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Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 1 Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO OMS CID-11 Interrupção da gestação com menos de 20 semanas ou com produto da concepção (embrião ou feto) pesando menos de 500 g MINISTÉRIO DA SAÚDE Interrupção da gravidez até a 20ª ou 22ª semana e com produto da concepção pesando menos que 500 g CLASSIFICAÇÃO INTENÇÃO 1. Espontâneo a. Se ocorrer sem ação deliberada de qualquer natureza 2. Induzido a. Caso a interrupção da gestação seja resultante de interferência intencional antes de alcançadas as condições mínimas de sobrevivência extrauterina do produto conceptual CRONOLOGIA 1. Precoce a. Até 12 semanas 2. Tardio a. Entre 12 e 20 semanas INCIDÊNCIA Aproximadamente 1 em cada 4 mulheres terá um abortamento espontâneo durante sua vida reprodutiva Entre 15 e 20% das gestações clinicamente diagnosticadas terminarão em abortamento ETIOLOGIA ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS EPIDEMIOLOGIA 50 a 80% apresentam alterações cromossômicas A proporção de perdas fetais consequentes às alterações cromossômicas diminui com a evolução da gestação ABORTAMENTO HABITUAL 1. Translocação balanceada 2. Translocação robertsoniana 3. Mosaicismo do cromossomo X Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 2 4. Inversões 5. Aneuploidia recorrente TRISSOMIA AUTOSSÔMICA Qual a sua frequência? 50% dos abortamentos Quais são as trissomias mais relacionadas ao abortamento? São dos cromossomos 16, 22, 21, 15, 13, 2 e 14 Qual a principal explicação para a sua ocorrência? Erros na meiose II, que se relacionam com a idade materna avançada e com a diminuição ou ausência de recombinação meiótica MONOSSOMIA DO CROMOSSOMO X Qual a sua frequência? 7 a 10% dos abortamentos Todos os casos evoluem para o aborto? Aproximadamente 99% dos casos Qual a principal explicação para a sua ocorrência? Essa alteração cromossômica geralmente ocorre pela falta de um cromossomo sexual paterno, não havendo correlação com a idade materna TRIPLOIDIA Quais os cariótipos envolvidos? Cariótipos do tipo 69,XXY ou 69,XXX, Quais os principais achados patológicos? 1. Saco gestacional desproporcionalmente grande 2. Degeneração hidrópica parcial das vilosidades coriônicas 3. Hiperplasia do trofoblasto Quais as manifestações no feto? Os fetos triploides podem apresentar defeitos do tubo neural, onfalocele, dismorfismo facial, fenda labial e sindactilia Qual a principal explicação para a sua ocorrência? Originam-se da fecundação por dois espermatozoides (dispermia) ou por um espermatozoide que duplica seu genoma TETRAPLOIDIA Qual a sua frequência? Rara e, portanto, a observação de abortamentos decorrentes de tetraploidia é incomum Todos os casos evoluem para o aborto? A gestação raramente evolui além da terceira semana ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS DEFEITOS DA FASE LÚTEA Atualmente, os defeitos da fase lútea são considerados causa pouco provável de abortamento e sua pesquisa não faz mais parte da rotina diagnóstica do abortamento habitual DIABETES MELLITUS A taxa de abortamento encontra-se aumentada em mulheres com diabetes mellitus tipo 1 que não estão metabolicamente controladas no início da gravidez Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 3 TIREOPATIAS A incidência de abortamento mostra-se aumentada em pacientes com evidente tireopatia SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS Quais os mecanismos responsáveis pelo abortamento em pacientes com SOP? Maior resistência à insulina Hiperinsulinemia Elevação do hormônio luteinizante Obesidade Hiperandrogenismo INFECÇÕES Teoricamente, as infecções maternas (bacterianas ou virais) podem ocasionar abortamento por lesões da decídua, da placenta, das membranas ovulares e do produto conceptual CAUSAS UTERINAS SINÉQUIAS INTRAUTERINAS (SÍNDROME DE ASHERMAN) Qual a sua causa? As aderências intrauterinas, geralmente secundárias a curetagens pós-abortamento infectado, interferem no processo de implantação ovular Qual a sua frequência? Estima-se que entre 15 e 30% das pacientes com aderências intrauterinas desenvolvem abortamento de repetição Qual o quadro clínico da paciente? Geralmente, essas mulheres apresentam diminuição do fluxo menstrual ou amenorreia Como é feito o diagnóstico? Histerossalpingografia ou histeroscopia Qual a conduta? Lise das aderências sob visão histeroscópica Como é feita a prevenção? Inserção de dispositivo intrauterino (DIU) ou de cateter de Foley insuflado Administração de estrógeno MIOMAS Qual a sua frequência? 