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NEUROCIÊNCIA 6pdf

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AULA 6 
NEUROCIÊNCIA E 
COMPORTAMENTO 
HUMANO 
Prof. Reginaldo Daniel da Silveira 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Além da motivação, a recompensa é outro fator que impulsiona a vida 
humana. Objetos, pessoas, eventos podem se transformar em recompensa, 
gerando sensações de prazer. A forma como isso acontece compreende o circuito 
cerebral da recompensa. Comunicações produzidas pela rede de neurônios no 
cérebro, por meio de substâncias químicas, mobilizam determinadas áreas 
cerebrais e provocam a sensação de recompensa. Que áreas são estas e que 
substâncias químicas são importantes em todo o processo é o que veremos a 
seguir. 
TEMA 1 – O REFORÇO E A RECOMPENSA 
Uma rede de nervos entre o tronco encefálico, que desempenha papel 
relevante no controle da excitação, referida como formação reticular (Myers; 
DeWall, 2022), foi a protagonista de dois erros em experimentos que vieram a 
trazer maior conhecimento sobre o estado de alerta e a recompensa. Esta área, 
que agrega de forma relativamente difusa neurônios de tamanhos e tipos 
diferentes e que ocupa a parte central do tronco encefálico, trouxe ao 
conhecimento, por meio de um erro casual, uma noção sobre onde poderia estar 
a consciência. 
Lent (2016) relata que, em 1949, o americano Horace Magoun e o italiano 
Giuseppe Moruzzi por engano acabaram estimulando a formação reticular do 
mesencéfalo de um gato anestesiado. O eletroencefalograma, que estava 
relacionado a uma resposta de sono profundo, imediatamente mudou para um 
estado de vigília. Os dois cientistas, ao avançarem no experimento, perceberam 
que o estímulo dessa região do cérebro provoca um estado de alerta de 
consciência em animais não anestesiados que estavam sonolentos ou 
adormecidos. Se a descoberta de um centro “causador de consciência” chamou a 
atenção da comunidade científica, um outro erro em procedimentos com outros 
pesquisadores levaria à descoberta dos “centros de recompensa”. 
Quando ouvimos falar em sistema de recompensa, considerando-se os 
estudos da neurociência, logo pensamos na interação de vários sistemas neurais. 
Neste ponto, buscamos uma visão geral de neurotransmissores e regiões 
cerebrais que se envolvem na recompensa. Falar em sistemas neurais e sua 
relevância é incluir áreas do cérebro envolvidas no aprendizado de que 
 
 
3 
determinado estímulo provoca determinada recompensa, e isso pode ser 
relacionado a sistemas neurais separados e que exercem um papel mediador 
entre um objeto ou evento estimulador e a resposta comportamental do indivíduo. 
A recompensa é facilmente ligada à ideia de reforço positivo, e a pergunta 
que surge é: como chegamos à concepção de que os mecanismos neurais 
respondem pelo reforço produzido no indivíduo? Gazzaniga e Heatherton (2005) 
explicam que tudo começou na década de 1950, em estudos sobre a estimulação 
elétrica de uma região específica do cérebro que facilitaria a aprendizagem. Num 
experimento, James Olds e Peter Milner destacados pelos autores, aplicaram um 
eletrodo ao cérebro de ratos quando eles estavam posicionados num ponto 
específico de uma jaula. Pela lógica, com o procedimento aversivo, os ratos 
deveriam evitar aquele local, mas um pequeno erro cirúrgico fez os pesquisadores 
aplicarem o estímulo elétrico na parte errada do cérebro, e por consequência, em 
vez de evitar a área da jaula associada ao procedimento aversivo, os ratos ali 
permaneceram querendo mais. 
Myers e DeWall (2022) reportam que, ao se dar conta de que invés de 
implantar o eletrodo na formação reticular do rato, o dispositivo foi colocado em 
uma região do hipotálamo, Olds e Milner se depararam com um centro cerebral 
que fornece recompensas prazerosas. No relato, os dois neuropsicólogos da 
McGill University de Montreal ampliaram o experimento em locais específicos do 
cérebro no procedimento referido por Gazzaniga e Heatherton (2005) como 
autoestimulação intracraniana (ICSS). O estudo localizou outros centros de prazer 
no cérebro à não atribuição de sentimentos humanos aos ratos. Hoje, estes pontos 
são vistos como centros de recompensa ao invés de centros do prazer. “Quando 
puderam pressionar alavancas para ativar sua própria estimulação, os animais as 
vezes o faziam mais de mil vezes por hora” (Myers e Dewall, 2022, p. 61). 
Para Gazzaniga e Heatherton (2005), grande parte dos psicólogos vê a 
ICSS, como a ativação de pontos do cérebro por reforços naturais como alimento, 
água e sexo. Nos ratos, eletrodos aplicados aos centros de recompensa eliciam 
comportamentos como comer, beber e copular com um parceiro disponível. Privar 
um animal do alimento ou de água aumenta a ICSS, o que indicaria a tentativa de 
se chegar ao estado subjetivo da recompensa natural. As ações humanas, são, 
portanto, impulsionadas. Dois fatores contribuem para isso: as necessidades 
relacionadas à alimentação, sono e evitação da dor e as recompensas. Objetos, 
eventos e atividades transformam-se em recompensa se provocarem motivação. 
Como isso acontece? 
 
