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Espirometria: Noções Básicas e Indicações

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Espirometria 
 NOÇÕES BÁSICAS: 
- É uma forma de medir a respiração feita por manobras de respiração 
(lentas ou com movimento de respiração forçado). 
- É avaliado tanto o volume (quantidade de ar que está ocupando espaço no 
pulmão) quanto o fluxo de ar (velocidade que o ar transita na via aérea). 
- Esse exame auxilia na prevenção, favorece diagnóstico de doenças, 
quantifica gravidade de distúrbios ventilatórios, é importante para 
segmentos de pacientes que já possuem uma doença respiratória 
conhecida. 
 
- Para a realização do exame, é necessário a colaboração e compreensão do 
paciente. 
- Equipamentos exatos (calibrados com exatidão). 
- Técnicas padronizadas aplicadas por pessoal especialmente treinado. 
 
- Capacidade pulmonar total (CPT) = Tudo que cabe de ar no pulmão. 
- Volume residual (VR) = É o volume de ar que permanece no pulmão 
mesmo com uma manobra que force o esvaziamento completo do pulmão. Não 
é analisado na espirometria. 
- Capacidade vital forçada (CVF) = É a CPT – VR. É o que é analisado no 
exame de espirometria. 
 
 
 
 
 
Giovanna Lopes 
 
 
 
 
 ÍNDICES ESPIROMÉTRICOS: 
 
 
 
 
 
- Em crianças, são usadas outras medidas em razão de terem um período de 
expiração mais curto e um pulmão mais elástico e complacente. 
 
 
- Também tem relação com a manobra forçada. 
- Muito utilizado na conduta de asma, existem aparelhos separados só para 
medir o PFE. 
 
 
- É a relação entre VEF1 e CVF. 
- O VEF1 é uma medida retirada da CVF. 
- Em um paciente com obstrução do fluxo de ar (DPOC, asma...) tem um 
primeiro segundo de expiração muito ruim. 
 
 ETAPAS DO EXAME: 
 
- O recomendado é abranger as duas etapas, mas para algumas rotinas 
ocupacionais pode-se fazer apenas a primeira etapa (principalmente para 
pacientes que estão apenas em monitoramento para o surgimento precoce de 
doenças). 
- 4 jatinhos da bombinha em adulto e 2 em crianças. 
 
 INDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA: 
 
 
 
 CONTRAINDICAÇÕES DA ESPIROMETRIA: 
- INFECÇÕES DOLOROSAS DO OUVIDO = risco de ruptura da 
membrana timpânica por pressão durante o esforço do sopro. Reagendar 
somente após a resolução do quadro. 
- CIRURGIAS ABDOMINAIS E TORÁCICAS RECENTES = risco de 
herniações. Reagendar somente após 3 meses da cirurgia. 
- ANEURISMA DE AORTA OU CEREBRAL = risco de dissecção. 
Contraindicação permanente. 
- DESCOLAMENTO DE RETINA = risco de extensão do descolamento. 
Contraindicação permanente. 
- INFARTO OU AVC = risco de novo evento. Reagendar apenas 3 meses 
após o evento. 
- HEMOPTISE = risco de novo evento pelo esforço do sopro. Reagendar 
apenas 1 mês após o último episódio. 
- PNEUMOTÓRAX = reagendar após a liberação do pneumologista ou 
cirurgião torácico. Geralmente 2 a 4 semanas – tratamento conservador 
(pneumotórax pequeno). 3 meses em casos de drenagem torácica. 
Contraindicação relativa. 
- CIRURGIA NOS OLHOS = reagendar após 3 meses do procedimento. 
- GESTANTES = pacientes com risco de abortamento e pacientes com pré-
eclâmpsia. 
- EMBOLIA PULMONAR (TEP) = contraindicação absoluta na fase aguda. 
Relativa na fase crônica. 
 
