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Anderson Soares 6P IESVAP Caso clínico 1 Vera, 52 anos, é frequentadora assídua de uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Religiosamente, ela busca seu médico para acompanhamento da pressão alta diagnosticada há alguns anos, quando procurou um pronto-socorro após uma crise de mal-estar. Procura cuidar de sua saúde, fazendo os exames que o médico solicita e levando para casa todos os medicamentos prescritos para controle da pressão. Nem sempre os toma, só quando acha que a pressão está alta, porque a cabeça dói, tem tonturas e a nuca fica pesada. Tem um aparelho de medir a pressão em casa, ao qual recorre sempre que não se sente bem, para certificar-se de que a pressão esteja alta. Na maioria das vezes, acredita que está alta, pois o aparelho mostra 14x9 mmHg. Ela mesmo diz: “Quando me disseram que eu tinha problema de pressão, no pronto-socorro, ela estava 15 por 10, imagina!”. 1. O diagnóstico de Vera foi realizado de maneira incorreta, porque: a. Não foram solicitados exames como monitorização ambulatorial da PA (MAPA), Holter, teste de esforço, radiografia torácica e ecocardiograma para investigar a pressão alta b. Não foi respeitada a longitudinalidade de cuidado e espera permitida, a fim de se avaliarem fatores psicossociais que possam estar envolvidos no mal-estar de Vera c. O exame não foi feito por um cardiologista ou especialista na área d. Não foram afastadas causas de hipertensão secundária, como feocromocitoma, que podem manifestar-se como crises de mal-estar 2. São primeira escolha no tratamento da hipertensão arterial, EXCETO a. Diuréticos tiazídicos b. Inibidores da enzima conversora de angiotensina c. Betabloqueadores d. Bloqueadores de canal de cálcio 3. Qual é a alternativa correta? a. Uma vez diagnosticado como hipertenso, como descrito no caso de Vera, o paciente jamais deixa de ser hipertenso b. A HAS não é uma doença, mas um fator de risco c. Uma pessoa com pressão muito elevada, mais de 18x11 mmHg, deve ser mandada ao pronto-socorro, mesmo sem sintomas d. A orientação mais importante para a mudança de estilo de vida é a redução de sal, “proibindo o saleiro na mesa” Caso clínico 2 Sr. José Carlos, 66 anos, casado, pai de dois filhos, é aposentado e abriu um negócio próprio. Há 5 anos, no pré-operatório de uma cirurgia de hérnia umbilical, descobriu ter pressão alta e que sua glicose estava um pouco alta. Nesta época, ele foi referenciado do Hospital Universitário, pois, segundo a cardiologista que lhe atendeu, “sua hipertensão poderia ser tratada no posto”. Ele foi à Unidade de Básica de Saúde para levar seus exames: sua glicemia era de 120 mg/dL, e a hemoglobina glicada (HbA1c), de 6,4%. Seu peso era de 96 kg, e o índice de massa corporal (IMC), de 36 kg/m2 . Sempre foi sedentário, nunca teve colesterol alto e nunca fumou. Foi solicitado um teste oral de tolerância à glicose (TOTG) que mostrou glicemia de jejum (GJ) de 118 mg/dL e pós-sobrecarga de 189 mg/dL. Disseram- lhe que ele tinha “diabetes leve” e que precisaria ter uma alimentação saudável e fazer atividade física para não ter complicações no futuro. No princípio, o medo o fez seguir as orientações recebidas, pois sua mãe “tinha falecido de diabetes”. Mas, como “não sentia nada” e teve necessidade de trabalhar mais para dar conta das despesas da casa e da família, primeiro abandonou a atividade física, depois relaxou com a alimentação. Como faltava às consultas, não fazia exames. Há 2 meses, procurou novamente o serviço médico, pois notou perda de peso e não estava dormindo bem (acordava para urinar muito à noite). 