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SESSAO 1 DRAMA TBL

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DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
DEFINIR: PREVALÊNCIA, INCIDÊNCIA, SAZONALIDADE, 
SURTO, EPIDEMIA, ENDEMIA, PANDEMIA. 
Prevalência 
Termo descritivo da força com que subsistem as doenças 
nas coletividades, um indicador de morbidade, portanto. 
A medida mais simples de prevalência é a frequência 
absoluta dos casos de doenças. A taxa de prevalência 
constitui uma medida que permite estimar e comparar, no 
tempo e no espaço, a ocorrência de uma dada doença em 
relação a variáveis referentes à população: idade ou grupo 
etário, sexo, ocupação, etnia, entre outras. 
Operacionalmente, a taxa de prevalência pode ser 
definida como a relação entre o número de casos 
conhecidos de uma dada doença e a população, 
multiplicando-se o resultado pela base referencial da 
população, expressa usualmente como potência de 10 (ou 
10"), ou seja: 1.000 (%0), 10.000 (%00) ou 100.000 (%000). 
 
A expressão "nº de casos conhecidos de uma dada doença 
compreende os casos que subsistem, bem como inclui a 
soma de todos os "casos novos" diagnosticados desde a 
data da computação anterior. 
 expressa o numero de casos existentes de uma 
doença, em um dado momento. 
Incidência 
 A incidência de doenças em uma população P significa a 
ocorrência de casos novos relacionados à unidade de 
intervalo de tempo, dia, semana, mês ou ano. Assim, as 
expressões "três casos novos por dia ou "300 por ano" são 
relações que expressam incidência, ou seja, a intensidade 
com que estão surgindo novos doentes, seja por dia, seja 
por ano, em uma determinada comunidade. 
Operacionalmente, a taxa de incidência é definida como a 
razão entre o número de casos novos de uma doença que 
ocorre em um intervalo de tempo determinado, numa 
população delimitada exposta ao risco de adquirir a 
referida doença no mesmo período. Assim como para a 
prevalência, multiplica-se o resultado por uma potência de 
10, tomada como base referencial da população. 
 
A incidência de doenças é medida, pela contagem de 
casos emergentes e pela frequência absoluta de casos 
novos relacionados à unidade de intervalo de tempo – 
dia, semana, mês ou ano. 
Segunda medida da frequência da doença que 
corresponde a quantidade de casos novos ocorridos em 
uma determinada população e durante um certo 
período. 
Sazonalidade 
Denomina-se sazonalidade (stricto sensu) a propriedade 
segundo a qual o fenômeno considerado é periódico e 
repete-se sempre na mesma estação do ano. O fenômeno 
de algumas doenças ou agravos se repetirem sempre, ou 
com maior frequência nas mesmas estações do ano, 
meses do ano, dias da semana ou em horas do dia, é 
caracterizado como variação sazonal ou, ainda, 
estacional. 
Propriedade segundo a qual o fenômeno considerado 
é periódico e se repete sempre na mesma estação (sazão) 
do ano. Ex: diarreias em períodos quentes e doenças 
respiratórias em períodos frios. 
VARIAÇÃO CICLICA: flutuações na incidencia de uma 
doença ocorridas em um periodo maior que um ano. 
Ocorre devido flutuação no momento de susceptiveis 
devido a nascimentos, vacinação, epidemia previa. O 
conhecimento da sua repetiçao periodica é importante 
para a predição da ocorrencia da doença e portanto 
contribiu para a adoçao de medidas efetivas de controle; 
Surto 
Uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço 
extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício de 
apartamentos, bairro etc. 
epidemia de proporções reduzidas, atingindo uma 
pequena comunidade humana. Muitos restringem o uso 
do termo para o caso de instituições fechadas, outros o 
usam como sinônimo de “epidemia”. 
 
Epidemia 
Elevação progressivamente crescente, inesperada e 
descontrolada dos coeficientes de incidência de 
determinada doença, ultrapassando e reiterando valores 
acima do limiar epidêmico preestabelecido. Ocorre devido 
as alterações nos fatores relacionados ao agente, ao 
hospedeiro e ao ambiente que constitui a estrutura 
epidemiológica desta respectiva população no tempo e 
espaço determinados. 
O aparecimento de um único caso autóctone em uma 
região onde nunca tenha ocorrido ou que esteja há 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
muitos anos livre de uma determinada doença 
representa uma epidemia, pois demonstra uma alteração 
substantiva na estrutura epidemiológica relacionada a 
doença. 
Endemia 
1- qualquer doença espacialmente localizada, 
temporalmente ilimitada, habitualmente presente entre 
os membros de uma população e cujo nível de incidência 
se situe sistematicamente nos limites de uma faixa 
endêmica que foi previamente convencionada para uma 
população e época determinadas. 
2- presença constante de uma doença ou de um 
agente infeccioso em determinada área geográfica que 
pode significar também a prevalência usual de 
determinada doença nessa área. Hiperendemia significa 
transmissão intensa persistente e holoendemia um alto 
nível de infecção que começa no início da vida e afeta a 
maior parte da população; aplica-se, por exemplo, à 
malária em alguns lugares. 
3- variação da incidência de uma doença numa 
comunidade humana dentro de limites considerados 
“normais” para essa comunidade, isto é, dentro de uma 
faixa limitada por dois desvios padrão acima e abaixo da 
incidência média da doença, tomando como base certo 
número de anos anteriores. 
 
Pandemia 
A existência de grandes populações de susceptíveis aliada 
as condições extremamente facilitadas na propagação de 
um agente no ambiente, determinada por movimentos 
migratórios, facilidade de transporte, concentração de 
indivíduos etc. Pode determinar um processo epidêmico 
caracterizado por uma ampla distribuição espacial da 
doença, atingindo diversas nações ou continentes. 
Nome dado à ocorrência epidêmica caracterizada por 
uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações. 
Mortalidade 
Os indicadores de mortalidade podem ser definidos como 
razão entre frequências absolutas de óbitos e número de 
sujeitos expostos ao risco de morrer. 
 
Morbidade 
Morbidade sempre se refere a uma população 
predefinida P. Ao se identificar a população P, devem ficar 
claros os seguintes elementos: localização espacial, 
intervalo de tempo e abrangência do estudo. 
 