 
4 
Criaturas humanas que somos, damos sentido às coisas que acontecem 
no mundo que nos cerca. Pensamos, lembramos, falamos, mexemos os braços, 
caminhamos, respondemos a eventos geradores de emoções, como perder um 
emprego, apaixonar-se, ficar doente, ganhar um presente significativo. Quando 
isso acontece, podemos sentir os batimentos cardíacos, a velocidade da 
respiração. Duas coisas são importantes neste processo: as estruturas cerebrais 
e as substâncias químicas. Circuitos neurais estão ligados a estas duas coisas. 
Damos sentido às coisas ao nosso redor pela visão, olfação, audição, tato e 
paladar, recebendo e enviando mensagens, muitas vezes ao mesmo tempo. 
Os mecanismos neurais por trás da autoestimulação craniana, ao envolver 
tanto as estruturas cerebrais como as substâncias químicas, formam a base 
biológica da recompensa. O hipotálamo, por exemplo, uma parte vital do sistema 
límbico, é a área que por meio do desenvolvimento humano, e levando-se em 
conta os circuitos neurais, produz múltiplos mensageiros químicos, chamados 
hormônios. São estas substâncias que controlam os níveis de água no corpo, os 
ciclos do sono, a temperatura corporal e a ingestão de alimentos. Vejamos, na 
sequência, as principais estruturas cerebrais e substâncias químicas vinculadas 
ao que chamamos de sistemas de recompensa. 
TEMA 2 – SISTEMA DE RECOMPENSA 
Vimos anteriormente que dentro do tronco encefálico, entre os nossos 
ouvidos, está localizada a formação reticular, vista por Myers e DeWall (2022) 
como uma “rede” de neurônios que vão da medula espinhal até o tálamo. Nesta 
viagem, entre a medula espinhal e o tálamo, parte das informações sensoriais se 
ramificam para a formação reticular, que filtra os estímulos aferentes, transmite 
informações relevantes para outras estruturas e desempenham a função de 
controle da excitabilidade. Foi buscando esta região do cérebro que os 
experimentos de Moruzzi e Magoun, Olds e Milner, por meio de erros nos levaram 
a dar atenção a determinadas estruturas ligadas ao sistema de recompensa como 
o córtex pré-frontal, o núcleo accumbens e a área tegmental. Esta região responde 
pela vontade e tomada de decisão e resulta em sensações de prazer e satisfação. 
De forma objetiva, podemos dizer que o córtex pré-frontal trabalha a 
motivação e o foco da atenção e está envolvido com a amígdala, vista como base 
das emoções e o hipocampo, o regulador da memória. A conexão e o movimento 
motor são atribuídos ao núcleo accumbens. Estas estruturas estendem-se em 
 
 
5 
informações ao hipotálamo, que regula funções autonômicas (frequência 
cardíaca, regulação térmica, metabolismos como fome, sede e reprodução). 
Estendidas por várias regiões do cérebro, a área tegmental ventral transmite 
mensagens para o que resta do circuito de recompensa, influindo na liberação da 
substância química dopamina (Tassin, 2021), vista como a “molécula do prazer”.2.1 Córtex pré-frontal 
Tieppo (2021) vê o córtex pré-frontal (CPF) como a “torre de controle”, a 
parte do cérebro das funções executivas que orienta o comportamento para 
ganhos futuros, planeja etapas de projeto e responde pela organização à qual 
chamamos por nossa parte de “estruturação racional”. As habilidades de 
selecionar estratégias de movimento para respostas são determinantes para 
garantir a sobrevivência de um animal. Neste sentido, o CPF é apontado como 
uma região cortical aprimorada na supervisão da seleção de tarefas relevantes 
num dado contexto (Lent, 2016). 
Ter todos os predicados de uma torre de controle não garante que todas as 
decisões sejam determinadas pelo CPF e assim seguidas. Um exemplo é quando 
a pessoa come o chocolate preferido e experimenta a sensação de satisfação. 
Nesse instante, registra-se algo agradável e prazeroso que “precisará ser repetido 
em outro momento”. Como o cérebro detectou que o chocolate é bom, o sistema 
de recompensa ensaia um: “repita o ato”. O CPF, então, estabelece a modulação, 
onde a racionalidade busca assumir a situação e determinar a tomada de decisão. 
Neste momento o CPF se vê frente a frente com o sistema límbico (amígdala, 
hipotálamo, hipocampo) e a área tegmental ventral. Como resultado, poderemos 
ver o CPF garantir a decisão racional ou o sistema límbico defender o lado 
emocional. Neste caso, o comportamento prazeroso será repetido. 
2.2 Hipotálamo 
Situado logo abaixo do tálamo, o hipotálamo tem participação efetiva na 
cadeia de comando responsável pela manutenção do organismo. Determinados 
agrupamentos neurais nesta estrutura têm influência na fome, outros na sede, na 
temperatura corporal e no comportamento sexual, elementos que juntos atuam na 
homeostase interna (Myers; DeWall, 2022). O hipotálamo recebe informações do 
CPF, e como dizem os autores, ao monitorar o estado do organismo, esta 
 