1. Você concorda com o diagnóstico inicial de diabetes no caso do Sr. José Carlos? a. Sim, em função do TOTG b. Não, pois não se pode utilizar a HbA1c como critério diagnóstico c. Não, pois seu quadro clínico inicial e seus exames são sugestivos de risco aumentado para diabetes d. Sim, pois além de ser obeso e hipertenso, vem apresentando glicemias maiores do que 100 mg/dL 2. Após a última avaliação clínica, a conduta farmacológica mais validada para Sr. José é: a. Glibenclamida em monoterapia Anderson Soares 6P IESVAP b. Metformina em monoterapia c. Metformina em terapia combinada d. Insulina protamina neutra de Hagedorn 3. Sobre a avaliação do controle do diabetes, é correto afirmar: a. A GJ isolada é o parâmetro mais confiável b. O automonitoramento da glicemia capilar duas vezes por dia é suficiente c. Apenas a HbA1c é necessária d. A GJ e a HbA1c fornecem informações complementares 4. Quanto à meta do tratamento do diabetes para o Sr. José Carlos, é recomendado: a. Níveis da HbA1c entre 6,0 e 6,5% para todos os pacientes b. Controle mais flexível da HbA1c por ser idoso c. Normalização dos níveis de glicemia e variabilidade glicêmica menor do que 50 mg/dL d. Controle da glicemia e perda de peso, até a normalização do IMC 5. Que medidas são importantes para Sr. José em relação à prevenção das complicações do diabetes? a. Tratamento da obesidade, da hipertensão e da dislipidemia, o que reduz substancialmente o risco de complicações b. Prescrição de agentes antiplaquetários em baixas doses para todos os diabéticos c. Rastreamento das complicações quando as pessoas apresentam sintomas sugestivos d. Rastreamento para retinopatia e microalbuminúria após 10 anos de diagnóstico Caso clínico 3 Carmem, 36 anos, atualmente desempregada, tem 111 kg e 1,63 m de altura. Vem à consulta para coletar citopatológico de colo uterino. Ela relata dores nos joelhos e gostaria de emagrecer. Já fez várias dietas e, em algumas ocasiões, conseguiu emagrecer, mas tende a engordar novamente. Não gosta de verduras, embora coma frutas; relata não ter tempo e não gostar de fazer exercícios. O esposo, Geraldo, pesa 83 kg e tem altura de 1,66 m; trabalha como porteiro em um edifício próximo à sua casa. O casal tem uma filha, Clara, de 12 anos, que pesa 59 kg e mede 1,50 m. Clara estuda em uma escola próxima à sua casa e costuma, no horário da tarde, ficar com sua mãe assistindo à televisão e brincando com videogames. Carmem preocupa-se com o peso da filha e do esposo e quer ajudálos. Ela se vê como incapaz de controlar seus hábitos e acredita que esse fato levou toda a sua família a engordar. Gostaria de fazer uma dieta definitiva e nunca mais pensar em ter de controlar o peso. 1. Qual é a investigação inicial necessária para avaliar um adulto com obesidade? a. Anamnese e exame físico – incluindo pressão arterial, peso, altura e índice de massa corporal, glicemia, colesterol total, lipoproteína de alta densidade, triglicérides b. Anamnese e exame físico – incluindo pressão arterial, peso, altura e avaliação da gordura corporal por bioimpedância, ou medida das pregas cutâneas c. Anamnese e exame físico – incluindo pressão arterial, peso e altura, tireotrofina e cortisolúria de 24 horas d. Anamnese e exame físico – incluindo pressão arterial, peso, altura e índice de massa corporal 2. Que recomendações são úteis para a redução do peso no adulto? a. Caminhar 150 minutos por semana b. Fazer uma dieta com balanço energético negativo adaptada às preferências da pessoa c. Registrar todos os alimentos ingeridos diariamente e pesarse com regularidade d. Todas as alternativas 3. Em relação ao paciente obeso mórbido e à cirurgia bariátrica: a. Os indivíduos devem ser referenciados para a cirurgia, que é o único tratamento efetivo b. Os pacientes podem ser referenciados; entretanto, precisam manter acompanhamento clínico e estímulo para mudança de vida c. Os pacientes devem ser estimulados a ganhar peso e a alcançar os critérios para cirurgia Anderson Soares 6P IESVAP d. Pessoas com transtornos psiquiátricos, incluindo depressão, não podem ser referenciadasà cirurgia 4. Em relação à abordagem dietética inicial da obesidade no adulto, a melhor orientação ao indivíduo é: a. Dieta pobre em gorduras b. Dieta pobre em carboidratos c. Dieta com balanço energético negativo d. Não importa a qualidade da alimentação se há aumento da atividade física Caso clínico 4 Judite, 49 anos, é usuária frequente do serviço de saúde devido a dores osteomusculares: diz estar habituada com elas, as relaciona ao trabalho