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APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. O quadril é formado pelos ossos da pelve: acetábulo (fusão entre o ílio, Pubis e ísquio) e pelo fêmur(cabeça do fêmur), Cintura pélvica é formada por ossos pélvicos/ilíacos: Sacro Coccix; E são formados pela união do ílio, ísquio e o púbis; Se articulam através da sínfise púbica e com o sacro através da articulação sacroiliaca; Coccix se articula com o sacro através da articulação sacrococcígea; Função: fornece proteção e passagem para o plexo lombar para plexo sacral para formarem o plexo lombossacral. Na mulher é maior e mais larga. Acetábulo: fusão entre o ílio, Pubis e ísquio; Possui uma cartilagem-Tirradiada; Fossa do acetábulo; Maior osso do corpo humano, tem uma extremidade proximal um adiáfise e uma extremidade distal; Extremidade proximal: participa da articulação coxofemoral (articulação do quadril); Extremidade distal: participa da articulação do joelho; A diáfise: serve de local de origem para inserção de vários músculos das extremidades inferiores. É uma articulação sinovial em bola e esferoide formada pela a cabeça do fêmur se encaixa na cavidade acetábular do osso pélvico. É uma articulação de grande porte, adaptada para suportar o peso do corpo, distribuir os esforços e permitir os movimentos de flexão, extensão e rotações dos membros inferiores. APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. Labrum: estrutura que fica na borda do acetábulo, formada de cartilagem fibrosa que funções importantes na manutenção do selo articular e na distribuição homogênea de peso na cartilagem O acetábulo, que é formado pela junção dos três ossos que compõem o quadril, sendo eles o ísquio, o púbis e o ílio, pode apresentar ao nascimento alterações anatômicas que provocam desconexão da articulação do quadril, como subluxação e luxação da cabeça do fêmur, que seja, condições em que a cabeça do fêmur não é capaz de se encaixar corretamente no acetábulo, o que futuramente gera alterações na marcha e na coluna. Esse grupo de malformações são englobadas na displasia do desenvolvimento do quadril que está entre as doenças congênitas mais comuns, Outras articulações: Articulação sacroiliaca: possui o ligamento interosseo que ajuda a prevenir a mobilidade excessiva; Articulação sacroccigea: interposta por disco de fibrocartilagem; Articulação Sinfesepubica: entre os ossos púbicos e é coberta por cartilagem hialina e separadas por discos de fibrocartilagem; Articulação Coxofemoral: Cabeça do Fêmur + Fossa do acetábulo no ilíaco interposta por capsula articular. É reforçada por uma capsula e ligamentos fortes: Ligamento redondo intracapsular ou ligamento da cabeça do fêmur: Fixado no acetábulo e na fóvea da cabeça do fêmur, por ele passa a artéria do ligamento da cabeça do fêmur função de levar suprimento vascular para 1/3 da cabeça do fêmur; Ligamento acetabular transverso; Ligamento iliofemoral; cobre a articulação do quadril anteriormente e superiormente, é o ligamento mais resistente. Ligamento pubofemoral; responsável por limitar o movimento de hiperextensão, abdução e rotação externa Ligamento Isquiofemoral: limita o movimento de hiperextensão, abdução e rotação interna. Músculos do Quadril: APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. Músculos glúteos: Relações anormais entre a cabeça femoral e a cavidade acetabular, causando uma displasia, que pode ser acompanhada ou não de um deslocamento parcial (subluxação) ou completo (luxação) da cabeça femoral. Podem ser congênitas ou de desenvolvimento após o nascimento; Manifesta-se de várias formas, dependendo do grau de deslocamento, da idade do paciente no diagnóstico e no tratamento ou, ainda, da condição do quadril, se é instável, displásico, subluxado ou luxado; A displasia implica progressiva deformidade do quadril, em que o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula sãodefeituosos. A luxação da cabeça do fêmur pode ocorrer no útero (fetal ou pré-natal), no nascimento (perinatal) ou depois dele (pós-natal). Os recém-nascidos geralmente apresentam frouxidão fisiológica do quadril e imaturidade do acetábulo durante as primeiras semanas de vida. Na maioria dos casos, a frouxidão desaparece e o acetábulo passa a se desenvolver