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Lombalgia: Causas, Sintomas e Tratamentos

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Júlia Cardoso de Matos
Lombalgias
Lombalgia é um dos principais motivos de consulta
médica em todo o mundo. Cerca de 80% da
população apresentará pelo menos um episódio. A
maioria dos casos é benigna e autolimitada, no
entanto, cerca de 10% dos afetados evoluem com
dor crônica ou recorrente. Talvez o fato mais
importante que deve ser ressaltado é que a
lombalgia permanece, ainda hoje, uma das
principais causas de incapacidade temporária ou
definitiva, particularmente no ambiente de
trabalho. Dor lombar pode ser um sintoma de uma
grande variedade de situações clinicopatológicas,
afetando a coluna, incluindo doenças
degenerativas, inflamatórias, infecciosas,
neoplásicas, metabólicas, dermatológicas e
traumáticas. Além disso, dor lombar pode ser um
sintoma de dor irradiada, relacionada com
envolvimento de articulações periféricas,
particularmente a articulação do quadril. Da
mesma forma, a lombalgia pode ser uma
manifestação de dor referida proveniente de
patologia de órgãos internos, por exemplo, rim e
pâncreas
Dor lombar está entre as principais causas de afastamento trabalhista e
um maior tempo de afastamento correlaciona se com pior prognóstico.
● Sintoma (DOR)
● Póstero-Inferior Tronco
● Dores Neuropática (lesão de nervo) e Nociplástica
(fenômeno sensibilização do sistema nervoso central/
amplificação dolorosa/ exemplo fibromialgia)
● Lombociatalgia: formação do nervo ciático (muitas
vezes não, apenas uma raíz como L5)
● Lombalgia Inespecífica: forma mais comum na
população como prognóstico, acontece sem outros
componentes de dor neuropática, queixas sensitivas.
Ela tem essa dor e componente de dor nociplástica.
● Sobreposição
Epidemiologia
● Alta Prevalência
● Aguda: 80 a 84% (mais frequente)
● Crônica: 10 a 60 %
● Radiculopatia crônica: 15 a 40% (intermediário entre
a aguda e a crônica)
● 5ª Causa de Consulta
● 30 a 50% Reumatologia
● Faixa Etária : 20 a 65 anos
● Mulheres (40 a 80 anos)
Fatores de Risco
Mais associado a lombalgia inespecífica,
multifatorial
● Genéticos: comum na anamnese, não tem
herança definida por ser uma doença
multifatorial.
● Idosos
● Sexo Feminino
● Tabagismo
● Postura Inadequada
● Profissão
● Obesidade
● Inatividade Física
● Estresse Emocional
● Depressão e Ansiedade
(relacionada a dores nociplásticas - yellow flags - Fatores
de risco de cronificação )
Causas Principais
Associadas a lombalgia específica
● Síndrome Miofascial e Osteoartrite
● Neoplasias: Metástases Ósseas e Mieloma
● Espondiloartrites: grupo de doenças
● Espondilodiscite e Tuberculose (Doença de
Pott)
● Hérnia de Disco (4%)
● Estenose do Canal Lombar (3%)
● Osteoporose: Fratura Vertebral (4%)
Anatomia da Coluna
Estruturas Fonte de Dor
● Corpo Vertebral: fraturas
● Disco Intervertebral
● Articulações: artrose
● Ligamentos
● Músculos
● Raízes Nervosas
Classificação
Tempo de instalação dos sintomas. Importante para o
tratamento que vai ser analisado e qual causa
AGUDA: < 6 semanas
SUBAGUDA: > 6 semanas e < 3 meses
CRÔNICA: ≥ 3 meses
↳ Lombalgia inespecífica está a 80 / 97% dos casos:
Procura e não acha nada em relação a dor, principal causa
disparada.