de diarista, e costuma comprar por sua conta o remédio na farmácia, do qual não se lembra do nome. Hoje, vem à consulta porque está preocupada com uma nova dor, agora no “estômago”, que melhora quando come algo. Sente-se empachada durante todo o dia, “como se tivesse algo dentro”. Isso lhe preocupa particularmente, já que o irmão de sua patroa faleceu de câncer gástrico, motivo pelo qual a patroa lhe recomendou procurar logo um médico para fazer uma endoscopia. Chegou a vomitar duas vezes, e as fezes estão com aspecto habitual. Nega emagrecimento, acha até que engordou depois que parou de fumar, há 1 ano. Tem tido dificuldade para dormir, preocupada com o marido que demora a chegar depois das “noitadas” no bar. Como antecedente, realizou laqueadura há 20 anos. 1. No caso descrito, qual é o diagnóstico etiológico provável? a. Dispepsia funcional, associada aos problemas familiares decorrentes do alcoolismo do marido b. Úlcera gástrica, já que a sintomatologia prevalente é dismotilidade c. Úlcera duodenal, uma vez que a dor epigástrica melhora após as refeições d. Não é possível definir, pois não há correlação dos sintomas clínicos da dispepsia com o diagnóstico etiológico 2. No caso de Judite, a conduta inicial é: a. Solicitar endoscopia devido à história de tabagismo e à preocupação com câncer b. Averiguar uso abusivo de anti-inflamatório não esteroide e suspendê-lo – introduzir omeprazol por 4 a 6 semanas, se não houver melhora dos sintomas c. Associar uso contínuo de omeprazol, caso haja uso frequente de anti-inflamatório não esteroide, para proteção gástrica d. Solicitar teste para H. pylori e erradicar a bactéria, se positivo 3. No retorno, após 2 meses, houve melhora completa do quadro. Entretanto, depois de 6 meses, Judite retorna com a mesma sintomatologia, agora eventual. Qual deve ser a conduta? a. Solicitar endoscopia devido à recidiva de sintomas b. Testar H. pylori: se positivo, erradicar c. Prescrever uso contínuo de omeprazol, já que os sintomas não cessaram completamente d. Informar que as recidivas são frequentes, orientar sobre hábitos e sinais de alerta e prescrever antiácidos de livre demanda 4. São indicações para solicitar endoscopia digestiva alta: a. Sangramento gastrintestinal, idade superior a 45 anos e emagrecimento b. Anemia ferropriva, disfagia e recidiva dos sintomas em 1 ano c. Sangramento gastrintestinal, vômitos frequentes e recidivados sintomas em 6 meses d. Anemia ferropriva, disfagia e emagrecimento Caso clínico 5 (parte 1) André, 41 anos, branco, solteiro, professor de educação física há 15 anos, queixa-se de tosse contínua, sem secreção, associada à dor no peito e queimação, que pioram mais à noite, quando acorda subitamente com sensação de dispneia. Os sintomas vêm piorando há 4 meses, após um período de preparação para uma competição de fisiculturismo. Antes da atual consulta, procurou um médico pneumologista, que solicitou uma radiografia torácica (que não apresentou alterações), e receitou-lhe um anti-histamínico, que causou muita sonolência. Não houve melhora do quadro. André relata que, na noite anterior, após ter participado de um churrasco e comido mais do que o habitual, acordou de repente no Anderson Soares 6P IESVAP meio da madrugada, novamente, com sensação de sufocamento, e teve medo de estar tendo um infarto. 1. A doença do refluxo gastresofágico é uma das mais prevalentes doenças gastrintestinais. Quanto ao seu diagnóstico, é correto dizer que: a. Os sintomas clássicos de pirose retroesternal e regurgitação geralmente são suficientes para fundamentar o diagnóstico inicial b. A endoscopia digestiva alta é o teste padrão-ouro para diagnosticar RGE c. A pHmetria de 24 horas é sempre o melhor teste para o diagnóstico de esofagite d. É indispensável aliar a presença de sintomas clássicos de regurgitação e pirose retroesternal a um exame complementar, como a endoscopia digestiva alta ou a pHmetria para fundamentar o diagnóstico 2. A doença do refluxo gastresofágico é considerada como uma das afecções digestivas de maior prevalência nos países ocidentais. Sobre essa