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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO 
COLETIVA
2018
Profª Ana Manuela Silva João
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 Em relação ao quadro que foi demonstrado no conteúdo, cite 
três exemplos de direitos que podem ser pactuados por meio de 
negociação coletiva.
R.: São direitos que podem ser objeto de negociação coletiva todos aqueles 
que constam no artigo 611-A da Consolidação das Leis do Trabalho, tais como: 
pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; 
banco de horas anual; intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 
trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; adesão ao Programa 
Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei nº 13.189, de 19 de novembro 
de 2015; plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição 
pessoal do empregado, bem como identificação dos cargos que se enquadram 
como funções de confiança; regulamento empresarial; representante dos 
trabalhadores no local de trabalho; teletrabalho, regime de sobreaviso, e 
trabalho intermitente; remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas 
percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual; 
modalidade de registro de jornada de trabalho; troca do dia de feriado; 
enquadramento do grau de insalubridade; prorrogação de jornada em 
ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes 
do Ministério do Trabalho; prêmios de incentivo em bens ou serviços, 
eventualmente concedidos em programas de incentivo; participação nos 
lucros ou resultados da empresa. 
Assim, dentro desse rol, poderão ser escolhidos três direitos que podem ser 
objeto de negociação coletiva.
2 Analisando o quadro comparativo, exponha três direitos que jamais 
poderão ser objeto de negociação coletiva.
R.: Os direitos que jamais podem ser objeto de negociação coletiva são 
aqueles que fazem parte do rol constante no artigo 611-B da CLT. 
Dessa maneira, podem ser elencados três dos seguintes direitos: Constituem 
objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, 
exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: normas de 
identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social; seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
valor dos depósitos mensais e da indenização rescisória do Fundo de 
3
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS); salário-mínimo; valor nominal do 
décimo terceiro salário; remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção 
dolosa; salário-família; repouso semanal remunerado; remuneração do 
serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% (cinquenta por cento) à 
do normal; número de dias de férias devidas ao empregado; gozo de férias 
anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal; licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias; 
licença-paternidade nos termos fixados em lei; proteção do mercado de 
trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; aviso 
prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos 
termos da lei; normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas 
em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho; adicional 
de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas; 
aposentadoria; seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador; 
ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite 
de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; proibição de qualquer 
discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador com 
deficiência; proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores 
de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo 
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; medidas de proteção 
legal de crianças e adolescentes; igualdade de direitos entre o trabalhador 
com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso; liberdade de 
associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não 
sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto 
salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; 
direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade 
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; 
definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais 
sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso 
de greve; tributos e outros créditos de terceiros; as disposições previstas nos 
arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta Consolidação.
3 Como, a partir da reforma, será feita a contribuição sindical? 
R.: Antes da Reforma Trabalhista, a contribuição sindical se fazia obrigatória 
para qualquer trabalhador da categoria, ainda que não fosse filiado ao 
sindicato. Com o advento da Reforma, a contribuição deixou de ser obrigatória.
Sendo a contribuição sindical facultativa, será devida apenas por aqueles 
trabalhadores que expressamente e de forma prévia autorizarem referida 
contribuição.
4
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Isso quer dizer que a contribuição sindical continuará sendo descontada em 
folha pelos empregadores, mas para que isso possa acontecer, o empregado 
deverá de forma expressa e anterior à data da contribuição autorizar que a 
mesma seja descontada de sua folha de pagamento.
4 Analise a ordem de preferência entre a lei, acordos coletivos e 
negociações coletivas após a Reforma Trabalhista. 
R.: A Lei 13.467/2017 que alterou a Consolidação das Leis do Trabalho 
estipulou uma nova ordem de preferência entre o que é estipulado por 
meio de lei e o que é estipulado por meio de negociações coletivas; e foi 
além, determinou também uma ordem de preferência dentre as formas de 
negociação coletiva, ou seja, entre acordos e convenções coletivas. Pois bem, 
com a Reforma, portanto, estabeleceu-se que o negociado terá prevalência 
sobre o legislado – a não ser que a lei trate dos assuntos constantes no art. 
611-B da CLT. 
Dessa feita, como regra, as negociações coletivas terão prevalência sobre 
a lei, o que quer dizer que quando empregados e empregadores acordarem 
um direito por meio de negociação coletiva, esse acordo poderá, inclusive, 
estipular condições que contrariem o que foi disposto em lei.
Além disso, a Reforma também determinou que sempre prevalecerão os 
acordos coletivos sobre as convenções coletivas, uma vez que os acordos 
são mais específicos que as convenções, por se tratarem de negociações 
que são feitas entre o sindicato de trabalhadores e a empresa, diferente das 
convenções que são realizadas entre sindicatos de empregadores e sindicatos 
profissionais da mesma categoria.
Concluindo, portanto, temos que a ordem de preferência se demonstra como: 
acordos coletivos prevalecem sobre convenções coletivas e esses prevalecem 
sobre a lei, a não ser que a legislação trate de assuntos constantes no rol 
do artigo 611-B da CLT.
5 Julgue como Verdadeiras ou Falsas as sentenças a seguir:
a) (F) As convenções coletivas sempre prevalecerão sobre os acordos 
coletivos.
b) (F) Podem ser pactuadas horas extras diárias, em acordo coletivo, em 
número superior a duas horas.
c) (V) A adesão ao Programa Seguro-Emprego pode ser objeto de negociação 
coletiva.
d) (F) Em negociação coletiva poderá haver estipulação de horário noturno 
equivalente ao horário diurno.
e) (V) O trabalhador poderá escolher se contribui ou não para o custeio do 
sindicato de sua categoria profissional. 
5
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVAf) (F) Em negociação coletiva poderá ser estipulada a proibição do exercício 
de greve por determinada classe trabalhadora.
g) (F) O tempo de licença-maternidade pode ser pactuado por meio de 
negociação coletiva.
h) (V) Podem as partes pactuar, por meio de acordo coletivo, jornada de 12 
horas por 36 de descanso.
i) (F) O Regulamento Empresarial não pode ser negociado por meio de 
negociação coletiva, uma vez que diz respeito à própria empresa.
j) (F) No que diz respeito ao seguro por acidente de trabalho, os sindicatos 
patronais e os sindicatos dos trabalhadores poderão, em convenção 
coletiva, decidir que o mesmo não será responsabilidade do empregador.
TÓPICO 2
1 O que são Direitos Transindividuais?
R.: Os direitos transindividuais são os direitos que ultrapassam a esfera de 
um indivíduo para se demonstrarem como direitos de uma coletividade.
São espécies de direitos transindividuais: os direitos difusos, coletivos e os 
direitos individuais homogêneos.