- Quadro gripal, resfriado... 
- Alguns vírus respiratórios podem alterar os valores do exame e podem 
provocar uma hiper-reatividade brônquica transitória (mesmo em pacientes 
sem história de asma), gerando um falso positivo (achar que o paciente tem 
uma doença obstrutiva, mas na verdade ser algo temporário induzido por 
vírus). 
- Fazer o exame em um “tempo ruim” para o paciente com DPOC, onde o 
paciente está clinicamente pior, pode haver uma interpretação errônea de 
queda abrupta da função pulmonar, mas na verdade é somente pela infecção 
viral). 
 
 VALORES DE REFERÊNCIA: 
- Cada local e cada população possui características diferentes, o que vai 
interferir nos valores da espirometria e seus componentes. 
- Existem variações de acordo com a altura, idade, gênero, etnia... 
- Cada país foi gerando valores do que se considera normal para a sua 
população em particular. Para cada população foi estudado o padrão de 
normalidade. 
º VALORES PREDITOS OU PREVISTOS: É uma mediana do que é normal 
para aquela população. As variáveis que interferem são: altura, raça, 
idade, sexo. 
 
- Levantamentos feitos que ajudaram a criar os valores preditos da 
população brasileira (muito miscigenada) = aumento da sensibilidade dos 
testes. 
º LIMITE INFERIOR NORMAL: Qual é o valor mínimo para cada variável 
que é aceito como normal. 
 
 TIPOS DE CURVAS: 
 
 
- Curva ascendente = expiração 
- Pico de fluxo 
- Alça inspiratória 
 
 O QUE É UM DISTÚRBIO OBSTRUTIVO: 
- Alteração do fluxo de ar do paciente, dificultando a saída/entrada do ar. 
- Isso gera um volume residual aumentado = muito aprisionamento de ar. 
- Quanto mais grave for a obstrução = mais volume residual o paciente vai 
ter. 
- Às vezes, o volume residual fica tão grande que é capaz de compactar a 
CVF (a qual fica diminuída não porquê o paciente perdeu volume, mas porquê 
o aprisionamento de ar está muito grande). 
 
 
 O QUE É UM DISTÚRBIO RESTRITIVO: 
- É quando há diminuição da capacidade pulmonar total (volume pulmonar). 
- É qualquer processo que interfira com a ação de fole dos pulmões ou da 
parede torácica. 
- Deslocamento ou fibrose do parênquima. 
- Afecções que afetam a parede torácica ou os músculos respiratórios. 
- Não será possível mensurar a capacidade pulmonar total por meio da 
espirometria. A única coisa que dá pra medir é a capacidade vital forçada 
(CVF). 
 
 O QUE É UM DISTÚRBIO MISTO (COMBINADO): 
- É a combinação de Distúrbio Obstrutivo e Distúrbio Restritivo. 
- Por exemplo: um paciente que tenha fibrose pulmonar + DPOC. 
 
 
 
 O QUE É UM DISTÚRBIO INESPECÍFICO: 
- 42% dos casos tidos como restritivos (CVF reduzida) pela espirometria, a 
CPT não estava reduzida. Estes distúrbios devem ser chamados de 
inespecíficos. 
- A CVF constitui a maior parte da CPT, de modo que reduções acentuadas 
da CVF na ausência de obstrução ao fluxo aéreo devem refletir a CPT 
reduzida. 
- Todos os pacientes com CVF menor ou igual a 50% (ponto de corte) 
tinham distúrbio ventilatório restritivo (isso deve estar relacionado com a 
clínica do paciente). 
- Na presença de aparente distúrbio restritivo, pela espirometria, e na falta 
de medida da CPT, o laudo de distúrbio ventilatório inespecífico será 
preferível se todos os abaixo estiverem presentes: 
1) ausência de dados indicativos de doença restritiva (especialmente 
intersticiais), ou se a suspeita clínica for de asma ou DPOC. 
2) CV maior que 50% do previsto. 
3) CVF após broncodilatador ainda reduzida (a normalização após 
broncodilatador exclui distúrbio restritivo). 
4) FEF25-75/CVF não elevado (menor do que 150% do previsto). 
5) Difusão normal. Se a difusão for disponível e for reduzida, 
provavelmente trata-se de doença intersticial. A CPT, medida a partir 
da manobra única da difusão, poderá auxiliar na interpretação. 
 