afecção, assinale a alternativa correta: a. Para uma definição diagnóstica, os sintomas esofágicos ou extraesofágicos precisam ser acompanhados de lesão tecidual b. A ausência de sintomas típicos, como pirose e regurgitação, afasta o diagnóstico de RGE c. A endoscopia digestiva alta é o melhor método diagnóstico, pois visualiza e descreve com precisão RGE nas pessoas portadoras da afecção d. São aceitáveis dois tipos de abordagem inicial: tratamento empírico ou tratamento com base na confirmação diagnóstica, sendo que essa confirmação é recomendada para as pessoas com mais de 40 anos e/ou com manifestações de alarme, como disfagia, anemia, emagrecimento, história familiar de câncer, entre outras 3. Entre os sintomas extraesofágicos presentes no RGE, o mais frequentemente encontrado é: a. Regurgitação b. Queimação retroesternal c. Tosse d. Disfagia para alimentos sólidos 4. A presença de regurgitação no contexto do RGE geralmente indica: a. Uma hérnia hiatal b. Estenose péptica do esôfago distal c. Outro processo patológico, como um divertículo esofágico ou acalasia d. Progressão da doença 5. Ao prescrever tratamento antiácido para uma pessoa idosa com RGE, é necessário: a. Investigar anemia crônica ou presença de distúrbios osteometabólicos, como osteopenia e osteoporose b. Indicar, independentemente da vontade da pessoa, mudanças obrigatórias no seu estilo de vida e nas suas atividades diárias c. Investigar a existência de pólipos gástricos d. Avaliar os efeitos do refluxo sobre a laringe Caso clínico – 1a consulta (parte 2) André relatou que está desesperado e quer algum medicamento paliativo e também alguns exames do coração, pois tem convicção de que tem uma doença cardíaca, apesar de não haver um motivo especial para esse medo ou risco para doença cardiovascular. Ingere três a quatro refeições diárias e não toma refrigerante. Toma um “cafezinho”, três a quatro vezes ao dia, na cantina da academia onde trabalha. Ao exame físico geral, mostra-se em bom estado geral, eupneico, normocorado, afebril, acianótico, anictérico, hidratado. Tem diurese e evacuações normais. Nega melena ou enterorragia. Sistema respiratório: murmúrio vesicular normal, ritmo normal, sem ruídos adventícios. Sistema cardiovascular: ritmo cardíaco regular, bulhas normofonéticas, ausência de sopros, frequência cardíaca de 70 bpm e pressão arterial (deitado) de 120/70 mmHg. Abdome: dor intensa à palpação profunda do epigástrio. Cavidade oral: sem alterações. Caso clínico – 1a consulta (parte 3) Após a avaliação inicial, trata-se provavelmente de RGE. Inicialmente, André é orientado quanto às medidas comportamentais para alívio dos sintomas e cogita-se a realização de uma EDA, pois ele apresenta fatores de risco e sinais de alerta importantes (Figura 168.1). Junto às medidas comportamentais, pode-se iniciar um IBP em dose plena e reavaliar após um período breve. Anderson Soares 6P IESVAP Caso clínico – retorno Após 2 semanas, André retorna à unidade de saúde para reavaliação. Dessa vez, refere melhora significativa, mas não total do quadro clínico. Trouxe sua EDA com o seguinte resultado: esofagite endoscópica leve:grau 1 (Savary-Miller) ou grau A (Los Angeles) e exame anatomopatológico do esôfago, que indicava: processo inflamatório crônico, ausência de metaplasias (barrettização), displasias ou neoplasias. Diante desse resultado e da resposta clínica inicial à medicação prescrita, estabelece-se um plano terapêutico com base na manutenção das medidas comportamentais já propostas, associadas ao uso de IBPs em dose plena por mais 12 semanas (3 meses). Após esse período, caso não haja outras exacerbações do quadro, André foi orientado a retornar à unidade de saúde para uma reavaliação. Caso clínico 6 Francisco, 50 anos, pedreiro, vem à consulta para fazer um “exame de próstata”. Ao ser questionado sobre sua sexualidade, refere que está progressivamente com dificuldades para ejacular, pois não consegue manter a ereção e há 6 meses não consegue realizar penetração com sua esposa. Está desempregado há 8 meses, saindo frequentemente de casa para