
• Orientar o bisel para o osso; 
• Posicionar-se às 10 horas para bloqueio do 
NASM direito e às 8 ou 9 horas para bloqueio 
do NASM esquerdo; 
• Secar com gaze estéril o local da injeção, 
aplicar antisséptico tópico e anestésico tópico 
por um minuto; 
• Distender o lábio superior do paciente para 
tensionar os tecidos e obter visibilidade; 
• Introduzir a agulha acima do primeiro/segundo 
pré-molar paralela ao longo eixo do dente, 
penetrar a mucosa e avançar até que a 
extremidade da agulha esteja acima do ápice 
do segundo pré-molar; 
• Aspirar e depositar lentamente 0,9 a 1,2ml do 
anestésico local por 30 a 40 segundos; 
• Retirar e proteger a seringa; 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
• Aguardar de 3 a 5 minutos para iniciar o 
procedimento (o paciente sentirá dormência 
do lábio superior). 
 
Bloqueio do nervo alveolar superior anterior 
(NASA) 
*Realiza a anestesia do incisivo central, incisivo 
lateral e canino, osso alveolar e gengiva vestibular 
correspondente do lado injetado. 
*Técnica: 
• Agulha curta de calibre 27; 
• Inserção da agulha na altura da prega 
mucovestibular acima da região entre o 
incisivo central e canino; 
• Orientar o bisel para o osso; 
• Secar com gaze estéril o local da injeção, 
aplicar antisséptico tópico e anestésico tópico 
por um minuto; 
• Distender o lábio superior do paciente para 
tensionar os tecidos e obter visibilidade; 
• Introduzir a agulha de 10 a 15mm e injetar ½ 
a ¾ do tubete (0,9 a 1,3ml). 
• Retirar e proteger a seringa; 
• Aguardar de 3 a 5 minutos para iniciar o 
procedimento (o paciente sentirá dormência 
do lábio superior). 
 
Bloqueio do nervo infraorbitário 
*Faz a anestesia da polpa e dos tecidos moles 
vestibulares do incisivo central superior até os 
caninos e em 72% dos pacientes também anestesia 
os pré-molares superiores e a raiz mésio-vestibular do 
primeiro molar. 
*Anestesia os nervos alveolar superior anterior, 
alveolar superior médio e nervo infraorbitário. Causa 
a anestesia da região da pálpebra inferior, asa do 
nariz e lábio superior. 
*É indicado quando há mais de dois dentes 
superiores que precisam ser anestesiados. 
*É contraindicado quando a anestesia é de um ou 
dois dentes e quando a hemostasia (quando 
necessária) não pode ser realizada adequadamente. 
 
*Técnica: 
• Agulha longa de calibre 25 ou 27; 
• Posicionar-se na posição de 10 horas; 
• Inserir a agulha na altura da prega 
mucovestibular acima do primeiro pré-molar 
superior (menor trajeto) para atingir o forame 
infraorbitário; 
• Secar com gaze estéril o local da injeção, 
aplicar antisséptico tópico e anestésico tópico 
por um minuto; 
• Localizar o forame infraorbitário: palpar a 
incisura infraorbital extra-oralmente, mover o 
dedo para baixo e aplicar leve pressão sobre 
os tecidos até sentir a concavidade referente 
ao forame infraorbitário. Deve-se mante o 
dedo no local ou marcá-lo. 
• Afastar o lábio superior e mucosa bucal para 
aumentar a visibilidade; 
• Introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular acima do primeiro pré-molar e 
orientar a seringa paralela ao longo eixo do 
dente em direção ao forame infraorbitário até 
que toque o osso; 
• Observar a profundidade da penetração da 
agulha (cerca de 16mm) e se ocorreu desvio 
lateral em relação ao forame; 
• A agulha deve tocar o teto do forame; 
• Aspirar e injetar de 0,9 a 1,2ml por 30 a 40 
segundos; 
• Manter a pressão firme com o dedo sobre o 
local por pelo menos um minuto para 
aumentar a difusão da solução para o forame; 
• Retirar a seringa e proteger a agulha; 
• Manter pressão por dois minutos na região 
após a injeção; 
• Aguardar de 3 a 5 minutos para começar o 
procedimento. 
 
