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Geovana Sanches, TXXVI OBSTRUÇÃO ARTERIAL CRÔNICA (OAC) DEFINIÇÃO A obstrução arterial crônica (OAC) consiste no estreitamente ou obstrução progressivos dos casos arteriais. EPIDEMIOLOGIA • 10 a 25% da população acima de 55 anos tem algum grau de OAC • 70 a 80% dos pacientes são assintomáticos • Principal causa de morte o IAM e AVE o Decorrente de aterosclerose • 30% das mortes em 2005 (OMS) o Relacionados a quadros cardiovasculares por aterosclerose ETIOLOGIA • Aterosclerose é a principal etiologia o Doença que passou de um modelo de doença crônica-degenerativa, exclusiva de pacientes de idade avançada, para um modelo de doença inflamatória crônica subclínica, presente já na infância. • Processo multifatorial, iniciando-se por estrias gordurosas o Depósito de gordura, cálcio e outros elementos na parede das artérias desde a infância o Doença inflamatório-degenerativa o Progride por manutenção contínua e, de modo abrupto, por complicação trombótica de lesão preexistente (OA por trombose) Formação da placa aterosclerótica • Processo se inicia pela disfunção endotelial o Normalmente, isso ocorre em locais onde há bifurcação devido a alteração do fluxo sanguíneo (maior turbilhonamento) nessas regiões Fatores de risco Modificáveis • Tabagismo • Sedentarismo • Obesidade • Estresse o Aumenta os níveis de cortisol, levando a lesão endotelial • Hiperlipidemia • Hipertensão arterial • Descontrole glicêmico o Inclusive pacientes não-diabéticos Não modificáveis • DM 1 ou 2, independente do controle o Não é modificável, mas deve ser bem controlado • Trombofilias • Hereditariedade • Hiperhomocisteinemia Outras etiologias • Radioterapia local • Doenças reumatológicas o Takayasy (acometimento de artérias de tronco, geralmente na base do vaso) o LES o Displasia fibromuscular • Hiperhomocisteinemia • Doenças hematológicas com discrasias sanguíneas o Anemia falciforme o Trombofilias • Traumas prévias QUADRO CLÍNICO A doença é progressiva, sendo o início silencioso. O principal sintoma é a claudicação intermitente, o qual consiste na dificuldade para caminhar manifestando dor no pé e, panturrilha, eventualmente na coxa e glúteo do membro acometido, e que cessa depois de alguns minutos de repouso. 1. Assintomático 2. Dor à deambulação Geovana Sanches, TXXVI o “Claudicação intermitente” § Lesão femoral: panturrilha § Lesão ilíaca: glúteo e coxa 3. Claudicação limitante o Dor ao andar poucos metros, até mesmo dentro de casa 4. Dor em repouso 5. Lesão trófica O acometimento dos membros superiores é raro, em geral ocorrendo apenas por lesão central em artéria subclávia. A artéria braquial não desenvolve a doença devido a presença intensa de circulação colateral EXAME FÍSICO • Ausência ou diminuição da amplitude dos pulsos • Hipotrofia muscular o Secundária a falta de sangue no local • Pele fina e pobre em pelos • Unhas quebradiças • Rubor persistente nas extremidades o Hiperemia reativa devido a liberação de NO – objetiva vasodilatação máxima para que o pouco sangue que chega ao local consegui realizar as trocas gasosas • Gangrena • Úlceras, geralmente de difícil cicatrização • Enchimento capilar diminuído • Frialdade • Perna pendente o Paciente sente necessidade de deixar a perna “para baixo” facilitando a chegada de sangue no local. Por isso, passa a dormir sentado, tendo em vista que ao estender o membro, a dor é muito intensa CLASSIFICAÇÃO Classificação de Fontaine A classificação de Fontaine leva em consideração o quadro clínico do paciente. Classicamente, deve-se operar os estágios III e IV; casos IIb, por sua vez, devem ser individualizados. Classificação de Rutherford A classificação de Rutherford também leva em consideração o quadro clínico do paciente. Classicamente, deve-se operar a partir da categoria 4, ou seja, quando o paciente apresenta dor em repouso. Comparação das classificações Classifição de Wifi A classificação de Wifi é utilizada para avaliação do risco de amputação em membros inferiores, sendo utilizada mais especificamente pelos cirurgiões vasculares. EXAMES COMPLEMENTARES Índice tornozelo-braquial (ITB) • Consiste na diferença da pressão auscultada no doppler da artéria braquial e artéria tibial posterior • Auxilia na decisão para a cirurgia Geovana Sanches, TXXVI • Pode ser realizado no consultório • Não é feito em pacientes diabéticos o Pacientes diabéticos apresentam a parede arterial endurecida, o que pode falsear o ITB como normal ou até mesmo acima do normal o Nesses casos, utiliza-se o exame apenas para seguinte pós- operatório Ultrassom com doppler • Identificação da estenose e velocidade de fluxo • Coloração em mosaico • Curva monofásica devido a estenose o Normal: curva multiface Antiotomografia e Angiorressonância • Permitem a identificação da oclusão Arteriografia • Identifica a oclusão do vaso e a presença de circulação colateral • Utilizada no ambiente cirúrgico, pois se realiza a intervenção concomitantemente TRATAMENTO Clínico • Controle dos fatores de risco modificáveis • Terapia antiplaquetária o AAS o Clopidogrel • Profilaxia de traumas • Vasodilatadores o Cilostazol o Estudos demonstraram que há eficácia, porém é utilizado apenas quando o paciente tem prognóstico restrito para a cirurgia • Deambulação o Cabe ao médico insistir para que o paciente deambule, por mais que isso lhe cause dor Cirúrgico O procedimento cirúrgico está indicado, em geral, a partir do grau de claudicação limitante. Dentre os procedimentos disponíveis, estão: • Endarterectomia o Incisão da artéria e retirada da placa • By-pass o Ligamento de duas partes livres, pulando a porção estenosada / ocluída • Cirurgia endovascular o Cirurgia fechada o Primeira escolha para membros inferiores em geral • Amputação o Dependendo da lesão, não há escoamento, sendo necessária a amputação do membro CONCLUSÃO • Quadro insidioso e crônico • Tratamento necessário dos fatores de risco modificáveis • Cirurgia: tentativa de melhora do quadro o NÃO é curativa QUESTÃO
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