↳ Síndrome miofascial
↳ Lombalgia + sintomas neurológicos em membros
inferiores: artrose associada, radiculopatia, mielopatia,
canal estreito, cauda equina
↳ Lombalgia Sintomas Sistêmicos: ⅗% dos casos,
neoplasias, infecções, inflamatórias. Doença mais grave
do que a própria lombalgia
↳ Lombalgia dor referida (visceral): Litíase
Renal/Pielonefrite
Sinais de Alerta: Red Flags (bandeiras
vermelhas). Procura identificar sinais de uma causa
secundária com uma lombalgia grave. Lombalgia
com sintomas sistêmicos:
● Idade > 50 anos (câncer) Idade>70 anos
(osteoporose)
● Lombalgia Inflamatória
● Febre Alta
● Perda de Peso
● Imunossupressão
● História de Trauma Recente
● Antecedente de Neoplasia
● Antecedente de Osteoporose
● Uso de Corticóides
(prednisona/prednisolona) aumenta o risco
de fraturas vertebrais
● Uso de Imunossupressores
● Sintomas Neurológicos (Cauda Equina)
● Sintomas Neurológicos Graves
Precisa de fazer exame de imagem urgentemente, ressonância
magnética
Bandeiras amarelas - yellow flags: Risco do
paciente deixar a lombalgia aguda se tornar
crônica. Fatores preditores
● Dor basal e incapacidade funcional
● Apneia do sono/ Distúrbios do sono
● Depressão/Ansiedade
● Tornar a dor catastrófica
● Insatisfação do trabalho
● Problemas sociais
● Irritabilidade
Anamnese
Identificação
● Idade :
- < 40 anos: Espondiloartrite
- > 60 anos: Osteoartrite
● Profissão (AVDs)
● Dor Mecânica (relacionada ao movimento) ou
Inflamatória (piora ao repouso - rigidez matinal)
● Irradiação? Duração?
● Flexão (Hérnia de Disco)
● Extensão (Osteoartrose Zigoapofisária)
● Qualidade da Dor: causas raras viscerais
**O herpes-zóster (cobreiro) dá na pele e pode ser
irradiado. Dor neuropática, segue para o nervo intercostal
Exame de imagem é complemento de raciocínio clínico
Exame Físico
❑ Inspeção: Curvaturas da Coluna
❑ Atitude (Benefício Secundário - atenção)
❑ Percussão (Fratura Vertebral)
❑ Palpação (tigger pontes)
❑ Musculatura Paravertebral
❑ Movimentação
❑ Dor
❑ Amplitude de Movimento
**Espondilite Anquilosante:
Aumento da cifose cervical.
Retifica a toráxica e aumenta
a lordose lombar. Posição de esquiador.
Lombociatalgia
As principais
Síndromes de L4 e L5 são parecidas
● Aguda: Início Súbito
- Unilateral: geralmente
- Bilateral: Caminhada (Claudicação
Neurogênica)
● Acompanhada de Lombalgia (NÃO é Obrigatório)
● Tosse, Bocejo etc
● Fraqueza Muscular e Reflexos podem
estar alterados
Primeiro aspecto serão os reflexos:
Reflexo patelar, DIMINUINDO o algoritmo uma
radiculopatia em L4 e L5 não tem diferenciação
Reflexo aquileu, será no tendão de Aquiles e a
resposta é uma flexão plantar. Quando o reflexo ta
diminuído, está acometido S1
Manobra de Lásegue: Compressão do nervo,
recomendado 45º. Positivo quando o paciente
refere dor NEUROPÁTICA na região de S1. A perna
deve estar estendida, sem flexão do joelho
● Alta Sensibilidade
● Contralateral
● Pouca Variação (Intra e Interobservador)
Diagnóstico Diferencial
- Síndrome do Piriforme
- Síndrome impacto Quadril: Encaixe do fêmur no
acetábulo
- Tenossinovite e Trocantérica
Investigação Diagnóstica
● Lombalgia Crônica Inespecífica (Teste
Terapêutico): Não precisa de diagnóstico
complementar
● Indicação imediata das imagens: Red
Flags. Em Busca de tumor, infecção
● Imagem: Custo, Procedimentos e Cirurgias
● Realização de Imagem (RNM): SEM
associação com Novas Crises
Imagem
● Radiografia: tecido ósseo
● Tomografia Computadorizada: tecido
ósseo e articular uma ideia
● Ressonância Nuclear Magnética
Desgaste da cartilagem, imagem de RAIO - X.