Referidos direitos, por irem além da esfera individual, diz-se que estão situados 
entre os interesses público e privado. 
2 Qual o fundamento jurídico dos Direitos Transindividuais? 
Podemos encontrar fundamento na legislação brasileira tanto na carta 
constitucional como na legislação infraconstitucional. No entanto, a 
Constituição Federal, embora cite em determinadas passagens a existência 
desses direitos, não se preocupou em aprofundar-se na definição dos mesmos. 
Portanto, no ordenamento jurídico brasileiro, podemos retirar o fundamento 
desses direitos transindividuais do Código de Defesa do Consumidor, que 
no artigo 81 vai prever que:
I- interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, 
os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II- interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste 
código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, 
categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por 
uma relação jurídica base;
III- interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os 
decorrentes de origem comum.
6
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Assim, a base jurídica dos direitos transindividuais é, principalmente, o artigo 
81 do Código de Defesa do Consumidor.
3 Quais dos Direitos Transindividuais podem ser aplicados às Relações 
Coletivas do Trabalho? Por quê?
R.: Tanto os direitos difusos, quanto os direitos coletivos e os direitos 
individuais homogêneos podem ser encontrados nas relações coletivas de 
trabalho em maior ou menor grau.
Tem-se que, como regra, as relações coletivas de trabalho não envolverão 
os direitos difusos pois a principal característica dos mesmos é o fato de 
ser praticamente impossível determinar quem são os sujeitos detentores 
dos interesses em jogo, uma vez que se tratam de interesses de toda uma 
coletividade.
No entanto, há situações que poderemos ver, por exemplo, os sindicatos 
atuando na defesa de interesses difusos, como é o caso de uma oferta de 
emprego, por parte de uma empresa, que seja amplamente divulgada e, 
portanto, disponível para toda a coletividade, que seja discriminatória. 
Nesse caso, estaremos diante de um interesse difuso que será protegido pelo 
órgão sindical e que, portanto, demonstra que esse tipo de interesse poderá 
ser objeto de uma relação coletiva de trabalho já que envolverá o sindicato 
profissional, representando os interesses dos empregados e da coletividade, 
de um modo geral contra a empresa que veiculou propaganda discriminatória.
Por outro lado, a grande maioria das relações coletivas de trabalho, 
nomeadamente no que tange às negociações coletivas de trabalho abordarão 
os direitos e interesses coletivos, uma vez que esses são os direitos e 
interesses pertencentes a uma coletividade bem definida, como é o caso, 
por exemplo, de uma coletividade de empregados pertencentes à mesma 
categoria profissional.
Assim, é fácil perceber que é possível a relação desses direitos com as 
relações coletivas de trabalho.
Por fim, os direitos individuais homogêneos também poderão se relacionar 
com as relações coletivas de trabalho, pois, apesar de serem interesses que 
em regra dizem respeito a um número mais reduzido de pessoas facilmente 
determináveis pelo vínculo fático-jurídico que as une, é necessário que sem 
interesses que extrapolam os interesses simplesmente individuais.
Com isso, casos haverá em que, por exemplo, em caso de acidente dentro 
de uma empresa, os sindicatos devam defender os interesses dos envolvidos 
contra a empresa, demonstrando a presença de uma relação coletiva.
7
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
4 O que diferencia os Direitos Difusos dos Direitos Coletivos em sentido 
estrito?
R.: Basicamente, os direitos difusos se diferenciam dos direitos coletivos 
pela possibilidade de definição dos titulares dos direitos que estão em jogo.
Isso quer dizer que quando se tratar de direitos difusos, a coletividade será 
titular desses direitos, sendo quase ou totalmente impossível determinar 
exatamente as pessoas que fazem parte dessa coletividade, uma vez que 
se trata da própria sociedade, como um todo.
Já os direitos coletivos são aqueles que, embora titularizados por um grande 
número de pessoas, o grupo é plenamente identificável, como ocorre, por 
exemplo, por uma categoria profissional de trabalhadores.
5 O que são Relações Coletivas de Trabalho?
R.: As relações coletivas de trabalho são aquelas que envolvem um grupo 
de pessoas, de forma diferente da relação individual de trabalho que se dá 
entre empregado e empregador, ou seja, para que se possa falar em relação 
coletiva de trabalho, deve-se estar diante de relações que envolvam os 
sindicatos das categorias profissionais ou econômicas, ou mesmo relações 
que envolvam a coletividade de empregados de uma empresa e os seus 
empregadores. O importante aqui é que haja uma coletividade de pessoas 
que sejam reguladas pela mesma situação.
6 Como podem ser classificadas as Relações Coletivas de Trabalho?
R.: As relações coletivas de trabalho podem ser classificadas como relações 
sindicais e não sindicais. 
Quando houver a participação dos sindicatos representando as categorias, 
estar-se-á diante de uma relação coletiva de trabalho sindical. Quando os 
próprios empregados, por meio de seus representantes eleitos ou não, unirem-
se para buscar a garantia de seus interesses e direitos, estaremos diante 
de uma relação coletiva não sindical dentro do âmbito da própria empresa.
7 É possível que uma categoria de trabalhadores busque a concreção 
de interesses e direitos coletivos sem a participação do sindicato? 
Cite exemplos.
R.: Sim, é possível.
Acontecerá nos casos de relações não sindicais, nas quais os próprios 
empregados buscarão a concretização de seus direitos. 
Com isso, poderemos ver um exemplo quando estivermos diante da Comissão 
8
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
de Representantes dos Empregados, que nada mais é que uma comissão 
eleita entre os próprios empregados para que esses defendam os interesses 
dos trabalhadores da empresa frente aos empregadores, ou ainda, em 
qualquer tipo de relação que surja, ainda que não regida por lei, mas que se 
configure por uma coletividade de empregados unidos em busca da defesa 
de seus direitos.
8 Classifique como Verdadeiras ou Falsas as sentenças a seguir:
a) (F) As Relações Coletivas de Trabalho sempre serão consideradas relações 
sindicais. 
b) (F) Tanto interesses difusos, quanto coletivos e individuais homogêneos 
podem ser encontrados no estudo das negociações coletivas, embora 
vejamos com mais frequência a incidência de defesa dos interesses 
difusos. 
c) (V) A diferença dos interesses coletivos para os interesses difusos está 
na capacidade de determinara existência ou não de um grupo específico 
de pessoas.
d) (V) Embora extremamente importantes para a busca de concretização de 
interesses de uma coletividade de trabalhadores, haverá casos em que 
os sindicatos não serão necessários para intermediar uma negociação 
coletiva.
e) (F) A eleição de representantes de empregados, dentro de uma empresa, 
será obrigatória quando, na empresa, houver um número maior do que 
100 empregados. 
f) (V) Uma empresa que veicule propostas de emprego discriminatórias na 
internet, ou em jornais de grande circulação, estará diretamente afetando 
interesses difusos, uma vez que não se pode determinar a quem essas 
propostas atingirão e os sindicatos poderão atuar na defesa desses 
interesses.
g) (V) São interesses individuais homogêneos capazes de ensejar a 
participação dos sindicatos de trabalhadores na defesa dos mesmos, 
aqueles que decorrem de um acidente de trabalho que atinge diversos 
trabalhadores da mesma empresa. 
