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Medicação pré-anestésica Maria Clara Abreu - Auxiliar na contenção do paciente, modificando seu comportamento - Reduzir o estress - Promover analgesia e miorrelaxamento - Potencializar fármacos indutores - Minimizar efeitos deletérios dos fármacos indutores porque reduz a dose deles e a dose utilizada promove mais benefícios - Permitir indução e recuperação suave - Adjuvante de anestesia local - Diminuir secreções de vias aéreas e salivação - Minimizar a atividade reflexa autonômica seja de ordem simpática ou parassimpática Considerações importantes - Dados gerais e fisiológicos do paciente - Procedimento clínico – cirúrgico a ser realizado - Variação de doses Levar em consideração metabolismo, condição fisiológica, associação sinérgica Tipo de Paciente Pré Medicação Jovem, normal, saudável Acepromazina Dexmedetomidina Acepram/Dex + OP BUTORFANOL/BUPRENORFINA Procedimentos de dor mais leve MORFINA/METADONA Procedimentos de dor mais intensa Agressivo, violento Acepromazina + Agonista OP Dexmedetomidina + Agonista OP Xilazina + Agonista OP Geriátrico Acepromazina (dose menor da faixa posológica) Midazolam + OP Procedimentos dolorosos Acepram + OP Dex + OP Midazolam + OP Esses fármacos podem ser administrados via IM 15 e 30 minutos antes da indução da anestesia. Pode-se acrescentar cetamina 2 a 3 mg/kg/IM para contenção adicional A MPA é utilizada pensando no preparo do animal para a anestesia, deve proporcionar sedação, analgesia, tranquilização, hipnose, sonolência, letargia para reduzir os efeitos adversos, entretanto não permite intervenção cirúrgica pois não promove anestesia. A neuroleptoanalgesia consiste na associação de um opioide com um tranquilizante. Esta associação resulta em bloqueio da dor, sedação, manutenção da estabilidade autonômica, neurológica e cardiovascular. Promove maior sedação do que a soma dos efeitos de dois fármacos utilizados de forma isolada. · Os animais apresentam sonolência, permanecem responsivos aos estímulos e não estão analgesiados Neuroleptoanalgesia: Veio com o interesse em produzir neuro-sedação e hipnose sem interferir com a dinâmica cardio-vascular ou com as funções metabólicas. A neurolepto é feita com associação de OP + tranquilizante (fenotiazínicos, alfa 2 agonistas, bzd) Ex: Midazolam + Fentanil; Morfina + Acepram; Dex + acepram; Metadona + Droperidol; Fentanil + Midazolam; Butorfanol + Acepram; Butorfanol + Midazolam As associações de sedativos e opioides são apropriadas para contenção a curto prazo para a realização de procedimentos minimamente invasivos ou procedimentos que não exijam anestesia geral, como radiografia ou exame físico de um animal de difícil manejo. Qualquer um dos fármacos injetáveis de curta duração, discutidos adiante, pode ser acrescentado ao esquema de sedativos e opioides quando houver necessidade de imobilização completa ou anestesia geral. Se forem realizados procedimentos cirúrgicos potencialmente dolorosos com sedação profunda (p. ex., reparo de laceração após a administração de dexmedetomidina/butorfanol), deve-se incluir um anestésico local no plano para reduzir o risco de despertar do animal devido à estimulação cirúrgica. A imobilização de curta duração, que não exija analgesia profunda (radiogragia, remoção de sutura, exame otoscópio) pode ser obtida de maneira mais simples com fármacos injetáveis IV, como propofol, alfaxalona, cetamina-midazolam, etomidato, ou, menos comumente, tiopental e metoexital. Estes