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Portaria N 365 de 16 de julho de 2021 - Manejo pré-abate e abate

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1 Portaria N° 365 de 16 de julho de 2021 – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
PORTARIA N° 365 DE 2021 – MAPA 
REGULAMENTO TÉCNICO DE MANEJO PRÉ-ABATE 
E ABATE HUMANITÁRIO 
DISPOSIÇÕES 
 Animais de açougue: bovídeos, búfalos, equídeos, suídeos, 
ovinos, caprinos, lagomorfos e aves domésticas, bem como 
animais silvestres criados em cativeiro, abatidos em 
estabelecimentos sob inspeção veterinária oficial. 
REQUISITOS GERAIS 
 Todo animal destinado ao abate deve ser submetido a 
procedimentos humanitários de manejo pré-abate e abate. 
 Proibido espancar animais, agredi-los, erguê-los pelas 
patas, chifres, orelhas ou cauda, ou qualquer outro que os 
submeta a dor ou sofrimento desnecessários (aves e 
lagomorfos apenas durante a pendura). 
 Abate de animais com preceitos religiosos: desde que seus 
produtos sejam destinados total ou parcialmente ao 
consumo por comunidade religiosa ou ao comércio 
internacional de países que façam essas exigências. 
MANEJO DE GÊMEAS GESTANTES E FETOS 
 Fêmeas gestantes nos últimos 10% da gestação: não 
abater ou ser transportada em circunstâncias normais. 
 Caso ocorra: 
 Não remover feto antes de 5 minutos após o término da 
sangria. 
 Se remover feto maduro e vivo: impedir de inflar seus 
pulmões e respirar o ar. 
 Caso não coletado tecido uterino ou fetal no 
processamento pós-abate: deixar no útero fechado até que 
estejam mortos. 
o Quando houver remoção: não remover feto até 
15min após término da sangria. 
 Caso haja dúvida quanto a inconsciência do feto: dardo 
cativo ou golpe na cabeça com instrumento contundente. 
VEÍCULOS, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS 
 Piso de veículos transportadores: evitar escorregões ou 
quedas. 
 Local de desembarque compatível com o veículo 
transportador. 
 Todas as instalações utilizadas no transporte e no 
alojamento de animais deve respeitar os parâmetros 
definidos em legislação específica (em caso de ausência 
usar recomendações internacionais). 
 Animais alojados em currais, baias e apriscos: espaço 
suficiente para movimentação e para deitar ao mesmo 
tempo, sem sobreposição. 
 Animais transportados: espaço suficiente para deitar ao 
mesmo tempo. 
 Piso de currais, baias, apriscos: materiais antiderrapantes, 
prevenir escorregões, quedas ou lesos. Inclinação 
adequada para escoamento de águas residuais. 
 Alojamento e espera: propiciar conformo térmico. 
 Ventiladores, nebulizadores, exaustores e aspersores: 
utilizados apenas em condições que justifiquem o seu uso. 
 Currais, apriscos e baias: dispor de bebedouro compatíveis 
com espécie, número e categoria dos animais. 
o Número mínimo que permita acesso simultâneo 
de no mínimo 15% de suídeos ovinos e caprinos. 
E 20% de equídeos, bovinos e búfalos. 
 Estrutura adequada para caso o período de jejum for 
ultrapassado, fornecer alimento para os animais. 
o 15% dos suídeos, ovinos e caprinos e 20% dos 
bovinos, búfalos e equídeos. 
 Equipamento para abate de emergência. 
o Permitido deslocamento cervical como abate de 
emergência para até de até 3kg de peso vivo. 
LINHA DE ABATE DE AVES DOMÉSTICAS 
 Planejada para assegurar que as aves permaneçam o menor 
tempo penduradas nos ganchos de insensibilização. 
o 60 segundos para frangos e galinhas. 
o 120 segundos para perus, patos e gansos. 
 Assegurar, caso de problemas operacionais, os animais não 
fiquem submersos no tanque de insensibilização. 
 Anteparo para apoio do corpo dos animais, da pendura ao 
equipamento de insensibilização. 