 PRINCIPAIS FORMATOS ANORMAIS DE CURVAS: 
 
- A depender do distúrbio observado, a curva vai ter um formato diferente 
do normal. 
- Obstrução = Fluxo mais lento no começo. A curva fica mais próxima do 
eixo (“mordida”). Subida mais lenta no 1º segundo. 
- Restrição = Achatamento da curva como um todo pra perto do eixo. O 
paciente perde muita elasticidade do pulmão, por isso não consegue fazer o 
sopro mais longo de 6 segundos, se esgotando com 3 segundos de sopro. É 
uma curva de tempo mais curta. 
 
 PASSOS PARA INTERPRETAÇÃO DO TESTE: 
1) Identificação do paciente e dados clínicos da anamnese (o motivo 
da solicitação do teste) 
2) Há obstrução? 
3) Há redução de volume? 
4) Se sim, qual a gravidade dessas alterações? 
5) Houve variação de fluxos e volumes após broncodilatador? 
 
DVR = Distúrbio ventilatório restritivo 
DVO = Distúrbio ventilatório obstrutivo 
1º = Olhar o índice de Tiffeneau 
- Para saber se a variável estar normal ou não, deve-se avaliar o limite 
inferior e achar o ponto de corte (se a variávelnão estiver no exame, 
considerar 70% como o ponto de corte para o limite inferior – 
abaixo=alterado/acima=normal). 
2º = Olhar a CVF 
- Pacientes com CVF diminuída por conta de obstrução (aprisionamento de 
ar), tem uma discrepância entre o valor da CVF e o VEF1. 
 
 COMO CLASSIFICAR OS ACHADOS EM RELAÇÃO A GRAVIDADE: 
 
- Sempre considerar o que está pior para classificar a gravidade. 
- Acima de 60% = LEVE 
- Abaixo de 40% (com exceção do CVF) = GRAVE 
 
 COMO SABER SE HOUVE RESPOSTA AO BRONCODILATADOR: 
 
- A ideia é avaliar se o paciente possui hiper-reatividade brônquica. 
- Essa hiper-reatividade é vista principalmente nos pacientes com asma e 
nos pacientes com sobreposição de asma e DPOC (ou até mesmo um paciente 
naquelas contraindicações da espirometria). 
º Índice de Tiffeneau diminuído (obstrução presente), deve-se avaliar o 
VEF1 e o CVF (não precisa ter melhora nos 2 ao mesmo tempo para 
considerar resposta à broncodilatador). Se houver melhora de VEF1 ou de 
CVF, deve-se considerar que houve resposta. Se houver só melhora de CVF, 
o paciente teve um ganho igual ou maior que 350ml após o teste). Para o 
VEF1, o paciente deve ter uma melhora de mais de 7% e pelo menos 200ml 
de VEF1 para considerar que houve resposta broncodilatadora (deve ter as 
2 condições). 
º Índice de Tiffeneau normal (não tem obstrução), deve-se avaliar somente 
o VEF1. Se não teve uma variação importante (melhor igual ou maior que 10% 
do VEF1 após a prova broncodilatadora), ou se teve uma variação de 5% do 
pré para o pós-broncodilatador, o paciente não tem resposta 
broncodilatadora. Se o paciente tiver uma variação de 20% do VEF1 (ganhou 
500ml no pós), deve-se correlacionar com a clínica do paciente, pois a hiper-
reatividade brônquica não é algo normal de acontecer, o normal é não ter 
uma variação tão grande (nesses casos, interrogar se o paciente fez o teste 
próximo a um período gripal, se teve asma quando criança, etc.). 
 
 
 
- Mesmo que tudo dê normal, deve-se olhar se o VEF1 teve variação para 
avaliar se houve hiper-reatividade brônquica. 
 
 
 
 
 
 
- Distúrbio misto moderado

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