fármacos induzem perda da consciência rápida e a curto prazo previsível. A duração de ação após uma dose única em bolus desses fármacos geralmente é de menos de 15 min com animais ambulatórios dentro de 30 a 60 min após a administração. Em geral, a administração prévia de sedativos/tranquilizantes melhora a qualidade da imobilização. Fenotiazínicos 1.1) Acepromazina 0,02 – 0,05mg/kg Farmacologia: Antagonismo com DOPA Farmacodinâmica: Diminui o limiar convulsivo Bloqueio periférico dos receptores alfa 1 – Vasodilatação Efeitos fáceis de serem corrigidos com prova de carga! Queda do débito cardíaco Ação antiarritmogênica Depressão miocárdica Hipoventilação – Diminui a amplitude respiratória) Antiemético Anti-histamínico Ação antisialogoga Vias de adm: IV, IM, SC, IP, PO e nasal Latência Tranquilizante fenotiazínico. Promove sedação, tranquilização, ansiólise Anti-histamínico --> Associação com opióides Mu Hipotensão (vasodilatação periférica) Não usar em hipotensos, cardiopatas, ASA 3 Diminuição da contratilidade do miocárdio Diminuição do débito cardíaco – Efeito tolerado em animais saudáveis Antiarrítmico por bloquear efeitos periféricos das catecolaminas Antiespasmódico Adrenolítico Antisialogogo – Diminui a salivação Antiarritmico Antiemético Associação com opióides Mu, alfa 2 agonistas - Seus efeitos colaterais limitam seu uso em animais idosos por proporcionar sedação profunda CÃES BRAQUICEFÁLICOS SÃO MUITO SENSÍVEIS GATOS PODEM ATÉ FICAR EXCITADOS – NÃO FAZER! Farmacocinética: - Metabolizado no fígado - Excretado no rim - Não utilizar em nefropatas ou hepatopatas - Sequestro esplênico – diminuição do VG Desvantagens: Hipotensão Hipotermia Diminui o limiar convulsivo · Acepram + OP: Duração de sedação de 15 min a 1 hora, podem ser associados na mesma seringa, úteis para imobilização de animais de manejo difícil ou agressivos 1.2 Clorpromazina + antiemético que a acepromazina Hipotensor por vasodilatação Acepram é mais potente 1.3 Butirofenonas: Azoperona, droperidol Potentes antieméticos Hipotensor por bloquear alfa 1 DROPERIDOL: Antagoniza depressão respiratória causada por opióides, potente antiemético, faz potente neuroleptoanalgesia AZAPERONA: Nos primeiros 20 minutos de aplicação causa excitação Benzodiazepínicos São pré-anestésicos, coindutores Melhor utilizado na indução do que na MPA + Hidrossolúvel Miorrelaxantes Ansiolíticos Tranquilizam neonatos, geriatras e debilitados Antagonista: FLUMAZENIL A necessidade dessa prática não é absoluta se a medicação pré-anestésica com outros fármacos (p. ex., opioides ou agonistas dos receptores α2-adrenérgicos) fornecer sedação apropriada antes da indução. Farmacodinâmica: Diminui a ansiedade Administração crônica não causa grandes efeitos Marcante em pacientes debilitados Muda pouco a hemodinâmica Anticonvulsivante Miorrelaxamente Farmacocinética: Latência 5 – 10 min Biotransformação hepática Ação: Mida 2 horas; Dia 6 horas (metabólitos ativos) Excreção Renal 1.2) Diazepam 0,1 – 0,5mg/Kg Pequenos animais | 1 – 8mg/Kg Anticonvulsivo Hipnótico, tranquilizante, ansiolítico e miorrelaxante. Provocam amnésia e alterações psicomotoas, agindo sobre o sistema límbico, diminuindo a atividade do hipotálamo e córtex com ação sobre GABA. Contra indicado para gestantes pois atravessam a barreira hematoencefálica e no feto alcançam concentrações semelhantes às encontradas na mãe. O uso de Diazepam ou midazolam permitem redução da dose em 50% dos anestésicos Não são bons sedativos quando utilizados