0,1 a 3,9% Quais miomas estão mais associados ao aborto? Miomas intramurais Miomas submucosos DEFEITOS DA FUSÃO DOS DUCTOS DE MÜLLER Quais são as malformações uterinas consequente a esses defeitos? Útero unicorno Útero didelfo Útero septado Útero bicorno Útero arqueado Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 4 O que esses defeitos causam? Abortamento habitual (tardio) Restrição do crescimento fetal Prematuridade Apresentações anômalas Hemorragia pós-parto FATORES IMUNOLÓGICOS SÍNDROME ANTIFOSFOLÍPIDE Causa autoimune Quais os mecanismos fisiológicos envolvidos? 1. Diminuição da síntese de prostaciclina pelas células endoteliais 2. Inibição da ação dos fosfolípides na ativação do fator X 3. Inibição da síntese das proteínas S e C 4. Bloqueio da ação dos fosfolípides no complexo ativador da protrombina 5. Inibição da ação anticoagulante da anexina V e da beta-2-glicoproteína I 6. Efeito antiprotrombina na superfície plaquetária 7. Ação no efeito da heparina sobre a antitrombina III 8. Agregação plaquetária por interferência nos fosfolípides da membrana plaquetária Quais as consequências da síndrome na gestação? Abortamento habitual Restrição do crescimento fetal Prematuridade Doença hipertensiva gestacional Descolamento prematuro de placenta Óbito fetal CAUSAS ALOIMUNES A teoria aloimune para abortamentos de repetição baseia-se em resposta materna anormal para antígenos paternos, ou do trofoblasto TROMBOFILIAS HEREDITÁRIAS 1. Deficiências da antitrombina e das proteínas C e S 2. Mutações do gene da protrombina, do fator V de Leiden e dos genes da enzima metilenotetraidrofolato redutase DROGAS E AGENTES NOCIVOS TABAGISMO Mulheres que fumam mais que 10 cigarros/dia apresentam maior risco de abortamento ÁLCOOL O consumo moderado ou excessivo de álcool na gestação se relaciona com maior risco de abortamento CAFEÍNA Mulheres que consomem pelo menos 500 mg/dia de cafeína apresentam maior risco de abortamento Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 5 TRAUMA No trauma grave, o produto conceptual pode sofrer trauma direto ou, ainda, sofrer consequências danosas em função do estado hemodinâmico materno FORMAS CLÍNICAS ABORTAMENTO EVITÁVEL OU AMEAÇA DE ABORTAMENTO CONCEITO Abortamento no qual há chances de reversão do quadro, isto é, existem perspectivas no que diz respeito à evolução da prenhez QUADRO CLÍNICO 1. Sangramento em pequena quantidade 2. Dor em região hipogástrica a. Traduz a contratilidade do útero, que promove cólicas leves EXAME FÍSICO ESPECULAR 1. Sangue coletado ou sangramento ativo de leve intensidade 2. Colo uterino impérvio TOQUE VAGINAL COMBINADO 1. Útero com tamanho compatível com o atraso menstrual 2. Colo impérvio 3. Sangramento de pequena monta EXAME TRANSVAGINAL 1. Saco gestacional regular 2. Batimento cardíaco fetal regular e superior a 100 bpm 3. Área de descolamento ovular inferior a 40% do diâmetro do saco gestacional 4. Presença de hematoma subcoriônico a. 4 e 40% dos casos de ameaça de abortamento CONDUTA Hematoma subcoriônico anterior ao saco gestacional (setas) visualizado por ultrassonografia transvaginal (USG TV) em gestação de 10 semanas. PC: polo cefálico. Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 6 A conduta é expectante, não existindo indicação de internação hospitalar, mesmo na presença de hematoma retroplacentário ABORTAMENTO INEVITÁVEL CONCEITO Abortamento não mais compatível com o prosseguimento da gestação QUADRO CLÍNICO 1.Dilatação da cérvice, que se deixa permear pelo dedo, que detecta, na maioria das vezes, as membranas ovulares ou o próprio embrião 2. Sangramento profuso que compromete a hemodinâmica da paciente, mesmo com cérvice impermeável ao dedo CONDUTA Gestação > 12 semanas Misoprostol + curetagem uterina Gestação < 12 semanas Esvaziamento uterino mecânico por meio da vácuo-aspiração ou aspiração manual intrauterina (AMIU) Quando não for possível, faz-se a curetagem uterina MEDIDAS COMPLEMENTARES Administram-se solutos fisiológicos ou glicosados ou, ainda, sangue, caso a dinâmica circulatória esteja comprometida ABORTAMENTO INCOMPLETO CONCEITO Expulsão do concepto e permanência da placenta ou de restos placentários PERÍODO Mais frequente após a 8ª semana gestacional QUADRO CLÍNICO 1. Sangramento persistente e, as vezes, intermitente 2. Dores que assumem as características de cólicas no intento de expulsar o conteúdo refratário 3. Comprometimento do estado geral da paciente dependente do grau da hemorragia EXAME FÍSICO Abortamento incompleto: espessura endometrial acima de 15 mm estimada por meio de ultrassonografia transvaginal (USG TV). Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 7 1. Cérvice dilatada 2. Útero se reduz em proporções e fica menor que o esperado para a idade gestacional EXAME TRANSVAGINAL Presença de conteúdo intrauterino de aspecto amorfo e heterogêneo, com presença ou não de líquido ACHADO Medida da espessura endometrial ao corte longitudinal mediano do útero à ultrassonografia acima de 15 mm CONDUTA 1. Abortamento farmacológico ou mecânico por meio da vácuo-aspiração ou mesmo pela curagem digital complementada pela curetagem 2. Volume uterino menor de 12 semanas a. Indica-se a AMIU e, quando não for possível, realiza-se a curetagem uterina 3. Volume uterino maior de 12 semanas a. A curetagem uterina deve ser utilizada após a eliminação do feto 4. Pode-se utilizar o misoprostol por via oral ou sublingual na dose de 400 a 600 µg ABORTAMENTO COMPLETO CONCEITO Expulsão completa dos produtos da concepção QUADRO CLÍNICO Diminuição ou mesmo parada do sangramento e das cólicas após a expulsão de ovo íntegro ACHADO Medida da espessura endometrial de até 15 mm ao corte longitudinal mediano do útero à ultrassonografia transvaginal CONDUTA Apenas expectante com monitoramento da hemorragia ABORTAMENTO RETIDO OU GESTAÇÃO ANEMBRIONADA Abortamento completo: espessura endometrial ≤ 15 mm, obtida por ultrassonografia transvaginal (USG TV) Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 8 CONCEITO Concepto que permanece na cavidade uterina sem vitalidade QUADRO CLÍNICO Os sinais gravídicos experimentam regressão 1. Turgescência mamária desaparece 2. Desaparecimento de sintomas ligados à presunção de gravidez 3. Míngua a circunferência abdominal EXAME TRANSVAGINAL 1. Coração inerte 2. Diminuição da altura do fundo uterino CONDUTA 1º trimestre Aguardar naturalmente o início do trabalho de abortamento com controle clínico ou proceder ao esvaziamento uterino mecânica (AMIU ou curetagem + utilização prévia (3 a 6 horas) de 400 µg misoprostol via vaginal) ou farmacologicamente (misoprostol) Para mulheres internadas, recomendam-se duas a três doses de quatro comprimidos de 200 µg (800 µg) via vaginal no intervalo mínimo de 3 ou 12 horas 2º trimestre ou > 12 semanas A melhor conduta é a promoção da expulsão do feto com uso de misoprostol, para em seguida completar o esvaziamento uterino, quase invariavelmente, por meio da curetagem uterina Aborto retido: ausência de batimentos cardíacos, em embrião com comprimento cabeça-nádegas (CCN) ≥ 7 mm, à ultrassonografia transvaginal (USG TV). Gestação anembrionada: ausência de embrião à ultrassonografia transvaginal (USG TV) com diâ-metro interno médio do saco gestacional ≥ 25 mm Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 9 A dose preconizada de misoprostol é de 200 µg via vaginal a cada 4 a 6 horas ou 400 µg via vaginal, repetida a cada 3 horas com um máximo de cinco doses ABORTAMENTO INFECTADO CONCEITO O abortamento infectado, principalmente em países em que a lei proíbe a interrupção da gestação, muitas vezes encontra-se intimamente ligado à ilegalidade, sendo sua prática realizada em condições inadequadas EPIDEMIOLOGIA Cerca de 13% das mortes maternas que ocorrem no mundo são decorrentes do abortamento induzido de forma clandestina Como a estimativa de morte materna é de 510 mil por ano, preveem-se 67 mil mortes anuais em virtude da prática do abortamento clandestino BACTÉRIAS 1. Estreptococos beta-hemolíticos 2. Enterococcus spp. 3. Escherichia coli 4. Peptos-treptococcus spp. 5. Bacteroides fragilis 6. Clostridium spp QUADRO CLÍNICO 1. Endometrite a. Hipertemia b. Sangramento vaginal discreto c. Dores abdominais em cólica d. Útero doloroso à palpação 2. Peritonite generalizada 3. Sepse 4. Insuficiência renal 5. Coagulopatia TOQUE VAGINAL O colo uterino apresenta-se geralmente pérvio e doloroso à mobilização EXAME TRANSVAGINAL Observa-se saída de material purulento proveniente do canal cervical e podem estar presentes lacerações cervicais denunciadoras de abortamento