CARACTERIZAR AS DOENÇAS EMERGENTES E 
REEMERGENTES NO BRASIL E NA BAHIA. 
Doenças infecciosas emergentes e reemergentes são 
aquelas cuja incidência em humanos vem aumentando nas 
últimas duas décadas ou ameaça aumentar num futuro 
próximo. Ao tentar especificar mais esta noção, verificam-
se dois principais focos de atenção: o surgimento ou 
identificação de novos problemas de saúde e novos 
agentes infecciosos; e a mudança no comportamento 
epidemiológico de doenças já conhecidas, incluindo a 
introdução de agentes já conhecidos em novas 
populações de hospedeiros suscetíveis. 
São potencializadores dessas doenças: 
• fatores demográficos; • fatores sociais e políticos; 
• fatores econômicos; • fatores ambientais; 
• fatores relacionados ao desempenho do setor saúde; 
• fatores relacionados às mudanças e adaptação dos 
microrganismos e 
• manipulação de microrganismos com vistas ao 
desenvolvimento de armas biológicas. 
 
Modelos de desenvolvimento econômico 
determinando alterações ambientais, migrações, 
processos de urbanização sem adequada infraestrutura 
urbana, grande obras como hidrelétricas e rodovias; 
Fatores ambientais como desmatamento, mudanças 
climáticas, secas e inundações; 
Aumento do intercâmbio internacional, que assume o 
papel de "vetor cultural" na disseminação das doenças 
infecciosas; 
Ineficácia das estratégias de monitoramento e 
controle de doenças; 
Aprimoramento das técnicas de diagnóstico, 
possibilitando diagnósticos etiológicos mais precisos; 
Processo de evolução de microrganismos: mutações 
virais, emergência de bactérias resistentes. 
 
 
 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
Doenças Emergentes surgimento ou identificação de 
um novo problema de saúde ou um novo agente 
infeccioso. Doenças que antes eram de animais e passam 
a ser de humanos começam a ser inclusas.Doenças Reemergentes Indicam mudança no 
comportamento epidemiológico de doenças já 
conhecidas, que haviam sido controladas, mas que 
voltaram a representar ameaça à saúde humana. Inclui-
se ai a introdução de agentes já conhecidos em novas 
populações de hospedeiros suscetíveis. Ex: Febre 
amarela, dengue e leishmaniose. 
DESCREVER O PERFIL DE MORBIDADE E A SAZONALIDADE 
DAS PRINCIPAIS DOENÇAS EMERGENTES E 
REEMERGENTES NO BRASIL A PARTIR DA LITERATURA 
ESTUDADA. 
Grande parcela das mortes por doenças infecciosas no 
Brasil é causada por infecções respiratórias, e as mortes 
por tais infecções se tornaram mais comuns em adultos 
que em crianças. Houve algumas reduções pronunciadas 
na mortalidade proporcional por doenças específicas – ex., 
diarreias, doenças preveníveis por vacina e pneumonia 
em crianças. As mortes por HIV/AIDS cresceram a partir 
de meados da década de 1980, a dengue apareceu como 
uma causa importante de morte, o número de mortes 
por tuberculose e doença de Chagas permaneceu estável 
e a proporção de mortes de adultos devido a infecções 
respiratórias está crescendo. 
Iniciativas de saúde pública, que incluem acesso universal 
e gratuito à vacinação, acesso ao tratamento e cuidados 
primários de saúde, que tiveram sucesso total ou parcial 
no controle das doenças preveníveis por vacinação, na 
diarreia, nas infecções respiratórias, no HIV/AIDS e na 
tuberculose – políticas equitativas–, devem ser apoiadas 
e reforçadas em face de desafios existentes e renovados, 
tais como a menor do que ideal adesão aos tratamentos e 
a emergência e a transmissão de patógenos resistentes 
aos medicamentos. 
Como descrito por Barreto e colaboradores (2011), a 
redução na mortalidade de algumas doenças infecciosas 
nem sempre são acompanhadas por um declínio similar 
na incidência. Tuberculose e HIV/AIDS, por exemplo, ainda 
são um problema de saúde pública em muitas regiões do 
país, apesar das quedas substanciais nas taxas de 
mortalidade desde meados dos anos 1990. 
Uma emergência viral, em geral, é definida como o 
surgimento de um novo patógeno para um hospedeiro, 
como o do vírus da imunodeficiência humana no século 
XX. Uma reemergência viral frequentemente se refere à 
reaparição de um patógeno depois de um longo período 
de ausência, como nas epidemias periódicas de influenza 
humana e nas pandemias 
Três etapas são necessárias para que ocorram a 
emergência e a reemergência de uma doença viral: 
1. Introdução de um patógeno viral numa nova espécie 
de hospedeiro. 
2. Adaptação do patógeno ao novo hospedeiro. 
3. Disseminação do patógeno para uma grande 
quantidade de indivíduos da nova espécie para 
desencadear surtos, epidemias ou pandemias. 
CONTROLE COM TOTAL SUCESSO: 
 - DOENÇAS PREVENÍVEIS POR VACINAÇÃO: No Brasil, o 
Programa Nacional de Imunização (PNI) tem sido muito 
exitoso, alcançando uma das mais altas taxas de 
cobertura de imunização do mundo, sem o uso de 
estratégias coercitivas. Dentre os programas rotineiros de 
vacinação universal incluem-se: BCG; poliomielite, 
sarampo, caxumba e rubéola (SCR); difteria, coqueluche 
e tétano (DPT) e mais a Haemophilus influenzae tipo b 
(Hib); hepatite B; febre amarela, rotavírus; 
pneumocócica 10 valente, HPV... 
-DIARREIA E CÓLERA: A mortalidade causada por diarreia 
teve uma queda significativa na década de 1980, com o 
uso da terapia de reidratação oral. A incidência de 
diarreia também diminuiu durante esse período, como 
resultado do aumento da oferta de água tratada e 
encanada e, em menor grau, do esgoto sanitário. Tais 
melhorias no saneamento levaram a uma mudança nos 
casos predominantes de diarreia, da bactéria 
disseminada por transmissão fecal-oral (ex., Salmonella 
spp e Shigella spp) para os vírus disseminados por 
transmissão pessoa a pessoa (particularmente os 
rotavirus, mas também adenovírus e norovírus). Em 2006, 
após estudos que demonstraram sua eficácia, a vacinação 
contra o rotavírus foi introduzida no calendário de rotina. 
- DOENÇA DE CHAGAS: A doença de Chagas é causada pelo 
protozoário Trypanosoma cruzi, cujo principal inseto 
vetor no Brasil era o Triatoma infestans, mosquito 
hematófago que, quase sempre, habita o interior das 
residências. A forma crônica da doença de Chagas (ou 
tripanossomíase americana) se manifesta como 
miocardiopatia, megaesôfago ou megacólon. O 
programa nacional de controle da doença de Chagas é um 
dos maiores sucessos do sistema de saúde pública do 
Brasil. No entanto, em razão do longo período de latência 
da doença, 3,5 milhões de indivíduos ainda têm a infecção 
crônica da doença, o que significa que o diagnóstico e o 
tratamento dos indivíduos que desenvolvem as 
manifestações graves da doença se constituem uma carga 
permanente sobre os serviços de saúde. Mesmo assim a 
taxa da forma crônica da doença está caindo, e a maioria 
das mortes acontece em pessoas com mais de 60 anos. 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
 