isoladamente em animais saudáveis, pode produzir excitação paroxística principalmente em animais geriátricos, jovens, doentes ou debilitados O diazepam tem sido usado com propofol de maneira semelhante, para reduzir a dose de propofol e minimizar as alterações hemodinâmicas associadas ao uso do propofol. Vantagens: Pouca alteração cardiovascular – Reduz infimamente a FC e a contratilidade cardíaca, o débito cardíaco e a pressão sanguínea A administração IV deve ser lenta pois pode causar bradicardia e hipotensão Reduz mioclonias e fasciculações durante a anestesia Revertem convulsões Seguro para cardiopatas Estabilidade de parâmetros fisiológicos Não produzem depressão respiratória Meia vida plasmática menor que a do midazolam (3h) 1.3) Midazolam 0,1 – 0,5mg/Kg – Pequenos animais Excelente miorrelaxante Reverte mioclonias e fasciculações Diferente do diazepam, não provoca tromboflebite Ação hipnoindutora Não altera parâmetros fisiológicos Metabólitos inativos Meia vida mais curta que o diazepam Melhor utilizadona indução do que na MPA + Hidrossolúvel Miorrelaxante Ansiolítico Tranquilizam neonatos, geriatras e debilitados Desvantagens: Pode causar apnéia transitória quando administrado IV e em bolus Vantagens: Meia vida mais curta que o Diazepam Ação hipnótica maior sendo mais útil na anestesia Pode ser administrado IV, SC ou IM Discreta hipotensão Miorrelaxantes Ansiolíticos Tranquilizam neonatos, geriatras e debilitados Possui antagonista para casos de emergência flumazenil Midazolam + OP: Duração de sedação de 40 min, podem ser associados na mesma seringa, em geral produzem resultados insatisfatórios em animais jovens e saudáveis, não são recomendados para imobilização de animais agressivos ou de manejo difícil, contenção de melhor qualidade em animais idosos ou debilitados À semelhança do diazepam, o midazolam é frequentemente administrado para reduzir os efeitos excitatórios centrais da cetamina. 66,68,69 Além disso, é coadministrado durante a indução para reduzir a dose de outros anestésicos injetáveis (p. ex., propofol ou alfaxolona). 47,70-75 Observa-se também redução da CAM com o uso do midazolam. 76,77 O midazolam pode ser usado pelos seus efeitos anticonvulsivantes em espécies veterinárias. 78 Causa excitação, diferente do Diazepam. Porém o Diazepam possui meia vida plasmática menor que a do mizadolam (7 h) Antagonista: Flumazenil 0,07 – 0,1mg/kg Opióides Pode-se utilizar combinação de OP com BZD em pacientes mais debilitados como técnica de indução anestésica para possibilitar a intubação endotraqueal e para aumentar a tolerância ao tubo. - Intensa analgesia não acompanhada pela perda da propriocepção ou consciência, ao menos que a dose seja elevada - Aumentam limiar de dor ou diminuem a percepção de dor por ação dos receptores localizados no SNC Receptor Efeito Agonista Antagonista uM Analgesia supra espinhal Depressão ventilatória Euforia Dependência Miose Mofina Fentanila Meperidina Metadona Buprenorfina (agonista parcial) Naloxona Butorfanol (agonista kappa antagonista mu) delta Modulação Analgesia Depressão Ventilatória naloxona kapa Analgesia espinhal Depressão ventilatória Sedação Miose Morfina Butorfanol (agonista kapa, antagonista delta) Naloxona CONSIDERAÇÕES: - Nos procedimentos mais invasivos deve-se escolher um opioide mais potente para analgesia pós operatória Analgesia, sedação (pode ocorrer excitação em gatos), alterações cardiovasculares modestas (pouca bradicardia, não muda o débito cardíaco), melhor administrar