procurar emprego. Os problemas financeiros são motivos para brigas com a esposa. Usa preservativo na penetração vaginal com profissionais do sexo para evitar gravidez, mas não na penetração anal ou no sexo oral. Desde que começaram esses problemas, parou de se masturbar. Mantém ereção matinal antes de urinar. Nega uso de medicamentos, alterações urinárias, dor e antecedentes familiares de câncer e eventos cardiovasculares. Sente-se bem e acha que voltará a trabalhar em breve. Conversa com os amigos aos finais de semana, com os quais gosta de jogar truco. Nega tabagismo ou etilismo. Nega alteração do sono, do peso ou do hábito intestinal. Pressão arterial (PA), exame de “gordura” e de “açúcar” estavam normais no ano anterior. Na consulta atual, sua PA está 150x86 mmHg, e o índice de massa corporal (IMC) é 28. 1. Com base na história, qual é a causa mais provável para a disfunção erétil de Francisco? a. Ejaculação retardada b. Problemas no relacionamento do casal c. Hipogonadismo d. Depressão 2. Qual(is) dado(s) da história auxilia(m) no diagnóstico diferencial? a. Manutenção da ereção matinal b. Conflitos com a esposa c. Exame físico e complementar prévio normal d. Todas as anteriores 3. Considerando o método clínico centrado na pessoa, quais exames são recomendados na abordagem inicial para Francisco? a. Urina 1, testosterona e ultrassonografia Doppler do pênis b. Urina 1, sorologias para infecção sexualmente transmissível após aconselhamento e ultrassonografia de próstata c. Glicemia, tireotrofina e sorologias para infecção sexualmente transmissível após aconselhamento d. Glicemia, tireotrofina e ultrassonografia de próstata 4. Quais são as opções terapêuticas para Francisco? a. Encaminhar para terapia de casal e iniciar antidepressivos b. Fazer uma abordagem do relacionamento do casal e iniciar inibidor da fosfodiesterase-5 c. Encaminhar para terapia de casal e iniciar inibidor da fosfodiesterase-5 d. Realizar abordagem do relacionamento do casal e iniciar antidepressivos 5. Qual é a conduta a ser realizada na atenção primária à saúde (APS), em uma segunda etapa, se houver piora do quadro clínico? a. Solicitar testosterona matinal, hormônio folículo- estimulante, hormônio luteinizante, prolactina b. Solicitar ultrassonografia Doppler peniano e angiografia pélvica/peniana Reduzir o peso corporal Anderson Soares 6P IESVAP c. Referenciar para o urologista para injeção intracavernosa com vasodilatadores d. Prescrever polivitamínico e ginkobiloba Caso clínico 7 Neusa Teresinha, 40 anos, empregada doméstica, vem por queixa de cansaço e sonolência há muito tempo. Relata que isso tem lhe prejudicado não apenas no trabalho, mas também em sua vida social. Não tem mais a disposição de antes, o cansaço se manifestando até quando precisa correr para pegar o ônibus. Tem sentido dor na cabeça, dormência estranha nas mãos e irritabilidade com os filhos e com o marido. Apresenta uma incontrolável vontade de comer macarrão cru e gelo, mesmo com ardência na língua, queda de cabelo e unhas fracas. Andou meio tonta no trabalho, e a patroa até desconfiou de uma possível gravidez. Questionada sobre seu ciclo menstrual, afirma passar mais de sete dias ao mês com o sangramento, que vem acompanhado de coágulos e a obriga a usar vários absorventes. Já esteve se consultando por esse problema e traz exames que não foram vistos por nenhum médico. Ultrassonografia transvaginal (USTV) pélvica: útero em retroversoflexão, medindo 10,9 × 6,7 × 6,5 cm, com volume de 246,9 cm3 . Mioma com componente submucoso que mede 5,7 × 4,6 cm. Ovários de aspecto usual e sem alterações em anexos. No hemograma: eritrócitos 3,74/ µL; hemoglobina (Hb) 8,3 g/dL, hematócrito (Ht) 28,1%, volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM) diminuídos; distribuição do volume entrocitário (RDW) 17% e leucócitos 11.000/mm3 com diferencial normal; plaquetas aumentadas. O exame físico apresenta descoramento das mucosas ++/++++, atrofia de papilas linguais, estomatite angular, palma das mãos e leitos ungueais pálidos, com unhas quebradiças, sem adenomegalias periféricas. Há sopro sistólico de ejeção II/VI e aparelho respiratório sem alterações. Abdome sem visceromegalias e ruídos hidroaéreos presentes. Não há edema em extremidades. Os pulsos periféricos são palpáveis e simétricos, e o exame neurológico é aparentemente normal. 