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1 Medição da qualidade e tipificação de carcaça em suínos UFPR – SCA – DZ AZ044 - Suinocultura Marson Bruck Warpechowski 2013 Objetivos • Estimar rendimento de carne magra e cortes • Pagamento diferenciado devido a isso Métodos de medição • No animal vivo – Peso e Conformação (comprimento, acúmulo de gordura em pontos específicos, escore) – Espessura de toicinho (ecografia, régua) • Na carcaça – Dissecação de carne, gordura e ossos – Avaliação subjetiva (escore) – Avaliação manual (MBCCS, medidas pontuais) – Avaliação automatizada (pistolas) Métodos de medição • Métodos subjetivos não são precisos • O padrão é sempre a DISSECAÇÃO da carcaça • O MBCCS é demorado para uso na linha de abate, mas permite calibrar métodos rápidos • Método deve permitir classificar na linha de abate • ET é um método de grande valia – Com régua in vivo (utilizado até a década de 1980) – In vivo ou carcaça, combinado com outras medidas – Onde medir para representar a carcaça inteira??? ET no animal vivo: Ecografia Medição de espessura de toicinho e de lombo por ecografia Entre última e penúltima costelas, 6,5 cm lateral à linha dorsal Warpechowski, Pierozan, et al., UFPR (2012) 2 Medição de espessura de toicinho e de lombo por ecografia AA BB 17,6 7,5 39,1 50,1 Entre última e penúltima costelas, 6,5 cm lateral à linha dorsal Warpechowski, Pierozan, et al., UFPR (2012) Sistema automatizado baseado na diferença de cor entre gordura e carne (reflectância) Qualidade de carcaça e de carne por pistola óptica http://www.didai.com.br/tipcarcaca_hennessy.htm • Espessura de gordura (toucinho) • Espessura de músculo • Porcentagem de carne magra • Espessura total do animal • Coloração e variação de cor do músculo • Indicação de PSE (pH, cor, retenção de água) • Quebra de resfriamento (retenção de água) Ex.: medições com a pistola óptica tipo GP4 • Pesar a carcaça (automático ou manual) • ET (modo manual - sem a pistola) • % carne magra (pistola) • Indicar PSE (pistola) • Identificar a tatuagem da carcaça • Identificar observações sanitárias Pistola óptica tipo GP4: Coletor de dados na plataforma de abate • Registro dos dados em arquivos TXT • Relatório por produtor e geral contendo tatuagem, destino, código sanitário, parte condenada, peso de carcaça, espessuras de toucinho e músculo, %CM, coloração do músculo, variação de cor, cor mínima, indicação de PSE, classificação SEUROP, índice de bonificação e preço p/ pagamento Pistola óptica tipo GP4: Estação supervisora – DADOS • Resumo com as médias de pesos, espessuras de toucinho e músculo, porcentagem de carne magra, índice de bonificação e preço. • Históricos por produtor e por data de abate. • Edição da tabela índice 100 (precificação) através de fórmulas estatísticas • Pode-se levar em consideração, fator de mercado e ajustes comerciais individuais Pistola óptica tipo GP4: Estação supervisora – DADOS 3 Método Brasileiro de Classificação de Carcaças de Suínos Publicação Técnica no. 2 da ABCS Estrela, RS, 1973 Trabalho preparatório • Peso de entrada • Peso de abate e Abate • Evisceração e Inspeção Sanitária • Divisão, toalete e identificação da Carcaça • % Carcaça = P carcaça / P abate * 100 • Resfriamento (pendurada, 24 h 2-4 oC) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 1. Peso carcaça quente • 2. Peso Carcaça Fria (24 h câmara 2-4oC) • % Quebra: PCF / PCQ *100 • 3. Comprimento da carcaça – Em cm, na meia carcaça esquerda (cauda) – Pendurada pela pata traseira – Borda cranial da sínfise pubiana – Borda crânio-ventral do atlas Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 4. Espessura de toicinho: 3 pontos • Com paquímetro em mm, cm c/1 decimal • Número de costelas é variável – Localização da última costela – Contagem das costelas (14 a 17) – Identificação das 7 vértebras cervicais – Contagem até última vértebra lombar (21 a 24) Método Brasileiro – ABCS (1973) 4 Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 4. Espessura de toicinho: 3 pontos • Ponto 1: 1a. vértebra toráxica – Localizar a 1a. Costela e respectiva vértebra – Medir na altura