 
6 
estrutura regula tanto a química do sangue quanto as ordens oriundas de outras 
partes do cérebro. 
Um exemplo dado pelos autores mostra que, ao receber sinais do cérebro 
de que a pessoa está pensando em sexo, o hipotálamo secreta hormônios que 
ativam a “glândula mestra” do sistema endócrino, a hipófise, para induzir suas 
glândulas sexuais e liberar seus hormônios que acentuam o pensamento sobre 
sexo no córtex cerebral. Desta forma, o cérebro afeta o sistema endócrino e este 
afeta o cérebro. A experiência antes citada por Olds e Milner foi determinante para 
avançarmos no entendimento do papel do hipotálamo no sistema de recompensa. 
2.3 Amígdala 
A amígdala não é descrita de modo frequente como relacionada ao circuito 
de recompensa, mas sim ao circuito do medo, por desempenhar papel significativo 
na resposta aos estímulos eliciadores do medo. Gazzaniga e Heatherton (2005, 
p. 132) explicam que “o processamento afetivo de estímulos assustadores na 
amígdala é um circuito resistente, que se desenvolveu no curso da evolução para 
proteger os animais do perigo”. Um aspecto que a aproxima do circuito de 
recompensa é que, além do papel vital para aprendermos a associar fatos no 
mundo com respostas emocionais, a amígdala nos leva a associar, por exemplo, 
um novo alimento com seu sabor. 
Um artigo publicado pela plataforma francesa de informações médicas 
Santé Log (2015) destaca o papel da amígdala no planejamento de ações para 
obter recompensas. A publicação envolvendo um estudo da Universidade de 
Cambridge ressalta que durante um experimento com macacos, foi registrada 
atividade de diferentes áreas do cérebro por meio do uso de eletrodos que 
possibilitaram acompanhar a sequência de tomada de decisão. Os animais foram 
observados em situações em que deveriam decidir se tomavam um sumo de fruta 
em cada uma de alguma das etapas ou deixavam para consumi-lo em maior 
volume mais tarde. Quando os macacos decidiam por uma escolha de longo 
prazo, ou seja, vários passos a mais para obter uma recompensa maior, os 
neurônios na amígdala mostravam um padrão de atividade que refletia 
planejamento. O planejamento do macaco era atualizado à medida que o plano 
avançava, até que a recompensa planejada pudesse ser obtida. 
 
 
 