9
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
TÓPICO 3
1 Qual foi o contexto do surgimento da OIT?
R.: O contexto que se apresentava para que, futuramente, se fizesse 
necessária a criação da OIT, era o da Revolução Industrial, momento no qual 
as indústrias começaram a atrair as pessoas para os centros industriais, em 
busca de trabalho; porém, esse trabalho era extremamente precário, uma 
vez que não havia nem a presença dos sindicatos, que ainda não haviam 
sido criados, nem tampouco um órgão como a OIT que fosse responsável 
por criar regras e garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores.
Assim, após o fim da guerra e a assinatura da Conferência de Paz em 
Versalhes, já visualizando essa situação deplorável de trabalho nas fábricas, 
criou-se a Organização Internacional do Trabalho para corrigir as condições 
de trabalho e criar normas internacionais referentes aos direitos trabalhistas.
2 Qual a finalidade da criação da OIT?
R.: A criação da OIT se deu por dois motivos principais (motivo humanista 
e político), com a finalidade de garantir tanto que fossem ajustadas as 
condições de trabalho nas indústrias, já que as mesmas eram deploráveis e 
não garantiam sequer a dignidade dos trabalhadores; bem como a finalidade 
de criar normas internacionais regulamentadoras dos direitos trabalhistas.
3 Discorra sobre a vertente humanista e sobre a vertente política que 
motivaram a criação da OIT.
R.: A vertente humanista é justamente a motivação que se preocupava 
especificamente com a vida dos trabalhadores nas fábricas. Isso porque, como 
as pessoas trabalhavam em condições insalubres, por longas horas, sendo 
mal remuneradas, em busca apenas de satisfazer os interesses do capital, 
era necessário que fosse criado um órgão capaz de fiscalizar e garantir que 
os trabalhadores além de possuir determinados direitos, que os mesmos 
fossem efetivamente cumpridos. Inclusive no que diz respeito ao trabalho das 
crianças e das mulheres, que em situação de vulnerabilidade, não possuíam 
quem os defendesse e garantisse melhores condições de trabalho.
Já a vertente política diz respeito à finalidade de se criar um órgão capaz de 
editar normas internacionais regulamentadoras dos direitos trabalhistas, bem 
como na questão de permitir uma intervenção estatal nas relações sociais 
de caráter trabalhista, uma vez que até então o liberalismo fazia com que o 
Estado não interviesse na economia e consequentemente na forma como 
os empregadores conduziam as relações de trabalho em suas empresas. 
10
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
4 Quais são os principais órgãos que estruturam a OIT e suas 
respectivas funções? 
R.: Os principais órgãos que compõem a estrutura da OIT são: a) Conferência 
Geral dos Representantes dos Estados-Membros; b) Conselho de 
Administração; c) Repartição Internacional do Trabalho. 
A Conferência Geral é o órgão supremo da Organização Internacional do 
Trabalho, tem o objetivo de convocar as sessões, elaborar as convenções 
internacionais e as recomendações que são feitas aos Estados-Membros.
Por sua vez, o Conselho de Administração é o responsável pela Organização, 
devendo elaborar e controlar a execução das políticas que são adotadas na 
Conferência Geral.
Finalmente, a Repartição Internacional do Trabalho será responsável 
pela centralização e distribuição de todas as informações referentes à 
regulamentação internacional e, ainda, pelo estudo das questões que serão 
submetidas às discussões da Conferência Geral; também será responsável 
pela realização de inquéritos, preparação de documentos para as sessões 
da Conferência, fornecimento de auxílio aos Estados-membros para o 
desenvolvimento de leis de caráter trabalhista e a publicação de informações 
de interesse internacional sobre indústria e trabalho. 
 
5 O que caracteriza a estrutura tripartite dos órgãos da OIT?
R.: A estrutura tripartite nada mais é que a característica que detém os órgãos 
da OIT de serem compostos não só pelos Estados-Membros, como também 
por representantes dos empregados e dos empregadores de cada Estado 
participante.
6 No que tange ao direito coletivo do trabalho, quais são as mais 
importantes convenções internacionais e qual é o objeto da sua 
regulamentação?
R.: São diversas as convenções sobre o direito do trabalho editadas pela 
OIT; porém, no que concerne às relações coletivas de trabalho, as mais 
importantes que podemos elencar são: Convenção nº 87, que dispõe sobre 
a não interferência do Estado nas Associações Sindicais. 
7 Por que a Convenção nº 87 da OIT é incompatível com o ordenamento 
jurídico brasileiro? Cite, pelo menos, três motivos determinantes. 
R.: O Brasil não foi capaz de ratificar a Convenção n. 87 porque o ordenamento 
brasileiro contém normas que vão de encontro com o que foi previsto 
em referida convenção, ou seja, normas que limitam a liberdade sindical 
11
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
plena, tais como: o artigo 8º da CF que impõe restrições à organização dos 
sindicatos; a imposição de unicidade sindical – que nada mais é que uma 
forma de tolher a plena liberdade de associação sindical, já que determina 
a existência de apenas uma entidade sindical da categoria dentro de uma 
mesma base territorial mínima, que se configura como a área de um município; 
bem como a restrição para criação de mais de uma entidade de grau maior 
de caráter sindical – federação ou confederação – também dentro de uma 
mesma base territorial.
8 Classifique como Verdadeiras ou Falsas as sentenças a seguir: 
a) (F) As convenções editadas no âmbito da OIT são autoaplicáveis nos 
Estados Membros. 
b) (V) Segundo o que foi estipulado pela Convenção nº 87 da OIT, os 
trabalhadores e empregadores podem constituir, sem necessidade de 
autorização pelo poder público, organização sindical. 
c) (F) No Brasil, o texto da Constituição é claro em permitir a pluralidade de 
sindicatos da mesma categoria em uma única base territorial.
d) (V) De acordo com a Convenção nº 98 da OIT, que foi ratificada pelo Estado 
brasileiro, os empregados que forem filiados a qualquer sindicato não 
poderão sofrer qualquer tipo de tratamento diferenciado – discriminatório 
– por parte do empregador.
e) (V) Dentro do quadro estruturante da OIT, podemos encontrar não apenas 
os Estados Membros, como representantes da classe trabalhadora e 
empresarial de todos os Estados que fazem parte da Organização.
f) (F) São órgãos que compõem a OIT: Tribunal dos Estados; Conselho 
Administrativo e Repartição Internacional. 
g) (F) É responsabilidade do Conselho de Administração da OIT elaborar as 
convenções internacionais, ao passo que cabe à Conferência Internacional 
a gestão da Organização.
h) (V) As Convenções de Direito Coletivo do Trabalho que são discutidas e 
elaboradas pela Conferência Internacional do Trabalho nada mais são 
que tratados, de caráter normativo, celebradosentre diversos Estados e 
ratificados por aqueles que quiserem, sem prazo para essa aceitação.
i) (F) No Brasil há uma estrutura piramidal no que se refere à organização 
sindical, na qual se encontram no todo as federações – união de cinco 
confederações, no meio as confederações – união de cinco sindicatos – e 
embaixo os sindicatos. 
