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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE PACIENTES CRÍTICOS

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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DE PACIENTES CRÍTICOS
● ANAMNESE E EXAME FÍSICO:
A avaliação é um processo constante e imprescindível no cuidado ao paciente
crítico, realizada no sentido crânio-caudal.
- Inspeção de dispositivos e procedimento: Identificar os dispositivos ligados ao
paciente.
- Avaliar a funcionalidade prévia através de familiares ou do próprio paciente
caso ele tenha capacidade de comunicação.
● AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA:
- Avaliar nível de consciência.
- Escala de Coma de Glasgow: Realizar em pacientes que NÃO estão
sedados.
- Escala de Sedação de RASS: Avalia o nível de consciência do paciente que
está em sedação.
- Escala de Sedação de Ramsay: mede o nível de sedação em pacientes
hospitalizados.
- Avaliação de Pupilas: alterações nas pupilas podem ser um indicativo de
problemas neurológicos graves.
● AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA:
- Avaliação hemodinâmica: Informações sobre macrocirculação (em artérias
e veias) e microcirculação (arteríolas, capilares e vênulas pós-capilares).
➜ Pressão Venosa Central (PVC): A pressão venosa central (PVC) é a
medida da pressão sanguínea no átrio direito do coração, que é a câmara
cardíaca que recebe o sangue venoso dos tecidos do corpo. Ela reflete a
quantidade de sangue que retorna ao coração e a capacidade do coração de
bombear o sangue para o corpo. A pressão venosa central é frequentemente
medida através de um cateter venoso central (CVC) colocado na veia jugular
ou na veia femoral, que se estende até o átrio direito do coração. A medida
da pressão venosa central é usada para monitorar a função cardíaca e a
volemia (volume de sangue circulante) em pacientes em terapia intensiva,
cirurgia e em outras situações clínicas. É utilizada para a avaliação de
volemia – valores de normalidade de 8 a 12 mmHg para pacientes em
ventilação espontânea e de 2 a 15 mmHg para pacientes em ventilação
mecânica.
➜ Pressão de Oclusão de Artéria Pulmonar (POAP): É uma medida
invasiva da pressão no coração (como marcardor de volume) e nos vasos
sanguíneos pulmonares. É determinada inserindo-se um cateter de Swan-
Ganz através de uma veia no braço ou perna, e guiando-o até o coração e os
pulmões. Uma vez que o cateter esteja posicionado na artéria pulmonar, uma
pequena quantidade de líquido é injetada para bloquear temporariamente o
fluxo sanguíneo através da artéria. A pressão é então medida no ponto em
que o fluxo sanguíneo foi bloqueado, o que é a pressão de oclusão da artéria
pulmonar. A POAP é uma medida importante na avaliação da função
cardíaca e pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca, doença
pulmonar e outras condições que afetam o coração e os pulmões. A POAP é
frequentemente usada para monitorar a eficácia do tratamento e ajustar as
terapias em pacientes críticos em unidades de terapia intensiva.
➜ Pressão da Artéria Pulmonar: A pressão da artéria pulmonar é a
pressão sanguínea exercida nas artérias que levam o sangue do coração
para os pulmões, onde ocorre a oxigenação do sangue. Relacionada com a
resistência vascular pulmonar – valores de normalidade ≤ 20 mmHg para
PMAP e ≤ 30 mmHg para PSAP.
● AVALIAÇÃO CARDÍACA:
● AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA:
- Sinais de desconforto respiratório: Taquipnéia, Dessaturação, batimento de
asa de nariz, uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, diafragmática
e/ou de fúrcula, cianose de extremidades e/ou central. respiração apical,
esforço abdominal associado a aumento do tempo expiratório.
● AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FÍSICA:
Fraqueza Muscular Adquirida na UTI – FAUTI: Algoritmo diagnóstico para
fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva (FAUTI).
- Necessário saber a condição prévia à internação.
- As chances de desenvolver FAUTI aumentam conforme o tempo de
internação.
- Podemos utilizar a Escala MRC para avaliação de força muscular de
pacientes críticos. MMSS: Abdução do ombro. Flexão do cotovelo.
Extensão do punho. MMII: Flexão do quadril. Extensão do joelho.
Dorsiflexão do tornozelo.
- Podemos realizar a perimetria (medição de espessura muscular) do
quadríceps entre espinha ilíaca antero-superior (EIAS) e da borda
superior da patela.
● TESTES DE FUNCIONALIDADE APLICADOS AO PCT CRÍTICO:
- Teste de marcha estacionária de 2 minutos: Número máximo de
elevações do joelho que o indivíduo pode realizar em dois minutos,
sem correr, com o joelho atingindo uma altura mínima (ponto médio
entre a patela e a espinha ilíaca anterossuperior). Ponto de corte: 65
elevações para boa capacidade funcional.
- Physical Function in Intensive Care Test scored (PFIT-s):
- Functional Status Score for the ICU (FSS-ICU): Avalia a função física
através de 5 tarefas funcionais ( Rolamento; transferir-se da posição
supina para sentada; transferir-se da posição sentada para em pé;
sentar-se à beira do leito; caminhar).
- Teste de sentar e levantar: Avalia força de MMII.
- Escala PERME de mobilidade em UTI: Atividades progressivas em
complexidade, desde habilidade de responder a comandos à distância
de caminhada em dois minutos. Divididos em 15 itens, agrupados em
sete categorias: estado mental, potenciais barreiras à mobilidade,
força funcional, mobilidade no leito, transferências, dispositivos de
auxílio para deambulação e medidas de resistência. Maiores
pontuações são indicativos de melhor mobilidade e menor
necessidade de assistência.

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