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ORTOPEDIA – 2 PROVA SEMINÁRIOS DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DE QUADRIL - Introdução: É a anormalidade congênica ou de desenvolvimento que implica progressiva deformidade do quadril, com o fêmur proximal, acetábulo e a cápsula defeituosos. Que resulta em luxação, subluxação ou frouxidão do quadril; É uma instabilidade do quadril que vem de dois fatores: displasia acetabular (com acetábulo raso e mais aberto) ou frouxidão capsular; O desenvolvimento do quadril acontece até aproximadamente os 16 anos de idade, no desenvolvimento normal há um crescimento equilibrado das cartilagens acetabular e trirradiada, e cabeça femoral bem localizada e centralizada; - Etiologia: São causas multifatoriais, mas as principais são: hiperlassidão ligamentar, excessiva anteversão femoral, e ou deficiência acetabular e má posição intra uterina História familiar, oligodrâmnios, sexo feminino, apresentação pélvica Subluxação x luxação Subluxação -> existe perda PARCIAL do contato articular; Luxação -> há perda TOTAL do contato articular entre a cabeça do femoral e o acetábulo ; - Quadro clínico/ diagnóstico: Geralmente é assintomática ao nascimento não provocando deformidade, indolor e não limita o movimento; Idade do bebê, grau do deslocamento da cabeça femoral (luxada, subluxada, instável), condição do deslocamento (pré natal, perinatal, pós natal) · Pesquisar em todo recém nascido por meio das manobras semiológicas (Teste de ortolani e teste de Barlow) Até os 6 meses Realizar as manobras nos primeiros 2 dias de vida do RN e repetir mensalmente até os 6 meses Ver aspectos sugestivos de DDQ -> assimetria das pregas nas coxas e poplíteas, encurtamento aparente do fêmur (sinal de galeazzi +), assimetria das pregas inguinais; Ela pode dar negativa entre os 3 – 6 meses de vida, então após os 6 meses não realizar mais. Teste de ortolani O bebê deve estar sem roupas, sem fraudas e fora do berço; Colocar o polegar na parte interna da coxa do RN e posicionar os outros dedos sobre o grande trocanter. Com as articulações coxofemorais e joelho fletido, realiza-se o movimento de abdução e elevação. · É positivo quando se percebe um “click” audível com os movimentos; Teste de barlow Com as articulações coxofemorais e o joelho fletido, empurrar posteriormente o fêmur com o quadril fletido e a coxa em adução. · É positivo se o quadril for deslocável; Após 6 meses aos 12 meses Dor a movimentação, limitação à abdução do quadril, pregas glúteas assimétricas, encurtamento do membro, postura em rotação externa do membro inferior A – Limitação a abdução do quadril; B- Sinal de galeazzi + Após a marcha Criança anda com claudicação, lordose lombar excessiva, rotação externa do membro inferior, trocanter maior proeminente, sinal de trendelenburg + Diagnóstico Após suspeita clínica: solicitar USG do quadril -> caracteriza o grau de displasia por meio do método graf que analisa fêmur proximal e contorno da pelve traçando 3 linhas: 1- vertical e paralela a parede lateral ossificada do ilíaco; 2- passa pelo teto cartilagíneo tangenciando o quadril; 3- passa pelo teto ósseo tangenciando o quadril; -> formando os ângulos alfa (linha 1 e 3 – teto ósseo normal >60, quanto menor o ângulo maior a displasia), ângulo beta (linha 1 e 2 teto cartilagíneo se > 77 quadril subluxado ou luxado) - Evolução clínica: Pode evoluir de 3 formas: 1. Regressão espontânea -> resultando em quadril normal; 2. Cabeça do fêmur parcialmente desencaixada -> assintomática na infância porém sintomática no adulto jovem; 3. Luxação congênita do quadril -> afastamento progressivo da cabeça do fêmur com desencaixe total ; - Tratamento: Varia dependendo do grau de deslocamento da cabeça femoral, gravidade da displasia e idade da criança; 0 a 6 meses Órtese: suspensório de pavlik-> deixa o quadril em abdução, rotação externa e flexão. Utiliza por 2 a 3 meses Após 6 a 12 meses Redução fechada incruenta e depois Imobilização do quadril com aparelho gessado pelvipodálico -> quadril em flexão e abdução Após a marcha Redução incruenta e imobilização até os 2 anos de vida Indicações cirúrgica: grau de deslocamento, deformidade do terço superior do fêmur, do acetábulo, interposição de partes moles;
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