IM para não causar hipotensão (morfina, meperidina), não promove muita alteração no sistema pulmonar (neonatos podem ter maior depressão respiratória), com fentanil pode ter rigidez torácica na fase expiratória, melhor coisa a fazer neste caso é reverter com naloxona. Causa êmese (morfina, meperidina). Neuroleptoanalgesia diminui a emese. Diminui a propulsão do intestino · Neuroleptoanalgesia diminui a êmese · Fornece analgesia pré, trans e pós operatória · Neuroleptoanalgesia de BZP + OP em animais debilitados é bem vindos MPA Acepromazina Morfina Metadona Meperidina Cetamina Diazepam Meloxicam Dexmedetomidina Xilazona Indução Propofol Cetamina Fentanil Dexmedetomidina Coindução Midazolam Cetamina Lidocaína Manutenção Propofol Dexmedetomidina Cetamina + midazolam Fentanil Isoflurano Sevoflurano Para gatos sadios: com base em gato de 4,5 kg Combinação: DEX + BUTORFANOL + CETAMINA NÍVEL DE SEDAÇÃO DEXMEDETOMIDINA 0,5MG/mL BUTORFANOL 10MG/mL CETAMINA 100mg/mL ATIMAPEZOLE 5mg/mL Sedação e analgesia profunda 0,1ml 0,1ml 0,1ml 0,1ml Castração ou reparo de laceração 0,2mL 0,2mL ou 0,22uG/kg 0,2ml ou 2,2uG/Kg O,2mL ou 111ug/kg OSH ou oniectomia 0,3mL ou 33ug/kg 0,3mL ou 0,66uG/kg 0,4ml ou 6,6 ug/kg 0,3ml ou 333uG/Kg 2.1 Morfina Opióide. Causa ISOLADAMENTE leve depressão sobre o SNC, pois eleva o limiar da dor e ainda provoca uma indiferença a ela, fazendo desaparecer o medo, apreensão e ansiedade. São usados no controle e prevenção da dor cirúrgica e no tratamento da dor aguda. Agonista total uM – Latência 4 a 6 horas SC; IM – EPIDURAL (12- 24H) Causa liberação de histamina provocando hipotensão se administrado IV Causa emese Bom associar com acepromazina Potente analgesia espinhal e supra espinhal Supressão da tosse Constipação Aumento de ADH – Urina menos Aumento da PaCo2 por depressão respiratória Miose Hipotermia Espécie dependente Bradicardia Depressão respiratória - Deprime o centro respiratório e vaso motor Liberação de hormônio ADH, prolactina e somatrotopina Aumenta o tônus vagal Inibe a liberação de hormônio luteinizante Hipotensão leve (administrar lentamente para evitar liberação de histamina) - Mas se associar com a acepromazina a hipotensão vai ser só por causa da acepromazina porque ela inibe a liberação de histamina. Pode associar com clorpromazina (antiemético) Liberação de histamina - Vasodilatação - Hipotensão Espasmos dos ductos pancreáticos e biliares e do músculo liso uretral Diminuição do tônus uterino - Bom para gestantes e cesarianas Vômitos - Estimula o centro do vômito Oligúria ocasionada pela liberação de vasopressina e supressão do ADH Bradicardia - Menos lipofílica, essa menor lipossolubilidade retarda seu início de ação, quando administrada via endovenosa. Essa baixa lipossolubilidade significa que pode permanecer no espaço epidural por 12 a 24 horas, propiciando prolongada analgesia pós-operatória em cirurgias abdominais e torácicas - Contraindicado para nefropatas – excreção de metabólito ativo pelos rins - Pode ser utilizada em injeções locais intra articular, com o intuito de propiciar analgesia para cirurgia de joelho 0,1 diluída em solução salina. A analgesia é menor do que com a administração de bupivacaína - Pode ser utilizada para controle da dor em paciente com laceração, úlcera de córnea 2.2 Medatona SEMELHANTE A MORFINA!!! Agonista um e antagonista NMDA, essa característica fornece eficiência do OP na dor crônica e refratária, melhor que a morfina e também diminui o desenvolvimento de tolerância; Não