 Controle de iluminação na área destinada à pendura. 
ABATE OSB PRECEITOS RELIGIOSOS 
 Ruminantes insensibilizados em boxes de contenção 
adaptados à degola e só podem ser liberados quando 
apresentarem sinais de insensibilidade. 
 Corte único e com lâmina bem afiada. 
 Velocidade da linha de abate de aves regulada para 
minimizar agitação das aves. 
O RESPONSÁVEL PELO BEM-ESTAR ANIMAL 
 Deve designar um responsável pelo bem-estar em sua 
unidade industrial. 
 R-BEMA deve ser capacitado e dispor de autonomia para 
tomada de decisões para assegurar bem-estar. 
 Todos os operadores envolvidos no pré-abate e no abate, 
inclusive motoristas, serem capacitados nos aspectos de 
bem-estar (ter documentos auditáveis que comprovem). 
PROGRAMA DE AUTOCONTROLE EM BEM -ESTAR 
 Estabelecimentos devem dispor de programa de 
autocontrole e verificado por registros auditáveis que 
contemplem todas as etapas do manejo pré-abate e abate 
previstos nessa portaria. 
 
 
2 Portaria N° 365 de 16 de julho de 2021 – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
AVALIAR E MONITORAR ROTINEIRAMENTE 
 Adequação dos veículos ao transporte, suas condições de 
manutenção e capacidade e lotação 
 Data e horário de retirada da alimentação na propriedade 
de origem. 
 Hora no início e término do embarque dos animais. 
 Períodos de jejum e dieta hídrica, da origem até o 
desembarque no abate. 
 Tempo total de viagem, por veículo, a partir do término do 
embarque ao desembarque no abate. 
 Distância percorrida, por veículo, da origem ao abate, e a 
velocidade média do transporte. 
 Condições dos animais ao chegarem: identificar exaustos, 
lesionados, claudicantes e mortos. 
 Procedimento de manejo até o momento da 
insensibilização: suspensão ou pendura de animais vivos 
(quando aplicável), imobilização dos animais para 
insensibilização ou sangria, insensibilização e sua eficácia, 
sangria dos animais e quantificação e qualificação das 
contusões nas carcaças. 
 Comunicar ao serviço oficial o estado físico de animais que 
requeira abate de emergência. 
PROCEDIMENTOS DE MANEJO PRÉ-ABATE 
 Animais descarregados logo após chegada ao abate. 
 Caso de chegada simultânea de veículos: priorizado 
considerando tempo de viagem, jejum e condições físicas 
dos animais. 
 Ave transportadas em gaiolas/caixas: cuidados, sem 
inversão ou inclinação para não sobrepor animais. 
 Abate de emergência: animais em estado de sofrimento, 
insensibilizados e, preferencialmente, sangrados no local 
(ser transportado para local de abate desde que não causa 
sofrimento desnecessário). 
 Estabelecimento deve comunicar são serviço oficial 
chegada de animais de requeiram abate de emergência. 
 Caso impossibilidade de acompanhamento de abate de 
emergência pelo serviço oficial: sacrifício humanitário e 
segregar para avaliação do serviço oficial. 
 Veículos que sofreram acidentes ou problemas: 
priorizados na sequência de abate. 
 Embarque, desembarque e condução: uso de instrumentos 
que não provoquem lesões, dor ou agitação desnecessárias. 
 Vedados instrumentos pontiagudos ou chicotes. 
o Excepcionalmente em animais que se recusem a 
se mover: dispositivos produtores de descargas 
elétricas de forma complementar. 
▪ Aplicados em membros posteriores, 
descargas que não durem mais de 1 
segundo. 
▪ Proibido em áreas sensíveis (cabeça, 
causa, ânus, genitais). 
▪ Proibido ser ligado diretamente na rede 
elétrica do estabelecimento. 
▪ Não se aplica a: equídeos, ovídeos, 
caprinos, bezerros e leitões. 