7 
2.3 Hipocampo 
Diante de alguma coisa que nos intriga, conexões entre os centros de 
recompensa e o hipocampo, responsável pela consolidação dos circuitos de 
memória, são ativadas no cérebro. Ao manter-se por algum tempo, esta condição 
torna mais fácil lembrar e aprender não só o que nos interessa, mas também 
outras informações recebidas ao mesmo tempo. Este entendimento, em 
Gambarini (2014), é por ele mesmo destacado no estudo de um grupo de 
neurocientistas e psicólogos da Universidade da Califórnia. Voluntários foram 
submetidos a exames de ressonância magnética enquanto respondiam a 
perguntas, algumas intrigantes e outras indiferentes. Os participantes foram 
levados a tentar responder, mas apenas por um período de tempo durante o qual 
uma série de rostos era mostrada na tela. 
O estudo demonstrou que se a curiosidade dos sujeitos fosse despertada, 
eles teriam mais facilidade para aprender não apenas o que os estimulou, mas 
também informações mais bem lembradas sem qualquer interesse particular 
como os rostos mostrados. Outro resultado apontado foi de que quando a 
curiosidade é estimulada, a atividade nos circuitos da recompensa aumenta, 
conforme também ocorre com o hipocampo, região do cérebro importante para a 
formação de novas memórias. Gambarine (2014) destaca que estas interações 
entre o sistema de recompensa e o hipocampo parecem colocar o cérebro numa 
condição mais provável para aprender e reter informações, mesmo aquelas que 
não sejam de interesse ou relevância particular. 
2.4 Núcleo accumbens 
O conjunto de neurônios localizados dentro da área cortical do 
prosencéfalo, denominado núcleo accumbens (NA), está vinculado à recompensa 
pela ativação dos seus neurônios de dopamina. Myers e DeWall (2022) citam sua 
descoberta como um centro de recompensa pelos estudos feitos em golfinhos e 
macacos. Nestes trabalhos, revelou-se a presença daquele transmissor ligado à 
sensação de prazer e motivação. 
Gazzaniga e Heatherton (2005) lembram que na maioria das vezes que 
fazemos algo agradável, o prazer obtido é consequência da ativação de neurônios 
da dopamina no NA. A apreciação da comida depende da atividade do referido 
mensageiro químico, o que enseja considerar que a fome está relacionada à 
 
 
8 
liberação de dopamina. Os dois psicólogos, professores e neurocientistas 
destacam que a comida tem melhor sabor na fome e a água é mais 
recompensadora na sede porque existe maior liberação de dopamina em 
situações de privação do que de não privação. 
2.5 Área tegmental 
O núcleo accumbens recebe informações de uma outra estrutura localizada 
na parte superior do tronco encefálico, a área tegmental ventral (ATV). Trata-se 
de um grupo de neurônios particularmente importante no circuito de recompensa, 
por fazer parte de um circuito de mensagens de várias outras regiões sobre o grau 
de satisfação das necessidades básicas, ou mais especificamente humanas. 
A transmissão da ATV para o NA ocorre graças ao mensageiro químico que 
vem ocupando nossa atenção neste encontro, a dopamina. O aumento deste 
neurotransmissor no núcleo accumbens e em outras regiões terá então um efeito 
reforçador sobre comportamentos que nos permitem satisfazer nossas 
necessidades básicas. 
TEMA 3 – A QUÍMICA CEREBRAL NA RECOMPENSA 
Substâncias químicas produzidas no interior de organismos e liberadas 
interna ou externamente produzem respostas tanto internas como externas. A 
comunicação possibilitada por estas substâncias em mensagens regulares e 
rápidas afeta o modo como o indivíduo se sente e funciona. Este modo de 
comunicação corresponde a eventos no ambiente que evocam uma percepção 
fisiológica ou comportamental e que para ocorrer enseja a existência de um 
emissore um receptor da informação. Entre as substâncias químicas que nos 
interessam para compreender os mecanismos de funcionamento dos sistemas de 
recompensa estão os feromônios, os hormônios e os neurotransmissores. 
3.1 Feromônios 
Podemos considerar que feromônios são quaisquer sinais químicos usados 
na comunicação entre indivíduos de uma espécie, sinais estes produzidos de 
forma endógena em quantidades mínimas por organismo. Na definição de 
Gazzaniga e Heatherton (2005, p. 162), “os feromônios são substâncias químicas 
liberadas por animais, incluindo provavelmente os humanos” que desencadeiam 
 
 
9 
reações fisiológicas ou comportamentais. Neste entendimento, estas substâncias 
não eliciam “cheiros” conscientes, mas se processam de modo similar aos 
estímulos olfatórios. 
Para algumas espécies, os feromônios são essenciais para a sobrevivência 
e a interação social. Entre as formigas, por exemplo, há um tipo determinado de 
feromônio que faz um indivíduo seguir atrás do outro alinhadamente em busca de 
comida. Trata-se do “feromônio recrutador”, mas dependendo de qual seja a 
comunicação, cria-se uma expectativa de resposta a ser produzida em diferentes 
situações como autodefesa, acasalamento ou alimentação, por exemplo, em que 
ele exerce o papel respectivo de “feromônio sinalizador”, “feromônio excitador” ou 
“feromônio desencadeador”. 
Alguns estudos relacionados aos feromônios têm apontado a participação 
dessas substâncias na recompensa. Num deles, publicado da revista Frontiers in 
Neuroanatomy e produzido por pesquisadores da Universitat de Valencia da 
Universitat Jaume I, ratas são atraídas pelos feromônios masculinos. Nesta 
condição, ocorre uma liberação de dopamina no núcleo accumbens do cérebro, a 
região que controla o comportamento direcionado à aquisição de recompensas 
(Sánchez-Catalán, 2017). 
Sabe-se que existem diferentes formas dos feromônios serem excretados: 
alerta de perigo, sinalização de comida, encontrar um parceiro. Há um debate em 
vigência sobre a existência desta substância em seres humanos, e o que se 
evidencia é o crédito que cientistas e pesquisadores dão ao potencial humano de 
se comunicar com outros pela produção de feromônios, algo que merece mais 
estudos. 
3.2 Hormônios 
Se os feromônios são produzidos internamente e funcionam fora do corpo, 
os hormônios são produzidos e agem dentro do corpo de um organismo. Eles 
também atuam como mensageiros químicos e sua produção se dá por meio de 
glândulas endócrinas que viajam pela corrente sanguínea e afetam outros tecidos 
(Myers; DeWall, 2022). 
Quando falamos do hipotálamo anteriormente, destacamos que a tarefa de 
monitorar o organismo faz com que esta estrutura regule a química do sangue e 
as ordens do cérebro. Imagine um movimento sináptico do córtex pré-frontal em 
que o pensamento é voltado para o sexo. Nesta condição, o hipotálamo secreta 
 