CONTROLE COM SUCESSO PARCIAL: 
- HIV/AIDS: Apesar de a incidência das doenças associadas 
à AIDS ter diminuído substancialmente nas grandes áreas 
urbanas, a transmissão em baixo nível ainda ocorre em 
municípios de pequeno e médio portes, o que sugere que 
os recursos alocados para o diagnóstico e tratamento 
nesses locais não são suficientes e precisam ser 
aumentados. Um desafio permanente é o de reduzir ou, 
pelo menos, evitar o crescimento da transmissão em 
populações vulneráveis, como homens que fazem sexo 
com homens, usuários de drogas injetáveis ou não 
injetáveis e profissionais do sexo. O acesso gratuito e 
universal ao tratamento antirretroviral representa um 
feito formidável do sistema de saúde no Brasil. No 
entanto, os inegáveis ganhos têm sido colocados à prova 
pelo aumento lento, mas progressivo, da resistência e dos 
efeitos colaterais associados à maioria das drogas, 
especialmente aqueles associados às consequências de 
longo-prazo do uso continuado de uma droga, como os 
efeitos metabólicos (ex., resistência à insulina e 
dislipidemias) e problemas cardiovasculares. 
 As iniciativas de controle do HIV no Brasil incluem a 
prevenção da transmissão mãe-bebê (com a realização de 
testes e profilaxia durante o pré-natal) e o tratamento de 
crianças e adolescentes com HIV/AIDS. Assim tendo queda 
da infecção por essa via, as mães que não fazem os testes 
antes, pode se realizar o diagnostico com testes rápidos 
no periparto, assim aumentando a sobrevida e qualidade 
de vida das crianças. 
- HEPATITES A E B: Nas duas últimas décadas, evidenciou-
se uma redução na transmissão das hepatites A e B, 
apesar dessa queda ainda não ser aparente nos dados de 
vigilância. 
- HANSENÍASE : É detectada em todos os estados do Brasil, 
mas sua incidência é mais relatada na região amazônica 
e em alguns centros urbanos da região Nordeste; Como o 
período de incubação da hanseníase é longo, o padrão 
geográfico de ocorrência está relacionado aos níveis de 
transmissão históricos e a outros determinantes 
epidemiológicos (ex., padrões de migração), que são 
pouco conhecidos. 
Após a introdução da terapia multidrogas, que é ofertada 
gratuitamente a pacientes com hanseníase pelo SUS, a 
prevalência da hanseníase no Brasil caiu. É necessária a 
identificação de novas formas de controle da hanseníase 
(em outras palavras, de interrupção da transmissão), da 
mesma forma que é fundamental mantê-la como uma 
prioridade mundial para a saúde pública e em termos de 
pesquisas, a fim de evitar a queda do interesse e do apoio 
financeiro para pesquisa, prevenção e cuidados. 
-TUBERCULOSE: associado à infecção pelo HIV, 
parcialmente revertido pela difusão da terapia 
antirretroviral, o número de ocorrências da tuberculose 
caiu lenta, mas firmemente, nas duas últimas décadas. 
Por mais que sejam oferecidas orientações claras com 
relação ao diagnóstico e tratamento da tuberculose, o 
tempo decorrente entre o início dos sintomas e o 
diagnóstico/tratamento ainda varia entre e dentro das 
regiões, e a reorganização do sistema de saúde ainda nãoresultou em diagnósticos uniformemente precoces para 
a tuberculose. 
A realização do tratamento completo é essencial para o 
controle da tuberculose e é cuidadosamente monitorado 
e registrado nas bases de dado do SINAN; O Brasil tem um 
Programa de Saúde da Família muito exitoso e existem 
planos para incluir o monitoramento da tuberculose nas 
suas atividades e, desse modo, ampliar a cobertura do 
tratamento supervisionado.O Ministério da Saúde agora 
recomenda o uso do teste rápido de diagnóstico do HIV 
para todos os pacientes com tuberculose nas duas 
primeiras semanas do tratamento. 
- ESQUISTOSSOMOSE: A única espécie de esquistossomo 
existente no Brasil é o Schistosoma mansoni. A 
transmissão envolve caramujos de água doce como 
hospedeiros intermediários e acontece especialmente na 
região Nordeste, em áreas rurais ou em áreas urbanas 
periféricas. No Brasil, o programa de controle da 
esquistossomose teve início em 1975, sendo um programa 
vertical e baseado no tratamento em massa. Grande parte 
da redução na prevalência da esquistossomose é 
atribuída às melhorias no acesso à água tratada e ao 
saneamento, o que quer dizer que as pessoas agora têm 
menos contato com cursos de água, potenciais criadouros 
de caramujos hospedeiros; o tratamento em massa, 
provavelmente, contribuiu para a diminuição da 
gravidade da doença e pode ter cooperado para a queda 
na transmissão. 
 - MALÁRIA: é um problema de saúde pública no Brasil, 
com aproximadamente 300.000 novos casos registrados a 
cada ano. O Plasmodium vivax responde por mais de 80% 
dos casos e o Plasmodium falciparum representa menos 
de 20%, diferentemente do período entre 1960-88, 
quando as prevalências de ambas as espécies eram 
bastante parecidas. A taxa de letalidade para malária – 
que é de menos de 1% desde 1960 – diminuiu 
expresivamente nos últimos dez anos, talvez devido à 
melhora no acesso ao diagnóstico e ao tratamento, que 
são ofertados de graça. Os protocolos de tratamento 
padronizados mantiveram baixos os níveis de resistência 
aos medicamentos e muito trabalho tem sido empregado 
para o desenvolvimento de novas drogas; Quase a 
totalidade (99%; 315.809 casos) de casos de malária é 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
registrada na área da Amazônia legal, onde fatores 
geográficos, econômicos e sociais facilitam a transmissão 
e limitam a aplicação de medidas de controle-padrão. 
CONTROLE FRACASSADO: 
- DENGUE: a incidência dessa doença tem aumentado, 
com uma sucessão de epidemias e uma crescente 
proporção dos pacientes acometidos apresenta a forma 
grave da doença, a febre hemorrágica da dengue. O 
cenário para o controle dessa doença não é estimulante. 
A redução da densidade do A aegypti, elo principal da 
cadeia de transmissão, ainda permanece como um 
desafio; Durante as epidemias, as iniciativas de saúde 
pública do Brasil visam ao aumento da conscientização 
acerca dos sinais e sintomas da doença, com o propósito 
de facilitar a chegada mais cedo aos serviços de saúde 
para permitir diagnóstico e tratamento precoces das 
formas severas. 
 