do meio da vértebra – Linha perpendicular à linha dorso-lombar – Com pele, até tecido conjuntivo Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 4. Espessura de toicinho: 3 pontos • Ponto 2: última costela (principal ponto) – Localizar a última vértebra toráxica (contar) – Medir na inserção com a 1a. lombar – Linha perpendicular à linha dorso-lombar – Com pele, até tecido conjuntivo Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) 5 Medições na Carcaça • 4. Espessura de toicinho: 3 pontos • Ponto 3: última lombar – Lombares variam de 5 a 7 – Vértebras sacrais são soldadas – Medir entre a última e penúltima lombar – Linha perpendicular à linha dorso-lombar – Com pele, até tecido conjuntivo Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 5. Olho de lombo e cobertura de gordura – Mesmo local da ET na última costela – Última toráxica com 1a. lombar – Cortar com faca e serrar costela (perpendic. ...) – Manter ligado ~10 cm barriga Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 5. Olho de lombo e cobertura de gordura – Limpar e cobrir com plástico transparente – Cobrir com papel veg./plástico identificado – Desenhar contornos de lombo e gordura+pele – Marcar costela serrada com X Método Brasileiro – ABCS (1973) 6 Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 6. Peso e Percentagem de Pernil – Serrar entre última e penúltima vértebra lombar – Cortar com faca perpendicular à linha dorsal – Pesar sem retoques (com cauda e pata s/unha) – % Pernil = P pernil / P meia carcaça * 100 Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) Medições na Carcaça • 6. Áreas de gordura e de olho de lombo – Compasso no centro do ponto A (costela) – Marcar ponto mais distante no lombo (B) – Com centro em B marcar a perpendicular (C) – Primeiro limite de gordura entre C e B – Centro em B, ponto mais distante no lombo (D) – Segundo limite, compasso entre D e pele (E) – Áreas: planímetro ou peso de recortes de papel Método Brasileiro – ABCS (1973) Método Brasileiro – ABCS (1973) 7 Medições na Carcaça • 6. Relação Carne:Gordura – Na realidade, Gordura:Carne – RCG = Área Gordura / Área Carne – Expressa com duas decimais Método Brasileiro – ABCS (1973) Valores de carcaças por dois diferentes métodos Lima e Guidoni, 1999 Relação da %CM (Y) com % AOL (X) (Dados médios de Lima e Guidoni, 1999) y = 41,16x + 29,321 R2 = 0,9225 53 53,5 54 54,5 55 55,5 0,58 0,59 0,6 0,61 0,62 0,63 0,64 Relação da ETp (Y) com a ET1 (X) (Dados médios de Lima e Guidoni, 1999) y = 0,8329x - 12,155 R2 = 0,7997 18 19 20 21 22 23 36 37 38 39 40 41 42 Estimativa do rendimento de carne por várias medidas Irgang et al., 1999 Rendimento de Carne Parâmetro Probabilidade Intercepto 46,5 0,002 ET vivo, paleta mm 0,19 0,434 ET vivo lombo, mm 1,40 0,045 ET vivo garupa, mm 0,08 0,737 ET carcaça, mm - 0,97 0,003 PM carcaça, mm - 0,10 0,170 Carcaça, kg - 0,19 0,036 % Carne Dianteiro 0,50 0,005 R² 0,99 Variações: Espessura de Toicinho e Olho de Lombo na carcaça • Espessuras de toicinho – 1ª costela: P1 – Última costela: P2/P3 – Última lombar: P4 • Devido às diferenças de método, é necessário sempre descrever o local e modo de medição P2 P 3 5c m Fotos de Eduardo Oliveira (Exp. DR EMBRAPA-CNPSA, 2013) 8 Espessura de Toicinho – P2 Fotos de Eduardo Oliveira (Exp. DR EMBRAPA-CNPSA, 2013) Área de Olho de Lombo, Área de Gordura, Espessuras de Gordura e de Músculo Fotos de Eduardo Oliveira (Exp. DR, UFPR/EMBRAPA-CNPSA, 2013) Área de olho de lombo Oliveira et al 2013 (proj. DR, 2013, não publicado) Área deOlho de Lombo, Área de Gordura, Espessuras de Gordura e de Músculo Área de gordura Área de Olho de Lombo, Área de Gordura, Espessuras de Gordura e de Músculo Oliveira et al 2013 (proj. DR, 2013, não publicado) Espessura de toicinho P2 (simulação) Espessura de músculo (lombo) (simulação) Área de Olho de Lombo, Área de Gordura, Espessuras de Gordura e de Músculo Oliveira et al 2013 (proj. DR, 2013, não publicado) Temperatura e pH (qualidade de carne) • 45 min e 24 h pós-morte • Longissumus dorsi (última costela) e Semimembranossus
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