 
10 
hormônios que ativam a chamada glândula mestra do sistema endócrino — a 
hipófise, que ativa a liberação de hormônios que por sua vez darão ênfase à ideia 
de sexo no córtex cerebral. 
É importante que se ressalte a condição de peça-chave do hipotálamo em 
relação aos hormônios. Tieppo (2021) enfatiza que é por ele que ocorre a 
secreção de praticamente todos os hormônios do corpo humano, incluindo-se 
aqueles secretados pelo córtex da glândula suprarrenal, que libera os 
corticosteroides, hormônios que orquestram respostas fisiológicas em situações 
estressantes. 
Os hormônios, a exemplo dos neurotransmissores que veremos a seguir, 
como se percebe, transportam sinais de uma parte do corpo para outra e ocupa 
papel relevante na fisiologia do corpo, controlando uma variedade de funções, 
sejam físicas, sejam psicológicas, onde se inclui o nosso humor, padrões 
alimentares e ciclos do sono. 
3.3 Neurotransmissores 
Entre os aspectos que diferenciam neurotransmissores de hormônios, está 
o fato de que estes se incluem no sistema endócrino e aqueles no sistema 
nervoso. Considera-se que a comunicação via neurotransmissores pelo sistema 
nervoso é mais imediata, ocorrendo de um neurônio pré-sináptico que cruza a 
sinapse e é recebido pelo neurônio pós-sináptico que transmite o impulso nervoso. 
Já os hormônios atuam na comunicação celular pelo envio de sinais entre tecidos 
distantes, que são despejados diretamente no sangue e dirigem-se ao alvo. 
Nos últimos quarenta anos, vários progressos aconteceram na 
identificação dos neurotransmissores e suas funções. Gazzaniga e Heatherton 
(2005) postulam que até um certo tempo acreditava-se haver poucas destas 
substâncias envolvidas com a atividade cerebral. Hoje, estima-se que mais de 
cem diferentes tipos de neurotransmissores desempenham papel significativo na 
atividade mental e comportamento. Há um interesse visível entre os cientistas em 
estudar comportamentos recompensadores associados ao neurotransmissor 
chamado dopamina no núcleo accumbens. 
Os neurotransmissores são, portanto, os protagonistas no transporte de 
sinais entre neurônios. Eagleman (2017) argumenta que dependendo do histórico 
da atividade, as conexões podem ser mais fracas ou mais fortes. Quando 
enfraquece, a conexão murcha e desaparece; quando se fortalece, origina novas 
 