- LEISHMANIOSE VISCERAL: No Brasil, a incidência de 
leishmaniose visceral, também conhecida como calazar, é 
alta, com uma média de dois casos por 100.000 habitantes 
por ano. A doença tem manifestações graves e, às vezes, é 
letal em crianças. 
A taxa de letalidade da leishmaniose visceral no Brasil tem 
variado de 3,2% a 6,9% nos últimos dez anos. A 
leishmaniose visceral é uma doença causada pelo 
protozoário parasita L chagasi e é transmitida por 
flebotomínios. Cidades pequenas, médias e grandes já 
foram afetadas, inclusive algumas capitais de estado 
como Teresina (na região Nordeste), Belo Horizonte (na 
região Sudeste) e Campo Grande (na região Centro-
Oeste). O controle da leishmaniose visceral no Brasil tem 
enfatizado controle do vetor e a eliminação de animais 
que são um reservatório para a doença, mas as estratégias 
e tecnologias disponíveis até o presente obtiveram pouco 
efeito. O tratamento para a doença é demorado e deve 
ser realizado sob supervisão médica por ser altamente 
tóxico, limitando o acesso especialmente em áreas rurais 
isoladas. 
 CARACTERIZAR ZOONOSES E AS RESPECTIVAS 
ESTRATÉGIAS DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE. 
ZOONOSE: infecção ou doença infecciosa transmissível, 
sob condições naturais, de homens a animais e vice-
versa. 
ZOONOSE DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA: 
zoonose de risco iminente de transmissão para a 
população humana, que apresente impacto na saúde 
coletiva quanto a sua magnitude, transcendência, 
potencial de disseminação, gravidade, severidade e 
vulnerabilidade, referentes ao processo epidemiológico 
de instalação, transmissão e manutenção, considerando 
a população exposta, a espécie animal envolvida, a área 
afetada (alvo), em tempo determinado. 
AS ZOONOSES MONITORADAS POR PROGRAMAS 
NACIONAIS DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DO MINISTÉRIO 
DA SAÚDE SÃO: peste, leptospirose, febre maculosa 
brasileira, hantavirose, doença de Chagas, febre amarela, 
febre de chikungunya e febre do Nilo Ocidental. Dengue e 
malária. 
AS ZOONOSES DE RELEVÂNCIA REGIONAL OU LOCAL: 
apresentam incidência e prevalência numa determinada 
área do território brasileiro, mas de magnitude, 
transcendência, severidade, gravidade, vulnerabilidade e 
potencial de disseminação também somente em nível 
regional ou local, são: toxoplasmose, esporotricose, 
ancilostomíase, toxocaríase (larva migrans cutânea e 
visceral), histoplasmose, criptococose, complexo 
equinococose – hidatidose, entre outras. 
AS ZOONOSES EMERGENTES OU REEMERGENTES: 
doenças novas (exóticas) e aquelas que reaparecem após 
período de declínio significativo ou com risco de aumento 
no futuro próximo, promovendo significativo impacto 
sobre o ser humano, devido à sua gravidade e à 
potencialidade de deixar sequelas e morte. Tais doenças 
podem ser incidentes ou prevalentes em outros países, e 
de alguma forma, envolvem uma ou mais espécies de 
animais no seu ciclo de transmissão, sendo introduzidas 
no Brasil por meio da entrada de pessoa(s), animal(is) ou 
de fômite(s) infectados. 
Toda ação, atividade e estratégia de vigilância, prevenção 
e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, 
desenvolvidas e executadas pela área de vigilância de 
zoonoses, devem ser precedidas por levantamento do 
contexto de impacto na saúde pública, por meio de 
avaliação da magnitude, da transcendência, do potencial 
de disseminação, da gravidade, da severidade e da 
vulnerabilidade referentes ao processo epidemiológico 
de instalação, transmissão e manutenção de zoonoses, 
considerando a população exposta, a espécie animal 
envolvida, a área afetada (alvo), em tempo determinado. 
 
VIGILÂNCIA 
a área de vigilância de zoonoses deve desenvolver e 
executar ações, atividades e estratégias de vigilância de 
zoonoses e, dependendo do contexto epidemiológico, 
também de prevenção, em seu território de atuação. 
Essas atividades são organizadas e executadas da seguinte 
forma: 
VIGILÂNCIA ATIVA 
 ZOONOSES MONITORADAS POR PROGRAMAS 
NACIONAIS DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DO MINISTÉRIO 
DA SAÚDE: as ações caracterizam-se por serem 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
executadas de forma permanente a fim de subsidiar os 
programas de controle existentes. 
ZOONOSES DE RELEVÂNCIA REGIONAL OU LOCAL; 
ZOONOSES EMERGENTES E REEMERGENTES: caracteriza-
se pelo desenvolvimento e pela execução sistemática de 
medidas que visem identificar, oportuna e 
precocemente, o risco real (iminente) de introdução ou a 
introdução/ reintrodução de uma zoonose, ou, ainda, a 
manutenção do ciclo de transmissão de uma zoonose 
prevalente na área em questão, a fim de que a área de 
vigilância de zoonoses local possa intervir com ações de 
controle. 
As ações desenvolvidas nesta etapa, que também se 
aplicam às ações de vigilância ativa relacionadas às 
zoonoses monitoradas por programas nacionais de 
vigilância e controle do Ministério da Saúde, consistem 
em: 
 Articulação sistemática, com a área devigilância 
epidemiológica local, para atualização quanto à 
ocorrência de casos humanos, sejam prevalentes 
ou incidentes, sejam no território de atuação ou 
em áreas circunvizinhas, bem como de outras 
informações pertinentes. 
 Monitoramento constante e sistemático das 
populações de animais do território de atuação. 
 Estruturação da rotina de identificação de 
informações geradas pela mídia sobre a incidência 
e a prevalência de zoonose na área alvo. 
 Articulação sistemática com serviços e instituições 
públicas e privadas que, de alguma forma, 
trabalham com animais ou amostras biológicas de 
animais, tais como: consultórios, clínicas e 
hospitais veterinários, pet shops, órgãos 
ambientais, órgãos da agricultura, órgãos e 
entidades de proteção animal, laboratórios, 
universidades, entre outros, de modo que se 
identifique oportuna e precocemente a 
introdução de uma zoonose em uma 
determinada área ou seu risco iminente. 
 Desenvolvimento de inquéritos epidemiológicos 
que envolvam determinadas populações de 
animais. 
 