provocado de forma clandestina CONDUTA 1. Tratar hipovolemia a. Cateterização de veia calibrosa e infusão de Rin-ger lactato ou solução salina a 0,9% 2. Tratar hipotonia ou atonia uterina a. Administra-se ocitocina em altas doses (50 U) em 500 mL de solução salina (125 mL/h) b. Se necessário, administra-se também meti-lergonovina na dose de 0,2 mg por via intramuscular Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 10 3. Combater infecção a. As combinações mais comumente utilizadas são clindamicina em associação com gentamicina ou ampicilina/sulbactam 4. Reparar cirurgicamente as lesões e lacerações a. A demonstração de restos ovulares pela ultrassonografia impõe a necessidade de esvaziamento uterino por meio de curetagem ou aspiração manual intrauterina b. Nos casos de laceração cervical, pratica-se a sutura do colo uterino e faz-se revisão dos fórnices e das paredes vaginais c. Diante da evidência de perfuração uterina, impõe-se a laparotomia exploradora para completo inventário do útero e das vísceras abdominais e correção cirúrgica das lesões encontradas. A presença de perfuração uterina com infecção, em regra, é indicação de histerectomia d. A histerectomia será indicada nas formas disseminadas ou nas localizadas refratárias ao tratamento clínico. Deve ser realizada, sempre que as condições técnicas permitirem, de forma total e, se necessário, radical, com retirada dos anexos e paramétrios caso estejam comprometidos. ABORTAMENTO HABITUAL OU RECORRENTE CONCEITO Ocorrência consecutiva de três ou mais abortamentos espontâneos EPIDEMIOLOGIA Incide em cerca de 1 a 2% das mulheres ETIOLOGIA Genética Anatômica Endócrina Insuficiência lútea Infecciosa Imunológica Lúpus eritematoso sistêmico ABORTAMENTO PREVISTO EM LEI CONCEITO Aborto legal é a interrupção da gravidez nos casos previstos em lei, portanto não sendo necessário solicitar autorização judicial para realizar o procedimento e nem boletim de ocorrência BRASIL 1. Gestação decorrente de estupro 2. Risco de vida à gestante 3. Anencefalia fetal ESTUPRO Segundo o Código Penal Brasileiro, o artigo 213 caracteriza o estupro como "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso". Portanto, o estupro não se resume apenas à penetração vaginal, podendo envolver também carícias indesejadas, por exemplo. Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 11 CONDUTAS TÉCNICAS DE ESVAZIAMENTO UTERINO CONCEITO Remoção do conteúdo uterino INDICAÇÃO 1. Abortamento incompleto 2. Abortamento inevitável 3. Abortamento infectado 4. Gestação anembrionada 5. Mola hidatiforme 6. Interrupção legal da gestação FARMACOLÓGICO Método de escolha no 2º trimestre da gestação Misoprostol Vantagens Custo acessível Ausência da possibilidade deperfuração uterina e formação sinequial Redução dos riscos de sequelas inerentes à dilatação do colo uterino Eliminação do risco anestésico Desvantagens O tempo de resolução, algumas vezes até sete dias Os efeitos colaterais até a expulsão do conteúdo da cavidade uterina, como cólica, sangramento, náusea, calafrios Necessidade eventual de complementação cirúrgica Ansiedade pela espera MECÂNICO Aspiração intrauterina AMIU é o método preferido no primeiro trimestre e uma das estratégias para diminuir a morte materna Opção mais segura Vantagens Substituição da anestesia geral por analgésicos ou por bloqueio paracervical Encurtamento da permanência hospitalar pela maior agilidade no atendimento e precocidade da alta Redução dos custos hospitalares para a instituição e do custo social para a paciente, que muitas vezes tem pressa para retornar ao seu domicílio Aumenta o nível de satisfação das pacientes Curetagem Envolve a dilatação da cérvix por meio das velas de Hegar e o uso curetas metálicas para raspar as paredes do útero No primeiro trimestre, a curetagem uterina não deve ser utilizada para o esvaziamento uterino, a não ser quando não seja possível a utilização da AMIU Abortamento - BEATRIZ TIANEZE DE CASTRO 12 A indicação de curetagem uterina encontra-se nos casos de abortamentos incompletos do segundo trimestre REFERÊNCIAS 1. FERNANDES, Cesar Eduardo. Tratado de Obstetrícia. FEBRASGO. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 2. ZUGAIB, Marcelo e FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira. Zugaib obstetrícia. 4ª ed. Barueri, SP: Manole, 2020.
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