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APG S12P1-Displasia de Quadril em Desenvolvimento

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APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
 
O quadril é formado pelos ossos da pelve: acetábulo 
(fusão entre o ílio, Pubis e ísquio) e pelo fêmur(cabeça 
do fêmur), 
 
Cintura pélvica é formada por ossos pélvicos/ilíacos: 
 Sacro 
 Coccix; 
E são formados pela união do ílio, ísquio e o púbis; 
Se articulam através da sínfise púbica e com o sacro 
através da articulação sacroiliaca; 
Coccix se articula com o sacro através da articulação 
sacrococcígea; 
Função: fornece proteção e passagem para o plexo 
lombar para plexo sacral para formarem o plexo 
lombossacral. 
Na mulher é maior e mais larga. 
 Acetábulo: fusão entre o ílio, Pubis e ísquio; 
Possui uma cartilagem-Tirradiada; 
Fossa do acetábulo; 
Maior osso do corpo humano, tem uma extremidade 
proximal um adiáfise e uma extremidade distal; 
 Extremidade proximal: participa da articulação 
coxofemoral (articulação do quadril); 
 Extremidade distal: participa da articulação do 
joelho; 
 A diáfise: serve de local de origem para inserção 
de vários músculos das extremidades inferiores. 
 
 
É uma articulação sinovial em bola e esferoide formada 
pela a cabeça do fêmur se encaixa na cavidade 
acetábular do osso pélvico. 
É uma articulação de grande porte, adaptada para 
suportar o peso do corpo, distribuir os esforços e 
permitir os movimentos de flexão, extensão e rotações 
dos membros inferiores. 
 APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
Labrum: estrutura que fica na borda do acetábulo, 
formada de cartilagem fibrosa que funções importantes 
na manutenção do selo articular e na distribuição 
homogênea de peso na cartilagem 
O acetábulo, que é formado pela junção dos três ossos 
que compõem o quadril, sendo eles o ísquio, o púbis e 
o ílio, pode apresentar ao nascimento alterações 
anatômicas que provocam desconexão da articulação 
do quadril, como subluxação e luxação da cabeça do 
fêmur, que seja, condições em que a cabeça do fêmur 
não é capaz de se encaixar corretamente no acetábulo, 
o que futuramente gera alterações na marcha e na 
coluna. Esse grupo de malformações são englobadas na 
displasia do desenvolvimento do quadril que está entre 
as doenças congênitas mais comuns, 
 
Outras articulações: 
 Articulação sacroiliaca: possui o ligamento 
interosseo que ajuda a prevenir a mobilidade 
excessiva; 
 Articulação sacroccigea: interposta por disco de 
fibrocartilagem; 
 Articulação Sinfesepubica: entre os ossos 
púbicos e é coberta por cartilagem hialina e 
separadas por discos de fibrocartilagem; 
 Articulação Coxofemoral: Cabeça do Fêmur + 
Fossa do acetábulo no ilíaco interposta por 
capsula articular. 
É reforçada por uma capsula e ligamentos fortes: 
 Ligamento redondo intracapsular ou ligamento 
da cabeça do fêmur: Fixado no acetábulo e na 
fóvea da cabeça do fêmur, por ele passa a 
artéria do ligamento da cabeça do fêmur 
função de levar suprimento vascular para 1/3 da 
cabeça do fêmur; 
 Ligamento acetabular transverso; 
 Ligamento iliofemoral; cobre a articulação do 
quadril anteriormente e superiormente, é o 
ligamento mais resistente. 
 Ligamento pubofemoral; responsável por 
limitar o movimento de hiperextensão, abdução 
e rotação externa 
 Ligamento Isquiofemoral: limita o movimento 
de hiperextensão, abdução e rotação interna. 
Músculos do Quadril: 
 
 
 APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
 
Músculos glúteos: 
 
 
 
 
 
Relações anormais entre a cabeça femoral e a cavidade 
acetabular, causando uma displasia, que pode ser 
acompanhada ou não de um deslocamento parcial 
(subluxação) ou completo (luxação) da cabeça femoral. 
Podem ser congênitas ou de desenvolvimento após o 
nascimento; 
Manifesta-se de várias formas, dependendo do grau de 
deslocamento, da idade do paciente no diagnóstico e 
no tratamento ou, ainda, da condição do quadril, se é 
instável, displásico, subluxado ou luxado; 
A displasia implica progressiva deformidade do quadril, 
em que o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula 
sãodefeituosos. A luxação da cabeça do fêmur pode 
ocorrer no útero (fetal ou pré-natal), no nascimento 
(perinatal) ou depois dele (pós-natal). 
Os recém-nascidos geralmente apresentam frouxidão 
fisiológica do quadril e imaturidade do acetábulo 
durante as primeiras semanas de vida. Na maioria dos 
casos, a frouxidão desaparece e o acetábulo passa a se 
desenvolver normalmente. 
Teratológica: 
Ocorre antes do nascimento e envolve graves 
deformidades do acetábulo, da cápsula e do fêmur 
proximal, associada a outras malformações, como 
mielomeningocele, artrogripose múltipla congênita, 
agenesia lombossacral e anomalias cromossômicas; 
Neurológica: 
 Em decorrência dos desequilíbrios musculares pós-
natais, como na paralisia cerebral; 
Típica: 
 Ocorre em crianças normais, 
 Fragilidade anormal dos ligamentos e da 
cápsula articular estão presentes em pacientes 
e famílias com displasia de quadril; 
 Efeitos hormonais maternos podem também 
ser um fator; 
 APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
 Fatores mecânicos também estão envolvidos: 
oligoidrâmnio e primogênitos seriam fatores de 
risco pela redução do espaço uterino 
acarretando restrição de movimento; 
 Flexão extrema do quadril com extensão dos 
joelhos, como na apresentação pélvica no 
parto, tendem a promover o deslocamento da 
cabeça femoral e levam ao encurtamento e 
contratura do músculo iliopsoas. 
 