12
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
TÓPICO 1
1 Sabendo que a liberdade sindical é uma realidade brasileira, explique 
por que não podemos falar em uma liberdade sindical plena.
R.: Embora exista o princípio da liberdade sindical no Brasil, inclusive 
garantindo a não intervenção do Estado nos mesmos, não podemos afirmar 
que se trata de uma liberdade sindical plena, já que há obrigatoriedade de 
garantir a unicidade sindical, o que impede a livre criação de vários sindicatos 
representantes da mesma categoria dentro de uma mesma base territorial, que 
tem como menor área possível o limite de um município; o que quer dizer que, 
ao menos dentro de um município, não se vislumbra a liberdade de criação 
de mais de um sindicato para a mesma categoria profissional ou econômica.
2 No que consiste a noção de unicidade sindical? 
R.: A unicidade sindical é, justamente, a garantia de que em uma mesma base 
territorial exista apenas um sindicato capaz de representar uma categoria 
profissional ou econômica. 
Diz-se, ainda, que a unidade sindical garante uma maior concentração de 
forças visando a defesa dos interesses dos representados pelo sindicato, 
o que, talvez, não aconteceria se houvesse uma pluralidade de sindicatos 
representantes de uma mesma categoria.
3 De acordo com o princípio da autorregulamentação, pode-se dizer que 
os empregados e empregadores, por meio de seus representantes, 
podem produzir normas? Justifique. 
R.: Sim. Isso porque o princípio da autorregulamentação nada mais é que 
a possibilidade de criação de normas por parte dos próprios destinatários 
das mesmas, ou seja, não se tratam de normas heterônomas, impostas 
pelo Estado. Assim, por meio das negociações e contratos coletivos, os 
sindicatos, empregados e empregadores criam leis que serão aplicadas às 
próprias relações. 
4 Há limites para a criação de normas contratuais por meio de negociação 
coletiva? Aponte os princípios e as normas que fundamentam sua 
resposta. 
UNIDADE 2
13
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
R.: Embora haja liberdade para criação de normas coletivas, há limites 
impostos a essa liberdade. O próprio artigo 611-B nos demonstra uma lista 
de direitos que não podem ser suprimidos por meio de negociações coletivas, 
notadamente os direitos constitucionais.
Nesse sentido, o princípio da adequação setorial negociada é o responsável por 
nortear essa criação normativa, que deve respeitar os limites constitucionais 
e legais impostos no que diz respeito às negociações coletivas para que essa 
atividade criativa não ultrapasse os limites, principalmente no que tange à 
redução ou supressão dos direitos.
5 Em que consiste o princípio da Transparência nas negociações 
coletivas e por que ele é tão importante para a realização das 
mesmas?
R.: O princípio da transparência nada mais é que a garantia de que as 
negociações coletivas sejam realizadas com base na boa-fé de ambas as 
partes, ou seja, o que se pretende é que, ao negociar, nenhuma das partes 
haja deliberadamente para prejudicar a outra, devendo apenas lutar para 
garantir os próprios direitos.
Trata-se de princípio de suma importância porque as negociações coletivas 
fazem normas aplicáveis aos empregados e empregadores e, caso não sejam 
realizadas de forma transparente, estar-se-ia diante de uma norma que não 
respeitou sequer os limites sociais a elas imposto.
6 Julgue como Verdadeiros ou Falsos os itens a seguir:
a) (F) O princípio da boa-fé nada mais é que uma garantia de que serão 
observados os limites legais e constitucionais impostos às negociações 
coletivas.
b) (F) No Brasil, dentro de uma mesma base territorial podemos encontrar 
mais de um sindicato que defenda a mesma categoria, devido ao princípio 
da Liberdade sindical e Pluralidade de sindicatos.
c) (V) A criação de normas contratuais por meio de negociação coletiva 
é reflexo do princípio da autorregulamentação que pauta os acordos e 
convenções coletivas.
d) (V) Os sindicatos podem se organizar e definir sua forma de administração 
sem que o poder público possa interferir nas decisões, a não ser que 
cometam ato ilícito. 
e) (F) A adequação setorial negociada diz respeito à liberdade que possuem 
as categorias profissionais de se associar em sindicatos nos mais diversos 
setores de um município. 
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
f) (V) Em consonância com a Convenção nº 87 da OIT, o Brasil definiu que 
o poder público jamais poderá interferir na criação de um sindicato. 
g) (V) Os trabalhadores são livres para se filiar aos sindicatos das respectivas 
categorias que os representam, bem como para, se não quiserem, não se 
filiar, no exercício do seu direito negativo de filiação. 
TÓPICO 2
1 Cite e explique as formas de financiamento dos sindicatos no Brasil.
R.: As formas de custeio das associações sindicais são: contribuição sindical; 
contribuição federativa; contribuição assistencial e mensalidade sindical.
A contribuição sindical nada mais é que a parcela do salário do trabalhador 
que é destinada, de forma facultativa – e com expressa anuência – ao custeio 
do sindicato, bem como o valor destinado pelos empregadores para financiar 
os sindicatos de natureza econômica.
Já a contribuição federativa se destina ao financiamento do sistema 
confederativo; ocorre que essa contribuição é devida apenas pelos 
empregados filiados ao sindicato, uma vez que surge de deliberação interna 
na assembleia geral dos próprios sindicatos.
Por sua vez, a contribuição assistencial tem como objetivo suprir os gastos 
decorrentes da participação dos sindicatos em negociações coletivas e são 
cobradas dos filiados ao sindicato e deve ser prevista na própria negociação 
coletiva.
Por fim, a mensalidade sindical é o valor pago pelos associados como 
contraprestação pelos serviços assistenciais oferecidos pelos sindicatos, 
tais como médicos, dentistas, advogados ou até mesmo clubes recreativos 
para os filiados do sindicato.
2 Quais os órgãos que compõem os sindicatos e quais as funções de 
cada um e suas formas de composição?
