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Revisão Questões N1 IESC VI

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Anderson Soares 6P IESVAP 
Caso clínico 1 
Vera, 52 anos, é frequentadora assídua de uma 
Unidade Básica de Saúde (UBS). Religiosamente, ela 
busca seu médico para acompanhamento da pressão 
alta diagnosticada há alguns anos, quando procurou 
um pronto-socorro após uma crise de mal-estar. 
Procura cuidar de sua saúde, fazendo os exames que o 
médico solicita e levando para casa todos os 
medicamentos prescritos para controle da pressão. 
Nem sempre os toma, só quando acha que a pressão 
está alta, porque a cabeça dói, tem tonturas e a nuca 
fica pesada. Tem um aparelho de medir a pressão em 
casa, ao qual recorre sempre que não se sente bem, 
para certificar-se de que a pressão esteja alta. Na 
maioria das vezes, acredita que está alta, pois o 
aparelho mostra 14x9 mmHg. Ela mesmo diz: “Quando 
me disseram que eu tinha problema de pressão, no 
pronto-socorro, ela estava 15 por 10, imagina!”. 
1. O diagnóstico de Vera foi realizado de maneira 
incorreta, porque: 
a. Não foram solicitados exames como monitorização 
ambulatorial da PA (MAPA), Holter, teste de esforço, 
radiografia torácica e ecocardiograma para investigar a 
pressão alta 
b. Não foi respeitada a longitudinalidade de cuidado e 
espera permitida, a fim de se avaliarem fatores 
psicossociais que possam estar envolvidos no mal-estar 
de Vera 
c. O exame não foi feito por um cardiologista ou 
especialista na área 
d. Não foram afastadas causas de hipertensão 
secundária, como feocromocitoma, que podem 
manifestar-se como crises de mal-estar 
2. São primeira escolha no tratamento da hipertensão 
arterial, EXCETO 
a. Diuréticos tiazídicos 
b. Inibidores da enzima conversora de angiotensina 
c. Betabloqueadores 
d. Bloqueadores de canal de cálcio 
3. Qual é a alternativa correta? 
a. Uma vez diagnosticado como hipertenso, como 
descrito no caso de Vera, o paciente jamais deixa de ser 
hipertenso 
b. A HAS não é uma doença, mas um fator de risco 
c. Uma pessoa com pressão muito elevada, mais de 
18x11 mmHg, deve ser mandada ao pronto-socorro, 
mesmo sem sintomas 
d. A orientação mais importante para a mudança de 
estilo de vida é a redução de sal, “proibindo o saleiro 
na mesa” 
Caso clínico 2 
Sr. José Carlos, 66 anos, casado, pai de dois filhos, é 
aposentado e abriu um negócio próprio. Há 5 anos, no 
pré-operatório de uma cirurgia de hérnia umbilical, 
descobriu ter pressão alta e que sua glicose estava um 
pouco alta. Nesta época, ele foi referenciado do 
Hospital Universitário, pois, segundo a cardiologista 
que lhe atendeu, “sua hipertensão poderia ser tratada 
no posto”. Ele foi à Unidade de Básica de Saúde para 
levar seus exames: sua glicemia era de 120 mg/dL, e a 
hemoglobina glicada (HbA1c), de 6,4%. Seu peso era de 
96 kg, e o índice de massa corporal (IMC), de 36 kg/m2 
. Sempre foi sedentário, nunca teve colesterol alto e 
nunca fumou. Foi solicitado um teste oral de tolerância 
à glicose (TOTG) que mostrou glicemia de jejum (GJ) de 
118 mg/dL e pós-sobrecarga de 189 mg/dL. Disseram-
lhe que ele tinha “diabetes leve” e que precisaria ter 
uma alimentação saudável e fazer atividade física para 
não ter complicações no futuro. No princípio, o medo 
o fez seguir as orientações recebidas, pois sua mãe 
“tinha falecido de diabetes”. Mas, como “não sentia 
nada” e teve necessidade de trabalhar mais para dar 
conta das despesas da casa e da família, primeiro 
abandonou a atividade física, depois relaxou com a 
alimentação. Como faltava às consultas, não fazia 
exames. Há 2 meses, procurou novamente o serviço 
médico, pois notou perda de peso e não estava 
dormindo bem (acordava para urinar muito à noite). 