O desenvolvimento normal da articulação do quadril 
depende do contato normal entre o acetábulo e a 
cabeça femoral promovendo indução mútua. O 
desenvolvimento anormal é resultado de contato 
anormal, que pode resultar de múltiplos fatores 
genéticos e ambientais (intrauterinos e pós-natais). 
Intrauterinos: 
 Na 11ª semana de gestação, a articulação do 
quadril está totalmente formada. A cabeça 
femoral é esférica e profundamente inserida no 
acetábulo; 
 A cabeça femoral cresce a uma taxa mais rápida 
do que o acetábulo, e no final da gestação, a 
cabeça femoral está menos de 50% coberta 
pelo teto acetabular; 
 Vulnerabilidade do quadril as forças mecânicas 
(durante as últimas quatro semanas de 
gestação) como a adução, que direcionam a 
cabeça femoral para longe da porção central do 
acetábulo. 
 Condições que limitam a mobilidade fetal, 
incluindo o posicionamento pélvico, acentuam 
essas forças mecânicas. Isso resulta em contato 
excêntrico entre a cabeça femoral e o 
acetábulo; 
Pós natais: 
 No período neonatal, a frouxidão ligamentar 
torna o quadril em desenvolvimento suscetível 
a outras forças mecânicas externas; 
 O posicionamento com os quadris estendidos 
(por exemplo, enfaixá-los) pode resultar em 
contato excêntrico da articulação do quadril à 
medida que a cabeça femoral desliza para 
dentro ou para fora do acetábulo. Se esses 
fatores persistirem, o contato anormal da 
articulação do quadril leva a alterações 
anatômicas estruturais. Se a cabeça femoralnão 
estiver profundamente encaixada no acetábulo, o lábio 
pode ficar evertido e achatado e o ligamento redondo 
alongado. A ossificação anormal do acetábulo ocorre e 
um acetábulo raso se desenvolve.]. 
 Com o tempo, as estruturas intra-articulares se 
hipertrofiam, incluindo o lábio com crista 
espessada (neolimbus), ligamento redondo e 
tecido fibrogorduroso (pulvinar). As contraturas 
se desenvolvem no iliopsoas e adutores do 
quadril, e a cápsula inferior é puxada para 
dentro do acetábulo vazio, diminuindo ainda 
mais o potencial de redução da cabeça femoral 
para o acetábulo. Um falso acetábulo pode se 
formar onde a cabeça femoral entraem contato 
com a parede lateral da pelve acima do 
verdadeiro acetábulo. A falta de contato entre a 
cabeça femoral e o acetábulo inibe o 
desenvolvimento normal da articulação do 
quadril. 
 Com ou sem luxação total, o quadril pode 
desenvolver alterações displásicas. Mais 
comumente, o resultado é um acetábulo raso 
com diminuição da cobertura anterior e lateral 
da cabeça femoral. Também pode haver 
asfericidade da cabeça femoral, ângulo colo-
diáfise em valgo e persistência do excesso de 
anteversão femoral. 
Do nascimento até os 2 anos: 
Achados associados: 
 Metatarso varo; 
 Pé calcinovalgo; 
 Torcicolo; 
 Plagiocefaleia; 
 Contratura de extensão do joelho; 
Sinais sugestivos: 
 Prega poplíteo e dobra da coxa assimétrica; 
 Encurtamento aparente do fêmur (sinal de 
Grallezzi positivo); 
 Assimetria das dobras imaginarias; 
 Frouxidão na extensão do quadril e joelho 
(perda da deformidade de flexão normal do 
quadril e joelho); 
 Projeção da linha K lixie, posicionando abaixo 
do umbigo; 
 Ponta do trocanter maior acima da linha de 
Nélaton. 
De 3 a 12 meses: 
 APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
 Limitação da abdução do quadril a 90% de 
flexão (contratura progressiva de adução do 
quadril; 
 Sinal de Grallezzi positivo; 
 Postura de rotação lateral do membro inferior, 
com aparente encurtamento; 
 Assimetria marcada das dobras inguinais, das 
coxas e das pregas poplíteas; 
 Mobilidade de pistão ou sinal de 
telencopagem; 
 Proeminência lateral do trocânter maior; 
 Teste de Ortolani pode ser positivo ou negativo. 
 