 
11 
conexões. Nesta dinâmica, parte da reconfiguração é orientada por sistemas de 
recompensa que colocam em destaque a dopamina. Atuando como mediadores, 
os neurotransmissores exercem a função de correio. Além da dopamina, são 
exemplos a noradrenalina, a histamina, a tirosina e a serotonina, que é ligada à 
felicidade por transmitir a sensação de bem-estar, ajudar a conciliar o sono e por 
reduzir o desejo exagerado de doces (Fernandes, 2016). 
TEMA 4 – O NEUROTRANSMISSOR DO PRAZER E OUTRAS SUBSTÂNCIAS 
4.1 Dopamina 
A dopamina, muitas vezes referida como “neurotransmissor do prazer”, é 
uma das substâncias químicas mais conhecidas do sistema nervoso. Sua função 
principal é ativar os circuitos de recompensa do cérebro, além de outras funções 
menos conhecidas. Ela atua tanto na ativação quanto na inibição da atividade 
cerebral dependendo do lugar em que é liberada. 
Se uma pessoa come quando está com fome, bebe quando tem sede ou 
faz sexo quando está excitada, ela ativa os receptores de dopamina e vivencia o 
prazer (Gazzaniga; Heatherton, 2005). Algumas drogas têm papel agonista em 
relação à dopamina. Os autores afirmam num exemplo que a cocaína bloqueia a 
reabsorção de dopamina nas vesículas pré-sinápticas e possibilita um efeito mais 
prolongado da dopamina sobre os receptores pós-sinápticos, ensejando uma 
excitação aumentada e a sentimentos de euforia. Ratos em experimentos 
aprendem rapidamente a se autoadministrar cocaína, o que reforça a ideia das 
qualidades recompensatórias. 
Eagleman (2017) ilustra o papel da dopamina num passeio ao parque. A 
pessoa faz uma previsão no cérebro quando será recompensador ir até aquele 
local. Se lá estiverem amigos e por consequência o passeio for melhor do que a 
pessoa esperava, haverá um aumento da avaliação na próxima vez em que ela 
tomar esta decisão. Se por outro lado, o parque mostrar abandono e chover a 
avaliação na próxima ocasião será menor. Isso é explicado pelo grupo de células 
no mesencéfalo que falam a língua da dopamina. Diante de um descompasso 
entre expectativa e realidade, a dopamina transmite um sinal que reavalia o nível 
do valor. Se as coisas ocorreram melhor do que o esperado, há um aumento 
explosivo de dopamina; se foi pior, há uma diminuição da substância. Ocorre um 
ajuste de expectativa para a próxima vez se aproximar mais da realidade. A 
 
 
12 
dopamina age como corretora de erros: uma avaliadora química que atualiza 
avaliações. 
A dopamina é, portanto, uma moduladora final de entradas físicas e 
psíquicas. Neurônios dopaminérgicos (principal fonte de dopamina) modulam a 
hierarquia das estruturas corticais e subcorticais a fim de que a açãodesejada 
(motora, se for algo como correr ou andar, ou psíquica, se exigir atenção) possa 
ser realizada. Como dissemos, a dopamina é o modulador final de entradas físicas 
e psíquicas. Isso significa que, dependendo das informações recebidas a 
montante, neurônios dopaminérgicos modulam a hierarquia das estruturas 
corticais e subcorticais para que a ação desejada (motora, se for uma questão de 
correr ou andar, ou psíquica, se for uma questão de concentrar a atenção) pode 
ser realizada (Tassin, 2021). 
4.2 Outras substâncias químicas 
Outras substâncias não tão referidas à recompensa, como a dopamina, são 
citadas pelas sensações de alegria, gratificação e bem-estar. Liberados pelo 
próprio organismo, apresentam-se em determinadas situações e são observados, 
por exemplo, em práticas esportivas, meditação e outros. Entre eles, estão a 
serotonina, a endorfina e a ocitocina. 
A exemplo da dopamina, a serotonina tem função moduladora e atua em 
diferentes regiões do cérebro. Sua relevância é observada em estados 
emocionais, controle de impulsos e no sonhar. Pessoas com baixos níveis de 
serotonina podem apresentar humor triste e estado de ansiedade; algumas 
sentem voracidade por alimentos e também agressividade. Ela também é referida 
na mediação de funções fisiológicas importantes, como os movimentos 
peristálticos, a manutenção da circulação sanguínea e a integridade 
cardiovascular. 
A endorfina atua na redução natural da dor e na recompensa. Ao atuar nas 
células nervosas específicas, nos faz sentir menos desconforto. Além disso, ela 
ajuda a controlar a resposta do corpo ao estresse. Pesquisas apontam ainda 
potencial para inibir o crescimento de células cancerígenas e equilibrar a produção 
de outros hormônios. Esta substância está associada ao humor eufórico, condição 
que nos ajuda a entender por que drogas como a heroína ou a morfina, que imitam 
as endorfinas, quando se unem aos seus receptores tornam-se aditivas 
(Gazzaniga; Heatherton, 2005). 
 