 Animais que podem se ferir mutuamente: mantidos em 
locais separados. 
o Proibido reagrupar ou misturar lotes de animais 
de diferentes origens que apresentam natureza 
gregária. 
 Animais recebidos: submetidos a descanso, dieta hídrica e 
jejum. 
PERÍODO MÁXIMO DE JEJUM E DIRETA HÍDRICA 
 Ruminantes: 24h 
 Suídeos e equídeos: 18h 
 Aves: 12h 
o Aves reprodutoras e poedeiras podem 
ultrapassar desde que: seja comprovada 
impossibilidade de atendimentos e prioridade de 
abate destes animais. 
 Animais que excedam jejum: devem ser alimentados, 
compatível com o que o animal esteja acostumado. 
PROCEDIMENTOS DE MANEJO DE ABATE 
CONTENÇÃO 
 Contenção: animal só deve ser contido quando o 
responsável puder proceder imediatamente a 
insensibilização. 
Individual de forma que imobilize o corpo todo, sem 
provocar esmagamento ou pressão excessiva. 
 Em caso de insensibilização mecânica: mecanismo para 
contenção da cabeça (exceto equídeos). 
 Ganchos para contenção de aves e lagomorfos: 
espaçamento para exercer pressão adequada às patas, 
evitando lesões e garantindo contato para passagem de 
corrente elétrica. 
 Vedada contenção de animais através de suspensão, 
cordas, choque elétrico ou equipamento magnético. 
INSENSIBILIZAÇÃO 
 Equipamentos de insensibilização elétrica devem: 
o Pequenos animais: dispor de dispositivo sonoro e 
visual que indique tempo de aplicação. 
o Médios e grandes animais: indique voltagem, 
amperagem e frequência empregada, que gere 
registros auditáveis continuamente. 
o Regulados a evitar pré-choque nos animais. 
 Equipamentos de insensibilização de exposição a 
atmosfera controlada: 
o Dispor de aparelhos para medir e registrar 
concentração de gás e tempo de exposição. 
o Sinal de alerta, visível e audível pelo operador 
caso a concentração esteja fora dos limites 
recomendados. 
 Equipamentos de insensibilização mecânica: 
o Compressor de ar exclusivo ou cartucho de 
pólvora compatível com espécie e tamanho do 
animal. 
o Equipamento que mostre intensidade da pressão 
do ar. Regulada por espécie. 
 
3 Portaria N° 365 de 16 de julho de 2021 – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
PROCEDIMENTOS DE INSENSIBILIZAÇÃO 
 Garantir estado de inconsciência até a morte do 
animal 
 Proibido: marreta ou instrumento para seccionar a 
medula espinhal. 
 Permitido equipamento de imersão em aves 
domésticas desde que assegurada passagem de 
corrente elétrica para garantir insensibilização de 
todas as aves. 
o Ganchos com bom contato nos pés e 
molhados previamente a suspensão das 
aves. 
o Tanque de imersão com profundidade e 
tamanho adequado ao tipo de ave. 
o Altura do tanque ajustada para garantir 
imersão da cabeça e do pescoço, até a altura 
da base das asas. 
ANIMAL INSENSIBILIZADO CORRETAMENTE 
 Ausência de respiração rítmica. 
 Ausência de reflexo córneo/piscar espontâneo. 
 Ausência de tentar levantar. 
 Presença de mandíbula relaxada (língua pendular). 
 Ausência de bater coordenado de asas 
 Ausência de vocalização. 
SANGRIA 
 Sangria: corte dos grandes vasos e deve provocar rápido, 
profuso e completo escoamento do sangue. 
 Realizada logo após a insensibilização. 
 Em aves domésticas: garantir por meio de corte de ambas 
as artérias carótidas e veias jugulares. 
 Vedadas operações de corte ou mutilações até que tenha 
concluído pelo menos 3 minutos. 
 Procedimentos tecnológicos de estimulação elétrica post-
mortem podem ser aplicados apenas após morte do animal. 
 Permitida insensibilização através de equipamentos 
elétricos em aves abatidas sob preceitos religiosos, 
imediatamente após a sangria.

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