 
 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
Bloqueio do nervo palatino maior 
*Anestesia a parte posterior do palato duro distal ao 
canino e medialmente até a linha média. 
 
*É indicada para procedimentos em mais de dois 
dentes que precisam de anestesia dos tecidos moles 
do palato e para controle da dor em procedimentos 
periodontais ou cirúrgicos que envolvam os tecidos 
palatinos moles e duros. 
*É contraindicado para regiões com inflamação ou 
infecção e para pequenas áreas de tratamento. 
*Técnica: 
• Agulha curta de calibre 27; 
• Para bloqueio do nervo palatino maior direto, 
posicionar-se em 7 ou 8 horas. Para 
anestesiar o lado esquerdo, posicionar-se de 
11 horas; 
• Localizar o forame palatino maior colocando 
um cotonete na junção do processo alveolar 
maxilar com o palato duro desde a região do 
primeiro molar superior e palpar em direção 
posterior firmemente até encontrar a 
depressão formada pelo forame palatino 
maior. Geralmente, o forame está localizado 
distal ao segundo molar superior; 
• Preparar o tecido a 2mm anterior do local de 
injeção com gaze estéril, aplicação de 
antisséptico tópico e anestésico tópico por 2 
minutos; 
• Mover o cotonete posteriormente para ficar 
sobre o forame palatino maior e aplicar 
pressão com a mão não dominante até 
observar a isquemia do local por, pelo menos, 
30 segundos; 
• Direcionar a seringa para a boca a partir do 
lado oposto e aproximar a agulha com ângulo 
reto; 
• Colocar o bisel da agulha contra os tecidos 
moles isquêmicos no local da injeção e aplicar 
pressão para curvar lentamente a agulha e, 
em seguida, depositar um pequeno volume do 
anestésico; 
• Retificar a agulha para que o bisel perfure a 
mucosa e continuar injetando pequenos 
volumes de anestésico durante o 
procedimento. A isquemia se propagará para 
os tecidos adjacentes; 
• Avançar lentamente até que a agulha toque o 
osso palatino, com uma profundidade de 
penetração de cerca de 5mm; 
• Aspirar e injetar ¼ a 1/3 de tubete (0,45 a 
0,6ml); 
• Retirar a seringa, proteger a agulha e 
aguardarde 2 a 3 minutos para iniciar o 
procedimento. 
 
*Não utilizar a noradrenalina como vasoconstritor 
para anestesia de tecidos moles palatinos, pois pode 
causar isquemia e necrose. 
Bloqueio do nervo nasopalatino 
*Anestesia a porção anterior dos tecidos moles e 
duros do palato duro bilateralmente, da face mesial do 
primeiro pré-molar direto até a face mesial do 
esquerdo. 
*É indicada para anestesia dos tecidos moles 
palatinos para tratamento em dois ou mais dentes e 
para controle da dor em procedimentos periodontais 
e cirúrgicos. 
*É contraindicado quando há infecção ou inflamação 
do local da injeção e para pequenas áreas de 
tratamento. 
 
Área anestesiada pelo bloqueio do nervo nasopalatino. 
*Técnica de injeção única no palato: 
• Agulha curta de calibre 27; 
• Sentar-se na posição de 9 ou 10 horas; 
• Preparar o local de anestesia com gaze estéril, 
aplicar antisséptico tópico e anestesia tópica 
por 2 minutos; 
• Pressionar o cotonete diretamente sobre a 
papila incisiva com a mão não dominante e 
observar a isquemia do local; 
• Posicionar o bisel contra os tecidos moles 
isquêmicos e aplicar pressão para curvar a 
agulha e depositar pequeno volume 
anestésico; 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
• Retificar a agulha e introduzi-la em 45º 
lateralmente à papila incisiva em direção à 
papila incisiva, injetando pequenos volumes; 
• Avançar a agulha em direção ao forame 
incisivo até tocar suavemente no osso. A 
profundidade de penetração deve ser em 
cerca de 5mm; 
• Recuar a agulha em 1mm para evitar a injeção 
subperiosteal. Agora o bisel está situado no 
centro do forame incisivo; 
• Aspirar e injetar lentamente ¼ a 1/3 de um 
tubete (0,45ml); 
• Retirar a seringa, proteger a agulha e 
aguardar 2 a 3 minutos para iniciar o 
procedimento. 
 