 
13 
A ocitocina é ligada à redução da ansiedade e insegurança, sendo 
chamada de hormônio do amor. Muitas pesquisas também indicam a ligação entre 
a ocitocina e a saúde sexual, potencializando o desejo sexual feminino e o 
orgasmo masculino. Ela também está presente na hora do parto, estimulando as 
contrações do útero e a liberação do primeiro leite. Pliszka (2004) reporta que 
quando a ocitocina é liberada em fêmeas prenhas, ela provoca contrações 
uterinas e desencadeia a lactação. Ele também afirma que o som do choro do 
bebê, leva neurônios hipotalâmicos a liberar ocitocina.. 
TEMA 5 – AMOR, BEM-ESTAR E APEGO EM CIRCUITOS NEUROQUÍMICOS 
As duas amigas da faculdade, que por vezes aparecem em nosso estudo, 
se reuniram para estudar para uma prova de Neuropsicologia. Na casa de Helena, 
num pequeno intervalo para o café, Célia passou a fazer confidências de sua 
experiência amorosa com Nestor, até que a amiga disse: 
— O que você acha de ligar a sua história ao que estamos aprendendo no 
curso? 
— Como assim, Helena? 
— Você já está há algum tempo namorando o Nestor, lembro como tudo 
isso iniciou. Aí tem circuitos neurais, tem neurotransmissores, tem cérebro. Vamos 
reconstruir um pouco da sua história por este caminho? Quais as etapas deste 
circuito? 
— Quatro ou cinco. 
— Não, Célia, deve haver mais! 
— Sim, claro, mas estou me referindo ao início de tudo no meu caso, claro. 
Celia rememorou o momento em que se interessou por Nestor. Eles já se 
conheciam da faculdade, mas não tinham proximidade. Um dia em que foi 
caminhar no Parque Barigui, reparou em Nestor correndo. Ele vestia uma 
camiseta preta t-shirt running com lateral e manga estampados em azul claro. 
Nunca o vira daquele jeito, charmoso, olhos no horizonte, peito se alargando nas 
passadas, braços a se mexer graciosamente. Ficou admirando a corrida até ele 
se perder ao longe. 
— Aquela visão produziu dopamina no meu cérebro, que me levou a vir ao 
parque durante a semana mais três vezes no mesmo horário até vê-lo de novo. 
A atração que uma pessoa sente por outra envolve paixão, motivação e 
prazer, estados ativadores de estruturas num circuito cerebral vinculado à 
 
 
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recompensa em ações repetitivas que a aproximem do alvo da atração. Quando 
voltou ao parque no outro dia e reparou Nestor, Célia voltou a sentir o efeito da 
dopamina. Dali para frente, o córtex pré-frontal (CPF), o núcleo accumbens (NA) 
e a área tegmental ventral (ATV) viriam a ser ativados. No início de tudo, disse 
ela, a sensação de prazer ativa a produção de neurotransmissores (neste caso, a 
dopamina), desencadeando o sistema de recompensa. 
Célia “deu um jeito” de se mostrar visualmente e Nestor parou a fim de 
cumprimentá-la, o que lhe provocou uma situação interna típica àqueles 
momentos em que os níveis de dopamina no NA do cérebro aumentam pela 
projeção de neurônios que viajam na via mesolímbica por meio da ATV. 
Quando começou a conversar com Nestor, Célia vivenciou em seu cérebro 
movimentos neurais que levaram a informação ao CPF, que a fez pensar se não 
estava se oferecendo, se ele estava sendo gentil, se valia ou não valia a pena ter 
buscado encontrá-lo. Neste ponto, lembrou de alguns olhares trocados na 
faculdade, em alguém que com ele se encontrou, em trabalhos que ele 
apresentou, ao mesmo tempo que olhava seu porte físico, seu sorriso cúmplice. 
Isso tudo movimentava seu cérebro sobre o passo seguinte. As mensagens 
chegadas ao CPF são trabalhadas na atenção, memória, motivação e 
planejamento de ação. Neste processo de modulação, o cérebro prepara-se para 
colocar o lado racional frente ao lado emocional. 
À medida que avançou no bate-papo, Célia pensou: “será que eu quero 
estar com ele?”. “Será que eu já gostava dele antes sem me dar conta?” Neste 
momento — disse a Helena —, é quando o córtex pré-frontal desfila suas razões 
e a área tegmental ventral expõe suas emoções. 
A conversa se estendeu. Ele pareceu até esquecer que a corrida fora 
interrompida e por um momento colocou a mão nos ombros de Célia. Nesse 
instante, ela sentiu o pulso acelerar, a respiração mudar e as bochechas a 
esquentar (o que estava acontecendo?). Célia, não falou numa quinta etapa, 
apenas disse que no seu caso a emoção do amor venceu, o que levou Helena a 
perguntar: 
— Mas, e aquilo que aconteceu em setembro passado, que você teve uma 
crise de ciúme, disse que iria acabar o namoro e coisa e tal? 
— Menina, aquilo foi quando eu inventei de achar que estava muito gorda 
e resolvi fazer uma dieta. Naqueles dias, passei mal, fui ao médico e ele me disse 
que eu estava carente de vitamina B. Fui ao psicólogo, ao neurologista e me 
disseram que provavelmente eu estava com problemas de serotonina. 
 