R.: Os sindicatos são compostos por Assembleia Geral, Diretoria e Conselho 
Fiscal.
A Assembleia Geral é o órgão deliberativo do sindicato, responsável pela 
eleição dos dirigentes sindicais, bem como pela aprovação de contas, 
aplicação do patrimônio do sindicato, julgamento dos atos da diretoria e 
pronunciamento sobre dissídios trabalhistas.
Já a Diretoria é composta por no mínimo 3 e no máximo 7 membros, que 
gozam de estabilidade no emprego – são eleitos pela Assembleia Geral –, e 
é responsável pela administração do sindicato, e pela eleição do Presidente 
do Sindicato.
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Por fim, o Conselho Fiscal é formado por 3 membros – que não adquirem 
estabilidade – e é responsável pela gestão financeira do sindicato; seus 
membros também são eleitos pela Assembleia Geral.
3 No que consiste o sistema confederativo? Explique como se dá a 
formação de cada uma das entidades que o compõem.
R.: O sistema confederativo nada mais é que o sistema que é formado pelos 
sindicatos, federações e confederações numa estrutura piramidal, na qual a 
base é composta pelos sindicatos, que unidos formam o meio da pirâmide 
que são as federações, que, por sua vez, unidas formam as confederações. 
Portanto, a união de, no mínimo, cinco sindicatos forma uma federação e a 
união de, no mínimo, três federações é capaz de formar uma confederação.
4 Em se tratando de negociações coletivas, qual é o papel dascentrais 
sindicais?
R.: Embora prestem importante serviço na defesa dos interesses políticos dos 
empregados, as centrais sindicais não fazem parte do sistema confederativo 
e não são, propriamente, sindicatos. 
Por conta disso, não estão habilitadas a participar nas negociações coletivas 
representando os empregados, já que esse é papel dos sindicatos.
5 O que são categorias e como se classificam?
R.: As categorias são o que diferenciam os sindicatos que defendem 
interesses patronais e interesses dos trabalhadores.
Assim, no Brasil, podemos encontrar a categoria dos trabalhadores, a 
categoria econômica e ainda a categoria profissional diferenciada para a qual 
não existe uma categoria econômica correspondente.
6 Classifique como Verdadeiros ou Falsos os itens a seguir:
a) (V) A Assembleia Geral dos sindicatos possui competência para deliberar 
sobre a criação de contribuição adicional, que não diz respeito à 
contribuição sindical ou confederativa.
b) (F) Podem participar de negociações coletivas: os sindicatos, as 
federações, as confederações e as centrais sindicais. 
c) (F) A contribuição confederativa deve ser paga por todos os empregados 
da categoria, independente de filiação ao sindicato.
d) (F) A forma de custeio dos serviços de assistência prestados pelo sindicato, 
como manutenção de clubes de recreação, fornecimento de serviços de 
saúde etc. é chamada de contribuição assistencial. 
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
e) (V) A contribuição sindical é facultativa, cabendo aos empregados anuir 
prévia e expressamente com o desconto no salário para esse fim.
f) (F) Apenas os trabalhadores podem reunir-se em sindicatos, sendo vedada 
essa prática àqueles que pertencem à classe dos empregadores, uma vez 
que já possuem vantagens nas relações trabalhistas, por sua posição de 
superioridade.
g) (V) Caso um empregado não filiado ao sindicato da sua categoria tenha 
descontada em sua folha de pagamento a contribuição confederativa, o 
mesmo poderá pedir ressarcimento pelos meios cabíveis.
h) (V) A contribuição sindical pode ser paga por qualquer trabalhador da 
categoria, filiado ou não ao sindicato, desde que concorde com o desconto 
em folha. Já as contribuições confederativa e assistencial só poderão ser 
cobradas dos empregados filiados ao sindicato.
i) (V) Os órgãos que compõem o sindicato são: Assembleia Geral, Diretoria 
e Conselho Fiscal. 
j) (F) É de responsabilidade da Assembleia Geral a eleição do presidente 
do sindicato.
k) (F) O sistema confederativo é composto pelas centrais sindicais, 
confederações, federações e sindicatos. 
TÓPICO 3
1 Quais os limites para a negociação coletiva? Onde podem ser 
encontrados? 
R.: Os limites para as negociações coletivas podem ser encontrados no artigo 
611-B da CLT e dizem respeito, principalmente, às garantias constitucionais 
dos trabalhadores que não poderão ser objeto de negociações coletivas.
2 Discorra sobre os acordos e as convenções coletivas, apontando os 
critérios que os aproximam e que os diferenciam.
R.: Tanto os acordos como as convenções coletivas são espécies do gênero 
negociação coletiva, assim, se aproximam no sentido de que ambos visam a 
negociação de normas coletivas que serão aplicadas às partes negociantes.
Porém, cada um tem suas peculiaridades. Os Acordos Coletivos são 
negociações feitas entre o sindicato profissional e a empresa – sendo, 
portanto, facultativa a presença do sindicato de natureza econômica. Sendo 
assim, essa espécie de negociação é mais restrita e específica, uma vez que 
realizada dentro do âmbito da própria empresa, não se estendo às demais 
empresas do mesmo ramo.
17
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Já a Convenção Coletiva, por sua vez, é forma de negociação coletiva mais 
ampla, uma vez que realizada entre sindicatos profissional e econômico, 
visando a estipulação de condições de trabalho gerais para aquele setor e 
não apenas para uma empresa específica.
Por conta disso é que os acordos coletivos, desde a Reforma Trabalhista, 
prevalecem sobre as convenções coletivas, já que são mais específicos 
e capazes de abranger melhor as necessidades dos trabalhadores e 
empregadores de determinada empresa. 
 
3 Por quanto tempo pode durar um acordo coletivo? 
R.: Com a reforma trabalhista, vedou-se a ultratividade, o que quer dizer que 
pela leitura do artigo 614, §3º da CLT um acordo coletivo não poderá valer 
por mais que dois anos, ressalvada a possibilidade de ser pactuado um prazo 
menor no acordo coletivo.
4 As normas que regem os contratos de trabalho, fruto de negociações 
coletivas, se incorporam ao contrato? 
R.: O objeto de acordo coletivo ou de convenção coletiva não se incorpora 
ao contrato, uma vez que são normas transitórias que não poderão passar 
de 2 anos, portanto, não faria sentido que essas fossem incorporadas ao 
contrato de trabalho, uma vez que se assim fosse, permaneceriam surtindo 
efeito mesmo depois de encerrado o prazo de vigência da negociação coletiva.