Bloqueio do nervo alveolar inferior 
*Geralmente, anestesia os nervos alveolar inferior, 
incisivo, mentual e lingual. Com isso, anestesia a área 
dos dentes mandibulares até a linha média, o corpo 
da mandíbula, mucoperiósteo bucal, os 2/3 anteriores 
da língua, assoalho da cavidade oral, periósteo e 
tecidos moles linguais. 
*É indicado para procedimentos em múltiplos dentes 
mandibulares em um mesmo quadrante e quando é 
necessária a anestesia dos tecidos moles bucais e 
linguais. 
*É contraindicado quando há infecção ou inflamação 
aguda na área de injeção e em pacientes que tenham 
maior risco de lesionar o lábio ou língua devido a 
anestesia da região (ex. crianças pequenas ou 
portadores de deficiência). 
*Marcos ósseos para o bloqueio do nervo alveolar 
inferior: 1-língula; 2-borda distal do ramo; 3-incisura 
coronoide; 4-processo coronoide; 5-incisura sigmoide 
(mandibular); 6-colo do côndilo; 7-cabeça do côndilo. 
 
*Técnica: 
• Agulha longa de calibre 25 ou 27; 
• Marcos: incisura coronoide, rafe 
pterigomandibular e plano oclusal dos dentes 
posteriores. 
 
• Para bloqueio do lado direito, posicionar-se 
em 8h. Para bloqueio do lado esquerdo, em 
10h; 
• O paciente deve estar com a boca bem aberta 
para melhorar a visibilidade e acesso ao local 
de injeção; 
• A área de inserção da agulha é na membrana 
mucosa do lado medial (lingual) do ramo da 
mandíbula; 
• Para determinar a altura da injeção, deve-se 
colocar o indicador ou polegar da mão 
esquerda na incisura coronoide e traçar uma 
linha imaginária até a parte mais profunda da 
rafe pterigomandibular (ponto em que se 
direciona verticalmente para cima em direção 
à maxila). Geralmente, está de 6 a 10mm 
acima do plano oclusal; 
• O dedo na incisura coronoide deve puxar os 
tecidos lateralmente para distende-los e 
possibilitar uma inserção menos traumática da 
agulha; 
• O ponto de inserção está a ¾ de distância 
anteroposterior da incisura coronoide até a 
parte mais profunda da rafe 
pterigomandibular; 
• Preparar o tecido no local da injeção (secar 
com gaze estéril, aplicar antisséptico tópico e 
anestésico tópico por 1 a 2 minutos); 
• Colocar o corpo da seringa no canto da boca 
do lado contralateral; 
• A agulha deve ser penetrada até encontrar 
resistência óssea, sendo a profundidade 
média de penetração até o contato com o osso 
de 20 a 25mm (2/3 a ¾ do comprimento de 
uma agulha longa); 
• Não se deve depositar o anestésico local se 
não houver contato com o osso, pois a ponta 
da agulha pode estar no interior da parótida, 
próximo ao nervo facial, podendo ocorrer uma 
paralisia transitória do mesmo; 
• A ponta da agulha deve estar localizada 
levemente superior ao forame mandibular; 
• Aspirar e depositar lentamente 1,5ml de 
anestésico em, pelo menos, 60 segundos; 
• Retirar a seringa lentamente, aspirar e quando 
metade do seu comprimento permanecer no 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
tecido, depositar 0,2ml para anestesiar o 
nervo lingual. 
*Após a aplicação correta da técnica, o paciente 
sentirá formigamento no lábio inferior, referente à 
anestesia do nervo mentual (ramo terminal do nervo 
alveolar inferior). Também pode ocorrer 
formigamento na língua devido à anestesia do nervo 
lingual. 
 