VIGILÂNCIA PASSIVA 
 Caracteriza-se por viabilizar meios para a identificação 
oportuna e precoce de uma situação de risco real 
(iminente) relacionada a zoonoses ou de ocorrência de 
zoonoses na área em questão, possibilitando que a área 
de vigilância de zoonoses local possa intervir com ações de 
controle. 
• Disponibilidade de avaliação e recepção de um animal 
de relevância para a saúde pública, 
• Canal de comunicação com a população para 
informações sobre animais de relevância para a saúde 
pública; 
• Integração e articulação com serviços e instituições 
públicos e privados; 
PREVENÇÃO 
As ações de prevenção de zoonoses caracterizam-se por 
serem executadas de forma temporária ou permanente, 
dependendo do contexto epidemiológico, por meio de 
ações, atividades e estratégias de educação em saúde, 
manejo ambiental e vacinação animal: 
• Educação em saúde: devem-se desenvolver atividades 
de educação em saúde na comunidade como um todo, 
visando à prevenção de zoonoses. É necessário priorizar as 
localidades mais vulneráveis, atuando em escolas e outros 
locais em que se possa atingir o público-alvo, de forma 
intensa e mais abrangente possível, utilizando-se também 
de meios de comunicação, como rádio, TV, 
correspondência e internet. (consultar tópico “Educação 
em saúde” deste Manual). 
 • Manejo ambiental: realizado somente quando possível 
(diferenciando-se das ações de correção do ambiente, 
sendo esta uma atribuição legal dos órgãos de Meio 
Ambiente), para controlar ou, quando viável, eliminar 
vetores e roedores. Deve-se incentivar, orientar e educar 
a população na realização do manejo ambiental, 
realizando-as, quando necessário. 
• Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação 
antirrábica de cães e gatos, de acordo com o preconizado 
para cada região, conforme o contexto epidemiológico da 
raiva na área local e com o preconizado no Programa 
Nacional de Vigilância e Controle da Raiva do Ministério da 
Saúde. 
Observação: deve-se considerar o contexto 
epidemiológico das zoonoses na área em questão, para 
definir as ações de prevenção que serão estratégicas e 
prioritárias. 
 
CONTROLE 
Uma vez constatada a situação real de risco de 
transmissão de zoonose (risco iminente) ou a introdução 
de zoonose(s) de relevância para a saúde pública no 
território local, a área de vigilância de zoonoses deve 
iniciar a etapa de desenvolvimento e execução do 
controle da doença, por meio de medidas cabíveis e 
viáveis a serem aplicadas direta e indiretamente sobre a 
população animal alvo, a fim de interromper o ciclo de 
transmissão da(s) zoonose(s) alvo. As ações, as atividades 
e as estratégias de controle de zoonoses subdividem-se 
em três tipos: 
CONTROLE DO RISCO IMINENTE DE TRANSMISSÃO DE 
ZOONOSE: Constatada a situação real de risco (risco 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
iminente) de transmissão de zoonose (de relevância para 
a saúde pública) em uma determinada área, relacionado a 
uma população animal alvo, deve- -se proceder às 
medidas de controle cabíveis, além da manutenção das 
medidas de vigilância e intensificação das medidas de 
prevenção, ambas adequadas à nova realidade 
epidemiológica. Esse controle se caracteriza pelo 
desenvolvimento de ações, atividades e estratégias que 
visem ao alcance da redução ou da eliminação, quando 
possível, do risco iminente de transmissão da zoonose 
para a população humana. 
CONTROLE DA ZOONOSE INCIDENTE: Uma vez instalado o 
ciclo de transmissão de determinada zoonose em certa 
área, em que uma população animal esteja relacionada, 
deve-se proceder às medidas de controle para a redução 
ou a eliminação, quando possível, do número de casos 
humanos da doença, intervindo de forma efetiva na 
interrupção do ciclo de transmissão. 
CONTROLE DA ZOONOSE PREVALENTE: Diante de uma 
zoonose prevalente na área-alvo, em que uma população 
animal esteja relacionada à transmissão dela, devem-se 
manter, sistematicamente, as medidas de vigilância, ativa 
e passiva, e de prevenção, procedendo às medidas de 
controle para a redução ou eliminação, quando possível, 
do número de casos humanos da doença, intervindo de 
forma efetiva na interrupção do ciclo de transmissão. Se 
a zoonose reincidir com frequência na área-alvo, é 
necessário rever as medidas adotadas, na tentativa de 
alcançar sua eliminação. 
 
IMPORTANTE 
1. Para o desenvolvimento e a execução das ações, 
das atividades e das estratégias de vigilância, prevenção e 
controle de zoonoses (bem como de acidentes causados 
por animais peçonhentos e venenosos) de relevância para 
a saúde pública, deve-se proceder à articulação, à 
interlocução e à parceria sistemática com a área de 
vigilância epidemiológica local, visando à consonância e 
à efetividade delas. 
2. Deve-se atentar para as mudanças e 
atualizações quanto às ações, às atividades e às 
estratégias de vigilância, prevenção e controle de 
zoonoses (bem como de acidentes causados por animais 
peçonhentos e venenosos) de relevância para a saúde 
pública, normatizadas pelo Ministério da Saúde. 
 