produz metabólitos ativos Pode acumular Mais indicado para nefropatas porque a maior parte da excreção é fecal Sedação > morfina em cães Eleva um pouco a pressão arterial por liberação de vasopressina Analgesia Aumento da resistência vascular periférica - mantém a pressão Evita tolerância ao opioide Pode ser utilizada como infusão contínua e epidural Salivação Não induz vômito Associação para Infusão Contínua: metadona + cetamina + lidocaína Bolus de cetamina 1mg/kg e lidocaína 1,5mg/kg Bolus de metadona 0,5mg/kg De forma Lenta Diluiu em NaCl 0,9% Taxa 3ml/kg/h Associação para Infusão Contínua: fentanil + lidocaína + cetamina Bolus de cetamina 1mg/kg e lidocaína 1,5mg/kg Bolus de fentanil 5mcg/kg De forma Lenta IC: Fentanil 0,1mcg/kg/min; Lidocaína 50mcg/kg/min; Cetamina 10mcg/kg/min Em caso de resposta positiva frente ao estímulo cirúrgico, como aumento de 20% da FC ou PAD ou PAM ou FR, administou-se um bolus de fentanil 2,5mcg/Kg diluído em solução fisiológica 1:1 (1ml de fenta para 1 ml de soro) durante 1 minuto. Em caso de diminuição da FC < 60bom com comprometimento da PAM < 60mmHg ou PAS < 80mmHg), administrou-se atropina 0,03mg/kg. Em caso de alguma resposta negativa frente a administração da infusão (PAM <60mmHg ou PAS < 80mmHg) eram administrados bolus de efedrina (0,1mg/kg) 2.2 Meperidina ou Petidina Dez vezes menos potente que a morfina Pouco utilizada Libera histamina IV Não tem efeito analgésico em gatos Sedação interessante Seu uso fica restrito a procedimentos rápidos se for usado isoladamente. Pode ser utilizado em MPA Administração melhor IM, IV pode provocar hipotensão por liberação de histamina e efeitos cardiovasculares Provoca menor atividade hipnótica e ação sobre o centro da tosse, quando comparado à morfina Desvantagens: Depressão respiratória semelhante à provocada pela morfina, ocorrendo o máximo de depressão uma hora após a administração Assim como a morfina causa liberação de histamina que leva a vasodilatação, se administradoIV hipotensão Sedação: meperidina > morfina Analgesia: morfina > TODOS Vantagens: Não causa efeito significante no sistema cardiovascular 2.3 Fentanil – 2-5mcg/kg (Bolus Lento) | 1-6mcg/kh/h (Infusão Contínua) Agonista uM total 250 vezes mais potente que a morfina Não promove vômito Prduz ataxia Bradicardia vagal e hipotensão intensa Latência: 30 minutos Acumula – Ter cuidado em infusões contínuas prolongadas Causa importante depressão respiratória Corrigir com ventilação mecânica Pode causar apnéia e bradicardia em boulos – Corrigir com ventilação mecânica Pode causar rigidez torácica principalmente na expiração Pode ser administrado IV, SC, IM Pode ser utilizado na MPA e no trans op em infusão contínua Adesivo transddérmico – Hipotermia, hipovolemia e menor perfusão diminuem a concentração plasmática de fentanil transdérmico 2.4) Remifentanil Adequado para infusões contínuas pois não acumula – Biotransformado por esterases plasmáticas age de 4 5 min Indicado para hepatopatas e nefropatas Metabolizado pelas esterases plasmáticas Forte depressor respiratório - Associar com midazolam 1.8) Buprenorfina Mais indicado para tratar dor de felinos Agonista uM parcial – tem efeito teto (ruim para dores intensas, mas causa segurança no uso) Período de ação de até 12horas Pouca alteração fisiológica Analgesia após 45 minutos de aplicação Mínima sedação - Reversão dificultada pela naloxona por ser pouco agonista Um - Para tratar dor discreta e moderada - Raramente provoca vômito, disforia ou