Após idade da marcha: 
 Postura: lordose lombar excessiva. Abdômen 
protuberante, trocanter maior proeminente; 
 Sinal de trendelemburg positivo; 
 Claudicação, marcha na ponta do pé; 
Contratura de adução do quadril aumentada, com 
joelho em valgo compensatório 
 Sexo feminino; 
 Posição pélvica no terceiro trimestre; 
 História familiar positiva; 
 Raça branca; 
 Primiparidade; 
 Mãe jovem; 
 Apresentação pélvica ao nascimento; 
 Oligohidrâmnio; 
 Recém-nascido com maiores peso e altura e 
com deformidades nos pés ou na coluna 
vertebral. 
O diagnóstico varia de acordo com a idade da criança, 
o grau de deslocamento da cabeça femoral (instável, 
subluxada ou luxada) e quanto à condição do 
deslocamento, se pré-natal, perinatal ou pós-natal. 
Recém-nascido: 
Teste de Ortolani: positivo para descolamento do 
quadril; 
Teste de Barlow: feito para o diagnóstico de 
instabilidade do quadril. 
Assimetria de pregas nas coxas e poplíteas. Costuma 
acontecer no recém-nascido pela obliquidade pélvica, 
com contratura no quadril em abdução de um lado e 
em adução do outro, o que poderá estar comprometido 
(abdução, o outro em adução parecerá mais curto. 
Assimetria das pregas inguinais. Em geral, as pregas são 
simétricas, mas, quando a cabeça femoral está 
deslocada em posição posterior e cranial, podem estar 
assimétricas. 
Dos 6 aos 12 meses 
Com o progressivo deslocamento posterolateral e 
cranial da cabeça femoral, aumentam as alterações 
anatômicas naarticulação. 
Contratura em adução do quadril: a abdução do quadril 
luxado é progressivamente limitada. 
Encurtamento aparente da coxa: sinal de Galeazzi 
positivo. 
Após a marcha 
Avaliação da marcha: criança anda com claudicação por 
conta da fraqueza do glúteo médio e do encurtamento 
aparente do membro afetado. 
Em ortostatismo, apresenta lordose lombar excessiva, 
rotação externa do membro inferior, trocânter maior 
proeminente e sinal de Trendelenburg positivo. 
 Com o aumento da contratura em adução do quadril, 
ocorre geno valgo compensatório. 
Ultrassonografia dinâmica: 
Útil no auxílio da confirmação diagnóstica 
O núcleo de ossificação da epífise femoral aparece dos 
4 aos 6 meses. 
A US dinâmica permite identificar o núcleo 
cartilaginoso 
Só pode ser utilizada até os 6 meses 
Método de Graf: 
Avalia a angulação formada pelas estruturas 
sonográficas 
 
 APG 5º Período| Ilana Maria Maia S. 
Ecogenicicade: 
Cartilagem hialina quadril → hipoecoica 
Cápsula e musculatura → hipoecoica 
Fibrocartilagem labral → hiperecoica 
Exame radiográfico 
Poucas informações do RN → estruturas cartilaginosas 
Exame negativo não afasta possibilidade DDQ 
A indicação da radiografia é principalmente após o 
aparecimentodo núcleo de ossificação da cabeça 
femoral ,entre o 4° e 6° mês de vida 
O objetivo do tratamento da DDQ é obter e manter a 
redução concêntrica (ou seja, alinhamento dos centros 
geométricos da cabeça femoral e do acetábulo) do 
quadril 
Neonatos até 6 Meses: 
Suspensório ou colete de Pavlik: 
 É um suspensório que passa pela linha axilar e 
apresenta 2 faixas. 
 Faixa anterior – realiza flexão do quadril. 
 Faixa posterior – realiza abdução do quadril. 
Realizar acompanhamento com USG e Raio-x (quando 
possível). 
Crianças de 6 Meses a 2 Anos: 
Objetivos: 
Obter e manter a redução – manter a articulação no 
local. 
Poupar a cabeça femoral – evitar que ocorra necrose ou 
que se desenvolva artrose. 
 Redução fechada: 
 Faz-se sob anestesia. 
 Flexão > 90º e abdução gradual. 
 Levantamento gradual do trocanter. 
 Redução palpável. 
 Posteriormente, coloca-se um gesso pélvico 
podalico. 
 Redução aberta: Indicado quando o quadril se 
mantém instável após redução fechada. 
 O acesso cirúrgico é medial ou anterior (+ 
seguro). 
 Realiza-se um corte no fêmur da criança, 
encurtando-se o osso para a redução 
(osteotomia). 
Crianças > 2 Anos: 
Osteotomia: 
 Encurtamento do fêmur. 
 
Osteotomia pélvica: 
 Osteotomia de Salter é a +utilizada. 
Indicada quando a cobertura acetabular é insuficiente
 APG 5º Período| Ilana 
Maria Maia S.

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