1. Por meio da história e do exame físico, pode-se pensar em uma das alternativas: a. Anemia de doença crônica b. Anemia ferropriva c. Talassemia d. Anemia do hipotireoidismo 2. Quais exames fazem parte da investigação inicial? a. Hemograma, reticulócitos e plaquetas b. Hemograma, ferro sérico, ferritina, saturação de transferrina e capacidade de ligação de ferro total c. Hemograma, reticulócitos, lâmina de sangue periférico d. Hemograma, reticulócitos 3. Qual exame laboratorial reflete a adequada reserva de ferro? a. Reticulócitos b. Ferritina c. Capacidade de ligação de ferro total d. Transferrina 4. Diante de anemia ferropriva, em quanto tempo se pode observar a normalização da hemoglobina após a reposição de ferro? a. Dois meses b. Três meses c. Quatro meses d. Seis meses 5. Na prática clínica, alguns medicamentos estão implicados na deficiência de ácido fólico – entre eles, pode-se citar: a. Captopril b. Fenitoína c. Fluoxetina d. Amitriptilina Caso 8 Sr. Antônio, 68 anos, procura o serviço de atenção primária à saúde (APS) porque está com dificuldade para urinar. Refere que nos últimos 3 meses tem percebido que seu jato urinário está cada vez mais fraco, que precisa fazer força para a urina começar a sair e que precisa levantar-se três vezes à noite para Anderson Soares 6P IESVAP urinar, mas que, com frequência, sente que não consegue esvaziar completamente a bexiga. 1. A respeito do rastreamento do câncer de próstata, é correto afirmar: a. Deve ser indicado pelo médico de família e comunidade anualmente para todos os pacientes com mais de 50 anos de idade b. O toque retal e o antígeno prostático específico são muito específicos e devem ser o método de escolha c. Pode trazer malefício e, portanto, sua indicação deve ser individualizada e compartilhada d. Reduz de maneira significativa a mortalidade geral e específica por câncer de próstata 2. Diante de um paciente com STUI, é correto afirmar: a. Sempre devem-se fazer exames para rastreamento do câncer de próstata, pois esta população tem risco aumentado b. O alopurinol pode ser considerado em pacientes comprostatite crônica não bacteriana c. A prostatite é uma doença incomum e deve ser considerada como diagnóstico de exclusão em pacientes com disúria d. O tratamento da retenção urinária por hiperplasia prostática é sempre cirúrgico 3. A respeito do tratamentoda hiperplasia benigna da próstata, é correto afirmar: a. Devem-se quantificar os sintomas, para avaliar a indicação de tratamento e monitorar a resposta b. Alfabloqueadores seriam considerados como primeira opção de tratamento clínico, caso o paciente tenha próstata com volume muito grande c. A prostatectomia radical é mais eficaz do que as medidas cirúrgicas conservadoras d. Não está indicado tratamento clínico se o paciente tem mais de 80 anos 4. Sobre a prostatite, qual é a alternativa correta? a. O diagnóstico depende de exames complementares, como antígeno prostático específico alterado ou ultrassonografia com sinais de edema b. A presença de bactérias na urina confirma o diagnóstico de prostatite c. A ausência de bactérias na urina exclui o diagnóstico de prostatite d. Não se deve fazer massagem prostática em casos de suspeita de prostatite aguda 5. Diante de um paciente com STUIs, NÃO é correto afirmar: a. A presença de história de cólica renal e hematúria reforça a hipótese de obstrução por cálculo b. A dor à evacuação é um sinal sugestivo de prostatite c. O toque retal é fundamental para o raciocínio clínico d. Em caso de suspeita de abscesso prostático, deve-se prolongar o tratamento com antibióticos Gabarito Caso 1: B, C, B Caso 2: C, B, D, B, A Caso 3: A, D, B, C Caso 4: D, B, D, D Caso 5: A, D, B, D, A Caso 6: B, D, C, B, A Caso 7: B, C, B, A, B Caso 8: C, B, A, D, D
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