normalmente. Teratológica: Ocorre antes do nascimento e envolve graves deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur proximal, associada a outras malformações, como mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, agenesia lombossacral e anomalias cromossômicas; Neurológica: Em decorrência dos desequilíbrios musculares pós- natais, como na paralisia cerebral; Típica: Ocorre em crianças normais, Fragilidade anormal dos ligamentos e da cápsula articular estão presentes em pacientes e famílias com displasia de quadril; Efeitos hormonais maternos podem também ser um fator; APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. Fatores mecânicos também estão envolvidos: oligoidrâmnio e primogênitos seriam fatores de risco pela redução do espaço uterino acarretando restrição de movimento; Flexão extrema do quadril com extensão dos joelhos, como na apresentação pélvica no parto, tendem a promover o deslocamento da cabeça femoral e levam ao encurtamento e contratura do músculo iliopsoas. O desenvolvimento normal da articulação do quadril depende do contato normal entre o acetábulo e a cabeça femoral promovendo indução mútua. O desenvolvimento anormal é resultado de contato anormal, que pode resultar de múltiplos fatores genéticos e ambientais (intrauterinos e pós-natais). Intrauterinos: Na 11ª semana de gestação, a articulação do quadril está totalmente formada. A cabeça femoral é esférica e profundamente inserida no acetábulo; A cabeça femoral cresce a uma taxa mais rápida do que o acetábulo, e no final da gestação, a cabeça femoral está menos de 50% coberta pelo teto acetabular; Vulnerabilidade do quadril as forças mecânicas (durante as últimas quatro semanas de gestação) como a adução, que direcionam a cabeça femoral para longe da porção central do acetábulo. Condições que limitam a mobilidade fetal, incluindo o posicionamento pélvico, acentuam essas forças mecânicas. Isso resulta em contato excêntrico entre a cabeça femoral e o acetábulo; Pós natais: No período neonatal, a frouxidão ligamentar torna o quadril em desenvolvimento suscetível a outras forças mecânicas externas; O posicionamento com os quadris estendidos (por exemplo, enfaixá-los) pode resultar em contato excêntrico da articulação do quadril à medida que a cabeça femoral desliza para dentro ou para fora do acetábulo. Se esses fatores persistirem, o contato anormal da articulação do quadril leva a alterações anatômicas estruturais. Se a cabeça femoralnão estiver profundamente encaixada no acetábulo, o lábio pode ficar evertido e achatado e o ligamento redondo alongado. A ossificação anormal do acetábulo ocorre e um acetábulo raso se desenvolve.]. Com o tempo, as estruturas intra-articulares se hipertrofiam, incluindo o lábio com crista espessada (neolimbus), ligamento redondo e tecido fibrogorduroso (pulvinar). As contraturas se desenvolvem no iliopsoas e adutores do quadril, e a cápsula inferior é puxada para dentro do acetábulo vazio, diminuindo ainda mais o potencial de redução da cabeça femoral para o acetábulo. Um falso acetábulo pode se formar onde a cabeça femoral entraem contato com a parede lateral da pelve acima do verdadeiro acetábulo. A falta de contato entre a cabeça femoral e o acetábulo inibe o desenvolvimento normal da articulação do quadril. Com ou sem luxação total, o quadril pode desenvolver alterações displásicas. Mais comumente, o resultado é um acetábulo raso com diminuição da cobertura anterior e lateral da cabeça femoral. Também pode haver asfericidade da cabeça femoral, ângulo colo- diáfise em valgo e persistência do excesso de anteversão femoral. Do nascimento até os 2 anos: Achados associados: Metatarso varo; Pé calcinovalgo; Torcicolo; Plagiocefaleia; Contratura de extensão do joelho; Sinais sugestivos: Prega poplíteo e dobra da coxa assimétrica; Encurtamento aparente do fêmur (sinal de Grallezzi positivo); Assimetria das dobras imaginarias; Frouxidão na extensão do quadril e joelho (perda da deformidade de flexão normal do quadril e joelho); Projeção da linha K lixie, posicionando abaixo do umbigo; Ponta do trocanter maior acima da linha de Nélaton. De 3 a 12 meses: APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. Limitação da abdução do quadril a 90% de flexão (contratura progressiva de adução do quadril; Sinal