Diagnóstico de osteoartrose pela diminuição do
espaço articular e presença de gás no espaço intra
articular entre as vértebras. É nítido também os
osteófitos (consequência do dano da gravidade)
Ressonância Magnética
Cartilagem desidratada e diminuída vai perdendo
a coloração. Quanto mais líquido na ressonância
mais branca é a imagem e mais preto é menos
líquido, está desidratado
Tratamento
➢ LOMBALGIA AGUDA: Benigna
• Orientação e Educação: explicar o que é a
síndrome, não precisa fazer o exame de imagem e é
algo simples
• Repouso: Não há necessidade de de repouso
prolongado
• Medicamento: Analgesia para a reabilitação
- Analgésicos
- Anti inflamatório paracetamol
- Relaxantes Musculares
- AINHs
- Infiltração Corticóide (último caso)
- Duloxetina e Pregabalina
• Outros Tratamentos
- Exercícios
➢ LOMBALGIA CRÔNICA: Nenhum
tratamento curativo. Faz parte da
recuperação do paciente
• Diminuição da Dor e Incapacidade
• Opióide: Riscos x Benefícios
• Comorbidades: dor nociplástica, pacientes com
sintomas de depressão (ciclo vicioso)
• Tratamentos SEM evidência
Reabilitação
● Anatomia e Função
● Proteção Coluna
● Conservação Energia
● Exercícios
● Amitriptilina (efeito analgésico 25mg)
Fisioterapia Motora
● Alongamento
● Fortalecimento
● Abdominal e Paravertebral
Órteses
● Crise Aguda
● Instabilidade na Coluna
● Cuidado:Hipotrofia
Outros Tratamentos
● Pilates/Osteopatia
● Acupuntura
● TENS transcutaneous electrical nerve
stimulation
● Termoterapia
● Ultrassonografia Massagem
Síndromes Clínicas
Contratura muscular: Caracterizada por dor
lombar, sem irradiação, de início súbito, relacionada
com sobrecarga mecânica ou vício postural
prolongado, esta é a principal forma de dor lombar
aguda. A causa provável da dor é uma lesão
muscular, da fáscia ou estruturas ligamentares. O
tratamento é sempre conservador, com calor local,
analgésicos, anti inflamatórios e mobilização
precoce.
Lombalgia mecânica comum: A principal causa de
dor lombar crônica é denominada lombalgia
inespecífica ou lombalgia mecânica comum (LMC).
Tratasse de uma dor lombar uni ou bilateral que
pode apresentar irradiação para nádegas e região
sacral. tratamento é, quase sempre, conservador,
incluindo educação do paciente, cinesioterapia e
fortalecimento muscular. Atividades físicas devem
ser estimuladas, e afastamento do trabalho,
desencorajado. Medicamentos analgésicos,
miorrelaxantes, antidepressivos e
anticonvulsivantes têm sido utilizados com
resposta clínica variada.
Hérnia discal com radiculopatia: A hérnia discal
(HD) pode ser definida como o deslocamento do
núcleo pulposo além dos limites do anel fibroso.
Ocorre mais frequentemente entre a terceira e
quarta décadas de vida, acometendo
principalmente os discos L4 L5 e L5 S1 (com
radiculopatia das raízes L4, L5 ou S1). O quadro
clínico típico é de dor lombar aguda após esforço
em flexão lombar com dor irradiada para um dos
membros inferiores até o pé e com trajeto típico da
raiz acometida.
Estenose do canal lombar: A síndrome clínica do
canal lombar estreito (CLE) é consequência da falta
de espaço para os elementos neurais no interior do
canal espinal. Ocorre após a quinta década de vida,
com frequência crescente após o envelhecimento.
CLE pode ser classificado em diversas formas,
porém, a forma mais frequente, que é abordada
aqui, é a forma adquirida, decorrente dos processos
degenerativos progressivos associados com
hipertrofia ligamentar, protrusões discais, cistos
facetários, espondilolistese e escoliose, que,
associados com pedículos constitucionalmente
curtos, levam ao menor volume do canal. Essa
estenose do canal pode ser observada na RM ou
TC. CLE deve ser suspeitado em pacientes
referindo claudicação associada com a presença de
lombalgia crônica, dor e fraqueza na(s) perna(s),
com trajeto de várias raízes, e piora na extensão
lombar.

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