1. Você concorda com o diagnóstico inicial de diabetes 
no caso do Sr. José Carlos? 
a. Sim, em função do TOTG 
b. Não, pois não se pode utilizar a HbA1c como critério 
diagnóstico 
c. Não, pois seu quadro clínico inicial e seus exames são 
sugestivos de risco aumentado para diabetes 
d. Sim, pois além de ser obeso e hipertenso, vem 
apresentando glicemias maiores do que 100 mg/dL 
2. Após a última avaliação clínica, a conduta 
farmacológica mais validada para Sr. José é: 
a. Glibenclamida em monoterapia 
Anderson Soares 6P IESVAP 
b. Metformina em monoterapia 
c. Metformina em terapia combinada 
d. Insulina protamina neutra de Hagedorn 
3. Sobre a avaliação do controle do diabetes, é correto 
afirmar: 
a. A GJ isolada é o parâmetro mais confiável 
b. O automonitoramento da glicemia capilar duas 
vezes por dia é suficiente 
c. Apenas a HbA1c é necessária 
d. A GJ e a HbA1c fornecem informações 
complementares 
4. Quanto à meta do tratamento do diabetes para o Sr. 
José Carlos, é recomendado: 
a. Níveis da HbA1c entre 6,0 e 6,5% para todos os 
pacientes 
b. Controle mais flexível da HbA1c por ser idoso 
c. Normalização dos níveis de glicemia e variabilidade 
glicêmica menor do que 50 mg/dL 
d. Controle da glicemia e perda de peso, até a 
normalização do IMC 
5. Que medidas são importantes para Sr. José em 
relação à prevenção das complicações do diabetes? 
a. Tratamento da obesidade, da hipertensão e da 
dislipidemia, o que reduz substancialmente o risco de 
complicações 
b. Prescrição de agentes antiplaquetários em baixas 
doses para todos os diabéticos 
c. Rastreamento das complicações quando as pessoas 
apresentam sintomas sugestivos 
d. Rastreamento para retinopatia e microalbuminúria 
após 10 anos de diagnóstico 
Caso clínico 3 
Carmem, 36 anos, atualmente desempregada, tem 111 
kg e 1,63 m de altura. Vem à consulta para coletar 
citopatológico de colo uterino. Ela relata dores nos 
joelhos e gostaria de emagrecer. Já fez várias dietas e, 
em algumas ocasiões, conseguiu emagrecer, mas 
tende a engordar novamente. Não gosta de verduras, 
embora coma frutas; relata não ter tempo e não gostar 
de fazer exercícios. O esposo, Geraldo, pesa 83 kg e 
tem altura de 1,66 m; trabalha como porteiro em um 
edifício próximo à sua casa. O casal tem uma filha, 
Clara, de 12 anos, que pesa 59 kg e mede 1,50 m. Clara 
estuda em uma escola próxima à sua casa e costuma, 
no horário da tarde, ficar com sua mãe assistindo à 
televisão e brincando com videogames. Carmem 
preocupa-se com o peso da filha e do esposo e quer 
ajudálos. Ela se vê como incapaz de controlar seus 
hábitos e acredita que esse fato levou toda a sua 
família a engordar. Gostaria de fazer uma dieta 
definitiva e nunca mais pensar em ter de controlar o 
peso. 
1. Qual é a investigação inicial necessária para avaliar 
um adulto com obesidade? 
a. Anamnese e exame físico – incluindo pressão 
arterial, peso, altura e índice de massa corporal, 
glicemia, colesterol total, lipoproteína de alta 
densidade, triglicérides 
b. Anamnese e exame físico – incluindo pressão 
arterial, peso, altura e avaliação da gordura corporal 
por bioimpedância, ou medida das pregas cutâneas 
c. Anamnese e exame físico – incluindo pressão 
arterial, peso e altura, tireotrofina e cortisolúria de 24 
horas 
d. Anamnese e exame físico – incluindo pressão 
arterial, peso, altura e índice de massa corporal 
2. Que recomendações são úteis para a redução do 
peso no adulto? 