ELENCAR A IMPORTÂNCIA E AS ESTRATÉGIAS DA 
VIGILÂNCIA NA SAÚDE PÚBLICA. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA OU VIGILÂNCIA EM 
SAÚDE PUBLICA 
Vigilância epidemiológica, é definida como a "contínua e 
sistemática coleta, análise e interpretação de dados 
essenciais de saúde para planejar, implementar e avaliar 
práticas de saúde pública, intimamente integrada com a 
periodicidade de disseminação desses dados para aqueles 
que necessitam conhecê-los. 
O primeiro registro histórico de uma medida sanitária 
relacionada à vigilância, deu-se no século XIV, durante a 
epidemia da peste bubônica. 
William Farr (1807-1883), precursor do conceito 
moderno de vigilância, por ter desenvolvido um sistema 
de coleta, análise e divulgação de estatísticas vitais, 
criando um instrumento voltado à melhoria das condições 
de saúde da comunidade. 
A notificação compulsória das doenças, instituída no final 
do século XIX, até hoje utilizada como estratégia para 
melhor conhecimento do comportamento de doenças na 
comunidade. 
EVOLUÇÃO CONCEITUAL DE VIGILÂNCIA 
Conceito Clássico: O termo vigilância, tem 2 significados; 
um deles pode ser entendido como a “observação dos 
comunicantes durante o período máximo de incubação 
da doença, a partir da data do ultimo contato com um 
caso clinico ou portador, ou da data em que o 
comunicante abandonou o local em que se encontrava a 
fonte primaria de infecção”. Seu proposito é detectar os 
primeiros sintomas da doença para a rápida instituição do 
isolamento, substituindo por meio de conduta mais 
sofisticada a pratica restritiva de quarentena. Vincula-se 
portanto, aos conceitos de isolamento e quarentena, que 
determinam, respectivamente, a separação de indivíduos 
doentes (isolamento) ou potencialmente infectados 
(quarentena) de seus contatos habituais. 
CONCEITO MODERNO: No início dos anos 1950, surge um 
novo conceito de vigilância, desta vez, preocupado como 
acompanhamento sistemático de doenças na 
comunidade, com o propósito de oferecer bases 
científicas para o aprimoramento de estratégias para seu 
controle. 
A inteligência Epidemiológica, novo instrumento de saúde 
pública foi aplicado pela primeira vez, em 1955, quando 
várias regiões dos EUA enfrentaram uma epidemia de 
poliomielite, acometendo indivíduos imunizados com 
vacina de poliovírus inativado. A investigação desse 
episódio, que recebeu a denominação de "Acidente de 
Cutter", permitiu a identificação de lotes dessa vacina, 
que por problemas técnicos apresentavam vírus 
parcialmente inativados, sendo está a causa da epidemia; 
LANGMUIR, EM 1963: Defini o novo conceito de vigilância. 
Defende a tese de que a vigilância é uma das aplicações da 
epidemiologia em serviços de saúde. 
THACKER & BERKELMAN (1988): Apontam que a vigilância 
não abrange a pesquisa nem as ações de controle, 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
afirmando, porém, que estas três práticas de saúde 
pública são relacionadas, mas independentes. 
Afirmam que as atividades desenvolvidas pela vigilância 
situam-se num momento anterior ao das pesquisas e ao 
da elaboração de programas de controle de doenças. Em 
função dessa discussão, esses autores propõem a adoção 
da denominação de vigilância em saúde pública como 
forma de evitar confusões a respeito da precisa 
delimitação dessa prática. 
CHERKASSKII (1988): Define vigilância epidemiológica 
como "o estudo complexo e multilocalizado da dinâmica 
das doenças, abrangendo a investigação tanto no 
subsistema biológico (biologia e ecologia dos agentes 
causais e de seus hospedeiros e vetores) quanto no 
subsistema social (do ambiente social determinante do 
caráter e da escala de disseminação da doença em 
determinado território)". Nessas condições, feitas as 
devidas adequações, a vigilância epidemiológica estudaria 
agravos específicos à saúde de causa infecciosa ou não, 
pela observação contínua de cada um dos seguintes níveis 
do sistema: a) subcelular (molecular); b) celular; c) 
orgânico (clínico); d) ecossistèmico (biogeocenose); e) 
socioecossistêmico. 
SEGUNDO WALDMAN (1991): A vigilância de um 
específico evento adverso à saúde é composta, ao menos, 
por dois subsistemas: 
 Subsistema de informações para a agilização das 
ações de controle que atua nos níveis locais dos sistemas 
de saúde e tem por objetivo agilizar o processo de 
identificação e controle de eventos adversos à saúde. 
 Subsistema de inteligência epidemiológica que é 
especializado e tem por objetivo elaborar, à luz do 
conhecimento cientifico e com fundamento na análise 
rotineira dos dados, relativos ao comportamento das 
doenças na comunidade, as bases técnicas dos programas 
de controle de específicos eventos adversos à saúde. 
 
A VIGILÂNCIA E AS FUNÇÕES ESSENCIAIS DE SAÚDE 
PÚBLICA 
Destacam entre tais funções essenciais a vigilância 
epidemiológica, a regulação e fiscalização sanitária, 
ambas integradas no Brasil com a denominação de 
vigilância sanitária, assim como a pesquisa voltada à 
avaliação da eficácia, acessibilidade e qualidade dos 
serviços de saúde e a investigação e desenvolvimento de 
soluções inovadoras em saúde pública. 
A VIGILÂNCIA NO BRASIL 
Os primeiros passos para a introdução da vigilância 
epidemiológica no Brasil foram dados durante a 
Campanha de Erradicação da Varíola, no início da década 
de 1970. Nessa época, a Fundação Serviços Especiais de 
Saúde Pública centraliza a notificação compulsória de 
doenças em todo o território nacional e cria o Boletim 
Epidemiológico com o qual passa a divulgar 
mensalmente dados consolidados do País, relativos a 
doenças de notificação compulsória. 
O Ministério da Saúde, em 1975, promove as condições 
para ampla utilização da vigilância epidemiológica em 
todo o País, criando o Sistema Nacional de Vigilância 
Epidemiológica (SNVE). 
 Padronização da ficha de notificação e 
investigação de doenças e do formulário de 
declaração de óbito para todo o país. 
 Definição de critérios nacionais para doenças de 
notificação compulsória; 
 Criação do Sistema Nacional de Laboratórios de 
Saúde Publica (SNLSP), com estrutura 
regionalizada e hierarquizada para apoio aos 
programas de controle de doenças e a vigilância; 
 Criação da figura dos laboratórios nacionais de 
referencia que deveriam articular se com os 
laboratórios internacionais de referencia; 
 Criação de laboratório para controle de qualidade 
de vacinas; 
 Implantação do sistema de informações de 
mortalidade, que constitui um marco no 
aprimoramento das estatísticas vitais no país; 
 Toma medidas que fortalecem o programa 
nacional de imunizações iniciado em 1973; 
Entre as características básicas do SNVE nas décadas de 
1970 e 1980, temos a de abranger exclusivamente 
doenças infecciosas de notificação compulsória e agravos 
inusitados à saúde. No entanto, em 1984, assistimos à 
implantação, no estado de São Paulo, do sistema de 
vigilância de eventos adversos pós-vacinação (SVEAPV), 
primeiro sistema de vigilância para eventos adversos 
associados ao uso de tecnologias medicas criado no Brasil. 
A partir dos anos 1990, temos as primeiras iniciativas de 
desenvolvimento da farmacovigilância que se consolidou, 
anos mais tarde, na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), assim como dos sistemas de vigilância 
para traumas e lesões, de doenças crônicas e, mais 
recentemente, temos assistido a iniciativas de implantar a 
vigilância ambiental. 
Com a criação do Sistema de Informações de Agravos de 
Notificação (SINAN), cria se condições para que, a médio 
prazo, seja possível tornar disponível uma ampla base de 
dados referente a morbidade. 
Em 2000, de um programa de formação de recursos 
humanos para atuar na área da vigilância epidemiológica, 
que recebeu a denominação de EPI-SUS, focalizando 
principalmente na investigação de surtos. 
NOVAS APLICAÇÕES DA VIGILÂNCIA 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
Os sistemas de vigilância são importantes instrumentos 
para identificar doenças emergentes, comportamentos 
modificados de doenças já conhecidas, doenças que 
ocorrem em situações inusitadas, monitorizar e avaliar 
riscos a saúde e intervenções. 
Para cumprir esses objetivos têm sido desenvolvidos 
novas aplicações da vigilância, entre elas, a de eventos 
adversos associadas à tecnologias médicas, vigilância 
ambiental, a de traumas e lesões, de doenças crônicas e 
de vigilância para resposta global a doenças emergentes. 
 
CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DE PRIORIDADES 
Para a identificação de prioridades para o 
desenvolvimento de sistemas de vigilância para 
específicos eventos adversos à saúde, utilizam se 
fundamentalmente três critérios; o primeiro deles é a 
magnitude do dano que toma como indicadores taxas de 
incidência e prevalência e de mortalidade, assim como a 
letalidade associada ao evento sob análise. O segundo 
critério focaliza a vulnerabilidade do dano, ou seja, avalia 
a existência de fatores de risco ou fatores de prognóstico 
suscetíveis a medidas específicas de intervenção, ou 
mede o impacto potencial das medidas de intervenção 
sobre os fatores de risco (risco atribuível), ou, ainda, a 
existência de medidas específicas e eficazes de profilaxia 
e controle (vulnerabilidade do dano às intervenções 
profiláticas e terapêuticas). A possibilidade de 
compatibilizar as diversas intervenções em programas de 
controle polivalentes. O terceiro critério abrange a 
avaliação do impacto social e económico, que focaliza 
aspectos relativos ao custo e factibilidade da intervenção 
versus efetividade e índices de produtividade perdida 
(exemplo: dias de incapacidade no leito; dias de trabalho 
perdidos), assim como o cálculo de anos de vida 
potencialmente perdidos. 
DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DE VIGILÂNCIA 
Existem etapas a serem seguidas quando decidimos 
implementar um sistema de vigilância obedecendo mais 
ou menos à sequência de: 
1ª Etapa: definir os objetivos do sistema de vigilância 
proposto; 
2ª Etapa:definir caso; 
3ª Etapa: componentes do sistema de vigilância; 
4ª Etapa: elaborar o fluxograma para cada sistema de 
vigilância; 
5ª Etapa: definir o tipo de sistema de vigilância; 
Sistema passivo: Um sistema de vigilância passiva 
caracteriza-se pela obtenção da informação mediante a 
notificação espontânea, é o tipo mais antigo e mais 
utilizado de vigilância, sendo também o que apresenta 
menor custo e maior simplicidade, porém tem a 
desvantagem de ser menos sensível, ou seja, é mais 
vulnerável à subnotificação, portanto, com maior 
frequência, será menos representativo, apresentando 
também maior dificuldade na padronização da definição 
de caso, em virtude da menor interação entre a equipe de 
vigilância e a da fonte de informação. 
Sistema ativo: Os sistemas ativos de vigilância 
caracterizam-se pelo estabelecimento de um contato 
direto, a intervalos regulares, entre a equipe da vigilância 
e as fontes de informação, geralmente constituídas por 
clínicas públicas e privadas, laboratórios e hospitais. Esse 
tipo de vigilância é, geralmente, aplicado a doenças raras 
ou não conhecidas, ou, ainda, quando estão articulados a 
programas de erradicação de doenças. 
6ª Etapa: definir as fontes de dados para o sistema de 
vigilância. 
 
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE VIGILÂNCIA 
Variam em metodologia, abrangência e objetivos, não 
obedecendo a uma única versão aplicável em todos os 
casos e para todas as situações nacionais e regionais. 
Devem variar, adequando-se às características dos 
serviços de saúde existentes, ou seja, aos recursos 
humanos e financeiros, assim como ao grau de 
complexidade das tecnologias disponíveis. 
A avaliação de sistemas de vigilância para específicos 
eventos adversos à saúde devem obedecer a uma 
sequência de etapas, iniciando-se pela análise da 
relevância do evento sob vigilância e, para tanto, toma 
como indicadores a magnitude, severidade e 
vulnerabilidade do dano e de impacto social e 
econômico. 
Concluída a verificação da relevância do evento sob 
vigilância e a descrição de seus componentes, passamos a 
sua avaliação propriamente dita, analisando os seguintes 
atributos; utilidade; oportunidade; aceitabilidade; 
simplicidade, flexibilidade, representatividade; 
sensibilidade e valor preditivo positivo. 
VIGILÂNCIA DE TECNOLOGIAS MÉDICAS 
O evento mais marcante que, de certa forma, levou ao 
desenvolvimento da farmacovigilância, foi a epidemia de 
um tipo de má-formação congênita extremamente rara, 
conhecida como focomelia, associada ao uso da 
talidomida durante a gravidez. 
FARMACOVIGILÁNCIA é a vigilância de eventos adversos 
pós-comercialização, cuja denominação. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a 
FARMACOVIGILÁNCIA como o instrumento de saúde 
pública aplicado à identificação, análise, compreensão de 
eventos adversos associados ao uso de medicamentos 
com a finalidade de estabelecer as bases técnicas para sua 
prevenção. 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
O rigoroso monitoramento da segurança das vacinas é o 
principal instrumento da manutenção da confiança e 
adesão aos programas de imunização. 
Os objetivos específicos da farmacovigilância são 
(WHIO,2002): 
• Aprimorar o atendimento ao paciente e a sua segurança 
em relação ao uso de medicamentos e toda intervenção 
médica e paramédica; 
• Aprimorar o desempenho das atividades de saúde 
pública, com o objetivo de garantir a segurança em relação 
ao uso de medicamentos; 
• Contribuir para a avaliação do benefício, dano, custo-
efetividade e risco de medicamentos, encorajando o uso 
seguro e racional; 
• Promover o entendimento, educação e treinamento 
clinico em farmacovigilância e sua comunicação efetiva ao 
público; 
A vigilância é necessária e deve ter por objetivo identificar 
prontamente lotes reatogênicos e reações adversas não 
conhecidas. 
 