Bloqueio do nervo bucal 
*O nervo bucal não é anestesiado no bloqueio do 
nervo alveolar inferior. Esse bloqueio anestesia os 
tecidos moles bucais adjacentes aos molares 
inferiores. 
*É indicado quando a anestesia dos tecidos moles 
bucais é necessária. 
*Técnica: 
• Agulha longa de calibre 25 ou 27; 
• A área de inserção é na membrana mucosa 
distal e bucal em relação ao dente molar mais 
posterior no arco; 
• Os marcos para anestesia são: molares 
mandibulares e prega mucobucal; 
• Posicionar-se em 8h para bloqueio do nervo 
bucal direito e em 10h para o esquerdo; 
• Preparar os tecidos (secar com gaze estéril, 
aplicar antisséptico tópico e anestésico 
tópico); 
• Utilizar o dedo indicador esquerdo para puxar 
lateralmente os tecidos moles e melhorar a 
visibilidade; 
• A seringa deve estar paralela ao plano oclusal 
do lado da injeção, distal e bucal ao último 
molar; 
• Penetrar a agulha e avançar até fazer leve 
contato com o mucoperiósteo. A profundidade 
de penetração é em torno de 1 a 2mm; 
• Aspirar e depositar lentamente 0,3ml (1/8 de 
tubete) em 10 segundos; 
• Caso o tecido no local da injeção infle, parar o 
depósito da solução; 
• Caso a solução escorra para fora do local, 
parar e avançar a ponta da agulha mais 
profundamente, aspirar e continuar a injeção. 
 
Técnica de Gow-Gates 
*Realiza a anestesia dos nervos alveolar inferior, 
mentual, incisivo, milo-hióideo, auriculotemporal e 
bucal (em 75% dos pacientes). Anestesia os dentes 
mandibulares até a linha média, o mucoperiósteo e 
membranas mucosas bucais do lado da injeção, os 
2/3 anteriores da língua e assoalho da cavidade oral, 
os tecidos moles e periósteo da língua, o corpo da 
mandíbula, parte inferior do ramo da mandíbula e pele 
sobre o zigoma, parte posterior da bochecha e 
regiões temporais. 
*É indicada para procedimento em múltiplos dentes 
inferiores, quando é preciso anestesiar os tecidos 
moles bucais do terceiro molar até a linha média, os 
casos em que é preciso anestesiar os tecidos moles 
linguais e quando o bloqueio do nervo alveolar inferior 
não é bem sucedido. 
*É contraindicado quando há infecção ou inflamação 
da área de injeção, quando há risco do paciente 
morder o lábio ou língua devido à anestesia e quando 
o paciente não consegue abrir bem a boca. 
 
Área anestesiada pelo bloqueio do nervo mandibular. 
* Técnica: 
• Agulha longa de calibre 25 ou 27; 
• Marcos extraorais: borda inferior do trago e 
canto da boca; 
 
• Marcos intraorais: altura da injeção logo 
abaixo da cúspide mesiopalatina do segundo 
molar maxilar e penetração dos tecidos moles 
em ponto imediatamente distal ao segundo 
molar maxilar; 
• Posicionar-se em 8h para bloqueio do lado 
direito e em 10h para o lado esquerdo; 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque• O paciente deve estender o pescoço e abrir 
bem a boca para o côndilo ficar mais frontal e 
próximo do tronco nervoso mandibular; 
• Colocar o indicador ou polegar na incisura 
coronoide; 
• Preparar o tecido para penetração; 
• Dirigir a seringa para o ponto de injeção a 
partir do lado oposto do canto da boca; 
• Inserir a agulha imediatamente distal ao 
segundo molar maxilar, na parte alta da 
cúspide mesiopalatina; 
• Alinhas a agulha com o plano do canto da 
boca do lado oposto à incisura intertrágica do 
lado da injeção; 
 
• Avançar a agulha até fazer contato com o osso 
(côndilo). A profundidade média é de 25mm; 
• Aspirar e depositar 1,8ml da solução em 60 a 
90 segundos. Não depositar o anestésico se 
não estiver em contato com o osso; 
• O início da anestesia pode ser um pouco mais 
lento, de 5 minutos. 
 