sedação excessiva em cães e gatos 2.5) Butorfanol Possui efeito teto Agonista Kappa, antagonista uM Boa neuroleptoanalgesia Causa sequestro esplênico - Diminuindo o VG Sedação leve a moderada - Para tratar dor discreta a moderada - Não causa depressão respiratória - Efetivo na dor visceral como peritonite causada por bile e pancreatite 2.6) Tramadol Metabólitos ativos – atuam na recaptação de serotonina e noradrenalina Tem que biotransformar para ter efeito analgésico Gatos conseguem biotransformar Cães tem dificuldade de biotransformar Não tem efeito analgésico em dor aguda no cavalo porque transforma o tramadol em N desmetil tramadol que não causa analgesia ALFA 2 AGONISTAS Pode ser usado no trans operatório ou MPA: mais comum é a DEXMEDETOMIDINA · DEX causa vômito, não fazer indução com dois medicamentos que causam emese como opióides, fazer só a DEX Intensa Sedação Analgesia Miorrelaxamento Não usar em cardiopatas Pode causar hiperglicemia por inibição do ADH Diminui o DC --> Aumenta a resistência vascular periférica levando a hipertensão transitória e hipotensão persistente por estimulação do nervo vago. Animal fica com bradicardia + hipotensão Cai o DC (EFEITO MAIS INTENSO COM A XILAZINA DO QUE COM A DEX) Não deve ser a primeira opção para aumentar a PA porque o aumento da RVS é fake Diminui o hormônio ADH Efeito hiperglicemiante Farmacodinâmica: Vasoconstriçao fugaz 5 – 10 minutos Bradicardia reflexa por estimulação vagal e central Faz Bloqueio Atrio Ventricular 2° grau (BAV) Hipotensão secundária e prolongada (25 – 40%) Queda no débito cardíaco A administração IM diminui muito esses efeitos Hipoventilação Êmese Retardo no trânsito intestinal Vias de adm: IV; IM; Latência 2 – 5 minutos; Ação 20-30 minutos; Biotransformação hepática; Excreção renal Inibição de ADH – Urina mais Hipotermia 3.1) Xilazina 0,2 – 1mg/kg Útil com medicação pré-anestésica, proporcionando uma boa sedação para colocação de catéters IV e doses reduzidas do agente de indução. Bradicardia e bradiarritmia são comuns e devem ser tratados com anticolinérgicos (Quando a hipotensão for por causa da bradicardia, fazer primeiro a prova de carga) Causa rápida indução e analgesia. São os mais utilizados devido a sua intensa sedação e analgesia contribuindo para uma indução mais suave. Em cães é empregada associada com a cetamina, tanto para contenção química quanto para a realização de pequenos procedimentos (dissociativa). Ex: Desobstrução uretral. Primeiro estabilizar a azotemia Intensa Sedação Analgesia Miorrelaxamento Atua em receptor alfa 1 --> aumenta a resistência vascular periférica --> Estimula o nervo vago --> Diminui a frequência cardíaca para compensar Bradicardia + HIpotensão: DIminuição drástica do DC Aumenta a fluidoterapia, atropina, dobutamina Desvantagens: Bradicardia Hipotensão arterial Reduz a FR Sensibiliza o miocárdio às catecolaminas Induz o vômito à Mais frequente em gatos Diminuição da atividade simpática no SNC Vantagens: Relaxamento da musculatura esquelética Reduz o tônus intestinal 3.2) Dexmedetomidina 175 – 375 mcg/kg/m2 Animal maior a dose diminui por causa da superfície corporal/ 1 a 5 mcg/kg - Produz sedação e analgesia Pode ser administrada na MPA, infusão contínua, indução. A IVC reduziu a CAM do ISO em até 50%. Em felinos a redução da CAM do ISO é dose dependente. A administração de IVC de dexmedetomidina ou DEX epidural concomitante com LIDOCAÍNA EPIDURAL, também apresentaram diminuição da CAM. A analgesia está correlacionada com a