a. Caminhar 150 minutos por semana 
b. Fazer uma dieta com balanço energético negativo 
adaptada às preferências da pessoa 
c. Registrar todos os alimentos ingeridos diariamente e 
pesarse com regularidade 
d. Todas as alternativas 
3. Em relação ao paciente obeso mórbido e à cirurgia 
bariátrica: 
a. Os indivíduos devem ser referenciados para a 
cirurgia, que é o único tratamento efetivo 
b. Os pacientes podem ser referenciados; entretanto, 
precisam manter acompanhamento clínico e estímulo 
para mudança de vida 
c. Os pacientes devem ser estimulados a ganhar peso e 
a alcançar os critérios para cirurgia 
Anderson Soares 6P IESVAP 
d. Pessoas com transtornos psiquiátricos, incluindo 
depressão, não podem ser referenciadasà cirurgia 
4. Em relação à abordagem dietética inicial da 
obesidade no adulto, a melhor orientação ao indivíduo 
é: 
a. Dieta pobre em gorduras 
b. Dieta pobre em carboidratos 
c. Dieta com balanço energético negativo 
d. Não importa a qualidade da alimentação se há 
aumento da atividade física 
Caso clínico 4 
Judite, 49 anos, é usuária frequente do serviço de 
saúde devido a dores osteomusculares: diz estar 
habituada com elas, as relaciona ao trabalho de 
diarista, e costuma comprar por sua conta o remédio 
na farmácia, do qual não se lembra do nome. Hoje, vem 
à consulta porque está preocupada com uma nova dor, 
agora no “estômago”, que melhora quando come algo. 
Sente-se empachada durante todo o dia, “como se 
tivesse algo dentro”. Isso lhe preocupa 
particularmente, já que o irmão de sua patroa faleceu 
de câncer gástrico, motivo pelo qual a patroa lhe 
recomendou procurar logo um médico para fazer uma 
endoscopia. Chegou a vomitar duas vezes, e as fezes 
estão com aspecto habitual. Nega emagrecimento, 
acha até que engordou depois que parou de fumar, há 
1 ano. Tem tido dificuldade para dormir, preocupada 
com o marido que demora a chegar depois das 
“noitadas” no bar. Como antecedente, realizou 
laqueadura há 20 anos. 
1. No caso descrito, qual é o diagnóstico etiológico 
provável? 
a. Dispepsia funcional, associada aos problemas 
familiares decorrentes do alcoolismo do marido 
b. Úlcera gástrica, já que a sintomatologia prevalente é 
dismotilidade 
c. Úlcera duodenal, uma vez que a dor epigástrica 
melhora após as refeições 
d. Não é possível definir, pois não há correlação dos 
sintomas clínicos da dispepsia com o diagnóstico 
etiológico 
2. No caso de Judite, a conduta inicial é: 
a. Solicitar endoscopia devido à história de tabagismo 
e à preocupação com câncer 
b. Averiguar uso abusivo de anti-inflamatório não 
esteroide e suspendê-lo – introduzir omeprazol por 4 a 
6 semanas, se não houver melhora dos sintomas 
c. Associar uso contínuo de omeprazol, caso haja uso 
frequente de anti-inflamatório não esteroide, para 
proteção gástrica 
d. Solicitar teste para H. pylori e erradicar a bactéria, se 
positivo 
3. No retorno, após 2 meses, houve melhora completa 
do quadro. Entretanto, depois de 6 meses, Judite 
retorna com a mesma sintomatologia, agora eventual. 
