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~ Índic� Glicêmic� ~ Conceito: ● Alteração da curva glicêmica após a ingestão de uma dose de carboidrato (50g) de um alimento, em um período de 2h após o consumo, comparado à mesma dose de CHO derivado de um alimento padrão (glicose ou pão branco); ● Considerando a velocidade de digestão e absorção, refletindo seu efeito na glicemia pós prandial; ● Relaciona-se ao controle da obesidade, glicemia e triglicerídeos e colesterol, saciedade e desempenho esportivo. Índice glicêmico: ● Primeira tabela de IG foi publicada em 1981; ● Considera-se para determinar ainda o IG: o A forma de preparo do alimento, processamento e armazenamento, composição podem influenciar o IG. ● Além dos citados acima, destaca-se outros fatores: o Concentração de frutose no alimento; o Concentração de galactose no alimento; o Presença de fibras viscosas, como goma guar e β-glicanos; o Adição de proteínas e lipídeos às refeições e preparações; o Relação amilopectina/amilose; o Presença de inibidores como fitatos e lectinas. Tipo de amido: ● Amilopectina (75 – 80%): estrutura ramificada, facilmente hidrolisada no intestino delgado, tempo de digestão, > IG. ● Amilose (15 – 25%): estrutura linear, maior tempo de digestão, < IG. Conteúdo de amilose e amilopectina: Alimento Amilopectina (%) Amilose (%) Milho 76 24 Batata 80 20 Arroz 81,5 18,5 Trigo 75 25 Mandioca 83,3 16,7 Outros fatores: ● Fibras solúveis: retardam o tempo de esvaziamento gástrico e a digestão; ● HCl: retarda o esvaziamento gástrico (integral x refinado); ● Cozimento: hidrata a molécula do amido, reduz o tempo de digestão; ● Alimentos processados: requer menos digestão, maior IG; ● Calor seco: aumenta a carga glicêmica, desidrata a molécula, maior tempo de digestão. Classificação do IG (fao/oms) ● IG baixo: < 60 ● IG médio: 60 e 80 ● IG alto: > 85 Fatores que influenciam o IG: ● Tipo de amido; ● Refinamento do grão; ● Viscosidade da fibra; ● Conteúdo de açúcar; ● Conteúdo de gordura e proteína; ● Conteúdo de HCl; ● Alimento processado; ● Cozimento. Críticas: ● Variabilidade de valores de IG obtidos com o mesmo alimento; ● Limitação de aplicação do IG entre indivíduos diabéticos, com dificuldades na escolha do alimento; ● A classificação leva em consideração somente a quantidade de CHO e não a qualidade; ● Alimentos regionais ausentes. Carga glicêmica ● Elevação da glicemia diante do consumo de um alimento específico em uma refeição; ● É determinada multiplicando-se a quantidade de CHO na porção do alimento pelo IG do respectivo alimento e dividido por 100; CG = IG x CHO disponível na porção / 100 ● A CG ajusta o valor do IG ao tamanho da porção do alimento que será consumido. Classificação do IG e CG: Classificação IG do alimento CG do alimento CG diária / refeição Alto 70 ou mais 20 ou mais > 120 Médio 56 – 69 11 – 19 80 – 120 Baixo 55 ou menos 10 ou menos < 80 Determinação do IG em uma refeição mista: ● Segundo a FAO/OMS (1998) para a determinação do IG de uma refeição mista deve-se considerar: o 1ª etapa (E1): determinação da % que cada alimento fornece em relação a quantidade total de CHO; o 2ª etapa (E2): multiplicação do valor obtido na E1 pelo IG de cada alimento da refeição / 100; o 3ª etapa (E3): somatória dos valores obtidos para cada alimento na E2 para predizer o IG da refeição. Aplicabilidade do IG: ● 3 princípios devem ser considerados para a aplicação do IG: 1. A dieta deve conter de moderado a alto teor de CHO; 2. A dieta deve conter baixo teor de lipídios saturados; 3. A cada refeição, escolher um alimento de baixo IG, para cada alimento de alto IG.
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