sedação quanto a início, pico e duração. Efeitos cardiopulmonares semelhantes a agonistas alfa 2 A FC e o DC diminuem, enquanto a RVS aumenta O RVS aumenta correspondendo a alteração no DC. Ao efeitos cardiovasculares são dose dependentes e bifásicos. Fase inicial de hipertensão e bradicardia reflexa durando aproximadamente 15 a 20 min após a administração. Acompanhada da redução do tônus simpático, resultando em vasodilatação hipotensão e bradicardia. Monitorar frequência cardíaca e pressão - Caso necessário pode utilizar atropina para reverter a segunda fase de bradicardia, se houver hipotensão associada. O fluxo sanguíneo foi direcionado para os órgãos vitais, preservando o fluxo em cérebro, coração, rins e fígado. Houve redução nas necessidades globais de oxigênio, e o fluxo sanguíneo para os órgãos vitais foi mantido acima de um nível associado a hipoperfusão e débito de oxigênio. Vasoconstrição coronária equilibrada Gasometria arterial mostrou pouca alteração com DX e medetomidina · Com frequência, é usada juntamente com opioides para aumentar a analgesia. · Útil como MPA para anestesia geral · Administrada frequentemente como único agente sedativo para radiografia ou com um anestésico local para procedimentos cirúrgicos de pequeno porte · DEX + OP: Ambos são reversíveis, observar a ocorrência de bradicardia, úteis para imobilização de animais de manejo difícil ou agressivos · Pode ser usado em infusão contínua no trans op Contraindicados para animais hipotensos, hipovolêmicos, idosos ou com doenças graves Reversível com ioimbina e atipamezole – reverter apenas em situação que nenhum outro medicamento reverteu a hipotensão 3.3) Detomidina Principalmente usada em equinos A PaCO2 aumenta ligeiramente O débito cardíaco diminui e a medida que diminui o aporte ao O2 é reduzido Potente analgésico para dor gastrointestinal Importante em equinos Pico rápido de sedação em equinos Aprox 5min IV Antagonismo 1) Ioimbina 0,11mg/kg – CANINO 2) Ioimbina 0,25-0,5mg/kg – FELINO 3) Atipamezole 0,05 mg/kg – CANINO 4) Atipamezole 0,05mg/kg - FELINO MPA 1°) Acepram + Morfina + Midazolam + Cetamina Acepram: 0,01-0,05mg/kg Sedação; ansiolise; redução da CAM; antiarrítmico; antiemético; hipotensor; inibe liberação de histamina pelos opioides; hipotermia; diminui a frequência respiratória, mas mantém a perfusão USAR APENAS EM ASA 1 Morfina: Analgesia; Hipotensão por liberação de histamina; bradicardia; Depressão respiratória Acepram + Morfina = neuroleptoanalgesia Intensa analgesia com tranquilização sem perda da consciência. Midazolam causa hipnose e cetamina causa catalepsia levando o animal a um plano anestésico. Deprime bastante o sistema respiratório, leve hipotensão Acepram + Morfina = neuroleptoanalgesia Tranquilização, sedação, analgesia, miorrelaxamento, catalepsia Morfina + Midazolam + Cetamina Analgesia, catalepsia, miorrelaxamento, letargia, hipnose. Depressão respiratória, hipotensão leve. Potente analgesia Morfina: Depressão respiratória, bradicardia,hipotensão, sonolência e letargia, potente analgesia dose dependente Midazolam: Discreto aumento da frequência respiratória, hipnose, miorrelaxamento, discreta hipotensão, ansiolítico Cetamina: Depressão respiratória, catalepsia, amnésia, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, aumento da RVS Morfina ou Meperidina Analgesia eficiente, letargia ou sonolência. Utilizado para MPA em pacientes graves Morfina: Analgesia dose dependente, sonolência, letargia por leve depressão do SNC quando