RELATAR AS ATRIBUIÇÕES, ESTRUTURA E 
CARACTERÍSTICAS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
AMBIENTAL. 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL: compreende as complexas 
relações socioambientais existentes na produção de saúde 
e de adoecimento e na busca de soluções para a melhoria 
das condições de saúde da coletividade. Deve se orientar 
tendo como base os modelos locais de produção e a 
organização política, territorial, social e cultural. 
A análise do território e dos fatores socioambientais que 
condicionam e determinam a saúde humana deve 
direcionar a elaboração de políticas públicas e ações 
estratégicas que fortaleçam a promoção, a prevenção e a 
assistência em saúde 
A vigilância ambiental requer a coleta, análise e 
disseminação de dados sobre riscos ambientais e 
desfechos. Os desfechos de saúde de interesse podem ser 
tanto óbitos como doenças, os riscos abrangem os 
agentes químicos, físicos e biológicos encontrados no ar, 
água, solo e alimentos. 
Quatro questões são consideradas importantes para a 
vigilância ambiental. 
 Ser capaz de estabelecer associações entre uma 
exposição ambiental específica e um evento 
adverso à saúde. 
 Como os dados utilizados na vigilância ambiental 
foram, freqüentemente, obtidos com outra 
finalidade, raramente incluem informações 
suficientes para a confirmação dos casos de 
acordo com a definição estabelecida. 
 Diz respeito a ansiedade da opinião pública que 
gera pressões políticas, interferindo, muitas vezes, 
negativamente na investigação. 
 Por fim, temos a necessidade de identificar um 
marcador biológico da exposição ambiental de 
interesse; 
A vigilância de eventos adversos à saúde quando aplicada 
a riscos ambientais tem as mesmas características da 
vigilância convencional, focalizando principalmente má 
formações congénitas, incapacidades relacionadas ao 
desenvolvimento (por exemplo, paralisia cerebral, 
autismo e retardo mental); asma e outras doenças 
respiratórias crônicas; câncer e doenças neurológicas 
(por exemplo, doença de Parkinson, esclerose múltipla e 
doença de Alzheimer); 
Três pontos da vigilância ambiental são considerados 
críticos para a sua utilidade: 
-Ser capaz de efetuar mensurações de riscos específicos 
(exemplo, poluentes do ar), de exposições (exemplo, 
níveis de chumbo no sangue) ou desfechos (exemplo, 
casos de asma); 
-Deve constituir um sistema contínuo de registro de 
dados, embora inquéritos sejam de grande valia; 
-Deve dispor de dados representativos do que ocorre na 
comunidade em tempo oportuno, para serem utilizados 
em planejamento, implementação e avaliação de 
intervenções de saúde. 
 
LIMITAÇÕES DE SISTEMA DE NOTIFICAÇÕES DE 
DOENÇAS: 
 Subnotificação; 
 Baixa representatividade; 
 O baixo grau de oportunidade e; 
 A inconsistência da definição de caso. 
Subnotificação: decorre do fato de a maioria do sistema 
de vigilância serem passivos. Esta relacionada a falta de 
conhecimento, por parte dos profissionais de saúde, a 
respeito da importância e dos procedimentos 
necessários para a notificação ou o desconhecimento da 
lista de doenças submetidas a vigilância; 
A falta de adesão à notificação pode também ser 
determinada pelo tempo consumido no preenchimento da 
ficha e pela ausência do retorno da informação analisada 
com as recomendações técnicas pertinentes. 
Baixa representatividade: pode resultar da falta de 
homogeneidade da subnotificação; dificultando a 
identificação de tendencias, grupos e fatores de risco. 
Falta de Oportunidade: pode ocorrer em diferentes 
momentos por diversos motivos, entre eles a dificuldade, 
em alguns casos, de se obter diagnostico antes da 
confirmação laboratorial; a ineficiência dos serviços no 
DRAMA – Problema 1 
Thais M. Souto 
procedimento de notificação; a demora na análise; 
problema frequente quando o sistema de vigilância 
apresenta distorções caracterizando-o como atividade 
mais burocrática do que técnica. 
Inconsistência da definição de caso: leva a vigilância a 
confirmar os casos aceitando o diagnostico clinico, 
independentemente da forma como foi efetuado. 
MEDIDAS VISANDO O APRIMORAMENTO DE SISTEMAS 
DE VIGILÂNCIA 
A participação dos médicos e demais profissionais de 
saúde éum ponto crítico na qualidade da coleta de dados; 
portanto, o esclarecimento dessas equipes, salientando a 
importância da notificação de doenças para o 
aprimoramento dos serviços de assistência à saúde, deve 
ser prioritário nos treinamentos de recursos humanos 
para esse campo de atividade 
VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA 
CONSUMO HUMANO (VIGIAGUA) 
Os principais instrumentos utilizados pela Vigiagua são: o 
Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água 
para Consumo Humano e a norma de potabilidade da água 
para consumo humano, a Diretriz para atuação em 
situações de surtos de doenças e agravos de veiculação 
hídrica e a Diretriz Nacional do Plano de Amostragem da 
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A 
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS (VIGIPEQ) 
Esse componente tem como objetivo o desenvolvimento 
de ações de Vigilância em Saúde Ambiental com foco nas 
substâncias químicas que interferem na saúde humana, 
como agravos e doenças, e nas inter-relações entre o 
homem e o ambiente, de forma a adotar medidas de 
atenção integral à saúde das populações expostas, 
prevenção e promoção da saúde. Como forma de viabilizar 
a implantação dessa vigilância nos territórios, cinco 
compostos químicos foram priorizados pela esfera federal, 
sendo eles: agrotóxicos, amianto (asbesto), benzeno, 
chumbo e mercúrio. 
No entanto, há necessidade do monitoramento de outros 
agentes químicos de acordo com a realidade e as 
características de cada território. 
Os principais instrumentos utilizados pela vigilância em 
saúde de populações expostas a substâncias químicas 
são: o Sistema de Informação de Agravos de Notificação, 
o Sistema de Informação de Vigilância em Saúde de 
Populações Expostas a Solo Contaminado, as Diretrizes 
Nacionais para a Vigilância em Saúde de Populações 
Expostas a Agrotóxicos, e as Diretrizes Brasileiras para o 
Diagnóstico e Tratamento de Intoxicação por Agrotóxicos. 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DE POPULAÇÕES EXPOSTAS A 
POLUENTES ATMOSFÉRICOS (VIGIAR) 
 O objetivo desse componente é proteger e promover a 
saúde de populações expostas a poluentes atmosféricos 
por meio de ações de vigilância que subsidiem a tomada 
de decisão intra e intersetorial. Sua atuação no território 
deve ocorrer de forma a detectar e monitorar as 
diferentes atividades de natureza econômica ou social que 
gerem poluição atmosférica e a caracterizar os riscos para 
as populações, especialmente aquelas consideradas mais 
vulneráveis. 
São consideradas informações relevantes de emissão de 
poluentes atmosféricos para a vigilância: (i) fontes fixas 
(indústrias de extração e de transformação); (ii) fontes 
móveis (frota veicular), (iii) queima de biomassa e (IV) 
dados epidemiológicos sobre doenças e agravos 
relacionados à exposição humana aos poluentes 
atmosféricos. Entre as estratégias do Vigiar, têm-se a 
identificação de municípios vulneráveis e o 
monitoramento da situação de saúde no território; e a 
implantação de Unidades Sentinela do Vigiar em locais 
considerados prioritários. 
A seleção de unidades sentinelas de Vigiar pode ser 
realizada considerando: o fluxo de atendimentos de 
crianças e de idosos expostos a poluentes atmosféricos; 
ambientes de risco; região metropolitanas; centros 
industriais; territórios sob impacto de mineração; áreas 
sob influência de queima de biomassa; e locais de 
relevância para a saúde pública, de acordo com a realidade 
locorregional.

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