5 Classifique como Verdadeiros ou Falsos os itens a seguir:
a) (F) É válida cláusula de negociação coletiva que suprima intervalo 
intrajornada da classe operária. 
b) (F) Nas convenções coletivas é facultada a presença dos sindicatos 
econômicos.
c) (F) É plenamente possível a estipulação de acordo coletivo que dure por 
três anos, uma vez que o negociado sempre prevalecerá sobre o legislado.
d) (V) Já que as negociações coletivas devem ter prazo máximo de dois anos, 
aquilo que for pactuado entre as partes não se incorpora ao contrato de 
trabalho.
e) (F) Podem os sindicatos, no exercício da sua autoridade como 
representante da categoria, apreciar os pedidos de negociação coletiva, 
julgando em quais momentos deve agir ou arquivando os pedidos que não 
tenham razão de ser.
f) (F) Os acordos coletivos são celebrados entre sindicatos profissionais e 
sindicatos econômicos, obrigatoriamente.
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Quais empresas serão obrigadas a constituir comissão de 
representantes? 
R.: Segundo o artigo 11 da Constituição Federal e o recém-criado artigo 510-A 
da Consolidação das Leis do Trabalho, serão obrigadas a constituir comissão 
de representantes as empresas que tiverem mais de 200 empregados.
Isso, no entanto, não quer dizer que empresas com menos empregados não 
possam constituí-las, se acharem necessário, porém a obrigatoriedade recai 
apenas para aquelas que empregarem mais de 200 pessoas. 
2 Quais são as vantagens aos empregados no que tange à eleição de 
uma comissão que os representa?
R.: Partindo-se do pressuposto de que as empresas com mais de 200 
empregados são empresas de porte considerável, podemos perceber que 
a comunicação direta entre empregados e empregadores se torna mais 
dificultada, ou seja, é difícil para os empregados fazerem reconhecer seus 
anseios perante os empregadores, já que o contato entre eles é mais 
complicado. Assim, a eleição de uma Comissão que irá atuar especialmente 
com o intuito de viabilizar essa comunicação é de extrema relevância à classe 
trabalhadora, uma vez que ao permitir o diálogo entre patrões e empregados, 
poderão ser evitados diversos conflitos e o meio ambiente da empresa será 
muito mais agradável para ambas as partes da relação contratual.
Além do mais, será de responsabilidade da Comissão zelar para que as 
promessas feitas pelos empregadores sejam colocadas em prática, mas 
não apenas isso, que essas sejam implantadas de maneira rápida e eficaz, 
cobrando dos empregadores a sua implantação.
E isso será possível porque os membros da Comissão de Representantes 
adquirem estabilidade provisória no emprego desde o registro da candidatura 
até um ano após o fim do mandato, garantindo uma atuação mais incisiva 
desses representantes que só poderão ser demitidos durante o período deestabilidade por justa causa, seja ela de motivo disciplinar, técnico, econômico 
ou financeiro. 
19
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
3 Cite e explique as atribuições da comissão de representantes dos 
empregados.
R.: De acordo com o artigo 510-B da CLT a Comissão de Representantes 
será responsável por:
a) Representar os empregados perante a administração da empresa: 
atuando como mediadora do diálogo, uma vez que receberá dos 
empregados as demandas e as repassará para os responsáveis pela 
administração da empresa.
b) Aprimorar o relacionamento entre a empresa e empregados com 
base nos princípios da boa-fé e respeito mútuos: isso quer dizer 
que não apenas a comissão deverá levar os anseios dos empregados 
aos empregadores, como também será responsável por demonstrar 
aos trabalhadores o que tem sido feito pela empresa, visando atender 
às demandas que lhe são propostas, para que se viabilize um bom 
relacionamento entre as partes.
c) Promover o diálogo e o entendimento no ambiente de trabalho com o 
fim de prevenir conflitos: entende-se assim que, não apenas a comissão 
deverá zelar por um ambiente saudável de trabalho entre empregados e 
empregadores, mas também deverá prezar pela eliminação de conflitos 
entre os empregados, para que haja sempre um ambiente propício para 
o bom desenvolvimento das atividades laborais. 
d) Buscar soluções para os conflitos decorrentes da relação de trabalho, 
de forma rápida e eficaz, visando à efetiva aplicação das normas 
legais e contratuais: será, portanto, missão da comissão pressionar 
a empresa para que a mesma possa cumprir com o que foi prometido 
após as demandas dos trabalhadores e que esse cumprimento se dê de 
forma rápida e eficaz, trazendo respostas aos empregados e garantindo 
que as normas trabalhistas decorrentes das leis e dos contratos sejam 
efetivamente aplicadas.
e) Assegurar tratamento justo e imparcial aos empregados, impedindo 
qualquer forma de discriminação por motivo de sexo, idade, religião, 
opinião política ou atuação sindical: será responsabilidade da comissão, 
ainda, não permitir que haja qualquer tipo de discriminação no ambiente 
de trabalho, tanto acerca das características das pessoas, das suas 
convicções, como também no que concerne à atuação sindical dos 
empregados, para que os empregadores não os trate de forma diferente, 
desestimulando que façam parte dos movimentos sindicais.
f) Encaminhar as reivindicações específicas dos empregados de seu 
âmbito de representação: a comissão será responsável por receber dos 
empregados as suas demandas e repassá-las para a administração da 
empresa, não podendo escolher quais demandas serão encaminhadas, 
uma vez que deve garantir que todos os anseios dos trabalhadores sejam 
submetidos ao conhecimento dos empregadores.
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
g) Acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas, previdenciárias e 
das convenções coletivas e acordos coletivos de trabalho: a comissão 
deverá fiscalizar dentro da empresa se as negociações coletivas estão 
sendo devidamente implementadas, bem como se as normas trabalhistas 
e previdenciárias estão sendo respeitadas pela empresa.
4 Julgue como Verdadeiras ou Falsas as proposições a seguir:
a) (F) Uma empresa que possui mais de um estabelecimento comercial jamais 
poderá instituir mais de uma comissão de representantes, haja vista que 
a lei determina que cada empresa instituirá apenas uma comissão. 
b) (V) A empresa que possuir entre 200 e 3000 empregados deverá constituir 
comissão de representantes com três membros.
c) (F) Não é possível a instauração de uma comissão de representantes com 
número menor que aqueles estipulados por lei. Dessa feita, se houver 
menos candidatos que número de vagas, deverá ser instaurada nova 
eleição no prazo de um ano.
d) (F) Não cabe à comissão de representantes mediar os conflitos entre 
empregados e empregadores, já que para esse fim existe a Comissão de 
Conciliação Prévia.
e) (V) Qualquer decisão tomada pela comissão de representantes deve ser 
feita em conjunto, ou seja, de forma colegiada, sendo vedada a decisão 
individual de um membro da comissão sobre qualquer assunto.
f) (F) Para a tomada de decisão da comissão deverá ser respeitado o critério 
da maioria absoluta dos membros em concordância.
g) (F) O sindicato representante da categoria poderá auxiliar na escolha dos 
representantes dos empregados, uma vez que está entre suas atribuições 
zelar pelo bom relacionamento entre os empregados e os empregadores 
daquele setor.
h) (F) O empregado eleito para a comissão de representantes poderá, após 
o fim do mandato, candidatar-se à reeleição. 
i) (F) Ao exercer a função de representante dos empregados, o membro 
da comissão ficará dispensado das suas funções originais, para melhor 
atender às necessidades e demandas dos empregados daquela empresa.
j) (V) Gozarão de estabilidade provisória no emprego os membros da 
comissão de representantes, desde o registro da candidatura até um ano 
após o término do mandato.