usada isoladamente. Na indução teria que utilizar um hipnótico ou sedativo potente Meperidina: Analgesia, pouca ou nenhuma hipnose, letargia, sonolência. Apenas para procedimentos rápidos Xilazina + Morfina + Midazolam + Cetamina Neuroleptoanalgesia. Potente analgesia, sedação, hipnose, catalepsia, miorrelaxamento. Depressão respiratória, diminuição do débito cardíaco, diminuição da frequência cardíaca Xilazina: Potente analgesia e sedação, rápida indução anestésica. Bradicardia, hipotensão, depressão respiratória Morfina: Analgesia dose dependente, sonolência, letargia, hipotensão, depressão respiratória, bradicardia Midazolam: Miorrelaxante, discreta hipotensão, hipnose, ansiolítico Cetamina: Catalepsia, analgesia, depressão respiratória, aumento da resistência vascular periférica, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial A substituição de xilazina por dexmedetomidina poderia diminuir a depressão respiratória. A utilização da DEX diminuiu a dose de morfina em 50% DEXMEDETOMIDINA Diminuição da FC para posterior estabilização Se DEX + CETAMINA à Pode induzir BAV Diminui a PIO quando induzida por Isoflurano ou sevofluranon Miorrelaxante Previne a rigidez muscular causada pelos opioides Hiperglicemia pós cirúrgica assim como a xilazina à Atuam nas células beta do pâncreas diminuindo o nível de insulina circulante Potente sedação e analgesia Efeito antitoxemico Midazolam + Morfina Miorrelaxamento, ansiólise, sonolência, letardia, hipnose, analgesia, pouca alteração hemodinâmica Acepram + Metadona Neuroleptoanalgesia para procedimentos rápidos (exames, limpeza de feridas) Sem emese, tranquilização, sedação, hipotensão, efeitos cardiovasculares da metadona são dose-dependente Morfina /Metadona (melhor para felinos)+ Midazolam Potente analgesia, miorrelaxamento com pouca alteração hemodinâmica, depressão do sistema nervoso com hipnose. Bom para procedimentos rápidos como desobstrução uretral em gatos Gatos obstruídos geralmente se encontram em azotemia, hiprcalemia e hipocalcemia. Sempre dosar: cálcio, magnésio, potássio e fósforo em felinos obstruídos. Hipercalemia e hipocalcemia geral alterações cardiovasculares com arritmias, bradicardia. Se estiver com taquipneia pode indicar acidose metabólica, na tentativa de eliminar maior quantidade de CO2 ou é dor ou estresse. Se o fósforo estiver alto no sangue se liga ao cálcio causando hipocalcemia à repor cálcio. A acidose metabólica é demonstrada por diminuição do pH sanguíneo, aumento de PaCO2 e aumento de potássio sérico pois o equilíbrio de potássio é feito com a excreção de H+ levando a hipercalemia. A presença da hipercalemia aumenta os riscos cardiovasculares predispondo o animal a arritmias à Fazer infusão de gluconato de cálcio 10% para antagonizar a hipercalemia ou administrar insulina regular para aumentar potássio intracelular aumentando a glicemia sérica. Para aidose indica administração de bicarbonato de sódio. Aplicar fluidoterapia para corrigir desequilíbrio hidro eletrolítico cloreto de sódio ou ringer com lactato. Pode ser utilizado também Acepram + OP à Maior depressão respiratória (aumento da paCO2 para compensar a acidose Cetamina não é muito indicada por causa dos efeitos cardiovasculares, mas se tiver que usar associar com midazolam MASTEC RADICAL: DOR MODERADA A GRAVE Técnicas de de manutenção anestésica · Infusões intravenosas · Bloqueios de neuroeixo · Bloqueios locorregionais – Anestesia por tumescência
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