Qual deve ser a conduta? 
a. Solicitar endoscopia devido à recidiva de sintomas 
b. Testar H. pylori: se positivo, erradicar 
c. Prescrever uso contínuo de omeprazol, já que os 
sintomas não cessaram completamente 
d. Informar que as recidivas são frequentes, orientar 
sobre hábitos e sinais de alerta e prescrever antiácidos 
de livre demanda 
4. São indicações para solicitar endoscopia digestiva 
alta: 
a. Sangramento gastrintestinal, idade superior a 45 
anos e emagrecimento 
b. Anemia ferropriva, disfagia e recidiva dos sintomas 
em 1 ano 
c. Sangramento gastrintestinal, vômitos frequentes e 
recidivados sintomas em 6 meses 
d. Anemia ferropriva, disfagia e emagrecimento 
Caso clínico 5 (parte 1) 
André, 41 anos, branco, solteiro, professor de 
educação física há 15 anos, queixa-se de tosse 
contínua, sem secreção, associada à dor no peito e 
queimação, que pioram mais à noite, quando acorda 
subitamente com sensação de dispneia. Os sintomas 
vêm piorando há 4 meses, após um período de 
preparação para uma competição de fisiculturismo. 
Antes da atual consulta, procurou um médico 
pneumologista, que solicitou uma radiografia torácica 
(que não apresentou alterações), e receitou-lhe um 
anti-histamínico, que causou muita sonolência. Não 
houve melhora do quadro. André relata que, na noite 
anterior, após ter participado de um churrasco e 
comido mais do que o habitual, acordou de repente no 
Anderson Soares 6P IESVAP 
meio da madrugada, novamente, com sensação de 
sufocamento, e teve medo de estar tendo um infarto. 
 
1. A doença do refluxo gastresofágico é uma das mais 
prevalentes doenças gastrintestinais. Quanto ao seu 
diagnóstico, é correto dizer que: 
a. Os sintomas clássicos de pirose retroesternal e 
regurgitação geralmente são suficientes para 
fundamentar o diagnóstico inicial 
b. A endoscopia digestiva alta é o teste padrão-ouro 
para diagnosticar RGE 
c. A pHmetria de 24 horas é sempre o melhor teste para 
o diagnóstico de esofagite 
d. É indispensável aliar a presença de sintomas 
clássicos de regurgitação e pirose retroesternal a um 
exame complementar, como a endoscopia digestiva 
alta ou a pHmetria para fundamentar o diagnóstico 
2. A doença do refluxo gastresofágico é considerada 
como uma das afecções digestivas de maior 
prevalência nos países ocidentais. Sobre essa afecção, 
assinale a alternativa correta: 
a. Para uma definição diagnóstica, os sintomas 
esofágicos ou extraesofágicos precisam ser 
acompanhados de lesão tecidual 
b. A ausência de sintomas típicos, como pirose e 
regurgitação, afasta o diagnóstico de RGE 
c. A endoscopia digestiva alta é o melhor método 
diagnóstico, pois visualiza e descreve com precisão RGE 
nas pessoas portadoras da afecção 
d. São aceitáveis dois tipos de abordagem inicial: 
tratamento empírico ou tratamento com base na 
confirmação diagnóstica, sendo que essa confirmação 
é recomendada para as pessoas com mais de 40 anos 
e/ou com manifestações de alarme, como disfagia, 
anemia, emagrecimento, história familiar de câncer, 
entre outras 
3. Entre os sintomas extraesofágicos presentes no RGE, 
o mais frequentemente encontrado é: 
a. Regurgitação 
b. Queimação retroesternal 
c. Tosse 
d. Disfagia para alimentos sólidos 
4. A presença de regurgitação no contexto do RGE 
geralmente indica: 
a. Uma hérnia hiatal 
b. Estenose péptica do esôfago distal 
c. Outro processo patológico, como um divertículo 
esofágico ou acalasia 
d. Progressão da doença 
5. Ao prescrever tratamento antiácido para uma 
pessoa idosa com RGE, é necessário: 
a. Investigar anemia crônica ou presença de distúrbios 
osteometabólicos, como osteopenia e osteoporose 
b. Indicar, independentemente da vontade da pessoa, 
mudanças obrigatórias no seu estilo de vida e nas suas 
atividades diárias 
c. Investigar a existência de pólipos gástricos 
d. Avaliar os efeitos do refluxo sobre a laringe 
Caso clínico – 1a consulta (parte 2) André relatou que 
está desesperado e quer algum medicamento paliativo 
e também alguns exames do coração, pois tem 
convicção de que tem uma doença cardíaca, apesar de 
não haver um motivo especial para esse medo ou risco 
para doença cardiovascular. Ingere três a quatro 
refeições diárias e não toma refrigerante. Toma um 
“cafezinho”, três a quatro vezes ao dia, na cantina da 
academia onde trabalha. Ao exame físico geral, 
mostra-se em bom estado geral, eupneico, 
normocorado, afebril, acianótico, anictérico, 
hidratado. Tem diurese e evacuações normais. Nega 
melena ou enterorragia. Sistema respiratório: 
murmúrio vesicular normal, ritmo normal, sem ruídos 
adventícios. Sistema cardiovascular: ritmo cardíaco 
regular, bulhas normofonéticas, ausência de sopros, 
frequência cardíaca de 70 bpm e pressão arterial 
(deitado) de 120/70 mmHg. Abdome: dor intensa à 
palpação profunda do epigástrio. Cavidade oral: sem 
alterações. 