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SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
TÓPICO 2
1 Discorra sobre os três momentos pelos quais passou o movimento 
de greve, historicamente.
R.: Durante a evolução da história, a greve passou por vários momentos no 
que se refere a sua aceitação social. 
Num primeiro momento a greve era considerada como um delito, já que 
afrontava os interesses dos donos do capital, e, portanto, era considerada 
como crime para que fosse desestimulada afim de inviabilizar os protestos 
acerca da situação das indústrias e dos meios de produção.
Em seguida, os movimentos de greve passaram por períodos de permissão, 
mas ainda não eram considerados como direitos dos trabalhadores, o que 
quer dizer que apesar de não serem mais considerados como crime, ainda 
sofriam muitas restrições, exigindo permissão do poder público para que 
pudessem acontecer, por exemplo, ou impondo diversas situações que fariam 
o movimento se tornar um movimento ilegal, inviabilizando o seu real objetivo.
Por fim, no Brasil, foi só com a constituição de 1988 que pudemos ver o direito 
de greve surgir, sendo, portanto, um direito fundamental dos trabalhadores 
que tem a liberdade de o exercer sempre que não foi possível empreender 
negociações com os empregadores. 
2 Conceitue o movimento de greve, de acordo com o ordenamento 
brasileiro.
R.: Para o ordenamento brasileiro, para que a greve seja considerada legítima 
é necessário que a mesma seja considerada uma greve típica. Isso quer 
dizer que deverá perseguir objetivos trabalhistas e não meramente políticos 
ou econômicos.
No entanto, isso não quer dizer que as mesmas serão totalmente desvinculadas 
de interesse político, uma vez que os interesses dos trabalhadores podem 
estar atrelados a interesses políticos, desde que esses não sejam os únicos 
objetivos.
Outrossim, as greves poderão se revestir de diversas formas, não havendo 
apenas um modelo de exercício, podendo se configurar como greve de 
ocupação, greve de rodízio, de zelo etc.
Importante salientar que não há na constituição ou na lei uma taxatividade 
de modelos que a greve poderá ser exercida, desde que a mesma respeite 
os limites de um exercício legítimo, a mesma poderá ser implementada, sem 
maiores problemas para os empregados.
22
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
3 Quais são os serviços considerados essenciais pela Lei de Greve? 
Quais os reflexos da existência deles no que se refere ao movimento 
de greve?
R.: A lei de greve considera como essenciais os seguintes serviços: (i) 
tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia 
elétrica, gás e combustíveis; (ii) assistência médica e hospitalar; (iii) 
distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; (iv) funerários; 
(v) transporte coletivo; (vi) captação e tratamento de esgoto e lixo; (vii) 
telecomunicações;(viii) guarda, uso e controle de substâncias radioativas, 
equipamentos e materiais nucleares; (ix) processamento de dados ligados a 
serviços essenciais; (x) controle de tráfego aéreo; (xi) compensação bancária.
4 É possível que um trabalhador, individualmente, proceda a uma 
paralisação dentro da empresa?
R.: Não existe greve de apenas uma pessoa. Trata-se de um instrumento 
coletivo de pressão ao empregador, por conta de uma impossibilidade de 
negociação coletiva entre os trabalhadores e os empregadores, portanto, 
caso um empregado resolva, por conta própria, paralisar suas atividades, o 
mesmo poderá ser demitido por justa causa, já que não estará prestando o 
serviço ao qual é contratualmente obrigado.
5 Aponte três direitos e três deveres que devem ser respeitados durante 
a greve, explicando cada um deles.
R.: São direitos no movimento paredista: o direito dos empregados de 
decidirem o momento oportuno para a deflagração da greve, o que quer 
dizer que não precisarão de autorização nem do poder público nem dos 
empregadores para iniciarem o movimento paredista; outro direito que surge 
aliado ao direito de greve é o direito de decidir sobre quais são os interesses 
que serão defendidos por meio do movimento de grevista, não havendo, 
portanto, restrição legal ou constitucional sobre quais direitos trabalhistas 
poderão ser defendidos; por fim, um terceiro direito é o direito de arrecadar 
fundos e a livre divulgação dos movimentos, ou seja, não se pode restringir o 
movimento grevista impedindo que os trabalhadores atuem no convencimento 
dos outros empregados para que procedam ao movimento, ou que arrecadem 
os valores suficientes para a viabilização do movimento.
Por outro lado, o movimento paredista traz consigo alguns deveres, como: a 
necessidade de se empregarem apenas meios pacíficos para convencer os 
trabalhadores da necessidade de greve, sendo, portanto, proibido o uso de 
força para obrigar a adesão ao movimento; além disso, os meios adotados 
23
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
tanto pelos empregados quanto pelos empregadores, durante o período de 
paralisação jamais poderão infringir os direitos e garantias fundamentais 
reciprocamente considerados; além disso, é dever da empresa aceitar que 
os empregados exerçam o direito constitucional de greve, sendo vedada 
a essas que usem de qualquer meio para constranger os empregados a 
comparecerem ao trabalho. 
6 Qual é o papel do sindicato antes e durante a deflagração da greve?
R.: Aos sindicatos é exigido que participem das negociações coletivas 
e a tentativa de implementação dessas antes do movimento de greve é 
necessária, ou seja, o papel do sindicato antes da greve é o de participar 
da negociação coletiva que, caso frustrada, poderá ensejar um movimento 
paredista.
Se necessário for o movimento de greve, cabe ao sindicato a convocação 
da assembleia geral para que nessa possam ser definidas as reivindicações 
da categoria e feitas as deliberações acerca de como se dará o movimento.
7 Discorra sobre os requisitos para o exercício da greve.
R.: Para que a greve possa ocorrer, precisa respeitar alguns requisitos. São 
eles: o respeito dos direitos e deveres dos empregados e dos empregadores; 
que haja uma negociação coletiva frustrada; a convocação de assembleia 
geral pelo sindicato para que sejam definidos os contornos da greve; e a 
comunicação prévia – que não é um pedido de autorização – de 48h para as 
greves, de um modo geral e 72h quando se tratarem de serviços essenciais 
à população. 