 
Técnica de boca fechada (Vazirani-Akinosi) 
*Anestesia os nevos alveolar inferior, incisivo, 
mentual, lingual e milo-hióideo. Anestesia as áreas de 
dentes inferiores até a linha média, corpo da 
mandíbula e parte inferior do ramo, mucoperiósteo e 
membrana mucosa bucais anteriores ao forame 
mentual, 2/3 anteriores da língua e assoalho da 
cavidade oral (nervo lingual) e tecidos moles e 
periósteo linguais (nervo lingual). 
*É indicada para pacientes com abertura mandibular 
limitada, múltiplos procedimentos em dentes 
mandibulares e incapacidade de realizar o bloqueio 
do nervo alveolar inferior. 
 
*É contraindicado quando há infecção ou inflamação 
da área de injeção, quando há risco do paciente 
morder o lábio ou língua devido à anestesia e quando 
não é possível visualizar o aspecto lingual do ramo 
mandibular. 
*Possui a vantagem de fazer uma anestesia eficaz em 
nervo alveolar inferior bífidos e canais mandibulares 
bífidos. 
*Técnica: 
• Agulha longa de calibre 25 ou 27; 
• Marcos: junção mucogengival do segundo ou 
terceiro molar maxilar, tuberosidade maxilar e 
incisura coronoide no ramo da mandíbula; 
• O bisel deve estar voltado para a direção 
oposta ao osso do ramo da mandíbula; 
• Posicionar-se em 8h; 
• Colocar o dedo indicador ou polegar esquerdo 
sobre a incisura coronoide, refletindo 
lateralmente os tecidos do aspecto medial do 
ramo da mandíbula; 
• Visualizar os marcos e preparar os tecidos 
para penetração; 
• Pedir para o paciente ocluir suavemente, com 
as bochechas e músculos relaxados; 
• Afastar lateralmente os tecidos moles sobre a 
borda medial do ramo da mandíbula; 
• O corpo da mandíbula deve ser mantido 
paralelo ao plano oclusal maxilar, com a 
agulha ao nível da junção mucogengival do 
segundo ou terceiro molar maxilar; 
• Dirigir a agulha posteriormente e um pouco 
lateralmente, para avançar em direção ao 
processo alveolar maxilar posterior e 
paralelamente ao plano oclusal maxilar; 
• Avançar a agulha 25mm para dentro do tecido. 
A ponta da agulha deve estar na parte média 
do espaço pterigomandibular; 
• Aspirar e depositar 1,5 a 1,8ml da solução em 
30 segundos. 
 
Cirurgia Bucomaxilofacial Larissa Albuquerque 
 
Bloqueio do nervo mentual 
*Anestesia o nervo mentual e a área de membrana 
mucosa bucal, anteriormente ao forame mentual (em 
torno do segundo pré-molar) até a linha média e a 
pele do lábio inferior e do queixo. 
 
*É indicada para procedimentos anteriores ao forame 
mentual, como biópsia de tecido mole e suturas. 
*Técnica: 
• Agulha curta de calibre 25 ou 27; 
• Marcos: pré-molares mandibulares e prega 
mucobucal; 
• Localizar o forame mentual colocando o dedo 
indicador na prega mucobucal e fazer pressão 
contra o corpo da mandíbula na área do 
primeiro molar e mover o dedo devagar em 
sentido anterior até atingir uma região 
côncava e irregular; 
• Preparar o tecido para penetração; 
• Com o dedo indicador esquerdo, puxar 
lateralmente o lábio inferior e os tecidos bucais 
para melhorar a visibilidade e facilitar a 
penetração; 
• Penetrar a membrana mucosa no canino ou 
primeiro pré-molar em direção ao forame 
mentual; 
• Avançar lentamente até chegar ao forame. A 
profundidade de penetração é de 5 a 6 mm. 
Não é preciso entrar no forame ou fazer 
contato com o osso; 
• Aspirar e depositar 1/3 do tubete em 20 
segundos. Se a região inflar, interromper e 
remover a seringa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência: 
• Malamed, S.F Manual de anestesia local. 5ª 
ed., Rio de Janeiro, Elsevier, 2005.

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