Caso clínico – 1a consulta (parte 3) Após a avaliação 
inicial, trata-se provavelmente de RGE. Inicialmente, 
André é orientado quanto às medidas 
comportamentais para alívio dos sintomas e cogita-se 
a realização de uma EDA, pois ele apresenta fatores de 
risco e sinais de alerta importantes (Figura 168.1). 
Junto às medidas comportamentais, pode-se iniciar um 
IBP em dose plena e reavaliar após um período breve. 
Anderson Soares 6P IESVAP 
 
Caso clínico – retorno Após 2 semanas, André retorna 
à unidade de saúde para reavaliação. Dessa vez, refere 
melhora significativa, mas não total do quadro clínico. 
Trouxe sua EDA com o seguinte resultado: esofagite 
endoscópica leve:grau 1 (Savary-Miller) ou grau A (Los 
Angeles) e exame anatomopatológico do esôfago, que 
indicava: processo inflamatório crônico, ausência de 
metaplasias (barrettização), displasias ou neoplasias. 
Diante desse resultado e da resposta clínica inicial à 
medicação prescrita, estabelece-se um plano 
terapêutico com base na manutenção das medidas 
comportamentais já propostas, associadas ao uso de 
IBPs em dose plena por mais 12 semanas (3 meses). 
Após esse período, caso não haja outras exacerbações 
do quadro, André foi orientado a retornar à unidade de 
saúde para uma reavaliação. 
Caso clínico 6 
Francisco, 50 anos, pedreiro, vem à consulta para fazer 
um “exame de próstata”. Ao ser questionado sobre sua 
sexualidade, refere que está progressivamente com 
dificuldades para ejacular, pois não consegue manter a 
ereção e há 6 meses não consegue realizar penetração 
com sua esposa. Está desempregado há 8 meses, 
saindo frequentemente de casa para procurar 
emprego. Os problemas financeiros são motivos para 
brigas com a esposa. Usa preservativo na penetração 
vaginal com profissionais do sexo para evitar gravidez, 
mas não na penetração anal ou no sexo oral. Desde que 
começaram esses problemas, parou de se masturbar. 
Mantém ereção matinal antes de urinar. Nega uso de 
medicamentos, alterações urinárias, dor e 
antecedentes familiares de câncer e eventos 
cardiovasculares. Sente-se bem e acha que voltará a 
trabalhar em breve. Conversa com os amigos aos finais 
de semana, com os quais gosta de jogar truco. Nega 
tabagismo ou etilismo. Nega alteração do sono, do 
peso ou do hábito intestinal. Pressão arterial (PA), 
exame de “gordura” e de “açúcar” estavam normais no 
ano anterior. Na consulta atual, sua PA está 150x86 
mmHg, e o índice de massa corporal (IMC) é 28. 