8 Julgue como Verdadeiras ou Falsas as proposições a seguir: 
a) (V) A greve, no Brasil, só passou a ser considerada um direito do povo 
brasileiro a partir de 1988, com a promulgação da Constituição Federal 
de 88.
b) (F) No que concerne à greve, aos trabalhadores cabe a decisão sobre a 
oportunidade de exercê-la, mas só os sindicatos poderão definir quais os 
interesses que serão defendidos, pois a eles cabe a representação dos 
empregados.
c) (F) O empregador poderá demitir os empregados que não estão 
exercendo suas funções por conta da greve, uma vez que é liberalidade do 
empregador decidir sobre quem a ele presta serviços, podendo escolher 
apenas aqueles que não se manifestam contra ele.
d) (V) Quando a empresa prestar serviços essenciais à população, os 
empregados, mesmo que em greve, não poderão proceder à paralisação 
total das atividades.
24
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
e) (V) Os serviços que atendem às necessidades inadiáveis da população 
são aqueles que dizem respeito à saúde, sobrevivência e segurança da 
população. 
f) (V) As empresas que prestam serviços de transporte coletivo devem 
sempre garantir a prestação mínima dessa atividade, mesmo que durante 
o movimento paredista.
g) (F) Para que haja a deliberação acerca da deflagração do movimento de 
greve, não é necessário que haja negociação coletiva frustrada anterior, 
haja vista que o próprio objetivo da greve é forçar uma negociação coletiva.
h) (F) O dever de notificar o empregador acerca do movimento de greve se 
configura com o simples aviso, ainda que a greve já tenha, efetivamente, 
se iniciado.
i) (V) Aos sindicatos é concedida a legitimidade para convocar a assembleia 
geral que definirá a pauta da greve; bem como a eles é transferida a 
responsabilidade de negociar com os empregadores e representar os 
empregados, também, na Justiça do Trabalho, nos assuntos referentes à 
greve.
j) (F) Segundo a Lei de Greve, não há diferença de prazo para notificação da 
greve entre os movimentos paredistas comuns e aqueles relacionados aos 
serviços essenciais, bastando que a notificação seja anterior ao exercício 
do movimento.
TÓPICO 3
1 Do que se tratam os planos de contingência?
R.: Os planos de contingência nada mais são que atitudes preventivas das 
empresas que consistem em entender os riscos da atividade e a partir desse 
entendimento, traçar procedimentos, regras e atribuições de responsabilidades 
para que, caso se configure o risco esperado, todos estejam aptos a agir 
em conformidade para garantir a continuidade da prestação de serviços e 
operações.
2 Qual a relação dos planos de contingência com os movimentos 
paredistas?
R.: O movimento de greve pode ser considerado como uma contingência, um 
risco a que as atividades empresariais estão submetidas. A empresa precisa 
estar preparada para agir caso seja deflagrado um movimento paredista 
e, para isso, precisa que sejam estabelecidos previamente os planos de 
contingência para que administração esteja preparada a agir numa situação 
25
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
anormal como essa, tendo distribuído corretamente as atribuições e os 
objetivos que visem lidar com o movimento e possibilitar o seu fim o mais 
rápido possível, bem como a continuação das operações.
3 Qual a importância do setor de Recursos Humanos em uma empresa?
R.: O setor de Recursos Humanos tem valor essencial numa empresa, uma 
vez que deve estar a par de tudo o que acontece na empresa e ser capaz 
de atuar como mediador entre os interesses dos empregadores com os 
empregados, bem como auxiliar nas negociações coletivas e na feitura dos 
planos de contingência.
Além disso, é função do RH garantir que os empregados estejam sempre 
motivados no ambiente de trabalho para que se possa não apenas garantir 
a perfeita execução das atividades da empresa, mas que também os 
trabalhadores estejam satisfeitos com o meio ambiente de trabalho, fazendo 
com que não seja necessária a deflagração de movimentos de greve.
4 Como deve agir o RH de uma empresa antes e durante o movimento 
grevista?
R.: O RH deve agir de modo preventivo para que a greve não aconteça, 
administrando os eventuais conflitos que venham a existir, participando das 
negociações coletivas, para evitar maiores problemas no futuro, tal como a 
paralisação dosserviços por meio do movimento paredista.
No entanto, se, ainda assim, não for possível evitar que seja deflagrada a 
greve, o RH deverá colocar em prática os planos de contingência, agir na 
negociação para o fim da greve, empreendendo a comunicação com os 
empregados, inclusive sendo responsável por redigir o acordo que resultar 
das negociações e tomar as providências para que ambas as partes cumpram 
seus deveres decorrentes do acordo. 
5 De que maneira devem se relacionar, com a Reforma Trabalhista, os 
representantes dos empregados e o RH da empresa?
R.: Com a Reforma Trabalhista e a necessidade de implementação da 
Comissão de Empregados nas empresas que possuírem mais de 200 
empregados, essa será responsável por enviar as demandas dos empregados 
aos empregadores.
Por sua vez, cabe ao RH da empresa receber essas demandas, para que 
possa levá-las aos empregadores, ou mesmo resolvê-las, quando possível.
Portanto, com a mudança na CLT, agora os RH das grandes empresas vão ter 
de atuar conjuntamente com a Comissão de Empregados para possibilitar um 
26
SINDICALISMO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
saudável meio ambiente de trabalho, para que empregados e empregadores 
se respeitem mutuamente, tanto no que tange aos direitos como aos deveres 
recíprocos.
6 Julgue como Verdadeira ou Falsa cada proposição a seguir:
a) (F) Os planos de contingência são elaborados a partir de uma situação 
de crise concreta.
b) (F) Contingência é uma situação futura, porém certa de acontecer, por 
conta disso é que se traça um plano para lidar com esse evento cujos 
aspectos já são totalmente delineados.
c) (V) Uma das atribuições do RH é a de negociar. Negocia tanto para que 
não ocorram conflitos, quanto para sanar conflitos já instaurados.
d) (V) A greve é uma contingência, pois embora incerta, sempre se configura 
como algo possível de acontecer no âmbito da empresa.
e) (V) Relações Trabalhistas é como se chama o setor que lida diretamente 
com os trabalhadores e sindicatos, devendo estar a par do que acontece 
nas negociações coletivas, inclusive fazendo parte do processo de 
negociação.
f) (F) No ambiente empresarial os conflitos são exceção, haja vista a 
dificuldade de acontecerem na prática, pois as regras da relação entre 
trabalhadores e empregadores já são previamente estipuladas nos 
contratos trabalhistas.
g) (F) Em uma negociação coletiva, o Recursos Humanos, como representante 
da empresa, defenderá os interesses da mesma, sempre em detrimento 
das demandas dos trabalhadores.

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