de Grallezzi positivo; Postura de rotação lateral do membro inferior, com aparente encurtamento; Assimetria marcada das dobras inguinais, das coxas e das pregas poplíteas; Mobilidade de pistão ou sinal de telencopagem; Proeminência lateral do trocânter maior; Teste de Ortolani pode ser positivo ou negativo. Após idade da marcha: Postura: lordose lombar excessiva. Abdômen protuberante, trocanter maior proeminente; Sinal de trendelemburg positivo; Claudicação, marcha na ponta do pé; Contratura de adução do quadril aumentada, com joelho em valgo compensatório Sexo feminino; Posição pélvica no terceiro trimestre; História familiar positiva; Raça branca; Primiparidade; Mãe jovem; Apresentação pélvica ao nascimento; Oligohidrâmnio; Recém-nascido com maiores peso e altura e com deformidades nos pés ou na coluna vertebral. O diagnóstico varia de acordo com a idade da criança, o grau de deslocamento da cabeça femoral (instável, subluxada ou luxada) e quanto à condição do deslocamento, se pré-natal, perinatal ou pós-natal. Recém-nascido: Teste de Ortolani: positivo para descolamento do quadril; Teste de Barlow: feito para o diagnóstico de instabilidade do quadril. Assimetria de pregas nas coxas e poplíteas. Costuma acontecer no recém-nascido pela obliquidade pélvica, com contratura no quadril em abdução de um lado e em adução do outro, o que poderá estar comprometido (abdução, o outro em adução parecerá mais curto. Assimetria das pregas inguinais. Em geral, as pregas são simétricas, mas, quando a cabeça femoral está deslocada em posição posterior e cranial, podem estar assimétricas. Dos 6 aos 12 meses Com o progressivo deslocamento posterolateral e cranial da cabeça femoral, aumentam as alterações anatômicas naarticulação. Contratura em adução do quadril: a abdução do quadril luxado é progressivamente limitada. Encurtamento aparente da coxa: sinal de Galeazzi positivo. Após a marcha Avaliação da marcha: criança anda com claudicação por conta da fraqueza do glúteo médio e do encurtamento aparente do membro afetado. Em ortostatismo, apresenta lordose lombar excessiva, rotação externa do membro inferior, trocânter maior proeminente e sinal de Trendelenburg positivo. Com o aumento da contratura em adução do quadril, ocorre geno valgo compensatório. Ultrassonografia dinâmica: Útil no auxílio da confirmação diagnóstica O núcleo de ossificação da epífise femoral aparece dos 4 aos 6 meses. A US dinâmica permite identificar o núcleo cartilaginoso Só pode ser utilizada até os 6 meses Método de Graf: Avalia a angulação formada pelas estruturas sonográficas APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. Ecogenicicade: Cartilagem hialina quadril → hipoecoica Cápsula e musculatura → hipoecoica Fibrocartilagem labral → hiperecoica Exame radiográfico Poucas informações do RN → estruturas cartilaginosas Exame negativo não afasta possibilidade DDQ A indicação da radiografia é principalmente após o aparecimentodo núcleo de ossificação da cabeça femoral ,entre o 4° e 6° mês de vida O objetivo do tratamento da DDQ é obter e manter a redução concêntrica (ou seja, alinhamento dos centros geométricos da cabeça femoral e do acetábulo) do quadril Neonatos até 6 Meses: Suspensório ou colete de Pavlik: É um suspensório que passa pela linha axilar e apresenta 2 faixas. Faixa anterior – realiza flexão do quadril. Faixa posterior – realiza abdução do quadril. Realizar acompanhamento com USG e Raio-x (quando possível). Crianças de 6 Meses a 2 Anos: Objetivos: Obter e manter a redução – manter a articulação no local. Poupar a cabeça femoral – evitar que ocorra necrose ou que se desenvolva artrose. Redução fechada: Faz-se sob anestesia. Flexão > 90º e abdução gradual. Levantamento gradual do trocanter. Redução palpável. Posteriormente, coloca-se um gesso pélvico podalico. Redução aberta: Indicado quando o quadril se mantém instável após redução fechada. O acesso cirúrgico é medial ou anterior (+ seguro). Realiza-se um corte no fêmur da criança, encurtando-se o osso para a redução (osteotomia). Crianças > 2 Anos: Osteotomia: Encurtamento do fêmur. Osteotomia pélvica: Osteotomia de Salter é a +utilizada. Indicada quando a cobertura acetabular é insuficiente APG 5º Período| Ilana Maria Maia S.
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