1. Com base na história, qual é a causa mais provável 
para a disfunção erétil de Francisco? 
a. Ejaculação retardada 
b. Problemas no relacionamento do casal 
c. Hipogonadismo 
d. Depressão 
 
2. Qual(is) dado(s) da história auxilia(m) no diagnóstico 
diferencial? 
a. Manutenção da ereção matinal 
b. Conflitos com a esposa 
c. Exame físico e complementar prévio normal 
d. Todas as anteriores 
3. Considerando o método clínico centrado na pessoa, 
quais exames são recomendados na abordagem inicial 
para Francisco? 
a. Urina 1, testosterona e ultrassonografia Doppler do 
pênis 
b. Urina 1, sorologias para infecção sexualmente 
transmissível após aconselhamento e ultrassonografia 
de próstata 
c. Glicemia, tireotrofina e sorologias para infecção 
sexualmente transmissível após aconselhamento 
d. Glicemia, tireotrofina e ultrassonografia de próstata 
4. Quais são as opções terapêuticas para Francisco? 
a. Encaminhar para terapia de casal e iniciar 
antidepressivos 
b. Fazer uma abordagem do relacionamento do casal e 
iniciar inibidor da fosfodiesterase-5 
c. Encaminhar para terapia de casal e iniciar inibidor da 
fosfodiesterase-5 
d. Realizar abordagem do relacionamento do casal e 
iniciar antidepressivos 
5. Qual é a conduta a ser realizada na atenção primária 
à saúde (APS), em uma segunda etapa, se houver piora 
do quadro clínico? 
a. Solicitar testosterona matinal, hormônio folículo-
estimulante, hormônio luteinizante, prolactina 
b. Solicitar ultrassonografia Doppler peniano e 
angiografia pélvica/peniana 
Reduzir o peso corporal 
Anderson Soares 6P IESVAP 
c. Referenciar para o urologista para injeção 
intracavernosa com vasodilatadores 
d. Prescrever polivitamínico e ginkobiloba 
 
 
 
 
Caso clínico 7 
Neusa Teresinha, 40 anos, empregada doméstica, vem 
por queixa de cansaço e sonolência há muito tempo. 
Relata que isso tem lhe prejudicado não apenas no 
trabalho, mas também em sua vida social. Não tem 
mais a disposição de antes, o cansaço se manifestando 
até quando precisa correr para pegar o ônibus. Tem 
sentido dor na cabeça, dormência estranha nas mãos e 
irritabilidade com os filhos e com o marido. Apresenta 
uma incontrolável vontade de comer macarrão cru e 
gelo, mesmo com ardência na língua, queda de cabelo 
e unhas fracas. Andou meio tonta no trabalho, e a 
patroa até desconfiou de uma possível gravidez. 
Questionada sobre seu ciclo menstrual, afirma passar 
mais de sete dias ao mês com o sangramento, que vem 
acompanhado de coágulos e a obriga a usar vários 
absorventes. Já esteve se consultando por esse 
problema e traz exames que não foram vistos por 
nenhum médico. Ultrassonografia transvaginal (USTV) 
pélvica: útero em retroversoflexão, medindo 10,9 × 6,7 
× 6,5 cm, com volume de 246,9 cm3 . Mioma com 
componente submucoso que mede 5,7 × 4,6 cm. 
Ovários de aspecto usual e sem alterações em anexos. 
No hemograma: eritrócitos 3,74/ µL; hemoglobina (Hb) 
8,3 g/dL, hematócrito (Ht) 28,1%, volume corpuscular 
médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM) 
diminuídos; distribuição do volume entrocitário (RDW) 
17% e leucócitos 11.000/mm3 com diferencial normal; 
plaquetas aumentadas. O exame físico apresenta 
descoramento das mucosas ++/++++, atrofia de papilas 
linguais, estomatite angular, palma das mãos e leitos 
ungueais pálidos, com unhas quebradiças, sem 
adenomegalias periféricas. Há sopro sistólico de ejeção 
II/VI e aparelho respiratório sem alterações. Abdome 
sem visceromegalias e ruídos hidroaéreos presentes. 
Não há edema em extremidades. Os pulsos periféricos 
são palpáveis e simétricos, e o exame neurológico é 
aparentemente normal. 