 
15 
— Sei, aí você tomou fluoxetina? 
— Negativo. Basicamente, decidi mudar meus hábitos, passei a comer 
alimentos ricos em triptofano (aquela substância que produz serotonina) na minha 
alimentação, passei a caminhar mais vezes no parque. Depois disso, sabe o que 
aconteceu? Diminuiu minha irritabilidade, a insônia, os problemas 
gastrointestinais e entendi que meus ciúmes do Nestor era uma coisa minha, 
boba. Na verdade, amiga, o curso que estamos fazendo na faculdade me ajudou 
nisso. Quando pensei nisso nesse assunto, lembrei de alguns livros que nós lemos 
falando sobre a diminuição de neurotransmissores nas fendas sinápticas, coisa 
que acontecia comigo. 
Célia se referia a coisas do tipo neurônios não produzirem o suficiente de 
um neurotransmissor específico, desativação por enzima, reabsorção muito 
rápida e, no seu caso, pelo que entendeu do que ouviu dos profissionais, era a 
falta da serotonina. Em determinadas situações em que as pessoas não denotam 
bem-estar, elas podem estar carentes deste neurotransmissor. Isso pode estar 
relacionado ao que Fernandes (2016) explica quando fala em desequilíbrio 
químico de serotonina: pouca presença de serotoninanas lacunas sinápticas, 
fazendo com que as vias serotonérgicas no cérebro fiquem: <hipoativas. 
— Célia, você e o Nestor estão namorando há um ano e meio, e em um 
ano nos formamos. Você pensa em alguma coisa séria? Ainda está loucamente 
apaixonada por ele? 
— Olha, a minha dopamina não está mais disparando. Isso não significa 
que nós nos desapaixonamos, mas que temos que seguir em frente. Ao que tudo 
indica, vamos nos casar, sim, no momento certo. No início, era aquela atração 
física; hoje, eu gosto dele como um todo. Existe um amor companheiro na nossa 
relação. Você sabe que se uma pessoa ficar só dominada pela dopamina, ela não 
fica satisfeita por muito tempo, existem os outros neurotransmissores. Eu acho 
que a ocitocina entrou em campo; acredito que ela me ajuda a reduzir a 
ansiedade, me dá confiança, me ajuda a ter conexões com pessoas como você. 
Minha recaptação está ok, acredito. 
— É verdade. Esta coisa de reabsorção do neurotransmissor é que nos 
equilibra. Se um neurotransmissor é reabsorvido por um neurônio a seguir à 
transmissão de um impulso nervoso, isso previne atividades prolongadas dele 
sobre seus receptores e enfraquece seus efeitos. E sobre a ocitocina, eu a sinto 
em mim. Não tenho namorado, nem projeto, mas amo minha família. 
 
 
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Produzida pelo hipotálamo, como a dopamina, a ocitocina está vinculada 
ao apego, sendo frequentemente apelidada de hormônio do abraço. A literatura é 
pródiga em dizer que a ocitocina ajuda a construir conexões, formando laços 
sociais que com a sua forte presença proporciona bem-estar. Para Brenan (2021), 
a falta de conexão é uma forma de estresse que faz com que o corpo libere 
ocitocina e o envie à procura de interação com outras pessoas. 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
BRENAN, D. What to Know About Oxytocin Hormone. 11 jun. 2021. Disponível 
em: <https://www.webmd.com/sex-relationships/what-to-know-about-oxytocin>. 
Acesso em: 21 abr. 2022. 
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Kindle. 
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comportamentos positivos. Unknown, [S.l.], 2016. Edição do Kindle. 
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Disponível em: 
<https://www.lescienze.it/news/2014/10/02/news/curiosit_apprendimento_cervell
o_ippocampo-2314688/>. Acesso em: 20 abr. 2022. 
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e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005. 
LENT, R. (Coord.) Neurociência da mente e do comportamento. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
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São Paulo: Abreu, 2004. 
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Dopamine Levels Evoked by Innately Attractive Male Chemosignals in the Nucleus 
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em: <https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnana.2017.00008/full>. Acesso 
em: 20 abr. 2022. 
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récompense, 2015. Disponível em: 
<https://www.santelog.com/actualites/planification-ces-neurones-de-lamygdale-
prets-tout-pour-une-recompense>. Acesso em: 19 abr. 2022. 
 
 
18 
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<https://planet-vie.ens.fr/thematiques/animaux/systeme-nerveux-et-systeme-
hormonal/le-circuit-de-la-recompense>. Acesso em: 19 abr. 2022. 
TIEPPO, C. Uma viagem pelo cérebro: a via rápida para entender neurociência. 
São Paulo: Conectomus, 2021. Edição do Kindle.

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