1. Por meio da história e do exame físico, pode-se 
pensar em uma das alternativas: 
a. Anemia de doença crônica 
b. Anemia ferropriva 
c. Talassemia 
d. Anemia do hipotireoidismo 
2. Quais exames fazem parte da investigação inicial? 
a. Hemograma, reticulócitos e plaquetas 
b. Hemograma, ferro sérico, ferritina, saturação de 
transferrina e capacidade de ligação de ferro total 
c. Hemograma, reticulócitos, lâmina de sangue 
periférico 
d. Hemograma, reticulócitos 
3. Qual exame laboratorial reflete a adequada reserva 
de ferro? 
a. Reticulócitos 
b. Ferritina 
c. Capacidade de ligação de ferro total 
d. Transferrina 
4. Diante de anemia ferropriva, em quanto tempo se 
pode observar a normalização da hemoglobina após a 
reposição de ferro? 
a. Dois meses 
b. Três meses 
c. Quatro meses 
d. Seis meses 
5. Na prática clínica, alguns medicamentos estão 
implicados na deficiência de ácido fólico – entre eles, 
pode-se citar: 
a. Captopril 
b. Fenitoína 
c. Fluoxetina 
d. Amitriptilina 
Caso 8 
Sr. Antônio, 68 anos, procura o serviço de atenção 
primária à saúde (APS) porque está com dificuldade 
para urinar. Refere que nos últimos 3 meses tem 
percebido que seu jato urinário está cada vez mais 
fraco, que precisa fazer força para a urina começar a 
sair e que precisa levantar-se três vezes à noite para 
Anderson Soares 6P IESVAP 
urinar, mas que, com frequência, sente que não 
consegue esvaziar completamente a bexiga. 
1. A respeito do rastreamento do câncer de próstata, é 
correto afirmar: 
a. Deve ser indicado pelo médico de família e 
comunidade anualmente para todos os pacientes com 
mais de 50 anos de idade 
b. O toque retal e o antígeno prostático específico são 
muito específicos e devem ser o método de escolha 
c. Pode trazer malefício e, portanto, sua indicação deve 
ser individualizada e compartilhada 
d. Reduz de maneira significativa a mortalidade geral e 
específica por câncer de próstata 
2. Diante de um paciente com STUI, é correto afirmar: 
a. Sempre devem-se fazer exames para rastreamento 
do câncer de próstata, pois esta população tem risco 
aumentado 
b. O alopurinol pode ser considerado em pacientes 
comprostatite crônica não bacteriana 
c. A prostatite é uma doença incomum e deve ser 
considerada como diagnóstico de exclusão em 
pacientes com disúria 
d. O tratamento da retenção urinária por hiperplasia 
prostática é sempre cirúrgico 
3. A respeito do tratamentoda hiperplasia benigna da 
próstata, é correto afirmar: 
a. Devem-se quantificar os sintomas, para avaliar a 
indicação de tratamento e monitorar a resposta 
b. Alfabloqueadores seriam considerados como 
primeira opção de tratamento clínico, caso o paciente 
tenha próstata com volume muito grande 
c. A prostatectomia radical é mais eficaz do que as 
medidas cirúrgicas conservadoras 
d. Não está indicado tratamento clínico se o paciente 
tem mais de 80 anos 
4. Sobre a prostatite, qual é a alternativa correta? 
a. O diagnóstico depende de exames complementares, 
como antígeno prostático específico alterado ou 
ultrassonografia com sinais de edema 
b. A presença de bactérias na urina confirma o 
diagnóstico de prostatite 
c. A ausência de bactérias na urina exclui o diagnóstico 
de prostatite 
d. Não se deve fazer massagem prostática em casos de 
suspeita de prostatite aguda 
5. Diante de um paciente com STUIs, NÃO é correto 
afirmar: 
a. A presença de história de cólica renal e hematúria 
reforça a hipótese de obstrução por cálculo 
b. A dor à evacuação é um sinal sugestivo de prostatite 
c. O toque retal é fundamental para o raciocínio clínico 
d. Em caso de suspeita de abscesso prostático, deve-se 
prolongar o tratamento com antibióticos 
 
Gabarito 
Caso 1: B, C, B 
Caso 2: C, B, D, B, A 
Caso 3: A, D, B, C 
Caso 4: D, B, D, D 
Caso 5: A, D, B, D, A 
Caso 6: B, D, C, B, A 
Caso 7: B, C, B, A, B 
Caso 8: C, B, A, D, D

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